SlideShare a Scribd company logo
1 of 4
Download to read offline
Protocolo de Realização de Vancocinemia Do Hospital Universitário Santa Casa 
 A vancomicina é um antimicrobiano glicopeptídeo utilizado para tratamento empírico e confirmado de infecções por MRSA. O alvo ideal da vancocinemia é de 15-20 mcg/mL. A vancocinemia deve ser dosada após 4ª ou 5ª dose da vancomicina no período do vale, ou seja, 30 -60 minutos antes da próxima dose da vancomicina. Ex. – Início de vancomicina dia 13/01. Dia 15/01 deve ter a primeira vancocinemia coletada entre 9h00-10h00 (antes da dose de vancomicina às 10h). 
 A vancocinemia poderá ser dosada de 2ª a 6ª feira em horário comercial. 
 O NECIH avalia diariamente os pacientes em uso de vancomicina e encaminha ao laboratório a lista de pacientes para coleta de vancocinemia no dia seguinte por email para vanessa.cavalete@pucpr.br e alessandra.padua@pucpr.br. 
 As prescrições de vancomicina foram padronizadas para seguir horários determinados após a dose de ataque. Prescrições 12/12h devem seguir os horários de 10h e 22h. Prescrições de 8/8 horas devem ter a medicação administrada às 8h, 16h e 0h (com o objetivo de coleta em horário correto). 
 O resultado do exame será digitado como evolução do NECIH em prontuário eletrônico, com o consequente ajuste; 
 A coleta de vancocinemia deve ocorrer entre 9h00-10h00 para prescrições de 12/12h e entre 7h00-8h00 para prescrições de 8/8h. 
 Pacientes com disfunção renal aguda medicamentosa e infecção comprovada por MRSA discutir com o NECIH a antibioticoterapia. 
 Atentar para nefrotoxicidade. Avaliar suspensão da vancomicina se evolução com Injúria Renal Aguda em uso de vancomicina. 
 Ressaltamos a importância da administração da vancomicina no horário prescrito e no tempo de infusão adequado, pois o resultado da vancocinemia depende destes fatores para ser corretamente avaliada.
Dose de Vancomicina 
 A dose de ataque deverá ser de 25 a 30 mg/kg: 
Peso do paciente 
Dose 
40-49 kg 
1000 mg 
50-59 kg 
1250 mg 
60-69 kg 
1500 mg 
70-79 kg 
1750 mg 
≥80 kg 
2000 mg 
 A dose de manutenção e o intervalo deverão ser realizadas de acordo com o peso e a função renal: 
Função Renal (ClCr=mL/min) 
Peso (kg) 40-49 50-59 60-69 70-79 80-89 90-99 ≥ 100 < 59 kg 
750 mg q12h 
1000 mg q12h 
1250 mg q12h 
750 mg q8h 
1000 mg q8h 
1000 mg q8h 
1250 mg q8h 60-69kg 
750 mg q12h 
1000 mg q12h 
1250 mg q12h 
1000 mg q8h 
1000 mg q8h 
1250 mg q8h 
1500 mg q8h 70-79kg 
1000 mg q12h 
1250 mg q12h 
750 mg q8h 
1000 mg q8h 
1250 mg q8h 
1500 mg q8h 
1750 mg q8h 80-89kg 
1000 mg q12h 
1250 mg q12h 
1000 mg q8h 
1250 mg q8h 
1500 mg q8h 
1750 mg q8h 
2000 mg q8h 90-99kf 
1250 mg q12h 
1500 mg q12h 
1000 mg q8h 
1250 mg q8h 
1500 mg q8h 
1750 mg q8h 
2000 mg q8h 100- 109kg 
1250 mg q12h 
1500 mg q12h 
1250 mg q8h 
1500 mg q8h 
1750 mg q8h 
2000 mg q8h 
2250 mg q8h ≥ 110kg 
1250 mg q12h 
1500 mg q12h 
1250 mg q8h 
1500 mg q8h 
1750 mg q8h 
2000 mg q8h 
2250 mg q8h
 Dose para pacientes com INJÚRIA RENAL AGUDA (ClCr<40mL/min) Situação Dose de Ataque Dose de Manutenção 
Em Hemodiálise 
15-20mg/kg 
15mg/kg após sessão de Hemodiálise. Ajustar de acordo com vancocinemia 
Não-dialítico 
15-20mg/kg 
15mg/kg a cada 48h. Ajustar de acordo com vancocinemia 
*** Pacientes em diálise: A COLETA DA VANCOCINEMIA DEVERÁ SER REALIZADA PELO TÉCNICO DE DIÁLISE IMEDIATAMENTE APÓS A HEMODIÁLISE E EM SEGUIDA, DEVE-SE ADMINISTRAR A DOSE DE VANCOMICINA. 
***Para pacientes em diálise: aguardar 48h da dose de ataque para coletar a primeira vancocinemia. 
 O ajuste de dose da vancomicina será realizada conforme a vancocinemia: 
VANCOCINEMIA Resultado da Vancocinemia Ajuste 
< 15 mcg /ml 
1. Checar se a dose está entre 15-20 mg/kg; 
2. Se estiver com a dose adequada de 12/12h, manter a dose e diminuir o intervalo para 8/8h; 
3. Se estiver com a dose adequada de 8/8h aumentar 500mg em cada dose. 
> 40 mcg /ml 
1. Suspender durante 24h e pedir nova vancocinemia 
2. Reiniciar com redução de 20 a 30% da dose 
> 60 mcg /ml 
1. Suspender a vancomicina por 48h e pedir nova vancocinemia 
2. Reiniciar com redução de 50% da dose
Tempo de Infusão da Vancomicina: 
A infusão da vancomicina deve ocorrer de forma lenta, no mínimo em 30 minutos para cada 500 mg para evitar reações adversas à infusão do medicamento. 
Drª Maria Esther Graf (Coordenadora NECIH –HUC) 
Dr. Hugo Morales (Médico do NECIH – HUC) 
Dra. Thatiane Nakadomari (Médica do NECIH – HUSC) 
Dr. Felipe Francisco Tuon (Médico do NECIH – HUSC) 
Dose Tempo de Infusão 
500 mg 
30 min 
1000 mg 
1h 
1500 mg 
1h30min 
>=2000 mg 
2h

