O documento discute a qualidade de vida e sustentabilidade, abordando: 1) a desigualdade no acesso aos recursos naturais; 2) a necessidade de preservar o meio ambiente para as gerações futuras; 3) os diversos tipos de poluição e formas de reduzi-la.
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
mini seminário 'Em busca da qualidade de vida'
1. Em busca da
Qualidade de Vida
Diante de um cenário de escassez de
recursos naturais, é preciso muita
capacidade de organização política
para conciliar interesses diversos.
2. Abordagem: qualidade de vida e cidadania
Quantos ainda vivem sem condições mínimas de conforto,
sujeitos a habitações que parecem improvisadas mas que são,
na verdade, a obra possível, como as favelas e os cortiços?
Quantos aspiram ingressar ao reino do consumo, gerando mais
pressão dos recursos naturais não renováveis?
Quantos já estão privados de recursos básicos à reprodução
adequada da vida humana, como água doce/potável?
Quantos ainda vivem em áreas consideradas de risco à vida
humana?
3. Qualidade de vida e sustentabilidade
Os bens materiais e os alimentos necessários à reprodução
da vida humana vêm do ambiente, seja ele natural ou
produzido. Por isso é preciso dispor de um ambiente que
permita reprodução da base material atual e para gerações
futuras, considerando que elas podem optar pela alteração
radical do modelo em vigor.
Wagner Costa Ribeiro, 1991.
4. Surgimento e matrizes do
ambientalismo
A ampla maioria dos estudiosos reconhece que foi apenas a partir da
revolução industrial que a inquietação ganhou algum sentido prático,
embora se tenha levado alguns séculos para ser implementado em um
sistemas de leis que regule a ação humana, como acabou ocorrendo
no século XX. O Movimento ambientalista pode ser identificado como
um dos fatores principais nessa tarefa. As primeiras leis ambientais
surgiram na segunda metade do século XIX a partir da reinvindicação
dos chamados protecionistas ingleses, ou seja, aqueles que desejavam
proteger espécies da extinção, em especial as preferidas pelos
caçadores ingleses.
5. Diversas correntes do ambientalismo a
partir de 1960
Preservacionistas e conservacionistas
Radicais ou ecologistas profundos
Ecoterroristas
Desenvolvimentistas
Ecocapitalistas
6. Por ocasião da Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em
1992, houve uma importante fusão entre os ambientalistas e
os movimentos sociais.
Como resultado, na reunião do Rio propôs-se a Agenda XXI,
um plano de ação para melhorar as condições ambientais do
planeta pautado na correção do consumo exagerado de países
ricos e na distribuição dos recursos deles aos países em
desenvolvimento, como maneira de combater a pobreza.
7. No Brasil, a organização ambientalista ganhou forma na década de
1950. Em 1955 foi criada a União Protetora do Ambiente Natural
(Upan), sendo a primeira organização claramente ambientalista.
Em seguida surgiu a Fundação Brasileira para Conservação da
Natureza (FBCN) em 1958. Ambos do conservadorismo.
Na década de 1970, ações voltadas à proteção ambiental, como a
preocupação com o uso indeterminado de defensivos agrícolas e
com a poluição do ar, passaram a compor a pauta das associações.
Nos anos 80, uma grande mobilização culminou com o movimento
pela Constituinte, em 1988, incluía temas ambientais na
Constituição Federal. Inúmeras associações foram criadas para
temas específicos, incorporando demandas externas, organizações
transnacionais, como o Greenpeace. Está inaugurada a fase atual
do ambientalismo brasileiro, marcado pelo profissionalismo de
seus militantes.
8. Pode-se associar o ambientalismo em suas diversas
matrizes com a luta pela cidadania. Ao proporem
das condições naturais, seja preservando-as,
colaborando para construir um mundo mais
equilibrado na apropriação dos recursos naturais.
Isso denominamos cidadania ambiental.
A legislação ambiental brasileira é tida como uma
das mais interessantes do mundo, apesar de não ser
devidamente aplicada.
9. Cidadania e Qualidade de Vida
A devastação de diversos ambientes naturais é apenas uma das
consequências de um modelo de reprodução da vida.
Uso da base material da existência é extremamente desigual. Dados
do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, indicam que
um terço da população mundial consome hoje cerca de dois terços de
toda energia gerada e dos recursos naturais do planeta.
Um dos aspectos mais importantes da relação entre cidadania e
ambiente é a desigualdade ao acesso e uso da base material da
existência.
As crises do petróleo do inicio da década de 70, apesar de suas
implicações econômicas e financeiras, contribuíram para difundir na
opinião pública a ideia de que recursos naturais vitais ao
funcionamento do capitalismo podem faltar.
10. O PIB brasileiro chegou a oitava posição mundial de 1980 e as
atividades industriais e de serviços predominam na economia há
décadas.
Para definir o IDH, são consideráveis variáveis como a expectativa de
vida; os anos de estudo, que são divididos em fundamental, médio e
superior; e a capacidade de compra, definida pelo dólar PPC
(paridade de poder de compra), que expressa o consumo de bens e
serviços em diferentes países e segundo os preços praticados neles.
Problemas ambientais no campo: inúmeras comunidades rurais
passaram a produzir materiais para o consumo capitalista. E a
crescente urbanização da população mundial.
