SlideShare a Scribd company logo
1 of 41
Sociologia no
Brasil
E SEUS PRINCIPAIS
REPRESENTANTES
A Sociologia no Brasil surge nas
décadas de 1920 e 1930 visando
construir um entendimento acerca
da formação da sociedade Brasileira
analisando temáticas cruciais para
essa compreensão
GERAÇÃO DE 30
Gilberto
Freyre
Caio Prado Jr. Sergio
Buarque
Gilberto
Freyre
1900-1987
Debate a formação da cultura racial no Brasil: Propõe que somos a
junção de 3 etnias: Índio, negro africano e o português
Uma mistura que ocorreu de modo espontâneo
• Por conta da linguagem vulgar, recebeu o título de pornógrafo
do Recife e a Igreja Católica repudiava constantemente as suas
publicações, consideradas atentatórias à moral e aos bons
costumes. Foi tachado de anticatólico, comunista, anarquista,
agitador, antilusitano, africanista, dentre outras alcunhas.
• Contrapõe o racismo e cria o conceito de democracia racial, na
qual o Brasil se condiciona como a maior
ANOS 30
Surgimento da família patriarcal no Brasil – Discrepância entre negros escravos e
europeus brancos
A miscigenação é responsável pelo apaziguamento das discrepâncias e das
diferenças étnicas no Brasil, principalmente no período colonial
Somos descendentes de negros marginalizados, na sua condição social
Distância social entre brasileiros dos engenhos, entre o senhor e o escravo
Chicote moral: negro se auto inferiorizar e se sujeitar ao mando do colonizador sem
contestar
Sem um fim social o
saber será a maior das
futilidades.
Gilberto Freyre
Pai da sociologia no Brasil
Caio Prado
Jr.
1907-1990
• Fundador da Editora Brasiliense, com Monteiro Lobato
• Eleito deputado, mas é cassado quando o PCB é declarado ilegal
• Inaugura a sociologia Marxista no Brasil
• Fez uma viagem de estudos à União Soviética (1933) e publicou um
livro de viagens, URSS, um novo mundo (1934)
• Assumiu a vice-presidência da Aliança Nacional Libertadora, motivo
por que foi preso (1935) por dois anos.
• Exilou-se na Europa (1937-1939) e de volta ao Brasil (1940), lançou
sua obra mais importante: Formação do Brasil Contemporâneo (1942)
um clássico da historiografia brasileira, discorrendo sobre a formação
histórica do Brasil.
SOCIALISMO NO
BRASIL
• O Brasil foi capitalista desde o princípio da conquista
portuguesa do território.
• revolução como a transformação estrutural do regime
político e econômico-social e não apenas como a derrubada
de um governo e a tomada do poder
• tarefa histórica mais urgente: a modernização do
capitalismo brasileiro e não a luta contra o latifúndio
• Brasil tem ainda uma tarefa básica a realizar: romper com
as amarras ainda existentes do “sistema colonial”. Romper
com a situação que afirmava o Brasil como país dependente
no cenário internacional, como um apêndice da economia
internacional, assim, o Brasil teria que ainda construir o seu
capitalismo, para com isso deixar de ser apenas um
produtor de matérias-primas destinadas ao abastecimento
de mercados externos
FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO
• Brasil foi estruturado desde a colônia para satisfazer
as necessidades externas e não para atender suas
demandas internas
• Se constituiu como mero fornecedor de produtos e
sua história colonial se desenvolveu em função
disso
COLONIZAÇÃO: Brasil como fornecedor de matéria
prima após independência politica (situação que
permanece até hoje através de commodities agrícolas)
Para cumprir essa finalidade montou-se uma estrutura
econômico-social assentada na grande propriedade
rural e mão de obra escrava
EVOLUÇÃO POLITICA DO BRASIL
• Durante o processo da nossa independência, o “partido
brasileiro” teria sido o representante das “classes
superiores” da colônia , grandes proprietários rurais e
seus aliados, não compunham as forças populares, estas
eram as “camadas oprimidas” da população
• Essas duas classes muitas vezes lutaram juntas pela
conquista de objetivos comuns, apesar dos projetos
bastante distintos
ESTRUTURA SOCIAL DA COLONIA:
Proprietários rurais (classe abastada dos senhores de engenho e de
fazenda) X Massa da população (espúria dos trabalhadores do
campo e escravos)
ESTRUTURA SOCIAL: reduzida classe de proprietários e a grande
massa que trabalha e produz, explorada e oprimida
“O grande problema brasileiro é
levantar o nível dessa massa da
população, porque cultura é um fato
coletivo, e não individual. É preciso usar
o máximo dos recursos do país para dar
saúde e educação para essa massa.”
Caio da Silva Prado
Junior
O intelectual militante
Sergio
Buarque
1902-1982
Filho de Aurélio Buarque de Holanda, Pai de Chico
Buarque
tentou interpretar o Brasil, sua estrutura social e política,
a partir das raízes históricas nacionais.
Antes de se tornar historiador e escrever, foi jornalista e