More Related Content

What's hot

RCP ( Reanimação Cardio Pulmonar ) .
RCP ( Reanimação Cardio Pulmonar ) .RCP ( Reanimação Cardio Pulmonar ) .
RCP ( Reanimação Cardio Pulmonar ) .Wesla Campos
 
Aula 1 - Urgência e emergência
Aula 1 - Urgência e emergênciaAula 1 - Urgência e emergência
Aula 1 - Urgência e emergênciaRicardo Augusto
 
urgencia-e-emergencia-mapa-mental-1.pdf
urgencia-e-emergencia-mapa-mental-1.pdfurgencia-e-emergencia-mapa-mental-1.pdf
urgencia-e-emergencia-mapa-mental-1.pdfRickAugusto1
 
banho no leito.pptx
banho no leito.pptxbanho no leito.pptx
banho no leito.pptxcarlasuzane2
 
Ressuscitação Cardiopulmonar
Ressuscitação Cardiopulmonar Ressuscitação Cardiopulmonar
Ressuscitação Cardiopulmonar resenfe2013
 
Esquema profilaxia raiva humana
Esquema profilaxia raiva humanaEsquema profilaxia raiva humana
Esquema profilaxia raiva humanaJosé Ripardo
 
Entidades de classes - Enfermagem
Entidades de classes - EnfermagemEntidades de classes - Enfermagem
Entidades de classes - EnfermagemPedro Miguel
 
Apresentação - Estudo de Caso Clínico
Apresentação - Estudo de Caso ClínicoApresentação - Estudo de Caso Clínico
Apresentação - Estudo de Caso ClínicoLetícia Gonzaga
 
Dor 5º sinal vital cb dor aula enfª lucimara
Dor 5º sinal vital cb dor aula enfª lucimaraDor 5º sinal vital cb dor aula enfª lucimara
Dor 5º sinal vital cb dor aula enfª lucimaraemaildocavalcante
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II DE ENFERMAGEM - RESUMO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II DE ENFERMAGEM - RESUMORELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II DE ENFERMAGEM - RESUMO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II DE ENFERMAGEM - RESUMOMayara Dos Santos Camuzzi
 

What's hot (20)

RCP ( Reanimação Cardio Pulmonar ) .
RCP ( Reanimação Cardio Pulmonar ) .RCP ( Reanimação Cardio Pulmonar ) .
RCP ( Reanimação Cardio Pulmonar ) .
 
