1. A MALEDICÊNCIA - NÃO FALES MAL DE NINGUEM - Livro:. ESSENCIA DA AMIZADE – Huberto Rohden
“Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos
outros.
Qual a razão última dessa mania de maledicência?
É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade. Diminuir o valor dos outros dá-nos
a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.
- A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesma.
Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros.
Esses homens julgam necessário apagar luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua
própria luz.
- São como vaga-lumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas
lanternas fosfóreas é muito fraca.
Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar.
Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros.
Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar doentes os outros para gozar a consciência da saúde
própria.”
As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de maledicência.
Falar mal das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor – algo parecido com whisky, gin
ou cocaína – que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia.”
2. A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens.
Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente.
Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir esperanças,
balsamizar dores e traçar rotas seguras.
Fala-se muito por falar, para “matar tempo”.
A palavra, não poucas vezes, converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência
e em bisturi da revolta.
Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades.
Falando, espíritos missionários reformularam os alicerces do pensamento humano.
Falando, não há muito, Hitler hipnotizou multidões, enceguecidas que se atiraram sobre outras
nações, transformando-as em ruínas.
Guerras e planos de paz sofrem a poderosa influência da palavra.
Há quem pronuncie palavras doces, com lábios encharcados pelo fel.
Há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio.
São enfermos em demorado processo de reajuste.
Portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso, não dar ensejo para que o veneno da
maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas.
3. Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro A essência da
amizade, e no capítulo 35 do livro Convites da vida, de Divaldo Pereira Franco,
ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas próprias
fraquezas.
Evitemos a censura.
A maledicência começa na palavra do reproche inoportuno.
Se desejamos educar, reparar erros, não os abordemos estando o responsável
ausente.
Toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo
que culmina por envilecer o caráter de quem com isso se compraz.
Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da
misericórdia divina.
Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, “a boca fala do que está cheio o
coração”.
4. LE 903 - LEIS MORAIS – CAP.XII – PERFEIÇÃO MORAL- VIRTUDES E VÍCIOS
903. Incorre em culpa o homem, por estudar os defeitos alheios?
“Incorrerá em grande culpa, se o fizer para os criticar e divulgar, porque será faltar com a caridade.
Se o fizer, para tirar daí proveito, para evitá-los, tal estudo poderá ser-lhe de alguma utilidade.
Importa, porém, não esquecer que a indulgência para com os defeitos de outrem é uma das
virtudes contidas na caridade.
Antes de censurardes as imperfeições dos outros, vede se de vós não poderão dizer o mesmo.
Tratai, pois, de possuir as qualidades opostas aos defeitos que criticais no vosso semelhante.
Esse o meio de vos tornardes superiores a ele.
Se lhe censurais a ser avaro, sede generosos; se o ser orgulhoso, sede humildes
e modestos; se o ser áspero, sede brandos; se o proceder com pequenez, sede
grandes em todas as vossas ações.
Numa palavra, fazei por maneira que se não vos possam aplicar estas
palavras de Jesus: Vê o argueiro no olho do seu vizinho e não vê a
trave no seu próprio.”
5. DESEJOS ALHEIOS – Espirito Miramez
Não é justo nos preocuparmos com os defeitos alheios no sentido vulgar, procurando
menosprezar os valores de outrem. Somente nascem essas ideias na mente
incapaz de experimentar o amor, de quem não se lembra dos ensinamentos de
Jesus a nos ensinar a benevolência.
Cada criatura é um mundo em particular; toda alma é um campo de plantio, onde
o que se semeia, germina, onde o cuidado multiplica, onde o que se abençoa,
aumenta.
Quando procuramos nos interessar em divulgar os erros dos outros, os nossos
se escondem, prejudicando muito nossa ascensão espiritual.
Incorreremos em grande falta, se colocarmos à vista as falhas alheias, como
críticos. As leis nos cedem esse exame nos outros, se a intenção for de
aprendermos, sem que outros participem, por simples prazer, da nossa
especulação. Em cada alma, na faixa em que se encontra na Terra, existem muitas
arestas a serem aparadas, e isso somente os seus portadores podem fazê-lo.
6. Não deves criar problemas para os teus irmãos; cuida de ti mesmo.
Assim fazendo, a tua vida será melhor.
Deves desentulhar gradativamente tua consciência das chamas que o passado
concentrou, que em todos esses esforços aparecerão mãos invisíveis para te
ajudar em nome de Deus, pelos canais do Cristo.
Estudando os outros com a finalidade de melhorar, serás bem aventurado, desde
quando o silêncio seja teu companheiro em todos os aspectos das observações.
O mais difícil de ser conhecido no mundo é a própria alma; o obstáculo mais
difícil de vencer é educar a si mesmo, em todas as suas etapas evolutivas.
O nosso maior dever é fortalecer em nós a indulgência para com os outros.
Esse é o ponto alto de um coração iluminado.
Os nossos irmãos são filhos de Deus, com os mesmos direitos e deveres no
certame da vida.
A indulgência é a caridade em brilho maior, que abre os melhores caminhos para
quem a possui.
7. Antes de censurares as imperfeições dos outros, olha o que
estás fazendo da vida, que a tua consciência em Cristo
responderá, na luz do Seu amor.
Geralmente os defeitos que criticas, tu os possuis com
fartura.
Se a honestidade clarear a tua mente, notarás a justiça te
indicando outros caminhos a serem percorridos, de maneira
que a luz te leve à paz.
Se queres ser superior, não exponhas as faltas alheias;
eleva-te pelo amor, engrandece-te pela fraternidade e a
gratidão aos que te rodeiam. Somente Jesus veio nos trazer
e mostrar pelos exemplos o que devemos fazer com mais
acerto, para nos tornarmos livres.
8. A vida, em muitos aspectos, e os meios que te encontram
na estadia passageira, te incentivam para o orgulho, para
a vaidade e o egoísmo.
Mas, se o Cristo já nasceu em teu coração, faça a tua
parte na corrigenda de ti mesmo, acendendo a luz das
virtudes, para que sejas teu próprio sol, em toda a
extensão da vida.
Quando estamos fora da lei de Deus e queremos
modificar nossas vidas, encontramos tropeços em todos
os passos.
9. É Marcos que nos diz, anotado no capítulo quatorze, versículo
setenta e um:
PEDRO - começou a praguejar e a jurar: Não conheço esse
homem de quem falais!
Mesmo sendo o discípulo da confiança do Mestre, a natureza
interna de Pedro rejeitou a firmeza em entregar de imediato a
sua vida em favor da verdade.
Assim somos todos nós; quando abraçamos a verdade
internamente, por vezes inconscientemente rejeitamos a luz que
iria nos tornar livres.