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Departamento de Nutrição
e Metabologia da SBD
Manual de Nutrição
Pessoa com Diabetes
2009
Manual de Nutrição
Pessoa com Diabetes
Departamento de Nutrição
e Metabologia da SBD
São Paulo
2009
INTRODUÇÃO
Este material foi elaborado pelos nutricionistas, membros do departa-
mento de Nutrição e Metabologia da Sociedade Brasileira de Diabetes,
no biênio 2006/2007 sob a coordenação de Gisele Rossi, com intuito de
informar, de maneira sucinta, o público leigo e profissionais de saúde
sobre Nutrição e Diabetes.
O Manual foi apresentado no site da SBD, ao longo de 07 meses, em
forma de capítulos abordando diversos temas sobre nutrição, incluindo
recomendações nutricionais, plano alimentar para Diabetes tipo 1 e 2,
situações especiais, dentre outros. Os mesmos temas foram desenvolvidos
nos Manuais para pacientes e profissionais da saúde, sendo disponibili-
zados em 2 formatos on line: fascículo para a pessoa com diabetes, com
informações básicas, incluindo ilustrações para melhor fixação e manual
do profissional, com texto e indicações de leitura adicional.
O grande número de visitação on line, assim como os inúmeros pedidos
solicitando o envio dos Manuais pelos profissionais de Saúde e pacientes
fez com que a atual gestão do Departamento de Nutrição e Metabologia,
com o apoio de Marília Brito Gomes, presidente da SBD conseguissem
disponibilizar o material na versão impressa.
Assim, acreditamos que esta iniciativa seja um facilitador de acesso
ao conteúdo científico de Nutrição para a prática dos profissionais que
trabalham com diabetes, bem como esclarecer à pessoa com diabetes, fa-
miliares, e amigos, que a alimentação equilibrada e individualizada, é sem
dúvida, uma aliada para o controle metabólico, buscando desta forma,
um estilo de vida mais saudável.
Marlene Merino Alvarez
Coordenadora do Departamento de Nutrição e Metabologia da Sociedade Brasileira de
Diabetes - SBD – 2008/2009
Capítulo 1 – Os alimentos: calorias, macronutrientes e
micronutrientes............................................................................................6
Anelena Soccal Seyffarth
•	 Nutricionista Especialista em Nutrição Humana
•	 Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – 2008/2009
Capítulo 2 – Alimentação e hábitos saudáveis........................................14
Deise Regina Baptista
•	 Nutricionista Especialista em Administração Hospitalar e em Saúde Pública
•	 Coordenadora do Curso de Nutrição da Universidade Federal do Paraná (UFPR)
•	 Vice - Coordenadora do Curso de Especialização em Nutrição Clínica da UFPR;
•	 Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – 2008/2009
Capítulo 3 – Determinando o plano alimentar........................................18
Anita Sachs
•	 Nutricionista Mestre em nutrição humana pela London School Hygiene and Tropical
Medicine
•	 Professora adjunta e chefe da disciplina de Nutrição do Departamento de Medicina
Preventiva da UNIFESP,
•	 Doutora em Ciências pela UNIFESP
•	 Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – 2008/2009
Capítulo 4 – Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 1.........................22
Luciana Bruno
•	 Nutricionista Especialista em Nutrição Materno Infantil pela Unifesp com treinamento na
Joslin Diabetes Center
•	 Membro do Conselho Consultivo da Associação de Diabetes Juvenil de São Paulo
•	 Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – 2008/2009
Capítulo 5 – Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 2.........................26
Celeste Elvira Viggiano
•	 Nutricionista clínica e sanitarista
•	 Mestre em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo
•	 Educadora e especialista em diabetes, obesidade e síndrome metabólica
•	 Membro dos Departamentos de Nutrição e Metabologia e de Gestação Diabética da SBD –
2008/2009
Manual de Nutrição
Temas e Autores
Capítulo 6 – Plano alimentar nas complicações metabólicas, agudas e
crônicas do diabetes: hipoglicemia, nefropatia, dislipidemias..............28
Marlene Merino Alvarez
•	 Nutricionista do grupo de Diabetes da Universidade Federal Fluminense (UFF);
•	 Mestra em Nutrição Humana pela UFRJ
•	 Doutora em Ciências Nutricionais pela UFRJ
•	 Especialista em Educação e Saúde pela UFRJ
•	 Coordenadora do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD 2008/2009
Capítulo 7 – Plano alimentar nas situações especiais: escola, trabalho,
festas, restaurantes e dias de doença......................................................34
Gisele Rossi
•	 Nutricionista Especialista em Nutrição Clínica pela Associação Brasileira de Nutrição -
ASBRAN
•	 Nutricionista da Preventa Consultoria e Ação em Saúde/SP;
•	 Membro do Conselho Consultivo da Associação de Diabetes Juvenil de São Paulo
•	 Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD - 2008/2009
Colaboradoras:
Ana Cristina Bracini de Aguiar
•	 Especialista em Nutrição Clínica
•	 Pós graduação em Administração Hospitalar.
•	 Nutricionista Clínica do Instituto da Criança com Diabetes, do Rio Grande do Sul.
•	 Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – 2008/2009
Clarissa Paia Bargas Uezima
•	 Nutricionista
•	 Especialista em Nutrição em Saúde Publica pela UNIFESP
Josefina Bressan
•	 Nutricionista, Especialista em Nutrição Clínica, M.Sc, Ph.D, Pós-PhD
•	 Professora Associada e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação (Mestrado e
Doutorado) em Ciência da Nutrição do Departamento de Nutrição e Saúde da Universidade
Federal de Viçosa (DNS/UFV)
•	 Pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Juliane Costa Silva Zemdegs
•	 Nutricionista Especialista em Nutrição em Saúde Publica pela UNIFESP
Kariane Aroeira Krinas
•	 Nutricionista Especialista em Nutrição Clínica
•	 Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – 2008/2009
Marisa Sacramento Gonçalves
•	 Nutricionista Centro de Diabetes e Endocrinologia do Estado da Bahia
•	 Residência em Nutrição Clínica - Hospital Universitário Antonio Pedro, Niterói/RJ1980
•	 Especialista em Controle e Qualidade de Alimentos UFBA 1989
•	 Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – 2006/2007
6 – Capítulo 1 OS ALIMENTOS: CALORIAS, MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES.
Autor: Anelena Soccal Seyffarth
Colaboração: Josefina Bressan
Objetivo: Revisar os conceitos básicos sobre a composição
dos alimentos, suas funções e influência no controle
glicêmico e na saúde.
FATOS:
1	 Define-se caloria como a energia produzida por
determinados componentes dos alimentos quan-
do estes são utilizados pelo organismo. Estas ca-
lorias são necessárias para manter o funciona-
mento do corpo nas 24 horas. O consumo ex-
cessivo pode levar ao ganho de peso. Portanto,
calorias são necessárias, o seu excesso não!
2	 As frutas também contêm carboidratos. Muitas
pessoas esquecem-se dessa composição e as
consomem em grandes quantidades, de uma
vez só, alterando desfavoravelmente a glicemia.
OS ALIMENTOS: CALORIAS,
MACRONUTRIENTES E
MICRONUTRIENTES.
Capítulo 1 – 7OS ALIMENTOS: CALORIAS, MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES.
Portanto, o consumo de frutas deve ser diário,
variado e espaçado durante o dia.
3	 As gorduras ou lipídios são componentes ali-
mentares que fornecem realmente taxas maiores
de energia. No entanto têm funções fundamen-
tais para a saúde: são importantes condutoras de
vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K); possuem
ácido graxos essenciais para a produção de subs-
tâncias com hormônios e outros, e, como o nos-
so organismo não os produz, devemos ingeri-los
moderadamente, preferencialmente obtidos dos
alimentos vegetais (exemplos: óleos).
NUTRIENTES
São chamados de nutrientes os componentes dos
alimentos que têm funções específicas e são funda-
mentais para o bom funcionamento do organismo
e manutenção da saúde. Podem ser classificados em
macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras)
e micronutrientes (vitaminas e minerais).
CALORIAS
A caloria não é constituinte dos alimentos, é a me-
dida de sua energia potencial. Os principais grupos
fornecedores de calorias são os macronutrientes: car-
boidratos, proteínas e gorduras. Os carboidratos e as
proteínas, quando totalmente utilizados no organis-
mo, geram 4 kcal de energia por grama, enquanto a
gordura, 9 kcal.
CARBOIDRATOS
Os carboidratos fornecem a maior parte da energia
necessária para a pessoa se movimentar, realizar tra-
balhos, enfim, viver, e são encontrados nos alimentos.
A ingestão recomendada de carboidratos é de 50% a
60% do valor calórico total consumido diariamente
pela pessoa. Os carboidratos, quando trabalhados no
organismo, são convertidos em glicose e é esta glicose
8 – Capítulo 1 OS ALIMENTOS: CALORIAS, MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES.
a fonte principal de energia para as diferentes células
que compõem o nosso corpo.
São exemplos de alimentos que contêm carboidratos:
1	 Açúcar de mesa, mel, açúcar do leite e das frutas,
garapa, rapadura, balas, muitos chicletes, doces
em geral, refrigerantes;
2	 Cereais e derivados, como arroz, trigo, centeio,
cevada, milho, aveia, farinhas (de trigo, de mi-
lho, de mandioca), massas, pães, biscoitos, ma-
carrão, polenta, pipoca,tapioca, cuscuz;
3	 Tubérculos: batata-doce, batata, inhame, cará,
mandioca, mandioquinha;
4	 Leguminosas: feijão, ervilha, lentilha, grão-de-
bico e soja.
FIBRAS
As fibras são componentes dos alimentos que não
fornecem calorias, vitaminas ou minerais mas de-
sempenham das funções no sistema gastrointestinal,
atuando na prevenção e tratamento de doenças como
certos tipos de câncer, hipertensão, diabetes e outras.
São facilmente encontradas em alimentos de origem
vegetal, como hortaliças, frutas e cereais integrais, ou
seja, em alimentos consumidos com cascas, bagaços,
não refinados.
PROTEÍNAS
As proteínas são indispensáveis ao corpo humano,
pois, além de contribuírem como fonte calórica, são
fornecedoras dos aminoácidos, que servem de mate-
rial construtor e renovador, isto é, são responsáveis
pelo crescimento e pela manutenção do organismo.