Aula 1 - Urgência e emergência
Aula 1 - Urgência e emergênciaAula 1 - Urgência e emergência
Aula 1 - Urgência e emergência
 
Balanco hidrico
Balanco hidricoBalanco hidrico
Balanco hidrico
 
urgencia-e-emergencia-mapa-mental-1.pdf
urgencia-e-emergencia-mapa-mental-1.pdfurgencia-e-emergencia-mapa-mental-1.pdf
urgencia-e-emergencia-mapa-mental-1.pdf
 
banho no leito.pptx
banho no leito.pptxbanho no leito.pptx
banho no leito.pptx
 
Ressuscitação Cardiopulmonar
Ressuscitação Cardiopulmonar Ressuscitação Cardiopulmonar
Ressuscitação Cardiopulmonar
 
Esquema profilaxia raiva humana
Esquema profilaxia raiva humanaEsquema profilaxia raiva humana
Esquema profilaxia raiva humana
 
Aula Imobilizações
Aula ImobilizaçõesAula Imobilizações
Aula Imobilizações
 
Enfermagem em Urgência Emergência
Enfermagem em Urgência EmergênciaEnfermagem em Urgência Emergência
Enfermagem em Urgência Emergência
 
Rotinas internas samu parte 1
Rotinas internas samu   parte 1Rotinas internas samu   parte 1
Rotinas internas samu parte 1
 
Entidades de classes - Enfermagem
Entidades de classes - EnfermagemEntidades de classes - Enfermagem
Entidades de classes - Enfermagem
 
Primeiros socorros
Primeiros socorrosPrimeiros socorros
Primeiros socorros
 
Apresentação - Estudo de Caso Clínico
Apresentação - Estudo de Caso ClínicoApresentação - Estudo de Caso Clínico
Apresentação - Estudo de Caso Clínico
 
Queimaduras
QueimadurasQueimaduras
Queimaduras
 
Dor 5º sinal vital cb dor aula enfª lucimara
Dor 5º sinal vital cb dor aula enfª lucimaraDor 5º sinal vital cb dor aula enfª lucimara
Dor 5º sinal vital cb dor aula enfª lucimara
 
Introduçao a urgencia e emergencia
Introduçao a urgencia e emergenciaIntroduçao a urgencia e emergencia
Introduçao a urgencia e emergencia
 
Atendimento pré hospitalar aula 01 iesm
Atendimento pré hospitalar aula 01 iesmAtendimento pré hospitalar aula 01 iesm
Atendimento pré hospitalar aula 01 iesm
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II DE ENFERMAGEM - RESUMO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II DE ENFERMAGEM - RESUMORELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II DE ENFERMAGEM - RESUMO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II DE ENFERMAGEM - RESUMO
 
Higienização das mãos
Higienização das mãosHigienização das mãos
Higienização das mãos
 
Urgência e Emergência
Urgência e EmergênciaUrgência e Emergência
Urgência e Emergência
 

Viewers also liked

Monitorización vancomicina en pacientes críticos
Monitorización vancomicina en pacientes críticosMonitorización vancomicina en pacientes críticos
Monitorización vancomicina en pacientes críticosCristina Bravo
 
Vancomicina, linezolid, daptomicina farmacologia clinica
Vancomicina, linezolid, daptomicina farmacologia clinicaVancomicina, linezolid, daptomicina farmacologia clinica
Vancomicina, linezolid, daptomicina farmacologia clinicaevidenciaterapeutica.com
 
Monitorización terapéutica de Antimicrobianos en paciente crítico
Monitorización terapéutica de Antimicrobianos en paciente críticoMonitorización terapéutica de Antimicrobianos en paciente crítico
Monitorización terapéutica de Antimicrobianos en paciente críticoOscar Malpartida-Tabuchi
 
Sulfas, Quinolonas e Glicopeptídeos - Antibióticos
Sulfas, Quinolonas e Glicopeptídeos - AntibióticosSulfas, Quinolonas e Glicopeptídeos - Antibióticos
Sulfas, Quinolonas e Glicopeptídeos - AntibióticosTamires Fernandes
 