Isso implica manter um estilo de vida que possa prover a base material
da existência, incluindo a produção de alimentos e de abrigo, assim
como roupa e habitação.
11. Definição de poluição
A poluição é definida na legislação brasileira (Lei 6.938/81,
Art.3, III) como a “...degradação da qualidade ambiental...”
que direta ou indiretamente prejudiquem a saúde,
segurança e o bem-estar da população, que criem condições
adversas às atividades sociais e econômicas, que afetem
desfavoravelmente a biota, as condições estéticas ou
sanitárias do ambiente ou que lancem matérias ou energia
em desacordo com os padrões estabelecidos.
12. Vários tipos de poluição
Poluição sonora
Poluição visual
Poluição atmosférica
Poluição da água
Poluição do solo
Poluição nuclear
13. Reduzir a poluição é hoje uma das principais preocupações da maioria dos países do
mundo. Visando essa redução, a tarefa não é fácil, pois exige uma ação internacional
concertada (recorde-se que a poluição não conhece fronteiras), enormes
investimentos e a intervenção ativa de todos os cidadãos, em geral, e das empresas,
em particular. Por exemplo:
Instalação nas fábricas de dispositivos (catalisadores) que retenham os fumos e os gases,
podendo estes ser até reutilizados como fontes energéticas. De acordo com o princípio de que
"deve pagar quem polui", esta medida tem já carácter obrigatório em vários países
industrializados, relativamente a muitas indústrias;
Utilização de tecnologias alternativas, ou seja, de tecnologias diferentes que reduzam o
consumo de energia, tornem a indústria menos poluidora (tecnologias limpas) e valorizem os
resíduos;
Aplicação de catalisadores em todos os automóveis novos, de modo a diminuir o máximo de
emissão de fumos e gases e a redução da quantidade de chumbo e enxofre nos combustíveis
(gasolina, gasóleo). Pensa-se que estas medidas reduzirão entre 70% e 90% a poluição do ar
provocada pelos veículos motorizados;
Obrigatoriedade de inspeções periódicas a todos os tipos de veículos automóveis no que respeita
aos níveis de poluição atmosférica (nomeadamente a emissão de fumos) e sonora
(especialmente sobre o nível de ruído dos tubos de escape), como já acontece em muitos países;
Substituição de alguns produtos químicos industriais perigosos, como, por exemplo, os que têm
levado à destruição da camada do ozono.
14. Sustentabilidade e cidadania.
Algumas atitudes que podem contribuir com o
desenvolvimento sustentável através de uma postura
cidadã
A sustentabilidade como conjunto de valores: é o compromisso de assumir uma
atitude responsável e transparente em suas relações com a sociedade, empresas,
governo, etc. Valores morais e éticos são essenciais no exercício da cidadania.
A sustentabilidade como postura estratégica: é preciso ter uma mente cidadã nos
negócios realizados pelo ser humano para realizar uma ação social estratégica.
A sustentabilidade como estratégia para se relacionar: ao se relacionar com o
próximo estrategicamente através de uma postura que enfoque cidadania, contribui-se
com os ditames do desenvolvimento sustentável.
A Sustentabilidade e o marketing pessoal: realizar a sua valorização enquanto ser
humano é ótimo na sua vida pessoal e profissional, entretanto, para contribuir com a
sustentabilidade, não se deve esquecer da postura cidadã.
15. A sustentabilidade e a sua reputação: como consequência positiva do
tópico acima, você será melhor visto em sua comunidade como uma
pessoa que procura fazer seus próprios negócios e leva sua vida de
maneira digna e respeita o meio ambiente.
A sustentabilidade como estratégia de inserção em sua
comunidade: através de uma postura contributiva e cidadã, o
caminho para ganhar a confiança de sua comunidade, a fim de
pleitear mudanças, se torna mais simples.
A sustentabilidade e o desenvolvimento comunitário: advém do
tópico anterior. Com a inserção na comunidade, você pode se tornar
um agente e um catalisador de mudanças, promovendo o
desenvolvimento social local e articulando parcerias com o Governo,
Terceiro Setor e empresas para alcançar os objetivos comuns.
A cidadania para o incentivo local de ações sustentáveis: tendo uma
postura cidadã em sua comunidade, é possível que as pessoas ao seu
redor se motivem a adotar as mesmas posturas que você em prol do
bem comum.
16. O que define a qualidade de vida?
O que determina a qualidade de vida é uma condição histórica e social. Ao
julgar quais seriam os elementos indicadores de uma boa qualidade de vida a
resposta dada por determinada pessoa, indiscutivelmente, virá impregnada
por estes fatores sócio históricos, embora nem sempre conscientes e
explicitados.
Neste sentido, Schaff (1967: 71) aponta que:
“O homem nasce numa determinada sociedade, sob determinadas condições
sociais e inter-humanas que ele próprio não escolhe; são elas o resultado da
atividade de gerações anteriores [e] a opinião do que é bom ou mau, do que é
digno ou não, quer dizer, o determinado sistema de valores, é dado socialmente,
igualmente como o conhecimento do mundo, que é determinado pelo
desenvolvimento histórico da sociedade. As condições sociais formam, com a
ajuda da consciência social vigente, o indivíduo humano, que nasce e se
desenvolve numa sociedade. É neste sentido que as condições criam o indivíduo”
[Grifos do autor].