tornou-se amigo dos principais representantes do
Modernismo, como Mário de Andrade e Oswald de
Andrade, e passou a escrever em revistas ligadas ao
movimento.
Mudou-se com a família para o Rio de Janeiro em 1921 e
participou ativamente do Movimento Modernista (1922)
 Um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores
RAÍZES DO BRASIL
 Brasil (colônia do sul) X EUA (colônia do norte) que tinha a
intenção de formar novas nações
 América Latina: Portugueses não queriam formar nação e sim
extrair riquezas, isso só muda em 1808 com a chegada da
família real: assim surge o “jeitinho brasileiro”
 A família é intensa na nossa história (todas as relações
buscamos intimidade) – RAIZ DO NOSSO CARATER
 PATRIMONIALISMO: Ver o que é publico como privado
 HOMEM CORDIAL: brasileiro age muito pelo coração
Coração: age de forma afetiva e não racional
Dificilmente age em conformidade com a lei
 Não há uma distinção entre público e privado, o brasileiro
costuma tratar o público como uma extensão de sua casa, de
sua família (dai surge a apropriação indevida dos bens
públicos) assim como a maquina estatal como cabide de
emprego para suas famílias
"A mudança de opiniões em
um pensador é o sinal mais
evidente de sua vitalidade. Só
os imbecis têm opiniões
eternamente fixas."
Sergio Buarque de
Holanda
O poeta sociólogo
SEGUNDA GERAÇÃO
Darcy Ribeiro Florestan Paulo Freire
Darcy
Ribeiro
1922-1997
 Ministro da Educação no Governo Jânio, Chefe da Casa Civil no
Gov Jango
 Passou várias temporadas com os indígenas do Mato Grosso
(então um só estado) e da Amazônia, publicando as anotações
feitas durante essas viagens
 Colaborou ainda para a fundação do Museu do Índio (que
dirigiu) e a criação do parque indígena do Xingu
 Militante marxista
 Em 1982, elegeu-se vice-governador do Rio de Janeiro. Nesse
cargo, trabalhou junto ao governador Leonel Brizola na criação
dos Centros Integrados de Educação Pública (Ciep).
 Em 1990, foi eleito senador, posto em que teve destacada
atuação
 Em 1992, passou a integrar a Academia Brasileira de Letras.
Além da obra antropológica, Darcy Ribeiro publicou os
romances "Maíra", "O Mulo", "Utopia Selvagem" e "Migo“
BRASIL SULINO
PARANÁ, SANTA CATARINA E RIO GRANDE DO SUL
Culturas que resistiram mas acabaram se mesclando
O Brasil da cultura gaúcha das instancias de gado e da
cultura agrícola dos imigrantes no do País
BRASIL CABOCLO
REGIÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA
O mais bonito dos brasis, o brasil amazônico
dos povos e das florestas, das riquezas;
Muitos índios e poucos portugueses,
misturados pelos jesuítas, eis a beleza do
local em que habita a
O Brasil da cultura cabocla da ,
baseada nos seringais e na pesca dos rios
BRASIL CAIPIRA
REGIÃO SUDESTE E CENTRO OESTE
O caipira da Paulistânia. Trata-se de outra área cultural de
transformações de toda ordem. Não se trata de um sujeito de
hábitos não civilizados, que pejorativamente chamamos de caipira,
mas do personagem mais característico da formação da nossa
gente.
Aquele morador que restou dos primórdios da colonização de S.
Paulo, resultado do cruzamento do português com o índio.
O Brasil do e do , baseado na economia do café e
da subsistência e nascida dos bandeirantes
EXODO RURAL: O que ocorre é o enxotamento. O caipira vem para
cidade para exercer as funções subalternas, morrer na periferia,
subordinado ao mercado. Todos querem as mercadorias, mas não
possuem dinheiro.
BRASIL SERTANEJO
NORDESTE E CENTRO DO BRASIL
O pedaço mais sofrido do país. O eito da terra mais
hostil ao ser humano: “Beleza terrível e grandiosa,
estranha e forte.” nos dizeres de Suassuna.
O sertão nos deu Graciliano Ramos, o Baião de Luiz
Gonzaga, Euclides da Cunha e o próprio Suassuna.
O sertanejo se faz força de trabalho, sem preparo,
amargando situações difíceis, onde se prolongou seu
sofrimento.
Ameríndios, brancos e mestiços foram alargando as
fronteiras sob a ameaça do sol. Ali se criou um homem
forte.
O Brasil da cultura Sertaneja do e do ,
baseada na produção do couro e do gado.
BRASIL CRIOULO
REGIÃO DO LITORAL
A opressão sobre o negro não cessou com a abolição, pelo contrario,
iniciou um processo de marginalização com mil processos de
exclusão e de não qualificação para serem integrados em uma
sociedade de classes.
Mesmo após a abolição, a elite não pensou em construir uma nação
para os brasileiros, continuaríamos sendo uma empresa para os
outros. Deixamos de integrar pessoas ao mercado e criando os
problemas sociais.
O Brasil Crioulo do Litoral, baseada nos engenhos
de açúcar
 Se contrapõe a Gilberto Freyre
• Vadios, vivendo sem
prestança
• Não produzem
• Trabalham muito sem
explicação
• Acumulam tanto para deixar
para os outros
Só há duas opções nesta
vida: se resignar ou se
indignar. E eu não vou me