Suas fontes mais ricas são as carnes de todos os tipos,
os ovos, o leite e o queijo, enquanto as leguminosas
são as melhores fontes de proteína vegetal.
Capítulo 1 – 9OS ALIMENTOS: CALORIAS, MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES.
GORDURAS
Como já citado anteriormente, as gorduras têm fun-
ções importantes, porém não necessitamos consumi-
las em grandes quantidades. No entanto, a qualidade
da gordura consumida é fundamental. O consumo de
gorduras saturadas, encontradas principalmente em
alimentos de origem animal, deve ser realizado com
moderação, pois pode causar elevação dos níveis de
glicemia, colesterol e triglicérides. Já as gorduras mo-
noinsaturadas, encontradas no azeite de oliva, óle-
os de canola, girassol ou amendoim, e as gorduras
poliinsaturadas, encontradas em peixes, semente de
linhaça e óleo de soja, são importantes componentes
alimentares que podem auxiliar na manutenção de
um bom perfil das gorduras sanguíneas (colesterol e
triglicerídeos).
VITAMINAS, MINERAIS E ÁGUA
Nutrientes como vitaminas e minerais (exemplos: vi-
tamina A, vitamina C, cálcio, ferro e iodo) não geram
energia e são compostos que ocorrem em quantida-
des pequenas nos alimentos. Porém são de extrema
importância para o organismo, pois têm funções es-
pecíficas e vitais nas células e nos tecidos do corpo
humano. As recomendações de consumo para idosos,
adultos, gestantes e lactantes, adolescentes e crianças
com DM1 ou DM2 são similares às da população em
geral.
São fontes de vitaminas e minerais
1	 Frutas, hortaliças e legumes;
2	 Leite e derivados, carnes, castanhas e nozes;
3	 Cereais integrais (ex.: milho, aveia, alimentos
com farinha integral).
A água, igualmente essencial à vida, embora também
não seja fornecedora de calorias, é o componente fun-
damental do nosso organismo, ocupando dois terços
dele.
10 – Capítulo 1 OS ALIMENTOS: CALORIAS, MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES.
PERGUNTAS FREQUENTES:
Como devemos utilizar as gorduras dos alimen-
tos?
1	 Usar o mínimo possível de gordura (óleo) no
preparo dos alimentos;
2	 Preferir os alimentos grelhados ou assados aos
fritos;
3	 Utilizar, quando necessário, produtos indus-
trializados com baixo teor de gordura (lights,
desnatados);
4	 Evitar as gorduras saturadas (carnes gordas, ba-
nha, bacon, manteiga e queijos amarelos);
5	 Evitar consumir embutidos (lingüiças, salsichas,
salames, mortadelas) ;
6	 Reservar seus alimentos preferidos que con-
tenham mais gordura para dias/momentos
especiais
7	 Lembrete: produtos com baixo teor de gordu-
ra não são necessariamente bons para cocção.
A margarina light, ao contrário do que se pen-
sa, não é ideal para cozinhar ou grelhar carnes
e vegetais.
Como aproveitar melhor as qualidades das fru-
tas e vegetais?
1	 Comprar vegetais e frutas da época (safra), pois,
além do menor custo, fornecem maior quanti-
dade de vitaminas e minerais;
2	 Comprar apenas o necessário para períodos cur-
tos. Vegetais e frutas são perecíveis; sua perda
pode representar prejuízo financeiro e redução
no consumo adequado desses alimentos;
3	 Utilizar maior proporção de hortaliças cruas, pois
Capítulo 1 – 11
vão fornecer boas quantidades de fibras e sua
composição de vitaminas e minerais será mais
bem preservada;
4	 Quando cozinhar legumes, utilizar o mínimo de
água e corte-os em pedaços maiores ou se pos-
sível cozinhe-os com a casca. Assim a perda de
alguns minerais e vitaminas hidrossolúveis será
menor;
5	 Utilizar a água na qual cozinhou os vegetais em
outras preparações, como arroz e sopa;
6	 Sempre que possível, utilizar cascas e bagaços de
frutas e vegetais (por exemplo bagaços de laran-
ja e tangerina, cascas da maçã e da abobrinha)
7	 Quando precisar retirar a casca de vegetais e fru-
tas descasca-los bem rente porque alguns nu-
trientes se concentram muito perto da casca;
8	 As frutas ricas em vitamina C devem ser pre-
ferencialmente consumidas inteiras. Se desejar
preparar suco com elas beba-o assim que estiver
pronto, pois essa vitamina se perde muito facil-
mente em contato com o ar;
9	 Programar-se para nunca faltar as frutas e os ve-
getais de sua preferência. Fica mais fácil manter
o hábito quando os alimentos estão disponíveis
em nossa casa.
Complementação Capitulo 1
O QUE VOCÊ PODE COMEÇAR A FAZER:
1	 Utilizar alimentos de diferentes grupos, para
consumir todos os nutrientes importantes.
2	 Variar as frutas, hortaliças e legumes. Deste
modo, você obterá uma maior variedade de vi-
taminas e minerais.
3	 Ler e comparar as informações nutricionais nos
rótulos dos alimentos, para escolher as melho-
res opções (exemplo: escolher  os que contêm
12 – Capítulo 1 OS ALIMENTOS: CALORIAS, MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES.
menor teor de gorduras, preferir os que conte-
nham mais fibras).
4	 Carregar uma garrafa com água quando for à
rua, à escola ou trabalho.
5	 Escolher carnes magras, retirar a pele do frango.
Capítulo 1 – 13OS ALIMENTOS: CALORIAS, MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES.
14 – Capítulo 2 Alimentação e hábitos saudáveis
Alimentação e hábitos
saudáveis
Autor: Deise Regina Baptista
MITOS:
1	 Alimentação saudável é aquela em que se come
muito pouco.
2	 Não consigo controlar minha glicemia porque
almoço fora todos os dias!
3	 Se o alimento é industrializado não é saudável.
FATOS:
1	 A alimentação saudável é aquela que atende
às necessidades nutricionais de cada indivíduo,
com ingestão de alimentos de qualidade e em
quantidades suficientes para manutenção de um
peso corpóreo adequado.
Capítulo 2 – 15Alimentação e hábitos saudáveis
2	 A alimentação deve se ajustar ao gosto, à per-
sonalidade, às tradições familiares e culturais,
ao estilo de vida e ao orçamento. Refeições
bem planejadas transmitem prazer e devem ser
nutritivas.
3	 Hoje em dia comer fora não é mais desculpa para
não se seguir uma alimentação saudável e man-
ter o controle da glicemia, pois os restaurantes a
quilo ou bufês estão por toda a parte e oferecem
grande variedade de alimentos para se manter
escolhas saudáveis de alimentos, controlando-
se a quantidade e o tipo de comida. Basta saber
fazer a opção certa.
4	 Se for consumir um alimento industrializado de-
ve-se ter a preocupação de se ler o rótulo e che-
car as quantidades de nutrientes fornecidas por
ele, identificando e interpretando o tamanho da
porção, calorias fornecidas/porção e a quantida-
de de carboidratos, proteínas e gorduras/porção.
É possível consumir um alimento industrializa-
do saudável.
PERGUNTA FREQUENTE:
Como construir um estilo saudável de alimen-
tação?
Um estilo saudável de alimentação tem cinco caracte-
rísticas: adequação, equilíbrio, controle calórico, mo-
deração e variedade.
1	 Variedade: coma alimentos de todo os grupos.
A variedade é simbolizada por seis cores que re-
presentam os cinco grupos alimentares da pi-
râmide e os óleos. Isso ilustra que são necessá-
rios alimentos de todos os grupos (cores), dia-
riamente, para que uma dieta seja considerada
saudável;
2	 Moderação: coma com maior freqüência ali-
mentos com pouca gordura e açúcar adicionado.
A moderação é representada pelo estreitamento
16 – Capítulo 2 Alimentação e hábitos saudáveis
da faixa de cada grupo alimentar, observando-se
da base até o topo (de baixo para cima). A base
da pirâmide contém alimentos com pouca ou
nenhuma gordura saturada ou ricos em açúcar,
e devem ser consumidos com mais freqüência.
O topo representa os alimentos ricos em gordu-
ras saturadas e açúcares;
3	 Proporcionalidade: coma nas quantidades re-
comendadas. A proporcionalidade é mostrada
pelas diferentes larguras de cada faixa vertical
que representa os grupos alimentares. O tama-
nho das larguras sugere a quantidade de alimen-
tos que o indivíduo pode escolher de cada grupo.
Essa quantidade não está em proporção adequa-
da, pois é apenas um guia geral. É importante a
individualização;
4	 Atividade física regular: faça diariamente. Ela
é representada por degraus que o indivíduo deve
escalar, funcionando como um lembrete para a
prática diária de exercícios;
5	 Individualização: o que serve para os outros
pode não servir para você;
6	 Progressos graduais: para melhorar a alimen-
tação e o estilo de vida, inicie com pequenos pas-
sos a cada dia.
O que você pode começar a
fazer :
1	 Tenha 4 a 6 por dia, em horários determinados
e com moderação. O tempo entre uma refeição
não deve ser menor que 2 horas nem maior do
que quatro;
2	 Mastigue bem os alimentos saboreando-os
3	 Evite frituras: são muito calóricas. Sempre que
possível, asse, grelhe ou cozinhe seus alimentos;
4	 Devagar com o sal: evite deixar o saleiro na
mesa. A porção individual não deve ultrapassar
1 colher de chá por dia (6 g);
Capítulo 2 – 17Alimentação e hábitos saudáveis
5	 Reduza a ingestão de álcool: as bebidas alcoólicas
são calóricas: 1 grama de álcool fornece 7 kcal;
6	 Atenção aos alimentos diet: mesmo os diet en-
gordam e contém carboidratos alterando a
glicemia;
7	 Não vá ao supermercado com fome e sempre te-
nha em mãos sua lista de compras e suas possí-
veis substituições;
8	 Coma, na medida do possível, mais alimentos
integrais;
9	 Coma frutas diversas e com bagaço: escolha fru-
tas frescas ou secas; dê mais atenção às frutas,
ao invés dos sucos. Elas contêm fibras que dão
saciedade;
10	 Varie as hortaliças: coma mais hortaliças verde-
escuras, como brócolis e espinafre; ingira mais
hortaliças alaranjadas, como cenoura;
11	 Prefira leite, iogurte ou queijos que sejam pobres
em gorduras, semi-desnatados ou desnatados;
12	 Selecione carnes e aves magras ou preparadas
com pouca gordura (cozidas, grelhadas ou as-
sadas); varie, substitua a carne por leguminosas
(ex.: feijão, soja), oleaginosas (ex.: nozes, casta-
nhas) e sementes (ex.: girassol, abóbora);
13	 Não se esqueça de tomar bastante água: no mí-
nimo 2 L/dia;
14	 Prefira alimentos e bebidas sem ou com pouco
açúcar adicionado; evite gorduras sólidas como
manteiga, margarina dura e banha de porco, as-
sim como os alimentos que as contêm; leia o ró-
tulo para verificar as quantidades de gordura sa-
turadas, trans e de sódio; faça com que as suas
maiores fontes de gordura provenham de peixes,
oleaginosas e óleos vegetais;
15	 Planeje suas refeições!!;
18 – Capítulo 3 DETERMINANDO O PLANO ALIMENTAR
Autor: Anita Sachs
Colaboradoras: Juliane Costa Silva Zemdegs e Clarissa
Paia Bargas Uezima
Objetivo: Evidenciar a importância das necessidades
nutricionais individualizadas, facilitando a mudança
de estilo de vida e alimentação de maneira aceitável e
alcançável.
