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Diário da República, 1.ª série—N.º 48—9 de Março de 2011 1343
Vértices M (metros) P (metros)
F . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 350 265 918
G . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 281 265 879
H . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 235 265 803
I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 221 265 684
J . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 233 265 560
L . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 313 265 309
M . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 464 264 978
N . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 530 264 905
O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 598 264 898
P . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 663 264 934
Q . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 691 265 012
Nota. — As coordenadas das captações e dos vértices que deli-
mitam as zonas de protecção encontram-se no sistema de coordena-
das EPSG 20790 (elipsóide de Hayford, datum Lisboa, projecção de
Gauss, origem no ponto fictício).
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Portaria n.º 98/2011
de 9 de Março
A reorientação de escolas de educação especial para a
modalidade de centros de recursos é hoje uma tendência
geral na Europa. AAgência Europeia para o Desenvolvi-
mento da Educação Especial refere que quase todos os paí-
ses já criaram ou estão a criar uma rede nacional de centros
de recursos, por reconversão das escolas especiais.
Esta é também uma das recomendações da Declaração
de Salamanca, da UNESCO, em que se apela especifica-
mente às organizações não governamentais que fortaleçam
a sua colaboração com as entidades oficiais e que inten-
sifiquem o seu crescente envolvimento no planeamento,
implementação e avaliação das respostas inclusivas às
necessidades educativas especiais.
Com efeito, as escolas especiais da rede solidária têm vindo
a admitir significativamente menos alunos e a privilegiar,
cada vez mais, e com sucesso assinalável, o desenvolvimento
de actividades de apoio às escolas públicas com alunos com
necessidades especiais, no âmbito das áreas curriculares
específicas, das terapias e da transição para a vida activa.
As referidas escolas especiais estão, assim, em Portu-
gal, a acompanhar o movimento de muitos países europeus,
definindo-secadavezmaiscomocentrosderecursosdeapoio
àinclusão(CRI),comfinanciamentodoMinistériodaEduca-
ção, contribuindo, desta forma, para uma oferta de educação
especial organizada num continuum de respostas educativas.
Os resultados da avaliação do trabalho realizado pelas
instituições, a operar na modalidade CRI, permitem concluir
que estas se poderão constituir como um recurso valioso
em prol do desenvolvimento de uma educação inclusiva
complementando o trabalho das escolas de ensino regular.
Esta medida de política educativa vem respondendo
progressivamente a um conjunto de preocupações e aspi-
rações expressas, nos últimos anos, por famílias, escolas
e professores, revelando, em última instância, o amadu-
recimento do próprio sistema.
Neste contexto, não se justifica manter em vigor a Por-
taria n.º 776/99, de 30 de Agosto, que estabeleceu um
regime transitório para as instituições que até àquela data
celebraram acordos com a segurança social e que nos
termos dessa portaria passariam a ser formalizados com
o Ministério da Educação.
Assim:
Ao abrigo do disposto nos Decretos-Leis n.os
553/80,
de 21 de Novembro, e 55/2009, de 2 de Março, manda o
Governo, pela Ministra da Educação, o seguinte:
Artigo 1.º
Objecto
Apresente portaria tem por objecto a uniformização das
regras de concessão de apoios financeiros às instituições
particulares de solidariedade social e outras entidades sem
fins lucrativos que desenvolvem actividade no âmbito da
educação especial.
Artigo 2.º
Enquadramento
1 — O enquadramento do apoio financeiro do Estado às
instituições particulares de solidariedade social é o estabe-
lecido pela Portaria n.º 1102/97, de 3 de Novembro.
2 — O montante dos apoios previstos nos artigos 9.º e
10.º da Portaria n.º 1102/97, de 3 de Novembro, é fixado
por despacho do membro do Governo responsável pela
área da educação.
3 — As instituições particulares de solidariedade social
não podem receber, em relação aos alunos abrangidos
pela gratuitidade do ensino, comparticipações familiares,
a qualquer título, para efeitos de frequência dos estabele-
cimentos de educação especial.
Artigo 3.º
Norma revogatória
É revogada a Portaria n.º 776/99, de 30 de Agosto.
Artigo 4.º
Entrada em vigor
A presente portaria entra em vigor no dia imediato ao
da sua publicação.
