O documento discute as teorias da comunicação à luz das mudanças trazidas pelas tecnologias digitais e o ciberespaço. Ele argumenta que as teorias da comunicação clássicas não são mais suficientes devido aos novos paradigmas descentralizados e em tempo real proporcionados pela comunicação digital. Uma nova teoria da comunicação é necessária para compreender a centralidade das tecnologias nos processos comunicacionais atuais.

1. S.Squirra PósCom2014
Seminário
Cibernética,
ciberespaço e
comunicação

2. Cibernética, ciberespaço e
comunicação
Teorias da comunicação “clássicas”
versus
uma “outra” Teoria da comunicação
... digital!!!!

3. Cibernética, ciberespaço e
comunicação
...uma “outra” Teoria da comunicação digital
..... já que agora a comunicação é
descentralizada, atemporal, multitelas, em
tempo real, de qualquer lugar, em qualquer
momento, de qualquer forma e....

4. Teorias da comunicação... digital!
essencialmente
centrada nas tecnologias!

5. Teorias da comunicação... digital!
A(s) Teoria(s) da comunicação “anteriores”
não dão conta da nova realidade,
pois seus paradigmas são centrados
em processos analógicos, com padrões escassos de
tempo, acesso limitado às mídias,
às poucas plataformas midiáticas,
ao perfil restrito dos consumidores
aos processos produtivos viciados etc.

6. Teorias da comunicação... digital!
Duas vertentes robustas:
a) a tecnologização dos processos produtivos
e
b) a adesão maciça da sociedade às inovações
tecnológicas

7. Teorias da comunicação... digital!
A tecnologização dos
processos produtivos provoca uma inédita
AMPLIAÇÃO das plataformas midiáticas
que desencadeia uma ainda não experimentada
EXPONENCIAÇÃO de conteúdos
(conceito “overloaded of information”)...

8. Teorias da comunicação... digital!
As inovações tecnológicas
fazem com que
a(s) Teoria(s) da comunicação clássicas
entrem em crise e discutam sua identidade, sua
pertinência enfim... sua ontologia!
Sabe-se que é necessário uma
“NOVA” Teoria para as comunicações!

9. Teorias da comunicação... digital!
Assim, elabora-se uma
Teoria “contemporânea” para as comunicações
que tem tempo certo para aflorar.
Mas, o “pertencimento ao campo” tem seus
antecedentes, que passamos a focar!

10. Teorias da comunicação... digital!
Uma
Teoria “contemporânea”
não tem como desviar do papel essencial das
tecnologias
nos processos da comunicação.
Se isto era válido para a anterior, é
imprescindível na atual....

11. Novos paradigmas
Pressupostos básicos:
1. As tecnologias não são coisas do “diabo”;
2. Não são, portanto, a “causa” dos problemas
sociais, muito menos da comunicação;
3. Não devem ser vistas unicamente pela
angulação semiótica e se deve pautar por
4. Estudos interdisciplinares colaborativos.

12. Novos paradigmas
Pressupostos básicos:
Estar aberto aos novos paradigmas
trazidos pelas novas tecnologias
Caso contrário......

14. Antecedentes
Antecedentes históricos importantes:
1. A Teoria da comunicação vigente se origina
em estudos de balística (II Guerra Mundial),
com a obra
Teoria matemática da comunicação
de Claude Shannon e Waren Wiever.

15. Antecedentes
Antecedentes históricos importantes:

16. Origens
Teoria matemática da comunicação de Shannon e Wiever (1948).
Máquinas de comunicar, de transmitir informação, com criptografia
Fonte/emissor /codificador --- canal/meio ------ decodificador/receptor
O diagrama tem relação direta com o custo das transmissões de telefone, pois
avaliava o RUÍDO que impedia a perfeita chegada ao destino da informação
original
Antecedentes: Markov,(1910); Alain Turing (1936); John von Neuman (1944)
e Norbert Wiener, fundador da Cibernética.
Referências: Obras de Armand Mattelart indicadas.