resignar nunca.
Darcy Ribeiro
Um homem de fazimentos
Fracassei em tudo o que tentei na vida.
Tentei alfabetizar as crianças
brasileiras, não consegui.
Tentei salvar os índios, não consegui.
Tentei fazer uma universidade séria e
fracassei.
Tentei fazer o Brasil desenvolver-se
autonomamente e fracassei.
Mas os fracassos são minhas vitórias.
Eu detestaria estar no lugar de quem me
venceu.
Darcy Ribeiro
Um homem de fazimentos
Floresta
n
Fernand
1920-1995
Criador da sociologia critica do Brasil, transformando o
modo como se conduz a pesquisa sociológica no país
Influenciado por Marx
Mentor intelectual de Fernando Henrique Cardoso
Deputado Federal pelo Partido dos Trabalhadores
Militante comunista
Escravismo: Escravo tratado como objeto
Economia mercantilista: extrema dependência europeia
Influencias racistas europeias
Negro liberto não é integrado
FORMAÇÃO DO BRASIL
Ausência de igualdade de oportunidades
ESCRAVIDÃO
GEROU
• Estrutura social
• Instituições duradouras
• Criou mentalidades
BRASIL PRÉ-CAPITALISTA
Reuniu, adaptou e combinou o estamentalismo das sociedades ibéricas e a escravidão.
ESCOLA ELITISTA
 Um povo educado não aceitaria as condições de miséria que temos
 A escola de qualidade não é redentora da humanidade, mas um instrumento fundamental de
emancipação dos trabalhadores
 Sucateamento das escolas com péssimas condições de trabalho e ensino, faz parte da tentativa de sufocar
a democratização da sociedade por meio da restrição de acesso a cultura e pesquisa
DEMOCRATIZAÇÃO DO
ENSINO
• Liberdade de educar e direito irrestrito de
estudar
• LDB: Criada por Darcy Ribeiro e contou com
a participação ativa de Florestan
TRATA O POBRE COMO CIDADÃO DE SEGUNDA CLASSE
REVOLUÇÃO INCOMPLETA
A revolução burguesa nos moldes franceses não chegou ao Brasil. Na França, se exige um ensino
público de qualidade, as elites brasileiras do século XX ainda queriam controlar a maioria da população
culturalmente alienada e afastada da decisões politicas
A EDUCAÇÃO
• A escola deveria deixar de reproduzir os mecanismos de dominação de classe
• A educação transformadora se faz com uma escola capaz de desfazer por si
mesma, o autoritarismo, da hierarquização e da pratica de servidão
• Papel transformador, instrumento de elevação cultural e desenvolvimento social
nas camadas mais pobres da população
Para o sociólogo não existe
neutralidade possível: o
intelectual deve optar
entre o compromisso com
os exploradores ou com os
explorados.
Florestan
Fernandes
O mestre da sociologia
Paulo Freire1921-1997
• Foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e
reconhecimento internacionais
• Patrono da educação brasileira
• Foi o brasileiro mais homenageado da história: ganhou 29 títulos
de Doutor Honoris Causa de universidades da Europa e América; e
recebeu diversos galardões como o prêmio da UNESCO de
Educação para a Paz em 1986
• Um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores
• Secretário da Educação de SP no Governo de Luiza Erundina (PT)
• Foi responsável pela alfabetização de 300 cortadores de cana em
apenas 45 dias
• Empenho nas reformas de base do Governo de João Goulart
• supervisor para o programa para alfabetização de adultos de 1980
até 1986 do PT em SP
PEDAGOGIA DO OPRIMIDO
OPRESSOR – desumanizado – impõe-se sobre o oprimido na busca pela
manutenção dos seus interesses
OPRIMIDO – busca a MUDANÇA/TRANSFOMAÇÃO
LIBERTAÇÃO – Pedagogia Libertadora
• Currículo trabalhado na escola é politico
• Reconhecer o mundo opressor e transforma-lo
PROFESSOR – Instrutor por excelência
• Não pode contribuir com o sistema
• Deve estar a serviço da libertação
ALUNO e PROFESSOR – Troca de experiências: relação horizontal
Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade
dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das
escolas (isto é, as "escolas burguesas"), que ele qualificou de educação
bancária
PEDAGOGIA DA AUTONOMIA
PROFESSOR e ALUNO – São autônomos para viver a sociedade
como ela é
• Ensinar não é simplesmente transmitir conteúdos
ALUNO – possui uma visão ingênua da realidade
CRITICIDADE – deve-se buscar os fundamentos e ter uma visão
critica sem aceitar passivamente
O ALUNO deve ver o PROFESSOR como espelho
A realidade desigual pode ser transformada para uma igualdade
O Professor deve ter AUTORIDADE e não ser AUTORITÁRIO –
Controla a liberdade do aluno de forma consciente
Ensinar requer respeito a do Aluno – Relação lateral
Educação não transforma
o mundo. Educação muda
as pessoas. Pessoas
transformam o mundo
Paulo Freire
Patrono da Educação brasileira
“A sociologia serve, unicamente,
para ensinar o aluno a ler o
mundo. E então assim,
transforma-lo”
BRUNO BARBOSA – 3º Ensino Médio A
ETEC DR. ADAIL NUNES DA SILVA
SOCIOLOGIA
Professora Marina Campobiano
Bertolo