Viewers also liked (6)

Monitorización vancomicina en pacientes críticos
Monitorización vancomicina en pacientes críticosMonitorización vancomicina en pacientes críticos
Monitorización vancomicina en pacientes críticos
 
Vancomicina, linezolid, daptomicina farmacologia clinica
Vancomicina, linezolid, daptomicina farmacologia clinicaVancomicina, linezolid, daptomicina farmacologia clinica
Vancomicina, linezolid, daptomicina farmacologia clinica
 
Vacomicina
VacomicinaVacomicina
Vacomicina
 
Resistencia a la vancomicina de los enterococos
Resistencia a la vancomicina de los enterococosResistencia a la vancomicina de los enterococos
Resistencia a la vancomicina de los enterococos
 
Monitorización terapéutica de Antimicrobianos en paciente crítico
Monitorización terapéutica de Antimicrobianos en paciente críticoMonitorización terapéutica de Antimicrobianos en paciente crítico
Monitorización terapéutica de Antimicrobianos en paciente crítico
 
Sulfas, Quinolonas e Glicopeptídeos - Antibióticos
Sulfas, Quinolonas e Glicopeptídeos - AntibióticosSulfas, Quinolonas e Glicopeptídeos - Antibióticos
Sulfas, Quinolonas e Glicopeptídeos - Antibióticos
 

Similar to Protocolo de vancocinemia

Similar to Protocolo de vancocinemia (6)

Resumo anticoagulação
Resumo anticoagulaçãoResumo anticoagulação
Resumo anticoagulação
 
Tratamento da epilepsia em moçambique
Tratamento da epilepsia em moçambiqueTratamento da epilepsia em moçambique
Tratamento da epilepsia em moçambique
 
Protocolo antibioticoprofilaxia
Protocolo antibioticoprofilaxiaProtocolo antibioticoprofilaxia
Protocolo antibioticoprofilaxia
 
Emergencia pediatrica 2
Emergencia pediatrica 2Emergencia pediatrica 2
Emergencia pediatrica 2
 
Tabela Diluição A ao Z.pdf
Tabela Diluição A ao Z.pdfTabela Diluição A ao Z.pdf
Tabela Diluição A ao Z.pdf
 
IAMSSST.pptx
IAMSSST.pptxIAMSSST.pptx
IAMSSST.pptx
 

Recently uploaded

O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfNelmo Pinto
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICOFUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICOJessicaAngelo5
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.ColorNet
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 

Recently uploaded (7)

O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICOFUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 

