CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULARRita Almeida
Através da História, a região Nordeste do Brasil, constituída pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe, caracteriza-se como um nascedouro das mais variadas riquezas culturais existentes e, dentro de tal contexto, encontra-se a literatura de cordel que, a partir da expansão europeia no Brasil, torna-se uma manifestação artístico-cultural de extrema significância para o povo brasileiro.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
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Através da História, a região Nordeste do Brasil, constituída pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe, caracteriza-se como um nascedouro das mais variadas riquezas culturais existentes e, dentro de tal contexto, encontra-se a literatura de cordel que, a partir da expansão europeia no Brasil, torna-se uma manifestação artístico-cultural de extrema significância para o povo brasileiro.
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A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
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que se torna Rei da Hungria e Imperador
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Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e MateusMary Alvarenga
A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
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Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ILetras Mágicas
Sequência didática para trabalhar o gênero literário CORDEL, a sugestão traz o trabalho com verbos, mas pode ser adequado com base a sua realidade, retirar dos textos palavras que iniciam com R ou pintar as palavras dissílabas ...
1. Isadora Cristina da Silva
Luciana da Silva
Maria Eduarda Nazário
Maria Izadora Silva do N.
2. Sobre a autora...
Rachel de Queiroz foi a primeira escritora a
entrar para a Academia Brasileira de Letras, eleita
para a cadeira nº 5, em 1977. Foi também
jornalista, romancista, cronista, tradutora e
teatróloga. Integrou o quadro de Sócios Efetivos
da Academia Cearense de Letras. Seu primeiro
romance “O quinze”, ganhou o prêmio da
Fundação Graça Aranha. Publicado em 1930, ele
narra a seca histórica de 1915 pelo olhar de uma
professora que mora em Fortaleza e que, em suas
férias, visita a fazenda da família. O romance faz
parte do ciclo nordestino com algumas
características do neorrealismo.
3. “O que leva a gente a escrever o primeiro
livro? Não sei. (...) O que tinha lido de
literatura sobre seca não era satisfatório para
mim e quis dar uma espécie de testemunho.
E, com essa petulância da juventude, eu me
meti a escrever o romance.”
Rachel de Queiroz
4. Resumo da Obra
A obra regionalista apresenta como tema a seca de 1915 que
assolou o nordeste do país.
A obra possui 26 capítulos.
Conta a história de Chico Bento e sua família que precisam
abandonar suas terras e ir em busca de um emprego. Por conta
da seca de 1915 a família passou fome e sede. Em Fortaleza
eles vão para um campo de concentração onde ficavam as
pessoas que estavam sofrendo com a seca. Lá eles conhecem
Conceição que é uma professora e se apaixona por Vicente que
é um sertanejo rude e machista. Mas, o amor não perpetua. No
fim da história as primeiras chuvas começam a cair trazendo
esperança de um novo destino.
5. Narrador
● Discurso indireto livre;
● Narrador onisciente;
● Romance narrado em terceira pessoa
“Chico Bento olhava para o cenário habitual, mas já
com o desinteresse, o desprendimento de um
estrangeiro.” Cap. 20
6. Espaço
● A história acontece no Ceará, principalmente na
região de Quixadá;
● Há também presença do espaço urbano,
destacando Fortaleza, a capital do Ceará. Ou
seja, o Nordeste Brasileiro.
“----Venham tomar seu café e depois sele a burra,
que eu careço de ir no Quixadá.”
Cap. 5
7. Personagens
Chico Bento: vaqueiro
Cordulina: mulher de Chico Bento
Mocinha: Irmã de Cordulina, cunhada de Chico Bento
Luís Bezerra: compadre de Chico Bento e Cordulina
Doninha: esposa de Luís Bezerra, madrinha do Josias
Josias: filho de Chico Bento e Cordulina
Pedro: filho mais velho de Chico Bento e Cordulina
Manuel (Duquinha): filho caçula de Chico Bento e
Cordulina
Vicente: proprietário e criador de gado
Paulo: irmão mais velho de Vicente
8. Personagens
Lourdinha: irmã mais velha de Vicente
Alice: irmã mais nova de Vicente
Dona Idalina: prima de Dona Inácia e a mãe de Vicente,
Paulo, Alice e Lourdinha
Conceição: professora prima de Vicente
Mãe Nácia (Dona Inácia): avó de Conceição
Mariinha Garcia: moradora de Quixadá, interessada em
Vicente
Chiquinha Boa: trabalhava na fazenda de Vicente
Major: fazendeiro rico da região de Quixadá
Dona Maroca: fazendeira e dona da fazenda Aroeiras, na
região de Quixadá
Zefinha: filha do vaqueiro Zé Bernardo
9. Enredo
O enredo trata dos dramas típicos do Nordeste
brasileiro. Sua narrativa constrói-se a partir de
dois planos que têm como ponto de interseção a
personagem Conceição.
● 1º plano: Os fatos estão voltados para a relação
afetiva entre Vicente, um trabalhador do campo e
Conceição, onde encontramos a da
impossibilidade de iniciar uma relação amorosa.;
● 2º plano: Família do vaqueiro Chico Bento e a
história da saga sofrida de sua família, onde
encontramos a impossibilidade de continuar uma
situação (de emprego).
10. Estudo da Linguagem da Obra
● Não há uso de palavreado erudito;
● Sua linguagem é natural, direta, coloquial,
simples, sóbria, condicionada ao assunto e à
região, própria da linguagem moderna brasileira;
● É uma linguagem regionalista sem vínculo
obrigatório a um falar específico.