More Related Content

What's hot

01 - O que é Sociologia
01 - O que é Sociologia01 - O que é Sociologia
01 - O que é Sociologia
Claudio Henrique Ramos Sales
 
A sociologia no brasil(1)
A sociologia no brasil(1)A sociologia no brasil(1)
A sociologia no brasil(1)
homago
 
Introdução à Sociologia
Introdução à SociologiaIntrodução à Sociologia
Introdução à Sociologia
Alison Nunes
 
1 ano sociologia as relações entre indivíduo e sociedade
1 ano sociologia as relações entre indivíduo e sociedade1 ano sociologia as relações entre indivíduo e sociedade
1 ano sociologia as relações entre indivíduo e sociedade
homago
 

What's hot (20)

01 - O que é Sociologia
01 - O que é Sociologia01 - O que é Sociologia
01 - O que é Sociologia
 
A sociologia no brasil(1)
A sociologia no brasil(1)A sociologia no brasil(1)
A sociologia no brasil(1)
 
Estratificação social
Estratificação socialEstratificação social
Estratificação social
 
Ideologia
IdeologiaIdeologia
Ideologia
 
Estratificação social
Estratificação socialEstratificação social
Estratificação social
 
Estratificação e Desigualdade Social
Estratificação e Desigualdade SocialEstratificação e Desigualdade Social
Estratificação e Desigualdade Social
 
Sociologia - O que é o trabalho
Sociologia - O que é o trabalho Sociologia - O que é o trabalho
Sociologia - O que é o trabalho
 
Clássicos da sociologia
Clássicos da sociologiaClássicos da sociologia
Clássicos da sociologia
 
Introdução à Sociologia
Introdução à SociologiaIntrodução à Sociologia
Introdução à Sociologia
 
Slide sociologia 1
Slide sociologia 1Slide sociologia 1
Slide sociologia 1
 
Problemas sociais no Brasil
Problemas sociais no BrasilProblemas sociais no Brasil
Problemas sociais no Brasil
 
As Transformações no Mundo do Trabalho
As Transformações no Mundo do TrabalhoAs Transformações no Mundo do Trabalho
As Transformações no Mundo do Trabalho
 
Era vargas
Era vargasEra vargas
Era vargas
 
Sociologia - Cidadania
Sociologia - CidadaniaSociologia - Cidadania
Sociologia - Cidadania
 
Poder, Política e Estado.
Poder, Política e Estado.Poder, Política e Estado.
Poder, Política e Estado.
 
Karl marx
 Karl marx Karl marx
Karl marx
 
Indústria Cultural
Indústria CulturalIndústria Cultural
Indústria Cultural
 
Sociologia - Aula Introdutória
Sociologia - Aula IntrodutóriaSociologia - Aula Introdutória
Sociologia - Aula Introdutória
 
Slides da aula de Sociologia (Luciano) sobre Divisão Social do Trabalho
Slides da aula de Sociologia (Luciano) sobre Divisão Social do TrabalhoSlides da aula de Sociologia (Luciano) sobre Divisão Social do Trabalho
Slides da aula de Sociologia (Luciano) sobre Divisão Social do Trabalho
 
1 ano sociologia as relações entre indivíduo e sociedade
1 ano sociologia as relações entre indivíduo e sociedade1 ano sociologia as relações entre indivíduo e sociedade
1 ano sociologia as relações entre indivíduo e sociedade
 

Similar to Sociologia no Brasil

Identidades Brasileiras
Identidades BrasileirasIdentidades Brasileiras
Identidades Brasileiras
Helio Fagundes
 
Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de hollanda
Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de hollandaGilberto Freyre e Sérgio Buarque de hollanda
Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de hollanda
José Araujo
 
Sergio Buarque de Holanda
Sergio Buarque de HolandaSergio Buarque de Holanda
Sergio Buarque de Holanda
Juli Rossi
 
Discriminação étnico racial
Discriminação étnico racialDiscriminação étnico racial
Discriminação étnico racial
Marcia Miranda
 
Discriminação étnico racial atual
Discriminação étnico racial atualDiscriminação étnico racial atual
Discriminação étnico racial atual
Marcia Miranda
 
IntroduçãO6
IntroduçãO6IntroduçãO6
IntroduçãO6
rogerio
 

Similar to Sociologia no Brasil (20)

Casa-Grande e Senzala
Casa-Grande e SenzalaCasa-Grande e Senzala
Casa-Grande e Senzala
 
Identidades Brasileiras
Identidades BrasileirasIdentidades Brasileiras
Identidades Brasileiras
 
Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de hollanda
Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de hollandaGilberto Freyre e Sérgio Buarque de hollanda
Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de hollanda
 
Formação do povo brasileiro
Formação do povo brasileiroFormação do povo brasileiro
Formação do povo brasileiro
 
sociologia no brasil.pptx
sociologia no brasil.pptxsociologia no brasil.pptx
sociologia no brasil.pptx
 
Sergio Buarque de Holanda
Sergio Buarque de HolandaSergio Buarque de Holanda
Sergio Buarque de Holanda
 
Capítulo 9 - Sociologia Brasileira
Capítulo 9 - Sociologia BrasileiraCapítulo 9 - Sociologia Brasileira
Capítulo 9 - Sociologia Brasileira
 
Discriminação étnico racial
Discriminação étnico racialDiscriminação étnico racial
Discriminação étnico racial
 
Discriminação étnico racial atual
Discriminação étnico racial atualDiscriminação étnico racial atual
Discriminação étnico racial atual
 
Intérpretes do Brasil
Intérpretes do BrasilIntérpretes do Brasil
Intérpretes do Brasil
 
Sociologia brasileira
Sociologia brasileiraSociologia brasileira
Sociologia brasileira
 
