Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Leishmania infantum
1. LEISHMANIOSES
Curso de Formação Inicial de Formadores
em Formato B-Learning
Lisboa, 4 de Maio de 2013
Tânia Pereira Faria (Médica Veterinária)
2. LEISHMANIOSES
Objectivos
Caracterizar a doença: O que são leishmanioses e como se
transmitem?
Identificar os principais hospedeiros associados à doença;
Integrar a leishmaniose canina no conceito das
leishmanioses;
Identificar os principais sintomas associados à doença em
cães e gatos;
Reconhecer a doença como sendo um problema de saúde
pública. 2
3. LEISHMANIOSES
CONTEXTUALIZAÇÃO E MOTIVAÇÃO
Importância significativa em termos médicos e veterinários
(Dantas-Torres, 2006), uma vez que estes protozoários
afectam várias espécies de mamíferos, entre os quais o
Homem (Dedet, 2001);
Os cães, domésticos e selvagens, são os principais
hospedeiros reservatórios desta zoonose, mas outras
espécies de animais podem ser infectadas, incluindo
pequenos roedores e gatos (Neafie & Connor, 1976);
Portugal : espécie Leishmania infantum, endémica em Trás os
Montes e Alto Douro, Cova da Beira, Lousã, Lisboa, Setúbal,
Évora e Algarve (Biomedical Research,2005). 3
4. LEISHMANIOSES
Agenda:
1. O que são Leishmanioses e como
se transmitem?
2. O insecto vector
3. Ciclo de vida da Leishmania
4. Sinais clínicos no cão
5. Sinais clínicos no gato
6. Importância em saúde pública
4
5. LEISHMANIOSES
1. O que são Leishmanioses e como
se transmitem?
Doenças parasitárias causadas por protozoários
intracelulares pertencentes ao género Leishmania
(Desjeux, 1996);
Transmissão: Insectos vectores-Phlebotomus (P.) no Velho
Mundo e Lutzomya (L.) no Novo Mundo (Desjeux, 1996);
Leishmaniose canina: Leishmania infantum no Velho
Mundo e Leishmania chagasi no Novo Mundo;
Hospedeiros: cães, pequenos roedores, gatos, ovelhas,
cabras, cavalos e o homem (Neafie & Connor, 1976).
5
6. LEISHMANIOSES
2. O insecto vector
Insectos hematófagos (fêmeas) de actividade
predominantemente crepuscular ou nocturna;
Concordantes gonotróficos (3 a 4 ciclos);
Activos desde a Primavera até finais de Outono (excepto em
regiões tropicais);
Espécies Phlebotomus perniciosus e Phlebotomus ariasi-
vectores na bacia mediterrânica e em Portugal (Pires et al,
1991). 6
7. LEISHMANIOSES
3. Ciclo de vida da Leishmania
(Fonte: Van Der Lugt e Stewart, 2003)
Formas amastigotas de Leishmania
infantum (oc x10, obj x100- Giemsa)
(Fonte: Faria, 2007)
7
Formas promastigotas de Leishmania
infantum (oc x10 e obj x40-IFI )
(Fonte: Faria, 2007)
A maioria das
leishmanioses
são zoonoses
Importância
em Saúde
Pública
8. LEISHMANIOSES
4. Sinais clínicos no cão
8
Doença crónica e de
envolvimento viscero-
cutâneo, que pode atingir
todos os sistemas do
organismo.
• Linfadenopatia
generalizada(aumento
ganglionar);
• Alopécia, úlceras e
descamação seca
cutânea;
• Atrofia dos músculos
faciais.
(Fonte: Faria, 2007)
9. LEISHMANIOSES
9
4. Sinais clínicos no cão
• Alopécia periocular, blefarite,
queratoconjuntivite bilateral e
uveíte
• Úlceras da córnea,
queratoconjuntivite seca, cataratas
e glaucoma
• Perda de peso e
caquexia
• Glomerulonefrite e
insuficiência renal e
hepatica (Fonte: Faria, 2007)
10. LEISHMANIOSES
5. Sinais clínicos no Gato
10
(Fonte: Pennisi, 2002)
• Lesões nodulares e ulcerativas
em forma de crostas ou pápulas
nas orelhas, nariz, lábios ou
pálpebras
• Dermatite, alópécia,
descamação
11. LEISHMANIOSES
6. Importância em saúde Pública
A leishmaniose é uma zoonose (doença transmissível ao
homem).
A transmissão faz-se essencialmente por picada do mosquito
infectado (flebótomo), no cão são (hospedeiro preferencial),
mas o mosquito também pode picar o homem (Dedet, 2001)
Devem-se identificar os animais infectados, tratar os doentes,
controlar e vigiar toda a população de cães e também utilizar
formas adequadas de prevenção
11
Divulgação da doença e
formas de prevenção
(panfletos )
13. LEISHMANIOSES
Síntese:
As leishmanioses são doenças parasitárias causadas por
protozoários intracelulares, pertencentes ao género
Leishmania e transmitidas pela picada de um insecto vector
(Desjeux, 1996);
Os cães são os principais hospedeiros reservatórios desta
zoonose;
Provocam sintomas cutâneos e sistémicos no cão e gato;
Como zoonose, pode afectar o homem. Deve ser feita uma
divulgação e tomadas medidas de prevenção;
Combater o desconhecimento em relação à leishmaniose
e à sua importância em Saúde Pública.
13
14. LEISHMANIOSES
Referências Bibliográficas
Biomedical Research: Field studies in North Portugal, 2005.
Dantas-Torres S. F.,2006. Leishmune vaccine:the newest tool for
prevention and control visceral leishmaniosis and its potential as a
transmission blocking vaccine. Vet.Parasitol. 141:1-8;
Dedet J.P., 2001 . Repartition geographique des leishmanioses. Méd.
Mal. Infect. 31 suppl 2: 178-183;
Desjeux, P.,1996. Leishmaniasis. Public Health Aspects and Control.
Clin Dermatol; 14:417-423;
Desjeux, P., 2001. The increase in risk factors for leishmaniasis
worldwide. Trans. R. Soc. Trop. Med. Hyg. 95, 239-243.
Faria,T.C.,2007. Estudo Sero-epidemiológico da infecção por
Leishmania SPP. em cães e gatos do município de vila Franca de
Xira (Ribatejo,Portugal) utilizando o teste de imunofluorescência
Indirecta.
14
15. LEISHMANIOSES
Referências Bibliográficas
Neafie,R.C., Connor,D.H., 1976. Visceral leishmaniasis. In: Bindford,
C.H., Connor, D.H. (Eds.),Pathology of Tropical and Extraodinary
Disease, vol.1. Armed Forces Institute of Pathology, Washington,
DC,pp.265-277;
Pires,C.A.,Ribeiro,H.1991. The phlebotomine sandflies of Portugal.
V. Observations on the ecology of the vectors of leishmania in the
Alto Douro region. Parasitologia, 33(Suppl.1):63-68;
Pennisi,M.G.2002. A high prevalence of feline leishmaniasis in
southern Italy. In: Killick-Kendrick,R.(Ed.), Canine Leishmaniasis:
MovingTowards a Solution. Intervet International, Boxmeer,pp.39-48;
Van Der Lugt,J.J.,Carlyon,J.F.and de Waal,D.T.1992. Cutaneous
leishmaniosis in a sheep.J.S.Afr.Vet.Ass.63:74-77.
15