● É marcado sobretudo, por frases curtas, breves
e precisas.
11. Estudo do Léxico/Vocabulário
Um dos objetivos da literatura regional é mostrar
entre esses aspectos, os dialetos, as inúmeras
expressões de diversas regiões. A temática da obra
proporciona através de muitas expressões de linguagem
permitindo mostrar um dos objetivos desse tipo de
literatura que seria o retrato de uma realidade regional,
podemos considerar a obra como uma denúncia social
feita pela autora e o seu descontentamento com aquela
condição que poderia ser amenizada ou até mesmo
tornar-se inexistente. A real presença de recursos da
língua falada, nesse sentido Rachel nos mostra com certa
genialidade, a linguagem popular passa para a escrita,
com sua maneira única de usar as palavras mostra um
estilo forte e rico de expressividade.
12. Expressões/Palavras Significados
Ultimou Ultimou vem do verbo ultimar. O mesmo que:
acabou, completou, concluiu, finalizou, findou,
perfez, rematou.
Maço
Conjunto de coisas (papéis, cédulas, cartas) atadas
pelo mesmo liame, ou contidas no mesmo invólucro
(cigarros etc.).
Insone
adj. Que não tem sono, que não dorme
Aleijão
Deformidade física. [Figurado] Defeito moral.
Monstro, pessoa muito disforme.
Jurema
s.f. Gênero de árvores da família das leguminosas,
subfamília das mimosáceas, de que há várias
espécies. Beberagem enfeitiçada.
13. Defronte Localizado à frente de; diante de: a igreja fica na rua
ali defronte.
Ancas Região do corpo que se estende da cintura até as
coxas. Compreende as partes íntimas femininas
quadris e todo o resto desta região
Rebentões Broto que nasce na raiz dos troncos, podendo até
mesmo se separar da árvore original e formar uma
nova planta.
Terçados Flexão de terçar.
1. Que foram misturados.
2. Foram divididos em três partes.
Tange Ato de manusear ou manipular: o carpinteiro tange a
madeira com habilidade.
14. Figuras de Linguagem
As figuras de linguagem são recursos
de expressividade usados para tornar o
discurso mais atrativo e transportar uma
mensagem mais real sobre o que se está
falando. Na obra de Rachel é recorrente o uso
de variados tipos de figuras de linguagem. A
seguir estão conceitos de algumas figuras de
linguagem associados a trechos da obra:
15. Anáfora- Repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases. “legume, sem
serviço, sem meios de nenhuma espécie, não havia de ficar morrendo de fome, enquanto a
seca durasse”.
Metáfora- Comparação.
“Ele era bom de ouvir e de olhar, como uma bela paisagem, de quem só se exigisse beleza
e cor”. (p79)
Prosopopeia- Dá qualidades humanas a um ser inanimado.
“Alta noite, na camarinha fechada que uma lamparina moribunda alumiava mal, combinou
com a mulher o plano de partida”
Hipérbole- Exagero.
“Ela ouvia chorando, enxugando na varanda encarnada da rede, os olhos cegos de
lágrimas”.
Sinestesia- Qualidades de outro sentido, se refere a voz como a um ser que pode levantar.
“A voz lenta e cansada vibrava, erguia-se, parecia outra”.
16. Aspectos sobre o Tema
● Com o enfoque na região nordestina, a obra O Quinze
possui um caráter regionalista;
● O romance contém um forte teor social, que além de
enfocar na realidade das pessoas do local, retrata a fome e a
miséria.
“ A generosidade matuta que vem na massa do sangue, e
florescia no altruísmo singelo do vaqueiro, não se perturbou:
-- Sei lá! Deus ajuda! Eu é que não haverá de deixar esses
desgraçados roerem osso podre...”
Cap. 7
17. Aspectos sobre o Tema
● A análise psicológica das personagens e o
uso do discurso direto, revelam as dificuldades e
os pensamentos do ser humano ante os
problemas sociais que são desencadeados pela
seca;
● A força da mulher do sertão possuidora de
muitas faces: A mulher forte, a mulher retirante,
a mulher apaixonada e a mulher enquanto mãe;
● A força da religiosidade sertaneja.
18. Tempo
● A autora situa a história do romance no Ceará de 1915. O
fato histórico da época era a própria seca de 1915 ( o que
origina o título do livro);
● História contada em linha reta;
● Rara evocação do passado.
“Setembro já se acabara, com seu rude calor e sua aflita
miséria; e outubro chegou; com São Francisco e sua
procissão sem fim, composta quase toda de retirantes (...)”
Cap. 22
19. Contexto histórico
●Os campos de concentração dos flagelados;
“-----Tia Inácia vai bem. Conceição faz parte da comissão de
senhoras que distribuem socorros no Campo de
Concentração. ----Certo? Você viu como é? Imagino o
horror! ----Não tive tempo de ir ver; ela até me convidou....”
Cap. 17
20. Contexto Histórico
● Interesse na situação social de retratar
detalhadamente a seca de 1915;
● Neorrealismo e prosa regionalista; Na obra a
prosa regionalista nordestina e o neorrealismo
possuem profundas ligações.
“Que custo, atravessar aquele atravancamento de
gente imunda, de latas velhas, e trapos sujos! “
Cap. 12
21. O Filme
●O Quinze é um filme brasileiro de 2004, um drama dirigido
por Jurandir de Oliveira.