Web aula 1éder
Web aula 1éderWeb aula 1éder
Web aula 1éder
 
Web aula 1éder
Web aula 1éderWeb aula 1éder
Web aula 1éder
 
Sociologia Brasileira
Sociologia BrasileiraSociologia Brasileira
Sociologia Brasileira
 
IntroduçãO6
IntroduçãO6IntroduçãO6
IntroduçãO6
 
Brasil
BrasilBrasil
Brasil
 
Pesquisa sobre negros no Brasil
Pesquisa sobre negros no BrasilPesquisa sobre negros no Brasil
Pesquisa sobre negros no Brasil
 
Sociologia brasileira
Sociologia brasileira Sociologia brasileira
Sociologia brasileira
 
Sentidos de estudar a história indígena
Sentidos de estudar a história indígenaSentidos de estudar a história indígena
Sentidos de estudar a história indígena
 
O que é cultura
O que é culturaO que é cultura
O que é cultura
 

Recently uploaded

O Reizinho Autista.pdf - livro maravilhoso
O Reizinho Autista.pdf - livro maravilhosoO Reizinho Autista.pdf - livro maravilhoso
O Reizinho Autista.pdf - livro maravilhoso
VALMIRARIBEIRO1
 
Slide Licao 4 - 2T - 2024 - CPAD ADULTOS - Retangular.pptx
Slide Licao 4 - 2T - 2024 - CPAD ADULTOS - Retangular.pptxSlide Licao 4 - 2T - 2024 - CPAD ADULTOS - Retangular.pptx
Slide Licao 4 - 2T - 2024 - CPAD ADULTOS - Retangular.pptx
sfwsoficial
 
1. Aula de sociologia - 1º Ano - Émile Durkheim.pdf
1. Aula de sociologia - 1º Ano - Émile Durkheim.pdf1. Aula de sociologia - 1º Ano - Émile Durkheim.pdf
1. Aula de sociologia - 1º Ano - Émile Durkheim.pdf
aulasgege
 

Recently uploaded (20)

livro para educação infantil conceitos sensorial
livro para educação infantil conceitos sensoriallivro para educação infantil conceitos sensorial
livro para educação infantil conceitos sensorial
 
Aparatologia na estética - Cavitação, radiofrequência e lipolaser.pdf
Aparatologia na estética - Cavitação, radiofrequência e lipolaser.pdfAparatologia na estética - Cavitação, radiofrequência e lipolaser.pdf
Aparatologia na estética - Cavitação, radiofrequência e lipolaser.pdf
 
Produção de poemas - Reciclar é preciso
Produção  de  poemas  -  Reciclar é precisoProdução  de  poemas  -  Reciclar é preciso
Produção de poemas - Reciclar é preciso
 
O que é, de facto, a Educação de Infância
O que é, de facto, a Educação de InfânciaO que é, de facto, a Educação de Infância
O que é, de facto, a Educação de Infância
 
Nós Propomos! Infraestruturas em Proença-a-Nova
Nós Propomos! Infraestruturas em Proença-a-NovaNós Propomos! Infraestruturas em Proença-a-Nova
Nós Propomos! Infraestruturas em Proença-a-Nova
 
08-05 - Atividade de língua Portuguesa.pdf
08-05 - Atividade de língua Portuguesa.pdf08-05 - Atividade de língua Portuguesa.pdf
08-05 - Atividade de língua Portuguesa.pdf
 
Semana Interna de Prevenção de Acidentes SIPAT/2024
Semana Interna de Prevenção de Acidentes SIPAT/2024Semana Interna de Prevenção de Acidentes SIPAT/2024
Semana Interna de Prevenção de Acidentes SIPAT/2024
 
Slides Lição 8, CPAD, Confessando e Abandonando o Pecado.pptx
Slides Lição 8, CPAD, Confessando e Abandonando o Pecado.pptxSlides Lição 8, CPAD, Confessando e Abandonando o Pecado.pptx
Slides Lição 8, CPAD, Confessando e Abandonando o Pecado.pptx
 
MARCHA HUMANA. UM ESTUDO SOBRE AS MARCHAS
MARCHA HUMANA. UM ESTUDO SOBRE AS MARCHASMARCHA HUMANA. UM ESTUDO SOBRE AS MARCHAS
MARCHA HUMANA. UM ESTUDO SOBRE AS MARCHAS
 
Unidade 4 (Texto poético) (Teste sem correção) (2).docx
Unidade 4 (Texto poético) (Teste sem correção) (2).docxUnidade 4 (Texto poético) (Teste sem correção) (2).docx
Unidade 4 (Texto poético) (Teste sem correção) (2).docx
 
Sismologia_7ºano_causas e consequencias.pptx
Sismologia_7ºano_causas e consequencias.pptxSismologia_7ºano_causas e consequencias.pptx
Sismologia_7ºano_causas e consequencias.pptx
 
Multiplicação - Caça-número
Multiplicação - Caça-número Multiplicação - Caça-número
Multiplicação - Caça-número
 
Abuso Sexual da Criança e do adolescente
Abuso Sexual da Criança e do adolescenteAbuso Sexual da Criança e do adolescente
Abuso Sexual da Criança e do adolescente
 
O Reizinho Autista.pdf - livro maravilhoso
O Reizinho Autista.pdf - livro maravilhosoO Reizinho Autista.pdf - livro maravilhoso
O Reizinho Autista.pdf - livro maravilhoso
 