MITOS:
1	 Todo paciente portador de diabetes deve seguir
o mesmo plano alimentar?
2	 As carnes, ovos e queijos não contêm açúcar.
Podem, então, ser consumidos à vontade?
3	 Quais frutas os pacientes com diabetes podem
consumir ?
DETERMINANDO O PLANO
ALIMENTAR
Capítulo 3 – 19DETERMINANDO O PLANO ALIMENTAR
 FATOS:
1	 O consumo de quantidades adequadas de calo-
rias, proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas
e minerais é necessário para o bom funciona-
mento do organismo. Estas quantidades, conhe-
cidas como necessidades nutricionais, variam de
pessoa para pessoa em função da idade, peso,
altura, sexo e atividade física, assim como du-
rante a gravidez e a amamentação. Assim, não
existe um plano alimentar padrão para o indiví-
duo com diabetes. A ingestão de cada nutriente
deve ser individualizada, baseada na avaliação
nutricional, perfil metabólico, peso e objetivos
do tratamento.
2	 Carnes, ovos e queijos não contêm açúcar, mas
possuem proteínas que, em excesso, também al-
teram a glicemia e sobrecarregam os rins. Esses
alimentos também contêm gorduras saturadas
e colesterol que, em exagero, podem acarretar
em complicações crônicas (pressão alta, doença
renal, ou doenças cardíacas). Somente a avalia-
ção nutricional por um profissional capacitado
será capaz de determinar as quantidades ideais
para cada pessoa.
3	 Todas as frutas podem ser consumidas , não exis-
te fruta proibida. No entanto, não podemos con-
sumi-la a vontade , pois também aumentam a
glicemia. Outra dica importante é preferir comer
a fruta ao invés de tomar o suco.
PERGUNTAS FREQUENTES:
Tenho diabetes, preciso de alimentos especiais?
Resposta: Não. O indivíduo com diabetes, assim como o
não portador de diabetes , deve ter uma alimentação
variada, com conteúdo balanceado de nutrientes, rica
em grãos integrais, frutas, vegetais, carnes e laticínios
magros. Os adoçantes artificiais ou edulcorantes po-
dem ser utilizados, considerando-se o seu valor caló-
rico. Nem todos os produtos dietéticos são destina-
20 – Capítulo 3 DETERMINANDO O PLANO ALIMENTAR
dos aos portadores de diabetes, e para utilizá-los são
necessárias cautela e moderação, ler cuidadosamente
os rótulos dos alimentos e procurar a orientação do
nutricionista.
O QUE VOCÊ PODE COMEÇAR A
FAZER:
1	 Conscientizar-se da importância de uma alimen-
tação saudável para a sua saúde;
2	 Procurar um nutricionista.
Capítulo 3 – 21DETERMINANDO O PLANO ALIMENTAR
Autor: Luciana Bruno
Objetivo: Evidenciar os diferentes métodos de terapia
nutricional aos portadores de Diabetes tipo 1, para que o
profissional possa decidir junto a seu paciente a melhor
estratégia para ele, naquele momento.
Plano alimentar e diabetes
mellitus TIPO 1
MITOS:
1	 A melhor dieta é aquela que meu nutricionista/
médico quer que eu siga
2	 Com a chegada do Diabetes, minha vida social
acabou
22 – Capítulo 4 Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 1
3	 Medir a glicemia é só para quem tem Diabetes
grave
FATOS:
1	 O melhor plano alimentar é aquele que você e o
profissional da saúde que te acompanha sentem-
se mais à vontade. A alimentação saudável será
sempre nosso maior objetivo
2	 O Diabetes não vai e não deve deixar sua vida
social de lado. Os planos alimentares devem le-
var tudo isso em consideração. Teremos um fas-
cículo falando só sobre este assunto
3	 Não é só o alimento que altera a glicemia;a ati-
vidade física, medicação, estado emocional tam-
bém alteram. Medir as glicemias em horários di-
ferentes, podem ajudar sua equipe a determinar
se você está comendo pouco ou muito, ou se a
quantidade de medicação está insuficiente, ou se
a atividade física está excessiva. E ela é impor-
tante para todos os tipos de diabetes
4	 Especialmente no Diabetes tipo 1, o esquema
insulínico pode ser determinante na escolha do
plano alimentar. Por exemplo, no esquema in-
sulínico tradicional 1 ou 2 doses insulina/dia, é
importante ter horários para comer, e manter a
consistência, isto é, comer sempre nas mesmas
quantidades. Isto ajuda evitar hipoglicemias e
hiperglicemia. Já no esquema insulínico inten-
sivo ,com as insulínicas ultrarápidas e rápidas,
pode-se fazer um ajuste da dose, em virtude da
quantidade de carboidrato a ser ingerido.
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Listas de Substituições
Como o próprio nome diz, substituição quer dizer
substituir por, trocar por. O ideal é que as substitui-
Capítulo 4 – 23Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 1
24 – Capítulo 5 Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 1
ções (as trocas) ocorram entre os mesmos grupos, ou
seja, pão pode ser trocado pelo arroz,ou macarrão ou
batata ou outro alimento do mesmo grupo. E ainda
conhecer a quantidade. Por exemplo, se meu café da
manhã está escrito que posso 1 pão francês. Se quiser
substituir (trocar) pelo biscoito água e sal, isto equi-
valeria a 5 biscoitos. Ver Tabela 1
Tabela 01
GRUPO Carboidrato (g) Quantidades (Medida Caseira) Substituição (unidade)
Pães 15g
01 ft Pão Forma,
½ Pão Francês
03 col.(sopa) Arroz
01
Leite 12g
01 copo (240ml) Leite
01 copo Iogurte Natural
01
Fruta 15g
01 Maçã (peq.)
01 Copo (150ml) Sal. Frutas
01
Vegetais 05g
01 (Pires) Chá Crú
02 Col. (sopa) Cozido
00
Carne 0g - - - 00
Gorduras 0g - - - 00
Contagem de Carboidratos
Na contagem de carboidratos , mostramos que o mais
importante no controle da glicemia é saber a quanti-
dade total de carboidrato ingerida e não a qualidade.
Nela, definimos quantos gramas de carboidratos po-
demos consumir por refeição, podendo assim incluir
todo e qualquer alimento . Também existe a possibili-
dade de determinar o bolus alimentar, ou seja, a quan-
tidade de insulina ultra rápida para cobrir os gramas
de carboidratos .
PERGUNTAS FREQUENTES:
Tenho Diabetes há 15 anos e sei tudo o que devo ou
não comer. Agora troquei de emprego, e estou traba-
lhando no turno da noite, e meu Diabetes está des-
controlado.
Capítulo 5 – 25
Resposta: Para que você volte a controlar suas gli-
cemias, será importante um ajuste nos horários da
medicação e também nos horários e quantidades da
sua alimentação. O seu estilo de vida atual é que vai
determinar o tipo de esquema insulínico a ser seguido
e também as possibilidades de alimentação.
O QUE VOCÊ PODE COMEÇAR A
FAZER:
1	 Conhecer o esquema insulínico que você está
seguindo.
2	 Quais horários que mais sente fome?
3	 Faça um diário alimentar, registrando tudo o que
você comeu no dia de ontem, incluindo horário,
alimento e quantidade
4	 Com este diário, verifique se o número de por-
ções que você consome no dia está de acordo
com a Pirâmide alimentar saudável
5	 Meça as glicemias e leve os diários para sua equi-
pe ajuda-lo a compreender melhor seu Diabetes
e montar um plano alimentar específico para
você.
Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 1
26 – Capítulo 5 Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 2
Autora: Celeste Elvira Viggiano
Objetivo: Possibilitar o entendimento da Terapia Nutri-
cional direcionada a pessoas com diabetes mellitus tipo 2
Plano alimentar e
diabetes mellitus tipo 2
MITOS:
1	 Quanto menos eu comer, mais facilmente con-
trolo meu diabetes.
2	 Basta retirar o açúcar da minha alimentação
para controlar a glicemia.
3	 Posso comer carnes, ovos, hortaliças e frutas à
vontade.
FATOS:
O diabetes do tipo 2 está diretamente relacionado ao
excesso de peso e alto consumo de gorduras na dieta.
Manter um peso adequado e uma alimentação balan-
ceada favorece o controle da glicemia e pode retardar
Capítulo 5 – 27Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 2
o aparecimento do diabetes tipo 2.
Hábitos alimentares saudáveis, que incluem maior
oferta de alimentos pouco processados e naturais,
menor consumo de gorduras, sal e bebidas alcoólicas
previnem a pressão alta, a elevação dos níveis de co-
lesterol e triglicérides no sangue e contribuem para
manter o nível normal de glicemia.
PERGUNTAS FREQUENTES:
Devo seguir a dieta rigorosamente todos os dias? É
possível transgredi-la sem prejuízo para o controle do
meu diabetes?
R: Sim, uma vez que o diabetes se instala, seguir a
prescrição dietética é um fato rotineiro, porque sendo
uma doença do metabolismo é diretamente influen-
ciada pela qualidade e quantidade de nutrientes que
entram na circulação sanguínea. Contudo, ao contrá-
rio do que se pensa, o plano alimentar de uma pessoa
portadora de diabetes é o mesmo recomendado para
quem quer ter uma vida saudável e evitar doenças.