17. Origens
Antecedentes :
Teoria matemática da comunicação (Shannon e Wiever,1948).

18. Cibernética
Cibernética
Grego kubernetes: a arte do piloto, governar.
É a ciência que estuda as comunicações e o sistema de controle, não só dos
organismos vivos, mas também das máquinas
“A sociedade só pode ser compreendida através do estudo
das mensagens e das facilidades de comunicação de que disponha: e
de que, no futuro desenvolvimento dessas mensagens e facilidades
de comunicação, as mensagens entre os homens e as máquinas,
entre as máquinas e o homem, e entre a máquina e a máquina,
estão destinadas a desempenhar papel cada vez mais importante”
Norbert Wiener (p. 16)

19. Ciberespaço
Ciberespaço
Grego kubernetes: a arte do piloto, governar.
Para Bruce Sterling
“ciberespaço é o local onde uma conversação telefônica parece acontecer.
Não dentro do aparelho em si, o equipamento plástico na sua escrivaninha.
Nem mesmo dentro do da outra pessoa em alguma outra cidade.
O espaço entre os aparelhos.
O indefinido espaço lá fora, onde os dois seres humanos
se encontram e se comunicam”.
Squirra (1998,p.65)

20. Ciberespaço
O termo aparece originalmente:
1. No livro de ficção Neuromancer de William Gibson, e
2. No texto científico Principia Cybernetica Web de F. Heylighem
Hipertexto Hyperlink como características importantes
Obras seminais:
1. The virtual community, de Howard Rheingold e
2. Wired cities. Shaping the future of communications, de William Dutton

21. Ciberespaço
Obras importantes:

22. Ciberespaço
A mais importante obra

23. Ciberespaço
A vida Digital de Nicholas Negroponte;
O que será de Michael Dertouzos;
A revolução Inacabada de Michael Dertouzos;
A era do Acesso de Jeremy Rifkin;
Ecologia da Informação de Thomas Davenport;
A comunidade do futuro de Frances Hesselbein e outros;
O bit e o pêndulo de Tom Siegfried;
Telecosmo de George Gilder;
Ansiedade da Informação de Richard S. Wurman;
Cultura da Interface de Steven Johnson,
Acelerado de James Gleick
Para compreender o mundo digital de Ethevaldo Siqueira
Comunicação digital de André Barbosa e Cosette Castro
Jornalismo digital de Pollyana Ferrari
Janelas do ciberespaço de André Lemos e Marcos Palácios
Cibercoms de S.Squirra (org.)
Cibermídias de S.Squirra (org.),
Interação mediada por computador de Alex Primo
A migração digital de Lorenzo Vilches e...

24. Ciberespaço
Wikinomics de don Tapscott e A. Williams
A era da geração digital de Don Tapscott
A terceira onda de Alvin Toffler, produzido em 1980.
Technofutures de James Canton
La aldea transnacional de Cees J. Hamelink,
Internet, et après? de Dominique Wolton;
As tecnologias da inteligência de Pierre Lévy,
Cibercultura de Pierre Lévy;
A Galáxia da internet de Manuel Castells;
A Sociedade em rede de Manuel Castells;
A Rede de Juan Luis Cebrián
A ontologia do ciberespaço de David R. Koepsell
2015, Como viveremos de Ethevaldo Siqueira
Sociedade do conhecimento de José Marques de Melo
Dossiê Cibermída, Revista Comunicação e Sociedade 45
Cultura da convergência de Henry Jenkins

25. Ciber... o que mesmo?
Surge o conceito de Cibercultura (Pierre Lévy)
que insere
amplitudes cognitivas preocupantes,
pois une os vastos campos do
CIBERESPAÇO e da CULTURA

26. Ciber... cultura!

27. Ciber... cultura?
Lévy centra no “universal sem totalidade” (p.111)
como “essência da cibercultura” e pergunta:
“como articular a virtualidade do ciberespaço com a
territorialidade da cidade?” (p.112)... Completa dizendo que o
“gênero canônico da cibercultura é o mundo virtual”(p.145)
E fala do papel das tecnologias, da virtualização, do som,
das artes, das cidades, dos novos acessos às bibliotecas,
da educação à distância, de democracia eletrônica .......
Enfim, de tudo!

28. Ciber... LOGIA!!!!
Proposta:
Ampliar o termo para
CIBERLOGIA
ou seja, “estudos do ciber”

29. Ciber... LOGIA!!!!
Incluindo interdisciplinarmente temas como
a) A tecnologia e a filosofia da tecnologia
b) meios de conexão
c) Big data/bancos de dados
c) Interações homens-máquina,
d) neurociência,
e) robótica,
f) nanotecnologia
g) web semântica
h) multitelas/multiplataformas etc.

30. Ciber... LOGIA!!!!
CIBERLOGIA
com mais referências:
1. A física do futuro de Michio Kaku
2. A era das máquinas espirituais de Ray Kurzweil
3. Informação de James Gleick
4. Hamlet no Holodeck de Janet H. Murray
entre outros,
pois a vida JÁ É plenamente cibernética..

32. Obrigado!!!