Apresentação sobre Robots e processos educativos
Apresentação sobre Robots e processos educativosApresentação sobre Robots e processos educativos
Apresentação sobre Robots e processos educativos
 
Slide Licao 4 - 2T - 2024 - CPAD ADULTOS - Retangular.pptx
Slide Licao 4 - 2T - 2024 - CPAD ADULTOS - Retangular.pptxSlide Licao 4 - 2T - 2024 - CPAD ADULTOS - Retangular.pptx
Slide Licao 4 - 2T - 2024 - CPAD ADULTOS - Retangular.pptx
 
Conteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persaConteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persa
 
662938.pdf aula digital de educação básica
662938.pdf aula digital de educação básica662938.pdf aula digital de educação básica
662938.pdf aula digital de educação básica
 
1. Aula de sociologia - 1º Ano - Émile Durkheim.pdf
1. Aula de sociologia - 1º Ano - Émile Durkheim.pdf1. Aula de sociologia - 1º Ano - Émile Durkheim.pdf
1. Aula de sociologia - 1º Ano - Émile Durkheim.pdf
 
As Mil Palavras Mais Usadas No Inglês (Robert de Aquino) (Z-Library).pdf
As Mil Palavras Mais Usadas No Inglês (Robert de Aquino) (Z-Library).pdfAs Mil Palavras Mais Usadas No Inglês (Robert de Aquino) (Z-Library).pdf
As Mil Palavras Mais Usadas No Inglês (Robert de Aquino) (Z-Library).pdf
 