O QUE VOCÊ PODE COMEÇAR A
FAZER:
1	 Inclua mais refeições, como pequenos lanches,
no seu dia, reduzindo as quantidades de alimen-
tos das refeições principais.
2	 Reduza progressivamente o consumo de alimen-
tos industrializados, substituindo-os por alimen-
tos naturais e preparações caseiras.
3	 Opte por alimentos com menor teor de gordu-
ras. Por exemplo, ao comprar pães, escolha os
mais simples como o pão francês, baguetes sim-
ples e ciabatta.
Plano Alimentar em algumas
complicações metabólicas do
Diabetes Mellitus: Hipoglicemia,
Nefropatias e Dislipidemias
Autora: Marlene Merino Alvarez
Objetivo: Promover o restabelecimento da saúde
por meio de um plano alimentar específico, visando
retardar ou estacionar a progressão das complicações
metabólicas do Diabetes Mellitus.
MITOS: Identificar mitos a
respeito do temA
1	 A hora da hipoglicemia é o melhor momento
para se comer doce.
2	 A alimentação para quem está com problema
nos rins deve ser sem carne vermelha.
3	 É normal o diabético ter gordura alta no sangue.
FATOS:
Hipoglicemia
Os doces e guloseimas podem ser incluídos no plano
28 – Capítulo 6
Plano Alimentar em algumas complicações metabólicas
do Diabetes Mellitus: Hipoglicemia, Nefropatias e Dislipidemias
alimentar em um outro momento, desde que quan-
tificados e orientados pelo nutricionista, até mesmo
porque a hipoglicemia é um momento em que o corpo
está debilitado e as funções normais não estão plenas
e por isso o prazer da alimentação também fica pre-
judicado.
Tratamento:
Acha que está com hipo? Meça a glicemia. Se menor
que 50mg/dl, ingerir 1 colher de sopa de açúcar (15
g de carboidratos) misturado com água. Ou Suco de
laranja (1 copo de 150ml) ou Caramelos (3 unidades)
ou Refrigerante comum (1 copo de 150ml). A glice-
mia capilar (ponta de dedo) deve ser realizada após
15 minutos da administração do alimento (açúcar) e
caso a glicemia não tenha voltado ao normal deve-se
voltar a dar 15 g de carboidratos. Se estiver na hora
da refeição esta deve ser antecipada.
É importante saber reconhecer os sintomas da hipo,
e também identificar as causa. Hipoglicemia não é
nosso objetivo de tratamento.
Nefropatia diabética
A nefropatia diabética é uma doença que acomete
os rins. Os rins têm como principal função manter
o equilíbrio do organismo. Eles funcionam como se
fossem um filtro expulsando as substâncias “tóxicas”
e retendo os nutrientes essenciais ao bom funciona-
mento do corpo.
O plano alimentar na nefropatia diabética além de
ser individualizado, irá variar de acordo com o es-
tágio da falência renal. O nutriente mais afetado é
a proteína (animal e vegetal), e não somente as
carnes vermelhas. Com a progressão da doença, há
necessidade também de restrição de alguns minerais.
O tratamento da nefropatia diabética pode ser dividido
em três etapas (primária, secundária e terciária) de
acordo com o comprometimento dos rins.
Na primária deve-se se ter preocupação com os se-
guintes itens:
Medir Glicemia
1 colher (sopa) rasa de açúcar em 1/2
copo de água
Glicemia  50
usar uma das opções abaixo
ou 1 copo (150ml) de suco de laranja
ou 3 caramelos
ou 1 copo (150 ml) de
refrigerante comum
Capítulo 6 – 29
Plano Alimentar em algumas complicações metabólicas
do Diabetes Mellitus: Hipoglicemia, Nefropatias e Dislipidemias
1	 Contole da glicemia bem de perto, controle da
pressão arterial, controle da dislipidemia, sus-
pensão do fumo
2	 Na secundária entram todos os itens da primá-
ria e mais:
3	 Plano alimentar com quantidade controlada de
proteínas. Esta recomendação visa não sobrecar-
regar ainda mais os rins.
4	 A restrição a proteína (carnes, leites, ovos, legu-
minosas e etc.) é bem restrito e as substituições
passam também a respeitar a quantidade de pro-
teína do alimento.
5	 O plano alimentar deve ser elaborado por um
nutricionista
Na fase terciária da nefropatia diabética há a perda
irreversível da função renal devendo-se introduzir
métodos de substituição do rim: hemodiálise, diálise
e transplante. O plano alimentar deve ser reavaliado
e adequado ao novo método de filtração pois há ne-
cessidade de repor perdas nutricionais.
Dislipidemias
As dislipidemias (gorduras altas no sangue) não são
classificadas como complicações agudas ou crônicas,
mas são muito comuns nas pessoas com diabetes em
virtude do excesso de peso e do mau controle.
Os indivíduos com Diabetes Mellitus têm 2 a 3 vezes
maior chance de apresentar problemas cardiovascu-
lares do que pessoas não diabéticas.
No tratamento das dislipidemias deve levar em con-
sideração:
1	 Mudança do estilo de vida,
2	 Hábitos alimentares saudáveis
3	 Controle do excesso de peso corporal.
4	 Evitar o consumo de álcool
5	 Atividade física regular
30 – Capítulo 6
Plano Alimentar em algumas complicações metabólicas
do Diabetes Mellitus: Hipoglicemia, Nefropatias e Dislipidemias
Capítulo 6 – 31
Plano Alimentar em algumas complicações metabólicas
do Diabetes Mellitus: Hipoglicemia, Nefropatias e Dislipidemias
PERGUNTAS FREQUENTES:
1	 É possível aumentar a comida antes de uma
atividade física para evitar hipoglicemia?
Resposta: não é recomendado aumentar a quan-
tidade de alimentos da refeição anterior imagi-
nando que vai ocorrer a hipoglicemia. Ao au-
mentar a alimentação antes de saber se vai ter
hipoglicemia pode prejudicar o controle meta-
bólico e favorecer o ganho de peso.
2	 Informe o fato imediatamente ao seu nutricio-
nista e ao seu médico para que a equipe resol-
va qual o procedimento mais correto para o seu
caso.
3	 É necessário retirar todas as proteínas (carnes)
quando começa a aparecer o problema nos rins?
Resposta: não é necessário retirar todas as grandes
fontes de proteína, no entanto a redução é drás-
tica porque normalmente a pessoa com diabetes
já faz uma alimentação rica em proteínas. O pla-
no alimentar deve ser calculado pelo nutricio-
nista, de maneira a manter mais da metade das
proteínas oriundas de frango, peixe ou carne,
no entanto é importante lembrar que a proteí-
na vegetal (ex: soja) também deve ser contada.
4	 Por que a gordura no sangue não abaixa uma vez
queosprodutosutilizadospelosdiabeticossãodiet?
Resposta: no diabetes o nível de colesterol no
sangue está relacionado ao controle metabólico
além do aspecto genético e da alimentação. Se a
glicemia estiver alta o tempo todo, isto pode fa-
vorecer as gorduras altas no sangue. Além dis-
so, os produtos diets tem aplicações específicas
e isto não quer dizer que pode ser utilizado para
todos os casos. Ex: chocolate diet é rico em gor-
dura hidrogenada e não pode ser consumido por
pessoas que tem colesterol alto.
32 – Capítulo 6
Plano Alimentar em algumas complicações metabólicas
do Diabetes Mellitus: Hipoglicemia, Nefropatias e Dislipidemias
O QUÊ VOCÊ PODE COMEÇAR A
FAZER PARA RETARDAR OU EVITAR A
PROGRESSÃO DAS COMPLICAÇÕES
DO DIABETES MELLITUS
1	 Controlar sempre a glicemia com a ponta de
dedo
2	 Manter hemoglobina glicada dentro do valor es-
tabelecido pela equipe que o acompanha.
3	 Controlar o peso
4	 Ter hábitos alimentares saudáveis com a inclu-
são de legumes, verduras e frutas na alimenta-
ção diária
5	 Fazer atividade física com freqüência dentro do
seu limite e orientado pela equipe médica
6	 Participar de grupos de convivência em diabetes
Capítulo 6 – 33
Plano Alimentar em algumas complicações metabólicas
do Diabetes Mellitus: Hipoglicemia, Nefropatias e Dislipidemias
Autor: Gisele Rossi Goveia
Objetivo: Educar a pessoa com diabetes, afim de integrar
as mudanças nutricionais positivas ao hábito alimentar,
respeitando estilo e fase da vida.
MITOS:
1	 A única forma da pessoa com diabetes manter
seu plano alimentar saudável, é em casa, sem
sair da rotina.
2	 Tenho receio de colocar meu filho na escola,
pelo risco da hipoglicemia.
34 – Capítulo 7
Plano alimentar nas situações especiais: escolas,
trabalho, festas, restaurantes e dias de doenças
Plano alimentar nas situações
especiais: escolas, trabalho,
festas, restaurantes e dias de
doenças
Capítulo 7 – 35
Plano alimentar nas situações especiais: escolas,
trabalho, festas, restaurantes e dias de doenças
3	 Prefiro não participar de eventos sociais, pois
sempre fico com vontade de comer algo que
não posso.
FATOS:
1	 Convívio social nas diversas fases da vida é
importante para integração social de todas as
pessoas.
2	 Plano alimentar indicado para pessoas com
Diabetes Mellitus baseia-se na alimentação sau-
dável, orientado por uma equipe especializada.
3	 A Educação nutricional , realizada pela equipe,
deve esclarecer suas dúvidas e tabus, em relação
a alimentação, traduzindo a teoria para a práti-
ca, nas diversas situações da vida, incentivando
a sua independência.
PERGUNTAS FREQUENTES:
Tenho uma filha de 10 anos, que descobriu o diabetes
a um ano. Sempre que a levo a alguma festa, tenho
pena porque ele não pode comer doces, além disso
normalmente ela tem queda de açúcar durante a ma-
drugada. Será que faço algo errado ?
Resposta: Normalmente as crianças vão as festas
muito mais para brincar e não para comer, havendo
portanto maior risco de hipoglicemia durante ou até
algumas horas após o término da mesma. Embora a
probição do açúcar ou alimentos que contenham açú-
car, não seja uma orientação nutricional essencial para
o bom controle do diabetes é importante conhecer os
alimentos, preparações e como podem ser substituídos.
