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Eça de Queirós
Dinis Rocha Oliveira nº5 11ºA
Os Maias
Capítulo XII
JOSÉ MARIA EÇA DE QUEIROZ
Célebre escritor português do séc. XIX
Nascimento: Póvoa de Varzim, 25 de
novembro de 1845
Morte: Neuilly-sur-Seine, 16 de agosto de 1900
Autor de importantes romances como "Os
Maias" e "O Crime do Padre Amaro" e "O
Primo Basílio"
CONTEXTUALIZAÇÃO DO CAPÍTULO XII NA OBRA
Carlos da Maia e Maria Eduarda já
se conhecem, sendo habitual
Carlos visitá-la na sua casa como
médico;
Carlos mantém a sua relação
com a condessa de Gouvarinho,
mostrando-se já farto desta;
No início do capítulo XII :
SINOPSE
ESPAÇOS FÍSICOS
Ramalhete Casa dos Gouvarinho Casa de Maria Eduarda
Ega instala-se no Ramalhete e anuncia o jantar em casa
dos Gouvarinho. (coincidente com o regresso dos Cohen à
capital);
Carlos mostra desinteresse no romance com a condessa
de Gouvarinho, contrastando com a insistência desta;
Afonso incita os dois jovens a fazerem algo pelo país,
lamentando a inércia em que eles se afundavam;
Ramalhete
Micro-Espaço: Quarto, Escritório
SINOPSE
ESPAÇOS FÍSICOS
Ramalhete Casa dos Gouvarinho Casa de Maria Eduarda
Ega revela a Carlos que a sua relação com Maria Eduarda
("a brasileira") andava a ser espalhada por Dâmaso;
A condessa interroga Carlos sobre o ser romance com
Maria Eduarda;
Jantar (fala-se de viagens, da escravatura, de criados, do
gosto por paradoxos. da sobremesa, e de animais);
Casa
dos
Gouvarinho
Micro-Espaços: "Salinha do fundo", Sala de jantar
SINOPSE
ESPAÇOS FÍSICOS
Ramalhete Casa dos Gouvarinho Casa de Maria Eduarda
Carlos revela à condessa que as suas visitas à casa "da
brasileira" devem-se à doença da governanta da casa;
A Condessa mostra o seu desejo de aproximação a Carlos
e beija-o, reconciliando a relação;
Passa-se o resto da noite no salão;
Casa
dos
Gouvarinho
Micro-Espaços: Quarto do filho da condessa, salão
SINOPSE
ESPAÇOS FÍSICOS
Ramalhete Casa dos Gouvarinho Casa de Maria Eduarda
Maria Eduarda estranha a demora de Carlos;
Dâmaso visita a casa mas Maria Eduarda não o recebe,
comunicando os inconvenientes daquela casa tão
acessível a visitas importunas. e o desejo de uma casa no
campo;
Casa
de
Maria
Eduarda
Micro-Espaços: Sala
SINOPSE
ESPAÇOS FÍSICOS
Ramalhete Casa dos Gouvarinho Casa de Maria Eduarda
Carlos declara o seu amor a Maria Eduarda, que mostra
reciprocidade;
Maria Eduarda tenta revelar algo a Carlos, fracassando;
Carlos pede o aluguer de uma quinta nos Olivais a Craft;
Afonso da Maia aprova a aquisição do neto.
Por fim Carlos acabou por contar toda a sua história de
amor a Ega;
Casa
de
Maria
Eduarda
e
Casa
dos
Olivais
TEMPO CRONOLÓGICO
Conversa entre Ega e Carlos no
Ramalhete;
Jantar em casa dos Gouvarinho numa
segunda-feira;
Visita de Carlos a Maria Eduarda numa
terça-feira:
Aluguer da casa dos Olivais numa
quarta-feira ;
A ação do capítulo passa-se em poucos
dias:
PRINCIPAIS


Carlos da Maia
Maria Eduarda
João da Ega
Condessa de Gouvarinho
PERSONAGENS
SECUNDÁRIAS


Afonso da Maia
Sousa Neto
Conde de Gouvarinho
Craft
Dâmaso
Elemento da alta sociedade
Ocioso
Amante do Realismo e do
Naturalismo
Apaixonado
Crítico e culto
Incoerente nas suas posições
"Velázquez é um dos santos padres do naturalismo"
"(...)leu evidentemente, como nós todos, as grande páginas de
Proudhon sobre o amor?"
JOÃO DA EGA
Elemento da alta sociedade
Educado
Ocioso
Romântico e Apaixonado
"- Meu amor! meu amor! meu amor!"
CARLOS DA MAIA
Elemento da alta sociedade
Apaixonada
Receia contar algo a Carlos
"Só via que ela o amava..."
"Há uma coisa que eu lhe queria dizer!..."
MARIA EDUARDA
CONDESSA DE GOUVARINHO
Elemento da alta sociedade
Sensual
Imoral
Provocante
Adúltera
Despreza o seu marido
Representa as mulheres adúlteras
CONDE DE GOUVARINHO
Elemento da alta sociedade
Político incompetente e
retrógrado
Vive segundo as convenções
sociais
Representa a incompetência
política
SOUSA NETO
Elemento da alta sociedade
Representante da Administração
Pública
Ignorante e Inculto
Incompetente
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"Não sabia...que esse filósofo tivesse escrito sobre assuntos
tão escabrosos"
"oficial superior de uma grande repartição do Estado"
DÂMASO
Elemento da alta sociedade
Imoral
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Egoísta
"Como podia ela acreditar no Dâmaso? Devia
conhecer-lhe a tagarelice, a imbecilidade"
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Objetificação da mulher - "(...)Muito bem feita de corpo, não
é verdade? Eque tal, no ato do amor?(...)"
Naturalismo e paixão pela arte - "(...) -Ótimo covil para a
arte! Velázquez é um dos santos padres do naturalismo...
(...)"
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Maia. Intencionalidade Crítica




