O documento descreve a evolução da teoria da tectónica de placas, começando pelas primeiras evidências da deriva dos continentes de Francis Bacon e Alexander von Humboldt. Alfred Wegener formulou a hipótese da deriva continental em 1912, mas faltavam explicações para o "motor" do movimento. Novas descobertas, como a morfologia dos fundos oceânicos, levaram à teoria da tectónica de placas, que explica o movimento por convecção no manto.
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Primeiras evidências…
Mobilismo Geológico •Francis Bacon, séc. XVII, verificou que a costa da
América do sul e da África pareciam o espelho uma da
outra.
•Alexander van Humboldt, séc. XIX, apercebeu-se da
semelhança de rochas existentes no Brasil e no Congo.
•Outros naturalistas mencionaram espécies
Biologia e Geologia 1 semelhantes de tartarugas, lagartos e cobras na
América do sul e em África.
Argumentos da Teoria da Deriva
Alfred Wegener
Foi em 1912 que a ideia do Continental
movimento dos continentes foi
seriamente considerada como
uma teoria científica designada Wegener, baseando-se na morfologia dos
por Deriva dos Continentes, escrita contornos continentais e em dados
em dois artigos publicados por um paleontológicos, paleoclimáticos e outros dados
meteorologista alemão chamado geológicos, admitiu que todos os continentes
Alfred Lothar Wegener. estiveram unidos num único grande continente.
Argumentou que, há cerca de 200
A fragmentação deste em vários continentes
milhões de anos, havia um
supercontinente – Pangeia
menores, e as posteriores deslocações destes até
(Pangea) – que começou a à actualidade, teriam originado o Mapa-Mundi
fracturar-se. Este estava rodeada actual.
por um único oceano –
Pantalassa.
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Argumentos Morfológicos Argumentos Paleontológicos
Ao observar o Mapa-
mundi, Wegener Wegener verificou que certas rochas de diversas
apercebeu-se da regiões, actualmente distantes, apresentam fósseis
complementaridade dos de animais, como o Cinognatus o Mesossáurio e o
Cinognatus,
continentes, no que Listrossáurio,
Listrossáurio cuja presença em locais tão
respeita à sua forma. afastados só seria possível se estes tivessem estado
Wegener observou que anteriormente unidos.
os continentes pareciam
Também verificou que a distribuição dos fósseis do
encaixar-se como peças
feto Glossopteris só era possível de explicar se os
de um puzzle.
continentes tivessem estado anteriormente juntos.
Fig.1 – Os contornos da costa Este da América do Sul e da costa Oeste da
África são complementares.
Argumentos Paleontológicos Argumentos Paleoclimáticos
Grandes avanços dos
gelos ocorridos no
passado, designados
por glaciações,
deixaram as suas
marcas na Ásia, África,
América do Sul e
Oceânia. Este facto só
pode ser explicado se
Fig. 2 - Os fósseis fornecem provas paleontológicas da união dos
admitirmos uma anterior
continentes no passado união destes
continentes.
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Argumentos Paleoclimáticos Argumentos Paleoclimáticos
Fig.3 – As marcas deixadas pelos gelos em alguns continentes são
indicadoras da sua união no passado.
Outro exemplo Paleoclimático…
Paleoclimático…
Carvão: rocha formada em climas quentes e
húmidos
Na Noruega (actualmente de clima polar
rigoroso), debaixo de uma enorme camada de
gelo, encontrou-se carvão formado há 300
milhões de anos.
A ilha teria estado posicionada muito perto do
equador quando ocorreu a formação do carvão.
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Argumentos Geológicos/ Litológicos Argumentos válidos, porém…
Montanhas distantes, hoje
separadas por oceanos, A descoberta de rochas e fósseis comuns em
mostram, pela natureza montanhas no Canadá e na Europa sugerem que
comum das suas rochas e estas estiveram unidas no passado.
fósseis, terem estado
A hipótese de Wegener foi revolucionária para a
unidas no passado.
época em que foi apresentada. Os cientistas seus
Montanhas no Canadá,
contemporâneos argumentavam que ele
Escócia e Suécia, por um
evidenciava o movimento dos continentes, mas
lado, e Argentina e África
não explicava convenientemente como é que isso
do Sul, por outro, Fig. 4 – Várias montanhas no planeta
apresentam evidências da sua era possível.
apresentam evidências
anterior união.
geológicas de uma
anterior união.