36 – Capítulo 7
Plano alimentar nas situações especiais: escolas,
trabalho, festas, restaurantes e dias de doenças
O QUÊ VOCÊ PODE COMEÇAR A
FAZER:
1	 Procure um nutricionista especialista, para uma
orientação alimentar elaborada para você.
2	 Informe-se sobre os sintomas e correto trata-
mento da hipoglicemia e hiperglicemia
3	 Leve sempre seu monitor de glicose com você,
nos eventos sociais e meça sua glicemia antes ,
durante (se necessário) e ao final dos mesmos.
4	 Leve sua anotações sobre alimentação e monito-
ração da glicemia para sua equipe, juntos vocês
irão compreender o que acorre com o seu corpo,
nas diversas situações.
Rua Afonso Brás, 579 sala 72 e 74 – Vila Nova Conceição
04511-011 São Paulo SP
Tel.: (11) 3846-0729

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  • 1. Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD Manual de Nutrição Pessoa com Diabetes 2009
  • 2.
  • 3. Manual de Nutrição Pessoa com Diabetes Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD São Paulo 2009
  • 4.
  • 5. INTRODUÇÃO Este material foi elaborado pelos nutricionistas, membros do departa- mento de Nutrição e Metabologia da Sociedade Brasileira de Diabetes, no biênio 2006/2007 sob a coordenação de Gisele Rossi, com intuito de informar, de maneira sucinta, o público leigo e profissionais de saúde sobre Nutrição e Diabetes. O Manual foi apresentado no site da SBD, ao longo de 07 meses, em forma de capítulos abordando diversos temas sobre nutrição, incluindo recomendações nutricionais, plano alimentar para Diabetes tipo 1 e 2, situações especiais, dentre outros. Os mesmos temas foram desenvolvidos nos Manuais para pacientes e profissionais da saúde, sendo disponibili- zados em 2 formatos on line: fascículo para a pessoa com diabetes, com informações básicas, incluindo ilustrações para melhor fixação e manual do profissional, com texto e indicações de leitura adicional. O grande número de visitação on line, assim como os inúmeros pedidos solicitando o envio dos Manuais pelos profissionais de Saúde e pacientes fez com que a atual gestão do Departamento de Nutrição e Metabologia, com o apoio de Marília Brito Gomes, presidente da SBD conseguissem disponibilizar o material na versão impressa. Assim, acreditamos que esta iniciativa seja um facilitador de acesso ao conteúdo científico de Nutrição para a prática dos profissionais que trabalham com diabetes, bem como esclarecer à pessoa com diabetes, fa- miliares, e amigos, que a alimentação equilibrada e individualizada, é sem dúvida, uma aliada para o controle metabólico, buscando desta forma, um estilo de vida mais saudável. Marlene Merino Alvarez Coordenadora do Departamento de Nutrição e Metabologia da Sociedade Brasileira de Diabetes - SBD – 2008/2009
  • 6. Capítulo 1 – Os alimentos: calorias, macronutrientes e micronutrientes............................................................................................6 Anelena Soccal Seyffarth • Nutricionista Especialista em Nutrição Humana • Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – 2008/2009 Capítulo 2 – Alimentação e hábitos saudáveis........................................14 Deise Regina Baptista • Nutricionista Especialista em Administração Hospitalar e em Saúde Pública • Coordenadora do Curso de Nutrição da Universidade Federal do Paraná (UFPR) • Vice - Coordenadora do Curso de Especialização em Nutrição Clínica da UFPR; • Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – 2008/2009 Capítulo 3 – Determinando o plano alimentar........................................18 Anita Sachs • Nutricionista Mestre em nutrição humana pela London School Hygiene and Tropical Medicine • Professora adjunta e chefe da disciplina de Nutrição do Departamento de Medicina Preventiva da UNIFESP, • Doutora em Ciências pela UNIFESP • Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – 2008/2009 Capítulo 4 – Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 1.........................22 Luciana Bruno • Nutricionista Especialista em Nutrição Materno Infantil pela Unifesp com treinamento na Joslin Diabetes Center • Membro do Conselho Consultivo da Associação de Diabetes Juvenil de São Paulo • Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – 2008/2009 Capítulo 5 – Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 2.........................26 Celeste Elvira Viggiano • Nutricionista clínica e sanitarista • Mestre em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo • Educadora e especialista em diabetes, obesidade e síndrome metabólica • Membro dos Departamentos de Nutrição e Metabologia e de Gestação Diabética da SBD – 2008/2009 Manual de Nutrição Temas e Autores
  • 7. Capítulo 6 – Plano alimentar nas complicações metabólicas, agudas e crônicas do diabetes: hipoglicemia, nefropatia, dislipidemias..............28 Marlene Merino Alvarez • Nutricionista do grupo de Diabetes da Universidade Federal Fluminense (UFF); • Mestra em Nutrição Humana pela UFRJ • Doutora em Ciências Nutricionais pela UFRJ • Especialista em Educação e Saúde pela UFRJ • Coordenadora do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD 2008/2009 Capítulo 7 – Plano alimentar nas situações especiais: escola, trabalho, festas, restaurantes e dias de doença......................................................34 Gisele Rossi • Nutricionista Especialista em Nutrição Clínica pela Associação Brasileira de Nutrição - ASBRAN • Nutricionista da Preventa Consultoria e Ação em Saúde/SP; • Membro do Conselho Consultivo da Associação de Diabetes Juvenil de São Paulo • Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD - 2008/2009 Colaboradoras: Ana Cristina Bracini de Aguiar • Especialista em Nutrição Clínica • Pós graduação em Administração Hospitalar. • Nutricionista Clínica do Instituto da Criança com Diabetes, do Rio Grande do Sul. • Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – 2008/2009 Clarissa Paia Bargas Uezima • Nutricionista • Especialista em Nutrição em Saúde Publica pela UNIFESP Josefina Bressan • Nutricionista, Especialista em Nutrição Clínica, M.Sc, Ph.D, Pós-PhD • Professora Associada e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Ciência da Nutrição do Departamento de Nutrição e Saúde da Universidade Federal de Viçosa (DNS/UFV) • Pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Juliane Costa Silva Zemdegs • Nutricionista Especialista em Nutrição em Saúde Publica pela UNIFESP Kariane Aroeira Krinas • Nutricionista Especialista em Nutrição Clínica • Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – 2008/2009 Marisa Sacramento Gonçalves • Nutricionista Centro de Diabetes e Endocrinologia do Estado da Bahia • Residência em Nutrição Clínica - Hospital Universitário Antonio Pedro, Niterói/RJ1980 • Especialista em Controle e Qualidade de Alimentos UFBA 1989 • Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – 2006/2007
  • 8. 6 – Capítulo 1 OS ALIMENTOS: CALORIAS, MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES. Autor: Anelena Soccal Seyffarth Colaboração: Josefina Bressan Objetivo: Revisar os conceitos básicos sobre a composição dos alimentos, suas funções e influência no controle glicêmico e na saúde. FATOS: 1 Define-se caloria como a energia produzida por determinados componentes dos alimentos quan- do estes são utilizados pelo organismo. Estas ca- lorias são necessárias para manter o funciona- mento do corpo nas 24 horas. O consumo ex- cessivo pode levar ao ganho de peso. Portanto, calorias são necessárias, o seu excesso não! 2 As frutas também contêm carboidratos. Muitas pessoas esquecem-se dessa composição e as consomem em grandes quantidades, de uma vez só, alterando desfavoravelmente a glicemia. OS ALIMENTOS: CALORIAS, MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES.
  • 9. Capítulo 1 – 7OS ALIMENTOS: CALORIAS, MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES. Portanto, o consumo de frutas deve ser diário, variado e espaçado durante o dia. 3 As gorduras ou lipídios são componentes ali- mentares que fornecem realmente taxas maiores de energia. No entanto têm funções fundamen- tais para a saúde: são importantes condutoras de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K); possuem ácido graxos essenciais para a produção de subs- tâncias com hormônios e outros, e, como o nos- so organismo não os produz, devemos ingeri-los moderadamente, preferencialmente obtidos dos alimentos vegetais (exemplos: óleos). NUTRIENTES São chamados de nutrientes os componentes dos alimentos que têm funções específicas e são funda- mentais para o bom funcionamento do organismo e manutenção da saúde. Podem ser classificados em macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (vitaminas e minerais). CALORIAS A caloria não é constituinte dos alimentos, é a me- dida de sua energia potencial. Os principais grupos fornecedores de calorias são os macronutrientes: car- boidratos, proteínas e gorduras. Os carboidratos e as proteínas, quando totalmente utilizados no organis- mo, geram 4 kcal de energia por grama, enquanto a gordura, 9 kcal. CARBOIDRATOS Os carboidratos fornecem a maior parte da energia necessária para a pessoa se movimentar, realizar tra- balhos, enfim, viver, e são encontrados nos alimentos. A ingestão recomendada de carboidratos é de 50% a 60% do valor calórico total consumido diariamente pela pessoa. Os carboidratos, quando trabalhados no organismo, são convertidos em glicose e é esta glicose
  • 10. 8 – Capítulo 1 OS ALIMENTOS: CALORIAS, MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES. a fonte principal de energia para as diferentes células que compõem o nosso corpo. São exemplos de alimentos que contêm carboidratos: 1 Açúcar de mesa, mel, açúcar do leite e das frutas, garapa, rapadura, balas, muitos chicletes, doces em geral, refrigerantes; 2 Cereais e derivados, como arroz, trigo, centeio, cevada, milho, aveia, farinhas (de trigo, de mi- lho, de mandioca), massas, pães, biscoitos, ma- carrão, polenta, pipoca,tapioca, cuscuz; 3 Tubérculos: batata-doce, batata, inhame, cará, mandioca, mandioquinha; 4 Leguminosas: feijão, ervilha, lentilha, grão-de- bico e soja. FIBRAS As fibras são componentes dos alimentos que não fornecem calorias, vitaminas ou minerais mas de- sempenham das funções no sistema gastrointestinal, atuando na prevenção e tratamento de doenças como certos tipos de câncer, hipertensão, diabetes e outras. São facilmente encontradas em alimentos de origem vegetal, como hortaliças, frutas e cereais integrais, ou seja, em alimentos consumidos com cascas, bagaços, não refinados. PROTEÍNAS As proteínas são indispensáveis ao corpo humano, pois, além de contribuírem como fonte calórica, são fornecedoras dos aminoácidos, que servem de mate- rial construtor e renovador, isto é, são responsáveis pelo crescimento e pela manutenção do organismo. Suas fontes mais ricas são as carnes de todos os tipos, os ovos, o leite e o queijo, enquanto as leguminosas são as melhores fontes de proteína vegetal.
