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1-Atos de fala e intenção comunicativa
Quando falamos, realizamos uma atividade que tem como objetivo provocar alterações no
nosso interlocutor, modificar um determinado estado de coisas.
Um ato de fala é precisamente uma ação verbal com uma intenção comunicativa: a de fazer
perguntas, dar ordens, informar, expressar opiniões, ameaçar...
Nos atos de fala diretos, a intenção comunicativa está explicita no que é dito; no atos de fala
indiretos, a intenção comunicativa tem de ser captada, não só ao nível do que é dito, como ao
nível do que se quis dizer: há, portanto, um plano implícito a considerar.
O contexto comunicativo é fundamental para se captar e produzir um determinado ato de fala.

Tipos de atos de                    Objectivos                    Verbos e expressões que lhe
      fala                                                             estão associados
   Assertivos         Traduzem uma posição, uma verdade             Afirmar, negar, acreditar,
                    assumida pela pessoa que fala. Ex: Ele não        concordar, discordar,
                               é meu namorado.                    responder, informar, sugerir,
                                                                    admitir, confessar, achar
                                                                     (possível, necessário,
                                                                   incrível...), estar convicto.
  Declarativos         Exprimem uma realidade criada pelo           Nomear, declara, certificar
                    próprio ato de fala. Ex: Declaro-vos marido   (está associado a atos oficiais
                                     e mulher.                    como o casamento, reuniões,
                                                                          julgamentos...)
Tipos de atos de                  Objectivos                    Verbos e expressões que lhe
      fala                                                           estão associados

  Expressivos      Expressam sentimentos, emoções, estados      Gostar, amar, adorar, detestar,
                    de espírito da pessoa que fala. Ex: Gosto   agradecer, felicitar, lamentar,
                            tanto de te ver contente!              dar boas-vindas, pedir
                                                                desculpa, elogiar, achar (mal,
                                                                 bem...) – uso frequente de
                                                                  expressões exclamativas

   Diretivos       Pretendem conduzir o outro à realização de    Perguntar, convidar, pedir,
                      uma ação. Ex: Vem comigo ao cinema.        implorar, mandar, obrigar,
                                                                 aconselhar, proibir, avisar,
                                                                suplicar – frases imperativas;
                                                                    frases interrogativas

Compromissivos     Exprimem um compromisso assumido pela               Jurar, prometer,
                      pessoa que fala. Ex: Estarei lá à hora     comprometer-se, garantir –
                                   marcada.                        uso frequente do futuro

  Declarativos     Pretendem exprimir o que deve ser ouvido        Considerar importante,
   assertivos          como uma verdade a seguir, por ser       fundamental, imprescindível
                   reconhecida a autoridade de quem fala. Ex:     (relativamente ao outro)
                    Considero fundamental que faça a dieta.
1. Ação:                              2. Categorias da narrativa
• Relevo: Central / Secundária(s);
• Delimitação: Fechada (ação solucionada até ao pormenor) / Aberta (ação não
   solucionada);
• Estrutura da ação: Situação inicial (introdução) / Peripécias e ponto culminante
   (desenvolvimento) / Desenlace (conclusão);
• Organização das sequências narrativas e/ou das ações: Encadeamento (ordenação
   cronológica dos acontecimentos / Alternância (entrelaçamento das sequências e/ou das
   ações) / Encaixe (introdução de um sequência e/ou ação noutra).
2. Personagens:
• Relevo/papel: Central / Secundária / Figurante
• Caracterização: Física (traços fisionómicos, vestuário) / Psicológica (traços psicológicosde
    caractér, de comportamento) / Social (grupo social a que pertence)
• Processos de caracterização: Direta (através de palavras do personagem acerca de si própria,
    de palavras de outras personagens, de afirmações do narrador) / Indireta (deduções
    palavras do personagem do leitor a cerca da personagem, a partir de atitudes ou
    comportamentos da mesma)
• Concepção: Modelada / Individual / Plana / Coletiva / Tipo
3. Espaço: Físico (o lugar onde a ação se realiza; a descrição é o modo mais comum de
    representação do espaço físico) / Social (o meio social a que pertencem e onde se
    deslocam as personagens) / Psicológico (o espaço vivenciado pela personagem, de acordo
    com o seu estado de espírito; por exemplo, vê o espaço alegre se está alegre, e vê-o triste,
    se está triste) ou (o lugar do pensamento e emoção das personagens que pode ser expresso,
    por exemplo, através do monólogo interior.
4. Tempo: Cronológico (marcas da passagem do tempo . Dia, mês, ano, etc.) / Histórico (
   enquadramento histórico das ações; atmosfera epocal) / Psicológico (tempo vivenciado
   subjectivanebte pelas personagens) / Da história (organização cronológica das ações) /
   Da narrativa (organização das ações na narrativa).




4. Narrador:
• Presença: Participante como personagem / Participante como observador / Não
   participante;
• Focalização: Externa (o narrador limita-se a contar o observável) / Interna (observa através
   do olhar, do ponto de vista de uma personagem) / Omnisciente (sabe tudo, mesmo o que
   se passa no íntimo das personagens);
• Posição: Objectivo (não toma posição face aos acontecimentos; é imparcial e isento) /
   Subjetivo (narra os acontecimentos, declarando ou sugerindo a sua posição de adesão ou de
   recusa, fazendo comentários revelando posições ideológicas, etc.; é parcial).