Pela Ministra da Educação, João José Trocado da Mata,
Secretário de Estado da Educação, em 14 de Fevereiro
de 2011.

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  • 1. Diário da República, 1.ª série—N.º 48—9 de Março de 2011 1343 Vértices M (metros) P (metros) F . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 350 265 918 G . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 281 265 879 H . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 235 265 803 I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 221 265 684 J . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 233 265 560 L . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 313 265 309 M . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 464 264 978 N . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 530 264 905 O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 598 264 898 P . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 663 264 934 Q . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 691 265 012 Nota. — As coordenadas das captações e dos vértices que deli- mitam as zonas de protecção encontram-se no sistema de coordena- das EPSG 20790 (elipsóide de Hayford, datum Lisboa, projecção de Gauss, origem no ponto fictício). MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Portaria n.º 98/2011 de 9 de Março A reorientação de escolas de educação especial para a modalidade de centros de recursos é hoje uma tendência geral na Europa. AAgência Europeia para o Desenvolvi- mento da Educação Especial refere que quase todos os paí- ses já criaram ou estão a criar uma rede nacional de centros de recursos, por reconversão das escolas especiais. Esta é também uma das recomendações da Declaração de Salamanca, da UNESCO, em que se apela especifica- mente às organizações não governamentais que fortaleçam a sua colaboração com as entidades oficiais e que inten- sifiquem o seu crescente envolvimento no planeamento, implementação e avaliação das respostas inclusivas às necessidades educativas especiais. Com efeito, as escolas especiais da rede solidária têm vindo a admitir significativamente menos alunos e a privilegiar, cada vez mais, e com sucesso assinalável, o desenvolvimento de actividades de apoio às escolas públicas com alunos com necessidades especiais, no âmbito das áreas curriculares específicas, das terapias e da transição para a vida activa. As referidas escolas especiais estão, assim, em Portu- gal, a acompanhar o movimento de muitos países europeus, definindo-secadavezmaiscomocentrosderecursosdeapoio àinclusão(CRI),comfinanciamentodoMinistériodaEduca- ção, contribuindo, desta forma, para uma oferta de educação especial organizada num continuum de respostas educativas. Os resultados da avaliação do trabalho realizado pelas instituições, a operar na modalidade CRI, permitem concluir que estas se poderão constituir como um recurso valioso em prol do desenvolvimento de uma educação inclusiva complementando o trabalho das escolas de ensino regular. Esta medida de política educativa vem respondendo progressivamente a um conjunto de preocupações e aspi- rações expressas, nos últimos anos, por famílias, escolas e professores, revelando, em última instância, o amadu- recimento do próprio sistema. Neste contexto, não se justifica manter em vigor a Por- taria n.º 776/99, de 30 de Agosto, que estabeleceu um regime transitório para as instituições que até àquela data celebraram acordos com a segurança social e que nos termos dessa portaria passariam a ser formalizados com o Ministério da Educação. Assim: Ao abrigo do disposto nos Decretos-Leis n.os 553/80, de 21 de Novembro, e 55/2009, de 2 de Março, manda o Governo, pela Ministra da Educação, o seguinte: Artigo 1.º Objecto Apresente portaria tem por objecto a uniformização das regras de concessão de apoios financeiros às instituições particulares de solidariedade social e outras entidades sem fins lucrativos que desenvolvem actividade no âmbito da educação especial. Artigo 2.º Enquadramento 1 — O enquadramento do apoio financeiro do Estado às instituições particulares de solidariedade social é o estabe- lecido pela Portaria n.º 1102/97, de 3 de Novembro. 2 — O montante dos apoios previstos nos artigos 9.º e 10.º da Portaria n.º 1102/97, de 3 de Novembro, é fixado por despacho do membro do Governo responsável pela área da educação. 3 — As instituições particulares de solidariedade social não podem receber, em relação aos alunos abrangidos pela gratuitidade do ensino, comparticipações familiares, a qualquer título, para efeitos de frequência dos estabele- cimentos de educação especial. Artigo 3.º Norma revogatória É revogada a Portaria n.º 776/99, de 30 de Agosto. Artigo 4.º Entrada em vigor A presente portaria entra em vigor no dia imediato ao da sua publicação. Pela Ministra da Educação, João José Trocado da Mata, Secretário de Estado da Educação, em 14 de Fevereiro de 2011.