  • 11. Capítulo 1 – 9OS ALIMENTOS: CALORIAS, MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES. GORDURAS Como já citado anteriormente, as gorduras têm fun- ções importantes, porém não necessitamos consumi- las em grandes quantidades. No entanto, a qualidade da gordura consumida é fundamental. O consumo de gorduras saturadas, encontradas principalmente em alimentos de origem animal, deve ser realizado com moderação, pois pode causar elevação dos níveis de glicemia, colesterol e triglicérides. Já as gorduras mo- noinsaturadas, encontradas no azeite de oliva, óle- os de canola, girassol ou amendoim, e as gorduras poliinsaturadas, encontradas em peixes, semente de linhaça e óleo de soja, são importantes componentes alimentares que podem auxiliar na manutenção de um bom perfil das gorduras sanguíneas (colesterol e triglicerídeos). VITAMINAS, MINERAIS E ÁGUA Nutrientes como vitaminas e minerais (exemplos: vi- tamina A, vitamina C, cálcio, ferro e iodo) não geram energia e são compostos que ocorrem em quantida- des pequenas nos alimentos. Porém são de extrema importância para o organismo, pois têm funções es- pecíficas e vitais nas células e nos tecidos do corpo humano. As recomendações de consumo para idosos, adultos, gestantes e lactantes, adolescentes e crianças com DM1 ou DM2 são similares às da população em geral. São fontes de vitaminas e minerais 1 Frutas, hortaliças e legumes; 2 Leite e derivados, carnes, castanhas e nozes; 3 Cereais integrais (ex.: milho, aveia, alimentos com farinha integral). A água, igualmente essencial à vida, embora também não seja fornecedora de calorias, é o componente fun- damental do nosso organismo, ocupando dois terços dele.
  • 12. 10 – Capítulo 1 OS ALIMENTOS: CALORIAS, MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES. PERGUNTAS FREQUENTES: Como devemos utilizar as gorduras dos alimen- tos? 1 Usar o mínimo possível de gordura (óleo) no preparo dos alimentos; 2 Preferir os alimentos grelhados ou assados aos fritos; 3 Utilizar, quando necessário, produtos indus- trializados com baixo teor de gordura (lights, desnatados); 4 Evitar as gorduras saturadas (carnes gordas, ba- nha, bacon, manteiga e queijos amarelos); 5 Evitar consumir embutidos (lingüiças, salsichas, salames, mortadelas) ; 6 Reservar seus alimentos preferidos que con- tenham mais gordura para dias/momentos especiais 7 Lembrete: produtos com baixo teor de gordu- ra não são necessariamente bons para cocção. A margarina light, ao contrário do que se pen- sa, não é ideal para cozinhar ou grelhar carnes e vegetais. Como aproveitar melhor as qualidades das fru- tas e vegetais? 1 Comprar vegetais e frutas da época (safra), pois, além do menor custo, fornecem maior quanti- dade de vitaminas e minerais; 2 Comprar apenas o necessário para períodos cur- tos. Vegetais e frutas são perecíveis; sua perda pode representar prejuízo financeiro e redução no consumo adequado desses alimentos; 3 Utilizar maior proporção de hortaliças cruas, pois
  • 13. Capítulo 1 – 11 vão fornecer boas quantidades de fibras e sua composição de vitaminas e minerais será mais bem preservada; 4 Quando cozinhar legumes, utilizar o mínimo de água e corte-os em pedaços maiores ou se pos- sível cozinhe-os com a casca. Assim a perda de alguns minerais e vitaminas hidrossolúveis será menor; 5 Utilizar a água na qual cozinhou os vegetais em outras preparações, como arroz e sopa; 6 Sempre que possível, utilizar cascas e bagaços de frutas e vegetais (por exemplo bagaços de laran- ja e tangerina, cascas da maçã e da abobrinha) 7 Quando precisar retirar a casca de vegetais e fru- tas descasca-los bem rente porque alguns nu- trientes se concentram muito perto da casca; 8 As frutas ricas em vitamina C devem ser pre- ferencialmente consumidas inteiras. Se desejar preparar suco com elas beba-o assim que estiver pronto, pois essa vitamina se perde muito facil- mente em contato com o ar; 9 Programar-se para nunca faltar as frutas e os ve- getais de sua preferência. Fica mais fácil manter o hábito quando os alimentos estão disponíveis em nossa casa. Complementação Capitulo 1 O QUE VOCÊ PODE COMEÇAR A FAZER: 1 Utilizar alimentos de diferentes grupos, para consumir todos os nutrientes importantes. 2 Variar as frutas, hortaliças e legumes. Deste modo, você obterá uma maior variedade de vi- taminas e minerais. 3 Ler e comparar as informações nutricionais nos rótulos dos alimentos, para escolher as melho- res opções (exemplo: escolher os que contêm
  • 14. 12 – Capítulo 1 OS ALIMENTOS: CALORIAS, MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES. menor teor de gorduras, preferir os que conte- nham mais fibras). 4 Carregar uma garrafa com água quando for à rua, à escola ou trabalho. 5 Escolher carnes magras, retirar a pele do frango.
  • 15. Capítulo 1 – 13OS ALIMENTOS: CALORIAS, MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES.
  • 16. 14 – Capítulo 2 Alimentação e hábitos saudáveis Alimentação e hábitos saudáveis Autor: Deise Regina Baptista MITOS: 1 Alimentação saudável é aquela em que se come muito pouco. 2 Não consigo controlar minha glicemia porque almoço fora todos os dias! 3 Se o alimento é industrializado não é saudável. FATOS: 1 A alimentação saudável é aquela que atende às necessidades nutricionais de cada indivíduo, com ingestão de alimentos de qualidade e em quantidades suficientes para manutenção de um peso corpóreo adequado.
  • 17. Capítulo 2 – 15Alimentação e hábitos saudáveis 2 A alimentação deve se ajustar ao gosto, à per- sonalidade, às tradições familiares e culturais, ao estilo de vida e ao orçamento. Refeições bem planejadas transmitem prazer e devem ser nutritivas. 3 Hoje em dia comer fora não é mais desculpa para não se seguir uma alimentação saudável e man- ter o controle da glicemia, pois os restaurantes a quilo ou bufês estão por toda a parte e oferecem grande variedade de alimentos para se manter escolhas saudáveis de alimentos, controlando- se a quantidade e o tipo de comida. Basta saber fazer a opção certa. 4 Se for consumir um alimento industrializado de- ve-se ter a preocupação de se ler o rótulo e che- car as quantidades de nutrientes fornecidas por ele, identificando e interpretando o tamanho da porção, calorias fornecidas/porção e a quantida- de de carboidratos, proteínas e gorduras/porção. É possível consumir um alimento industrializa- do saudável. PERGUNTA FREQUENTE: Como construir um estilo saudável de alimen- tação? Um estilo saudável de alimentação tem cinco caracte- rísticas: adequação, equilíbrio, controle calórico, mo- deração e variedade. 1 Variedade: coma alimentos de todo os grupos. A variedade é simbolizada por seis cores que re- presentam os cinco grupos alimentares da pi- râmide e os óleos. Isso ilustra que são necessá- rios alimentos de todos os grupos (cores), dia- riamente, para que uma dieta seja considerada saudável; 2 Moderação: coma com maior freqüência ali- mentos com pouca gordura e açúcar adicionado. A moderação é representada pelo estreitamento
  • 18. 16 – Capítulo 2 Alimentação e hábitos saudáveis da faixa de cada grupo alimentar, observando-se da base até o topo (de baixo para cima). A base da pirâmide contém alimentos com pouca ou nenhuma gordura saturada ou ricos em açúcar, e devem ser consumidos com mais freqüência. O topo representa os alimentos ricos em gordu- ras saturadas e açúcares; 3 Proporcionalidade: coma nas quantidades re- comendadas. A proporcionalidade é mostrada pelas diferentes larguras de cada faixa vertical que representa os grupos alimentares. O tama- nho das larguras sugere a quantidade de alimen- tos que o indivíduo pode escolher de cada grupo. Essa quantidade não está em proporção adequa- da, pois é apenas um guia geral. É importante a individualização; 4 Atividade física regular: faça diariamente. Ela é representada por degraus que o indivíduo deve escalar, funcionando como um lembrete para a prática diária de exercícios; 5 Individualização: o que serve para os outros pode não servir para você; 6 Progressos graduais: para melhorar a alimen- tação e o estilo de vida, inicie com pequenos pas- sos a cada dia. O que você pode começar a fazer : 1 Tenha 4 a 6 por dia, em horários determinados e com moderação. O tempo entre uma refeição não deve ser menor que 2 horas nem maior do que quatro; 2 Mastigue bem os alimentos saboreando-os 3 Evite frituras: são muito calóricas. Sempre que possível, asse, grelhe ou cozinhe seus alimentos; 4 Devagar com o sal: evite deixar o saleiro na mesa. A porção individual não deve ultrapassar 1 colher de chá por dia (6 g);
  • 19. Capítulo 2 – 17Alimentação e hábitos saudáveis 5 Reduza a ingestão de álcool: as bebidas alcoólicas são calóricas: 1 grama de álcool fornece 7 kcal; 6 Atenção aos alimentos diet: mesmo os diet en- gordam e contém carboidratos alterando a glicemia; 7 Não vá ao supermercado com fome e sempre te- nha em mãos sua lista de compras e suas possí- veis substituições; 8 Coma, na medida do possível, mais alimentos integrais; 9 Coma frutas diversas e com bagaço: escolha fru- tas frescas ou secas; dê mais atenção às frutas, ao invés dos sucos. Elas contêm fibras que dão saciedade; 10 Varie as hortaliças: coma mais hortaliças verde- escuras, como brócolis e espinafre; ingira mais hortaliças alaranjadas, como cenoura; 11 Prefira leite, iogurte ou queijos que sejam pobres em gorduras, semi-desnatados ou desnatados; 12 Selecione carnes e aves magras ou preparadas com pouca gordura (cozidas, grelhadas ou as- sadas); varie, substitua a carne por leguminosas (ex.: feijão, soja), oleaginosas (ex.: nozes, casta- nhas) e sementes (ex.: girassol, abóbora); 13 Não se esqueça de tomar bastante água: no mí- nimo 2 L/dia; 14 Prefira alimentos e bebidas sem ou com pouco açúcar adicionado; evite gorduras sólidas como manteiga, margarina dura e banha de porco, as- sim como os alimentos que as contêm; leia o ró- tulo para verificar as quantidades de gordura sa- turadas, trans e de sódio; faça com que as suas maiores fontes de gordura provenham de peixes, oleaginosas e óleos vegetais; 15 Planeje suas refeições!!;