Sociologia no Brasil

  • 1. Sociologia no Brasil E SEUS PRINCIPAIS REPRESENTANTES
  • 2. A Sociologia no Brasil surge nas décadas de 1920 e 1930 visando construir um entendimento acerca da formação da sociedade Brasileira analisando temáticas cruciais para essa compreensão
  • 3. GERAÇÃO DE 30 Gilberto Freyre Caio Prado Jr. Sergio Buarque
  • 5. Debate a formação da cultura racial no Brasil: Propõe que somos a junção de 3 etnias: Índio, negro africano e o português Uma mistura que ocorreu de modo espontâneo • Por conta da linguagem vulgar, recebeu o título de pornógrafo do Recife e a Igreja Católica repudiava constantemente as suas publicações, consideradas atentatórias à moral e aos bons costumes. Foi tachado de anticatólico, comunista, anarquista, agitador, antilusitano, africanista, dentre outras alcunhas. • Contrapõe o racismo e cria o conceito de democracia racial, na qual o Brasil se condiciona como a maior
  • 6. ANOS 30 Surgimento da família patriarcal no Brasil – Discrepância entre negros escravos e europeus brancos A miscigenação é responsável pelo apaziguamento das discrepâncias e das diferenças étnicas no Brasil, principalmente no período colonial Somos descendentes de negros marginalizados, na sua condição social Distância social entre brasileiros dos engenhos, entre o senhor e o escravo Chicote moral: negro se auto inferiorizar e se sujeitar ao mando do colonizador sem contestar
  • 7. Sem um fim social o saber será a maior das futilidades. Gilberto Freyre Pai da sociologia no Brasil
  • 9. • Fundador da Editora Brasiliense, com Monteiro Lobato • Eleito deputado, mas é cassado quando o PCB é declarado ilegal • Inaugura a sociologia Marxista no Brasil • Fez uma viagem de estudos à União Soviética (1933) e publicou um livro de viagens, URSS, um novo mundo (1934) • Assumiu a vice-presidência da Aliança Nacional Libertadora, motivo por que foi preso (1935) por dois anos. • Exilou-se na Europa (1937-1939) e de volta ao Brasil (1940), lançou sua obra mais importante: Formação do Brasil Contemporâneo (1942) um clássico da historiografia brasileira, discorrendo sobre a formação histórica do Brasil.
  • 10. SOCIALISMO NO BRASIL • O Brasil foi capitalista desde o princípio da conquista portuguesa do território. • revolução como a transformação estrutural do regime político e econômico-social e não apenas como a derrubada de um governo e a tomada do poder • tarefa histórica mais urgente: a modernização do capitalismo brasileiro e não a luta contra o latifúndio • Brasil tem ainda uma tarefa básica a realizar: romper com as amarras ainda existentes do “sistema colonial”. Romper com a situação que afirmava o Brasil como país dependente no cenário internacional, como um apêndice da economia internacional, assim, o Brasil teria que ainda construir o seu capitalismo, para com isso deixar de ser apenas um produtor de matérias-primas destinadas ao abastecimento de mercados externos
  • 11. FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO • Brasil foi estruturado desde a colônia para satisfazer as necessidades externas e não para atender suas demandas internas • Se constituiu como mero fornecedor de produtos e sua história colonial se desenvolveu em função disso COLONIZAÇÃO: Brasil como fornecedor de matéria prima após independência politica (situação que permanece até hoje através de commodities agrícolas) Para cumprir essa finalidade montou-se uma estrutura econômico-social assentada na grande propriedade rural e mão de obra escrava
  • 12. EVOLUÇÃO POLITICA DO BRASIL • Durante o processo da nossa independência, o “partido brasileiro” teria sido o representante das “classes superiores” da colônia , grandes proprietários rurais e seus aliados, não compunham as forças populares, estas eram as “camadas oprimidas” da população • Essas duas classes muitas vezes lutaram juntas pela conquista de objetivos comuns, apesar dos projetos bastante distintos ESTRUTURA SOCIAL DA COLONIA: Proprietários rurais (classe abastada dos senhores de engenho e de fazenda) X Massa da população (espúria dos trabalhadores do campo e escravos) ESTRUTURA SOCIAL: reduzida classe de proprietários e a grande massa que trabalha e produz, explorada e oprimida
  • 13. “O grande problema brasileiro é levantar o nível dessa massa da população, porque cultura é um fato coletivo, e não individual. É preciso usar o máximo dos recursos do país para dar saúde e educação para essa massa.” Caio da Silva Prado Junior O intelectual militante
  • 15. Filho de Aurélio Buarque de Holanda, Pai de Chico Buarque tentou interpretar o Brasil, sua estrutura social e política, a partir das raízes históricas nacionais. Antes de se tornar historiador e escrever, foi jornalista e tornou-se amigo dos principais representantes do Modernismo, como Mário de Andrade e Oswald de Andrade, e passou a escrever em revistas ligadas ao movimento. Mudou-se com a família para o Rio de Janeiro em 1921 e participou ativamente do Movimento Modernista (1922)  Um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores
  • 16. RAÍZES DO BRASIL  Brasil (colônia do sul) X EUA (colônia do norte) que tinha a intenção de formar novas nações  América Latina: Portugueses não queriam formar nação e sim extrair riquezas, isso só muda em 1808 com a chegada da família real: assim surge o “jeitinho brasileiro”  A família é intensa na nossa história (todas as relações buscamos intimidade) – RAIZ DO NOSSO CARATER  PATRIMONIALISMO: Ver o que é publico como privado  HOMEM CORDIAL: brasileiro age muito pelo coração Coração: age de forma afetiva e não racional Dificilmente age em conformidade com a lei  Não há uma distinção entre público e privado, o brasileiro costuma tratar o público como uma extensão de sua casa, de sua família (dai surge a apropriação indevida dos bens públicos) assim como a maquina estatal como cabide de emprego para suas famílias
  • 17. "A mudança de opiniões em um pensador é o sinal mais evidente de sua vitalidade. Só os imbecis têm opiniões eternamente fixas." Sergio Buarque de Holanda O poeta sociólogo
  • 18. SEGUNDA GERAÇÃO Darcy Ribeiro Florestan Paulo Freire
  • 20.  Ministro da Educação no Governo Jânio, Chefe da Casa Civil no Gov Jango  Passou várias temporadas com os indígenas do Mato Grosso (então um só estado) e da Amazônia, publicando as anotações feitas durante essas viagens  Colaborou ainda para a fundação do Museu do Índio (que dirigiu) e a criação do parque indígena do Xingu  Militante marxista  Em 1982, elegeu-se vice-governador do Rio de Janeiro. Nesse cargo, trabalhou junto ao governador Leonel Brizola na criação dos Centros Integrados de Educação Pública (Ciep).  Em 1990, foi eleito senador, posto em que teve destacada atuação  Em 1992, passou a integrar a Academia Brasileira de Letras. Além da obra antropológica, Darcy Ribeiro publicou os romances "Maíra", "O Mulo", "Utopia Selvagem" e "Migo“