Protocolo de vancocinemia

  • 1. Protocolo de Realização de Vancocinemia Do Hospital Universitário Santa Casa  A vancomicina é um antimicrobiano glicopeptídeo utilizado para tratamento empírico e confirmado de infecções por MRSA. O alvo ideal da vancocinemia é de 15-20 mcg/mL. A vancocinemia deve ser dosada após 4ª ou 5ª dose da vancomicina no período do vale, ou seja, 30 -60 minutos antes da próxima dose da vancomicina. Ex. – Início de vancomicina dia 13/01. Dia 15/01 deve ter a primeira vancocinemia coletada entre 9h00-10h00 (antes da dose de vancomicina às 10h).  A vancocinemia poderá ser dosada de 2ª a 6ª feira em horário comercial.  O NECIH avalia diariamente os pacientes em uso de vancomicina e encaminha ao laboratório a lista de pacientes para coleta de vancocinemia no dia seguinte por email para vanessa.cavalete@pucpr.br e alessandra.padua@pucpr.br.  As prescrições de vancomicina foram padronizadas para seguir horários determinados após a dose de ataque. Prescrições 12/12h devem seguir os horários de 10h e 22h. Prescrições de 8/8 horas devem ter a medicação administrada às 8h, 16h e 0h (com o objetivo de coleta em horário correto).  O resultado do exame será digitado como evolução do NECIH em prontuário eletrônico, com o consequente ajuste;  A coleta de vancocinemia deve ocorrer entre 9h00-10h00 para prescrições de 12/12h e entre 7h00-8h00 para prescrições de 8/8h.  Pacientes com disfunção renal aguda medicamentosa e infecção comprovada por MRSA discutir com o NECIH a antibioticoterapia.  Atentar para nefrotoxicidade. Avaliar suspensão da vancomicina se evolução com Injúria Renal Aguda em uso de vancomicina.  Ressaltamos a importância da administração da vancomicina no horário prescrito e no tempo de infusão adequado, pois o resultado da vancocinemia depende destes fatores para ser corretamente avaliada.
  • 2. Dose de Vancomicina  A dose de ataque deverá ser de 25 a 30 mg/kg: Peso do paciente Dose 40-49 kg 1000 mg 50-59 kg 1250 mg 60-69 kg 1500 mg 70-79 kg 1750 mg ≥80 kg 2000 mg  A dose de manutenção e o intervalo deverão ser realizadas de acordo com o peso e a função renal: Função Renal (ClCr=mL/min) Peso (kg) 40-49 50-59 60-69 70-79 80-89 90-99 ≥ 100 < 59 kg 750 mg q12h 1000 mg q12h 1250 mg q12h 750 mg q8h 1000 mg q8h 1000 mg q8h 1250 mg q8h 60-69kg 750 mg q12h 1000 mg q12h 1250 mg q12h 1000 mg q8h 1000 mg q8h 1250 mg q8h 1500 mg q8h 70-79kg 1000 mg q12h 1250 mg q12h 750 mg q8h 1000 mg q8h 1250 mg q8h 1500 mg q8h 1750 mg q8h 80-89kg 1000 mg q12h 1250 mg q12h 1000 mg q8h 1250 mg q8h 1500 mg q8h 1750 mg q8h 2000 mg q8h 90-99kf 1250 mg q12h 1500 mg q12h 1000 mg q8h 1250 mg q8h 1500 mg q8h 1750 mg q8h 2000 mg q8h 100- 109kg 1250 mg q12h 1500 mg q12h 1250 mg q8h 1500 mg q8h 1750 mg q8h 2000 mg q8h 2250 mg q8h ≥ 110kg 1250 mg q12h 1500 mg q12h 1250 mg q8h 1500 mg q8h 1750 mg q8h 2000 mg q8h 2250 mg q8h
  • 3.  Dose para pacientes com INJÚRIA RENAL AGUDA (ClCr<40mL/min) Situação Dose de Ataque Dose de Manutenção Em Hemodiálise 15-20mg/kg 15mg/kg após sessão de Hemodiálise. Ajustar de acordo com vancocinemia Não-dialítico 15-20mg/kg 15mg/kg a cada 48h. Ajustar de acordo com vancocinemia *** Pacientes em diálise: A COLETA DA VANCOCINEMIA DEVERÁ SER REALIZADA PELO TÉCNICO DE DIÁLISE IMEDIATAMENTE APÓS A HEMODIÁLISE E EM SEGUIDA, DEVE-SE ADMINISTRAR A DOSE DE VANCOMICINA. ***Para pacientes em diálise: aguardar 48h da dose de ataque para coletar a primeira vancocinemia.  O ajuste de dose da vancomicina será realizada conforme a vancocinemia: VANCOCINEMIA Resultado da Vancocinemia Ajuste < 15 mcg /ml 1. Checar se a dose está entre 15-20 mg/kg; 2. Se estiver com a dose adequada de 12/12h, manter a dose e diminuir o intervalo para 8/8h; 3. Se estiver com a dose adequada de 8/8h aumentar 500mg em cada dose. > 40 mcg /ml 1. Suspender durante 24h e pedir nova vancocinemia 2. Reiniciar com redução de 20 a 30% da dose > 60 mcg /ml 1. Suspender a vancomicina por 48h e pedir nova vancocinemia 2. Reiniciar com redução de 50% da dose
  • 4. Tempo de Infusão da Vancomicina: A infusão da vancomicina deve ocorrer de forma lenta, no mínimo em 30 minutos para cada 500 mg para evitar reações adversas à infusão do medicamento. Drª Maria Esther Graf (Coordenadora NECIH –HUC) Dr. Hugo Morales (Médico do NECIH – HUC) Dra. Thatiane Nakadomari (Médica do NECIH – HUSC) Dr. Felipe Francisco Tuon (Médico do NECIH – HUSC) Dose Tempo de Infusão 500 mg 30 min 1000 mg 1h 1500 mg 1h30min >=2000 mg 2h