  • 20. 18 – Capítulo 3 DETERMINANDO O PLANO ALIMENTAR Autor: Anita Sachs Colaboradoras: Juliane Costa Silva Zemdegs e Clarissa Paia Bargas Uezima Objetivo: Evidenciar a importância das necessidades nutricionais individualizadas, facilitando a mudança de estilo de vida e alimentação de maneira aceitável e alcançável. MITOS: 1 Todo paciente portador de diabetes deve seguir o mesmo plano alimentar? 2 As carnes, ovos e queijos não contêm açúcar. Podem, então, ser consumidos à vontade? 3 Quais frutas os pacientes com diabetes podem consumir ? DETERMINANDO O PLANO ALIMENTAR
  • 21. Capítulo 3 – 19DETERMINANDO O PLANO ALIMENTAR  FATOS: 1 O consumo de quantidades adequadas de calo- rias, proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais é necessário para o bom funciona- mento do organismo. Estas quantidades, conhe- cidas como necessidades nutricionais, variam de pessoa para pessoa em função da idade, peso, altura, sexo e atividade física, assim como du- rante a gravidez e a amamentação. Assim, não existe um plano alimentar padrão para o indiví- duo com diabetes. A ingestão de cada nutriente deve ser individualizada, baseada na avaliação nutricional, perfil metabólico, peso e objetivos do tratamento. 2 Carnes, ovos e queijos não contêm açúcar, mas possuem proteínas que, em excesso, também al- teram a glicemia e sobrecarregam os rins. Esses alimentos também contêm gorduras saturadas e colesterol que, em exagero, podem acarretar em complicações crônicas (pressão alta, doença renal, ou doenças cardíacas). Somente a avalia- ção nutricional por um profissional capacitado será capaz de determinar as quantidades ideais para cada pessoa. 3 Todas as frutas podem ser consumidas , não exis- te fruta proibida. No entanto, não podemos con- sumi-la a vontade , pois também aumentam a glicemia. Outra dica importante é preferir comer a fruta ao invés de tomar o suco. PERGUNTAS FREQUENTES: Tenho diabetes, preciso de alimentos especiais? Resposta: Não. O indivíduo com diabetes, assim como o não portador de diabetes , deve ter uma alimentação variada, com conteúdo balanceado de nutrientes, rica em grãos integrais, frutas, vegetais, carnes e laticínios magros. Os adoçantes artificiais ou edulcorantes po- dem ser utilizados, considerando-se o seu valor caló- rico. Nem todos os produtos dietéticos são destina-
  • 22. 20 – Capítulo 3 DETERMINANDO O PLANO ALIMENTAR dos aos portadores de diabetes, e para utilizá-los são necessárias cautela e moderação, ler cuidadosamente os rótulos dos alimentos e procurar a orientação do nutricionista. O QUE VOCÊ PODE COMEÇAR A FAZER: 1 Conscientizar-se da importância de uma alimen- tação saudável para a sua saúde; 2 Procurar um nutricionista.
  • 23. Capítulo 3 – 21DETERMINANDO O PLANO ALIMENTAR
  • 24. Autor: Luciana Bruno Objetivo: Evidenciar os diferentes métodos de terapia nutricional aos portadores de Diabetes tipo 1, para que o profissional possa decidir junto a seu paciente a melhor estratégia para ele, naquele momento. Plano alimentar e diabetes mellitus TIPO 1 MITOS: 1 A melhor dieta é aquela que meu nutricionista/ médico quer que eu siga 2 Com a chegada do Diabetes, minha vida social acabou 22 – Capítulo 4 Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 1
  • 25. 3 Medir a glicemia é só para quem tem Diabetes grave FATOS: 1 O melhor plano alimentar é aquele que você e o profissional da saúde que te acompanha sentem- se mais à vontade. A alimentação saudável será sempre nosso maior objetivo 2 O Diabetes não vai e não deve deixar sua vida social de lado. Os planos alimentares devem le- var tudo isso em consideração. Teremos um fas- cículo falando só sobre este assunto 3 Não é só o alimento que altera a glicemia;a ati- vidade física, medicação, estado emocional tam- bém alteram. Medir as glicemias em horários di- ferentes, podem ajudar sua equipe a determinar se você está comendo pouco ou muito, ou se a quantidade de medicação está insuficiente, ou se a atividade física está excessiva. E ela é impor- tante para todos os tipos de diabetes 4 Especialmente no Diabetes tipo 1, o esquema insulínico pode ser determinante na escolha do plano alimentar. Por exemplo, no esquema in- sulínico tradicional 1 ou 2 doses insulina/dia, é importante ter horários para comer, e manter a consistência, isto é, comer sempre nas mesmas quantidades. Isto ajuda evitar hipoglicemias e hiperglicemia. Já no esquema insulínico inten- sivo ,com as insulínicas ultrarápidas e rápidas, pode-se fazer um ajuste da dose, em virtude da quantidade de carboidrato a ser ingerido. ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Listas de Substituições Como o próprio nome diz, substituição quer dizer substituir por, trocar por. O ideal é que as substitui- Capítulo 4 – 23Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 1
  • 26. 24 – Capítulo 5 Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 1 ções (as trocas) ocorram entre os mesmos grupos, ou seja, pão pode ser trocado pelo arroz,ou macarrão ou batata ou outro alimento do mesmo grupo. E ainda conhecer a quantidade. Por exemplo, se meu café da manhã está escrito que posso 1 pão francês. Se quiser substituir (trocar) pelo biscoito água e sal, isto equi- valeria a 5 biscoitos. Ver Tabela 1 Tabela 01 GRUPO Carboidrato (g) Quantidades (Medida Caseira) Substituição (unidade) Pães 15g 01 ft Pão Forma, ½ Pão Francês 03 col.(sopa) Arroz 01 Leite 12g 01 copo (240ml) Leite 01 copo Iogurte Natural 01 Fruta 15g 01 Maçã (peq.) 01 Copo (150ml) Sal. Frutas 01 Vegetais 05g 01 (Pires) Chá Crú 02 Col. (sopa) Cozido 00 Carne 0g - - - 00 Gorduras 0g - - - 00 Contagem de Carboidratos Na contagem de carboidratos , mostramos que o mais importante no controle da glicemia é saber a quanti- dade total de carboidrato ingerida e não a qualidade. Nela, definimos quantos gramas de carboidratos po- demos consumir por refeição, podendo assim incluir todo e qualquer alimento . Também existe a possibili- dade de determinar o bolus alimentar, ou seja, a quan- tidade de insulina ultra rápida para cobrir os gramas de carboidratos . PERGUNTAS FREQUENTES: Tenho Diabetes há 15 anos e sei tudo o que devo ou não comer. Agora troquei de emprego, e estou traba- lhando no turno da noite, e meu Diabetes está des- controlado.
  • 27. Capítulo 5 – 25 Resposta: Para que você volte a controlar suas gli- cemias, será importante um ajuste nos horários da medicação e também nos horários e quantidades da sua alimentação. O seu estilo de vida atual é que vai determinar o tipo de esquema insulínico a ser seguido e também as possibilidades de alimentação. O QUE VOCÊ PODE COMEÇAR A FAZER: 1 Conhecer o esquema insulínico que você está seguindo. 2 Quais horários que mais sente fome? 3 Faça um diário alimentar, registrando tudo o que você comeu no dia de ontem, incluindo horário, alimento e quantidade 4 Com este diário, verifique se o número de por- ções que você consome no dia está de acordo com a Pirâmide alimentar saudável 5 Meça as glicemias e leve os diários para sua equi- pe ajuda-lo a compreender melhor seu Diabetes e montar um plano alimentar específico para você. Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 1
  • 28. 26 – Capítulo 5 Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 2 Autora: Celeste Elvira Viggiano Objetivo: Possibilitar o entendimento da Terapia Nutri- cional direcionada a pessoas com diabetes mellitus tipo 2 Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 2 MITOS: 1 Quanto menos eu comer, mais facilmente con- trolo meu diabetes. 2 Basta retirar o açúcar da minha alimentação para controlar a glicemia. 3 Posso comer carnes, ovos, hortaliças e frutas à vontade. FATOS: O diabetes do tipo 2 está diretamente relacionado ao excesso de peso e alto consumo de gorduras na dieta. Manter um peso adequado e uma alimentação balan- ceada favorece o controle da glicemia e pode retardar
  • 29. Capítulo 5 – 27Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 2 o aparecimento do diabetes tipo 2. Hábitos alimentares saudáveis, que incluem maior oferta de alimentos pouco processados e naturais, menor consumo de gorduras, sal e bebidas alcoólicas previnem a pressão alta, a elevação dos níveis de co- lesterol e triglicérides no sangue e contribuem para manter o nível normal de glicemia. PERGUNTAS FREQUENTES: Devo seguir a dieta rigorosamente todos os dias? É possível transgredi-la sem prejuízo para o controle do meu diabetes? R: Sim, uma vez que o diabetes se instala, seguir a prescrição dietética é um fato rotineiro, porque sendo uma doença do metabolismo é diretamente influen- ciada pela qualidade e quantidade de nutrientes que entram na circulação sanguínea. Contudo, ao contrá- rio do que se pensa, o plano alimentar de uma pessoa portadora de diabetes é o mesmo recomendado para quem quer ter uma vida saudável e evitar doenças. O QUE VOCÊ PODE COMEÇAR A FAZER: 1 Inclua mais refeições, como pequenos lanches, no seu dia, reduzindo as quantidades de alimen- tos das refeições principais. 2 Reduza progressivamente o consumo de alimen- tos industrializados, substituindo-os por alimen- tos naturais e preparações caseiras. 3 Opte por alimentos com menor teor de gordu- ras. Por exemplo, ao comprar pães, escolha os mais simples como o pão francês, baguetes sim- ples e ciabatta.