  • 21. BRASIL SULINO PARANÁ, SANTA CATARINA E RIO GRANDE DO SUL Culturas que resistiram mas acabaram se mesclando O Brasil da cultura gaúcha das instancias de gado e da cultura agrícola dos imigrantes no do País
  • 22. BRASIL CABOCLO REGIÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA O mais bonito dos brasis, o brasil amazônico dos povos e das florestas, das riquezas; Muitos índios e poucos portugueses, misturados pelos jesuítas, eis a beleza do local em que habita a O Brasil da cultura cabocla da , baseada nos seringais e na pesca dos rios
  • 23. BRASIL CAIPIRA REGIÃO SUDESTE E CENTRO OESTE O caipira da Paulistânia. Trata-se de outra área cultural de transformações de toda ordem. Não se trata de um sujeito de hábitos não civilizados, que pejorativamente chamamos de caipira, mas do personagem mais característico da formação da nossa gente. Aquele morador que restou dos primórdios da colonização de S. Paulo, resultado do cruzamento do português com o índio. O Brasil do e do , baseado na economia do café e da subsistência e nascida dos bandeirantes EXODO RURAL: O que ocorre é o enxotamento. O caipira vem para cidade para exercer as funções subalternas, morrer na periferia, subordinado ao mercado. Todos querem as mercadorias, mas não possuem dinheiro.
  • 24. BRASIL SERTANEJO NORDESTE E CENTRO DO BRASIL O pedaço mais sofrido do país. O eito da terra mais hostil ao ser humano: “Beleza terrível e grandiosa, estranha e forte.” nos dizeres de Suassuna. O sertão nos deu Graciliano Ramos, o Baião de Luiz Gonzaga, Euclides da Cunha e o próprio Suassuna. O sertanejo se faz força de trabalho, sem preparo, amargando situações difíceis, onde se prolongou seu sofrimento. Ameríndios, brancos e mestiços foram alargando as fronteiras sob a ameaça do sol. Ali se criou um homem forte. O Brasil da cultura Sertaneja do e do , baseada na produção do couro e do gado.
  • 25. BRASIL CRIOULO REGIÃO DO LITORAL A opressão sobre o negro não cessou com a abolição, pelo contrario, iniciou um processo de marginalização com mil processos de exclusão e de não qualificação para serem integrados em uma sociedade de classes. Mesmo após a abolição, a elite não pensou em construir uma nação para os brasileiros, continuaríamos sendo uma empresa para os outros. Deixamos de integrar pessoas ao mercado e criando os problemas sociais. O Brasil Crioulo do Litoral, baseada nos engenhos de açúcar  Se contrapõe a Gilberto Freyre
  • 26. • Vadios, vivendo sem prestança • Não produzem • Trabalham muito sem explicação • Acumulam tanto para deixar para os outros
  • 27. Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca. Darcy Ribeiro Um homem de fazimentos
  • 28. Fracassei em tudo o que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu. Darcy Ribeiro Um homem de fazimentos
  • 30. Criador da sociologia critica do Brasil, transformando o modo como se conduz a pesquisa sociológica no país Influenciado por Marx Mentor intelectual de Fernando Henrique Cardoso Deputado Federal pelo Partido dos Trabalhadores Militante comunista
  • 31. Escravismo: Escravo tratado como objeto Economia mercantilista: extrema dependência europeia Influencias racistas europeias Negro liberto não é integrado FORMAÇÃO DO BRASIL Ausência de igualdade de oportunidades ESCRAVIDÃO GEROU • Estrutura social • Instituições duradouras • Criou mentalidades
  • 32. BRASIL PRÉ-CAPITALISTA Reuniu, adaptou e combinou o estamentalismo das sociedades ibéricas e a escravidão. ESCOLA ELITISTA  Um povo educado não aceitaria as condições de miséria que temos  A escola de qualidade não é redentora da humanidade, mas um instrumento fundamental de emancipação dos trabalhadores  Sucateamento das escolas com péssimas condições de trabalho e ensino, faz parte da tentativa de sufocar a democratização da sociedade por meio da restrição de acesso a cultura e pesquisa DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO • Liberdade de educar e direito irrestrito de estudar • LDB: Criada por Darcy Ribeiro e contou com a participação ativa de Florestan TRATA O POBRE COMO CIDADÃO DE SEGUNDA CLASSE
  • 33. REVOLUÇÃO INCOMPLETA A revolução burguesa nos moldes franceses não chegou ao Brasil. Na França, se exige um ensino público de qualidade, as elites brasileiras do século XX ainda queriam controlar a maioria da população culturalmente alienada e afastada da decisões politicas A EDUCAÇÃO • A escola deveria deixar de reproduzir os mecanismos de dominação de classe • A educação transformadora se faz com uma escola capaz de desfazer por si mesma, o autoritarismo, da hierarquização e da pratica de servidão • Papel transformador, instrumento de elevação cultural e desenvolvimento social nas camadas mais pobres da população
  • 34. Para o sociólogo não existe neutralidade possível: o intelectual deve optar entre o compromisso com os exploradores ou com os explorados. Florestan Fernandes O mestre da sociologia
  • 36. • Foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais • Patrono da educação brasileira • Foi o brasileiro mais homenageado da história: ganhou 29 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades da Europa e América; e recebeu diversos galardões como o prêmio da UNESCO de Educação para a Paz em 1986 • Um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores • Secretário da Educação de SP no Governo de Luiza Erundina (PT) • Foi responsável pela alfabetização de 300 cortadores de cana em apenas 45 dias • Empenho nas reformas de base do Governo de João Goulart • supervisor para o programa para alfabetização de adultos de 1980 até 1986 do PT em SP
  • 37. PEDAGOGIA DO OPRIMIDO OPRESSOR – desumanizado – impõe-se sobre o oprimido na busca pela manutenção dos seus interesses OPRIMIDO – busca a MUDANÇA/TRANSFOMAÇÃO LIBERTAÇÃO – Pedagogia Libertadora • Currículo trabalhado na escola é politico • Reconhecer o mundo opressor e transforma-lo PROFESSOR – Instrutor por excelência • Não pode contribuir com o sistema • Deve estar a serviço da libertação ALUNO e PROFESSOR – Troca de experiências: relação horizontal Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as "escolas burguesas"), que ele qualificou de educação bancária
  • 38. PEDAGOGIA DA AUTONOMIA PROFESSOR e ALUNO – São autônomos para viver a sociedade como ela é • Ensinar não é simplesmente transmitir conteúdos ALUNO – possui uma visão ingênua da realidade CRITICIDADE – deve-se buscar os fundamentos e ter uma visão critica sem aceitar passivamente O ALUNO deve ver o PROFESSOR como espelho A realidade desigual pode ser transformada para uma igualdade O Professor deve ter AUTORIDADE e não ser AUTORITÁRIO – Controla a liberdade do aluno de forma consciente Ensinar requer respeito a do Aluno – Relação lateral
  • 39. Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo Paulo Freire Patrono da Educação brasileira
  • 40. “A sociologia serve, unicamente, para ensinar o aluno a ler o mundo. E então assim, transforma-lo”
  • 41. BRUNO BARBOSA – 3º Ensino Médio A ETEC DR. ADAIL NUNES DA SILVA SOCIOLOGIA Professora Marina Campobiano Bertolo