O “Motor” do Movimento dos A teoria de Wegener não foi aceite pela
Continentes, segundo Wegener…
Wegener… comunidade científica
Wegener apresentou a seguinte hipótese para Harold Jeffreys e outros físicos da época provaram
explicar os movimentos dos continentes: que esta hipótese não era possível, facto que
•Os continentes movem-se na crosta terrestre esteve de acordo com a maioria dos cientistas.
como os icebergues se movem pelas camadas de Assim, a hipótese de Wegener não foi aceite e
gelo; quando este morreu, em 1940, as suas ideias
•A crosta continental flutua sobre a crosta tinham sido esquecidas.
oceânica.
•A força centrífuga da rotação da Terra, bem
como a atracção Lua-Terra e a força tidal (marés)
são as responsáveis pelo movimento dos
continentes.
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Continuavam a existir dúvidas… Localização de Sismos e Vulcões
Durante séculos, os cientistas especularam em
relação a várias questões:
•Porque é que os terramotos e as erupções
vulcânicas ocorrem em áreas muito específicas do
globo terrestre?
•Como é que as grandes montanhas como os
Alpes e os Himalaias se formaram?
•…
Novas tecnologias, novos dados… Fundos Oceânicos
Com a IIª Guerra Mundial surgem novos avanços
tecnológicos.
As imagens obtidas por sonares permitem
conhecer os fundo dos oceânicos.
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Fundos Oceânicos Estrutura Interna da Terra
Plataforma Rifte Planície
continental abissal
Modelo Químico Modelo Físico
Talude continental Dorsais Zona de Fossa
oceânicas subducção
Conhecimentos da Estrutura Interna da
Teoria da Tectónica de Placas
Terra
Litosfera zona rígida;
Crosta (continental ou oceânica) Tectónica = “construir” (grego)
+
Parte superior do manto (até 100 km) Tectónica de Placas – significa que a superfície da
Terra é construída por placas.
Astenosfera zona plástica com rochas no
estado fluido.
Manto superior (dos 100 aos 350 km)
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Placas Litosféricas Teoria da Tectónica de Placas
A teoria da tectónica de placas diz-nos que a
camada superficial da terra (litosfera) está
fragmentada em placas de diferentes dimensões,
que estão em movimento umas em relação às
outras, enquanto assentam sobre uma camada
estrutural mais quente, menos rígida e mais móvel
(astenosfera).
A evidência adicional da expansão do fundo
oceânico veio de uma fonte inesperada: a
Mais questões se colocaram
exploração do petróleo ao longo das margens
continentais, nas plataformas marinhas.
Quando as idades das amostras foram Se a nova crusta oceânica era criada,
determinadas por métodos de datação continuamente, ao longo das cristas oceânicas,
radiométrica, forneceram a evidência que faltava significaria então que o tamanho da Terra estava a
para provar a hipótese da expansão dos fundos aumentar desde a sua formação?
oceânicos. A maioria de geólogos sabem que a terra mudou
Nas cristas oceânicas formava-se nova crusta. pouco no tamanho desde sua formação há 4 600
milhões de anos.
Como pode a nova crusta oceânica ser
adicionada, continuamente, ao longo das cristas
oceânicas sem aumentar o tamanho da terra?
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Respostas…
Esta pergunta intrigou, particularmente, Harry H.
Hess e Robert S. Dietz.
Hess formulou o raciocínio seguinte: se a crusta
oceânica se expandia ao longo das cristas
oceânicas, ela tinha de ser quot;consumidaquot; noutros
lugares da terra.
De acordo com Hess, enquanto o Oceano
Atlântico estava a expandir-se o Oceano Pacífico
estava a contrair-se. Assim, as ideias de Hess,
davam uma explicação clara porque a terra não
aumentava de tamanho.
Motor do Movimento das Placas
Fundos Oceânicos
Tectónicas
Os materiais do manto
Expande-se Afunda-se
Material pela Planície são aquecidos devido ao
libertado nas zonas de
abissal, calor proveniente do
dos riftes subducção
formando a núcleo formando
crosta oceânica correntes quentes que
sobem, enquanto que as
massas mais superficiais
Reciclagem do material da crosta oceânica (frias) descem.
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Correntes de Convecção
• O “motor” que faz mover as placas
litosféricas é o calor interno da Terra.
Limites Divergentes Limites Convergentes
• Placas que se • Placas que se
afastam; aproximam;
• Situam-se nas • Situam-se nas zonas
dorsais oceânicas / de subducção;
riftes; • Destruição da placa
(menos densa) por
• Formação de nova afundamento no
crosta oceânica; manto;
• Constituem “Bordos • Constituem “Bordos
Construtivos” Destrutivos”
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Limites Conservativos
• Placas que deslizam
lateralmente uma em
relação à outra;
• Situam-se nas zonas
de falhas – Falhas
transformantes
(perpendiculares aos
riftes);
• Não há formação nem
destruição de crosta.
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