  • 30. Plano Alimentar em algumas complicações metabólicas do Diabetes Mellitus: Hipoglicemia, Nefropatias e Dislipidemias Autora: Marlene Merino Alvarez Objetivo: Promover o restabelecimento da saúde por meio de um plano alimentar específico, visando retardar ou estacionar a progressão das complicações metabólicas do Diabetes Mellitus. MITOS: Identificar mitos a respeito do temA 1 A hora da hipoglicemia é o melhor momento para se comer doce. 2 A alimentação para quem está com problema nos rins deve ser sem carne vermelha. 3 É normal o diabético ter gordura alta no sangue. FATOS: Hipoglicemia Os doces e guloseimas podem ser incluídos no plano 28 – Capítulo 6 Plano Alimentar em algumas complicações metabólicas do Diabetes Mellitus: Hipoglicemia, Nefropatias e Dislipidemias
  • 31. alimentar em um outro momento, desde que quan- tificados e orientados pelo nutricionista, até mesmo porque a hipoglicemia é um momento em que o corpo está debilitado e as funções normais não estão plenas e por isso o prazer da alimentação também fica pre- judicado. Tratamento: Acha que está com hipo? Meça a glicemia. Se menor que 50mg/dl, ingerir 1 colher de sopa de açúcar (15 g de carboidratos) misturado com água. Ou Suco de laranja (1 copo de 150ml) ou Caramelos (3 unidades) ou Refrigerante comum (1 copo de 150ml). A glice- mia capilar (ponta de dedo) deve ser realizada após 15 minutos da administração do alimento (açúcar) e caso a glicemia não tenha voltado ao normal deve-se voltar a dar 15 g de carboidratos. Se estiver na hora da refeição esta deve ser antecipada. É importante saber reconhecer os sintomas da hipo, e também identificar as causa. Hipoglicemia não é nosso objetivo de tratamento. Nefropatia diabética A nefropatia diabética é uma doença que acomete os rins. Os rins têm como principal função manter o equilíbrio do organismo. Eles funcionam como se fossem um filtro expulsando as substâncias “tóxicas” e retendo os nutrientes essenciais ao bom funciona- mento do corpo. O plano alimentar na nefropatia diabética além de ser individualizado, irá variar de acordo com o es- tágio da falência renal. O nutriente mais afetado é a proteína (animal e vegetal), e não somente as carnes vermelhas. Com a progressão da doença, há necessidade também de restrição de alguns minerais. O tratamento da nefropatia diabética pode ser dividido em três etapas (primária, secundária e terciária) de acordo com o comprometimento dos rins. Na primária deve-se se ter preocupação com os se- guintes itens: Medir Glicemia 1 colher (sopa) rasa de açúcar em 1/2 copo de água Glicemia 50 usar uma das opções abaixo ou 1 copo (150ml) de suco de laranja ou 3 caramelos ou 1 copo (150 ml) de refrigerante comum Capítulo 6 – 29 Plano Alimentar em algumas complicações metabólicas do Diabetes Mellitus: Hipoglicemia, Nefropatias e Dislipidemias
  • 32. 1 Contole da glicemia bem de perto, controle da pressão arterial, controle da dislipidemia, sus- pensão do fumo 2 Na secundária entram todos os itens da primá- ria e mais: 3 Plano alimentar com quantidade controlada de proteínas. Esta recomendação visa não sobrecar- regar ainda mais os rins. 4 A restrição a proteína (carnes, leites, ovos, legu- minosas e etc.) é bem restrito e as substituições passam também a respeitar a quantidade de pro- teína do alimento. 5 O plano alimentar deve ser elaborado por um nutricionista Na fase terciária da nefropatia diabética há a perda irreversível da função renal devendo-se introduzir métodos de substituição do rim: hemodiálise, diálise e transplante. O plano alimentar deve ser reavaliado e adequado ao novo método de filtração pois há ne- cessidade de repor perdas nutricionais. Dislipidemias As dislipidemias (gorduras altas no sangue) não são classificadas como complicações agudas ou crônicas, mas são muito comuns nas pessoas com diabetes em virtude do excesso de peso e do mau controle. Os indivíduos com Diabetes Mellitus têm 2 a 3 vezes maior chance de apresentar problemas cardiovascu- lares do que pessoas não diabéticas. No tratamento das dislipidemias deve levar em con- sideração: 1 Mudança do estilo de vida, 2 Hábitos alimentares saudáveis 3 Controle do excesso de peso corporal. 4 Evitar o consumo de álcool 5 Atividade física regular 30 – Capítulo 6 Plano Alimentar em algumas complicações metabólicas do Diabetes Mellitus: Hipoglicemia, Nefropatias e Dislipidemias
  • 33. Capítulo 6 – 31 Plano Alimentar em algumas complicações metabólicas do Diabetes Mellitus: Hipoglicemia, Nefropatias e Dislipidemias PERGUNTAS FREQUENTES: 1 É possível aumentar a comida antes de uma atividade física para evitar hipoglicemia? Resposta: não é recomendado aumentar a quan- tidade de alimentos da refeição anterior imagi- nando que vai ocorrer a hipoglicemia. Ao au- mentar a alimentação antes de saber se vai ter hipoglicemia pode prejudicar o controle meta- bólico e favorecer o ganho de peso. 2 Informe o fato imediatamente ao seu nutricio- nista e ao seu médico para que a equipe resol- va qual o procedimento mais correto para o seu caso. 3 É necessário retirar todas as proteínas (carnes) quando começa a aparecer o problema nos rins? Resposta: não é necessário retirar todas as grandes fontes de proteína, no entanto a redução é drás- tica porque normalmente a pessoa com diabetes já faz uma alimentação rica em proteínas. O pla- no alimentar deve ser calculado pelo nutricio- nista, de maneira a manter mais da metade das proteínas oriundas de frango, peixe ou carne, no entanto é importante lembrar que a proteí- na vegetal (ex: soja) também deve ser contada. 4 Por que a gordura no sangue não abaixa uma vez queosprodutosutilizadospelosdiabeticossãodiet? Resposta: no diabetes o nível de colesterol no sangue está relacionado ao controle metabólico além do aspecto genético e da alimentação. Se a glicemia estiver alta o tempo todo, isto pode fa- vorecer as gorduras altas no sangue. Além dis- so, os produtos diets tem aplicações específicas e isto não quer dizer que pode ser utilizado para todos os casos. Ex: chocolate diet é rico em gor- dura hidrogenada e não pode ser consumido por pessoas que tem colesterol alto.
  • 34. 32 – Capítulo 6 Plano Alimentar em algumas complicações metabólicas do Diabetes Mellitus: Hipoglicemia, Nefropatias e Dislipidemias O QUÊ VOCÊ PODE COMEÇAR A FAZER PARA RETARDAR OU EVITAR A PROGRESSÃO DAS COMPLICAÇÕES DO DIABETES MELLITUS 1 Controlar sempre a glicemia com a ponta de dedo 2 Manter hemoglobina glicada dentro do valor es- tabelecido pela equipe que o acompanha. 3 Controlar o peso 4 Ter hábitos alimentares saudáveis com a inclu- são de legumes, verduras e frutas na alimenta- ção diária 5 Fazer atividade física com freqüência dentro do seu limite e orientado pela equipe médica 6 Participar de grupos de convivência em diabetes
  • 35. Capítulo 6 – 33 Plano Alimentar em algumas complicações metabólicas do Diabetes Mellitus: Hipoglicemia, Nefropatias e Dislipidemias
  • 36. Autor: Gisele Rossi Goveia Objetivo: Educar a pessoa com diabetes, afim de integrar as mudanças nutricionais positivas ao hábito alimentar, respeitando estilo e fase da vida. MITOS: 1 A única forma da pessoa com diabetes manter seu plano alimentar saudável, é em casa, sem sair da rotina. 2 Tenho receio de colocar meu filho na escola, pelo risco da hipoglicemia. 34 – Capítulo 7 Plano alimentar nas situações especiais: escolas, trabalho, festas, restaurantes e dias de doenças Plano alimentar nas situações especiais: escolas, trabalho, festas, restaurantes e dias de doenças
  • 37. Capítulo 7 – 35 Plano alimentar nas situações especiais: escolas, trabalho, festas, restaurantes e dias de doenças 3 Prefiro não participar de eventos sociais, pois sempre fico com vontade de comer algo que não posso. FATOS: 1 Convívio social nas diversas fases da vida é importante para integração social de todas as pessoas. 2 Plano alimentar indicado para pessoas com Diabetes Mellitus baseia-se na alimentação sau- dável, orientado por uma equipe especializada. 3 A Educação nutricional , realizada pela equipe, deve esclarecer suas dúvidas e tabus, em relação a alimentação, traduzindo a teoria para a práti- ca, nas diversas situações da vida, incentivando a sua independência. PERGUNTAS FREQUENTES: Tenho uma filha de 10 anos, que descobriu o diabetes a um ano. Sempre que a levo a alguma festa, tenho pena porque ele não pode comer doces, além disso normalmente ela tem queda de açúcar durante a ma- drugada. Será que faço algo errado ? Resposta: Normalmente as crianças vão as festas muito mais para brincar e não para comer, havendo portanto maior risco de hipoglicemia durante ou até algumas horas após o término da mesma. Embora a probição do açúcar ou alimentos que contenham açú- car, não seja uma orientação nutricional essencial para o bom controle do diabetes é importante conhecer os alimentos, preparações e como podem ser substituídos.
  • 38. 36 – Capítulo 7 Plano alimentar nas situações especiais: escolas, trabalho, festas, restaurantes e dias de doenças O QUÊ VOCÊ PODE COMEÇAR A FAZER: 1 Procure um nutricionista especialista, para uma orientação alimentar elaborada para você. 2 Informe-se sobre os sintomas e correto trata- mento da hipoglicemia e hiperglicemia 3 Leve sempre seu monitor de glicose com você, nos eventos sociais e meça sua glicemia antes , durante (se necessário) e ao final dos mesmos. 4 Leve sua anotações sobre alimentação e monito- ração da glicemia para sua equipe, juntos vocês irão compreender o que acorre com o seu corpo, nas diversas situações.
  • 39.
  • 40. Rua Afonso Brás, 579 sala 72 e 74 – Vila Nova Conceição 04511-011 São Paulo SP Tel.: (11) 3846-0729