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Ações de fala e intenções comunicativas

  • 1. 1-Atos de fala e intenção comunicativa Quando falamos, realizamos uma atividade que tem como objetivo provocar alterações no nosso interlocutor, modificar um determinado estado de coisas. Um ato de fala é precisamente uma ação verbal com uma intenção comunicativa: a de fazer perguntas, dar ordens, informar, expressar opiniões, ameaçar... Nos atos de fala diretos, a intenção comunicativa está explicita no que é dito; no atos de fala indiretos, a intenção comunicativa tem de ser captada, não só ao nível do que é dito, como ao nível do que se quis dizer: há, portanto, um plano implícito a considerar. O contexto comunicativo é fundamental para se captar e produzir um determinado ato de fala. Tipos de atos de Objectivos Verbos e expressões que lhe fala estão associados Assertivos Traduzem uma posição, uma verdade Afirmar, negar, acreditar, assumida pela pessoa que fala. Ex: Ele não concordar, discordar, é meu namorado. responder, informar, sugerir, admitir, confessar, achar (possível, necessário, incrível...), estar convicto. Declarativos Exprimem uma realidade criada pelo Nomear, declara, certificar próprio ato de fala. Ex: Declaro-vos marido (está associado a atos oficiais e mulher. como o casamento, reuniões, julgamentos...)
  • 2. Tipos de atos de Objectivos Verbos e expressões que lhe fala estão associados Expressivos Expressam sentimentos, emoções, estados Gostar, amar, adorar, detestar, de espírito da pessoa que fala. Ex: Gosto agradecer, felicitar, lamentar, tanto de te ver contente! dar boas-vindas, pedir desculpa, elogiar, achar (mal, bem...) – uso frequente de expressões exclamativas Diretivos Pretendem conduzir o outro à realização de Perguntar, convidar, pedir, uma ação. Ex: Vem comigo ao cinema. implorar, mandar, obrigar, aconselhar, proibir, avisar, suplicar – frases imperativas; frases interrogativas Compromissivos Exprimem um compromisso assumido pela Jurar, prometer, pessoa que fala. Ex: Estarei lá à hora comprometer-se, garantir – marcada. uso frequente do futuro Declarativos Pretendem exprimir o que deve ser ouvido Considerar importante, assertivos como uma verdade a seguir, por ser fundamental, imprescindível reconhecida a autoridade de quem fala. Ex: (relativamente ao outro) Considero fundamental que faça a dieta.
  • 3. 1. Ação: 2. Categorias da narrativa • Relevo: Central / Secundária(s); • Delimitação: Fechada (ação solucionada até ao pormenor) / Aberta (ação não solucionada); • Estrutura da ação: Situação inicial (introdução) / Peripécias e ponto culminante (desenvolvimento) / Desenlace (conclusão); • Organização das sequências narrativas e/ou das ações: Encadeamento (ordenação cronológica dos acontecimentos / Alternância (entrelaçamento das sequências e/ou das ações) / Encaixe (introdução de um sequência e/ou ação noutra). 2. Personagens: • Relevo/papel: Central / Secundária / Figurante • Caracterização: Física (traços fisionómicos, vestuário) / Psicológica (traços psicológicosde caractér, de comportamento) / Social (grupo social a que pertence) • Processos de caracterização: Direta (através de palavras do personagem acerca de si própria, de palavras de outras personagens, de afirmações do narrador) / Indireta (deduções palavras do personagem do leitor a cerca da personagem, a partir de atitudes ou comportamentos da mesma) • Concepção: Modelada / Individual / Plana / Coletiva / Tipo 3. Espaço: Físico (o lugar onde a ação se realiza; a descrição é o modo mais comum de representação do espaço físico) / Social (o meio social a que pertencem e onde se deslocam as personagens) / Psicológico (o espaço vivenciado pela personagem, de acordo com o seu estado de espírito; por exemplo, vê o espaço alegre se está alegre, e vê-o triste, se está triste) ou (o lugar do pensamento e emoção das personagens que pode ser expresso, por exemplo, através do monólogo interior.
  • 4. 4. Tempo: Cronológico (marcas da passagem do tempo . Dia, mês, ano, etc.) / Histórico ( enquadramento histórico das ações; atmosfera epocal) / Psicológico (tempo vivenciado subjectivanebte pelas personagens) / Da história (organização cronológica das ações) / Da narrativa (organização das ações na narrativa). 4. Narrador: • Presença: Participante como personagem / Participante como observador / Não participante; • Focalização: Externa (o narrador limita-se a contar o observável) / Interna (observa através do olhar, do ponto de vista de uma personagem) / Omnisciente (sabe tudo, mesmo o que se passa no íntimo das personagens); • Posição: Objectivo (não toma posição face aos acontecimentos; é imparcial e isento) / Subjetivo (narra os acontecimentos, declarando ou sugerindo a sua posição de adesão ou de recusa, fazendo comentários revelando posições ideológicas, etc.; é parcial).