Degradação dos valores
sociais
Atraso intelectual do país
Mentalidade de figuras
importantes na
sociedade
Conceções
opostas
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educação
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mulheres
Opiniões de
Sousa Neto
Fascínio pelo
estrangeiro
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O Conde Gouvarinho revela falta de
memória: “Ó Teresa, lembras-te
daquele paradoxo do Barros? Ora
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importantes na sociedade
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Visão de Ega - "A mulher só deve ter
duas prendas: cozinhar bem e amar
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particular o tema da escravatura.
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responder Ega.
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lisboeta que tenta imitar o
estrangeiro e fracassa - "Isto é um
país desgraçado"
Sousa Neto revela interesse por
países estrangeiros, interrogando
Carlos
Fascínio pelo estrangeiro
Narrador Heterodiegético
Focalização interna (Perspetiva de Carlos)
Diálogo em discurso indireto livre
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Descrição
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Comentários do narrador
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Momentos de Descrição
" (…) Na sala de jantar, um pouco sombria, forrada de papel cor de
vinho, escurecida ainda por dois antigos painéis de paisagem
tristonha, a mesa oval, cercada de cadeiras de carvalho lavrado,
ressaltava alva e fresca, com um esplêndido cesto de rosas
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condessa(...) “
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"(...) Para que servia o tão grande movimento naturalista do século?
Se o vício (adultério) perpetuava, é porque a sociedade, indulgente e
romanesca, lhe dava nomes que o embelezavam, que o
idealizavam... Que escrúpulo pode ter uma mulher em beijocar um
terceiro entre os lençóis conjugais, se o mundo chama a isso
sentimentalmente um romance, e os poeras o cantam em estrofes
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Dupla Adjetivação - "Indulgente e romanesca"
Uso do advérbio - "Falou de ti constantemente, irresistivelmente,
imoderadamente!"
Estrangeirismos - "Bad dog!"; "a la disposición de usted"
Interrogação retórica - "Além disso, Ega não saberia de tudo, mais
tarde ou mais cedo, pela tagarelice alheia?"
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Metonímia - “(...) com as duas mangas abertas, à maneira de dois braços que
se oferecem (...) o forro, de cetim branco não tinha o menor acolchoado, tão
perfeito devia ser o corpo que vestia: e assim, deitado sobre o sofá, nessa
atitude viva, num desabotoado de seminudez, adiantando em vago relevo o
cheio de dois seios, com os braços alargando-se, dando-se todos, aqueles
estofo parecia exaltar um calor humano, e punha ali a forma de um corpo
amoroso, desfalecendo num silêncio de alcova (...)”
LINGUAGEM E ESTILO
IMPORTÂNCIA DO CAP. XII NA OBRA
O capítulo XII é decisivo no
desenrolar da ação.
Há um desenvolvimento da intriga
principal
Está em aberto a possibilidade de
um final feliz para a ligação de
Carlos e Maria Eduarda.
As características criticadas por Eça
encontram-se ainda hoje na
sociedade.
A futilidade, a superficialidade e a
ignorância representam uma
caricatura da antiga sociedade
portuguesa que continua
conservada.
RELEVÂNCIA NA ATUALIDADE
https://pt.wikipedia.org/wiki/E%C3%A7a_de_Queiroz#Biografia
http://aturmadocontra11l3.blogspot.com/2012/04/resumo-do-capitulo-xii-
dos-maias.html
https://prezi.com/dejd6ngiinoo/os-maias-capitulo-xii/?fallback=1
https://prezi.com/cruccbwxn9ln/os-maias-capitulo-xii/?fallback=1
https://pt.slideshare.net/MarisaFerreira9/crnica-de-costumes-jantar-dos-
gouvarinho
https://notapositiva.com/o-jantar-em-casa-dos-gouvarinhos/#
Webgrafia
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Os Maias XII capítulo

  • 1. Eça de Queirós Dinis Rocha Oliveira nº5 11ºA Os Maias Capítulo XII
  • 2. JOSÉ MARIA EÇA DE QUEIROZ Célebre escritor português do séc. XIX Nascimento: Póvoa de Varzim, 25 de novembro de 1845 Morte: Neuilly-sur-Seine, 16 de agosto de 1900 Autor de importantes romances como "Os Maias" e "O Crime do Padre Amaro" e "O Primo Basílio"
  • 3. CONTEXTUALIZAÇÃO DO CAPÍTULO XII NA OBRA Carlos da Maia e Maria Eduarda já se conhecem, sendo habitual Carlos visitá-la na sua casa como médico; Carlos mantém a sua relação com a condessa de Gouvarinho, mostrando-se já farto desta; No início do capítulo XII :
  • 4. SINOPSE ESPAÇOS FÍSICOS Ramalhete Casa dos Gouvarinho Casa de Maria Eduarda Ega instala-se no Ramalhete e anuncia o jantar em casa dos Gouvarinho. (coincidente com o regresso dos Cohen à capital); Carlos mostra desinteresse no romance com a condessa de Gouvarinho, contrastando com a insistência desta; Afonso incita os dois jovens a fazerem algo pelo país, lamentando a inércia em que eles se afundavam; Ramalhete Micro-Espaço: Quarto, Escritório
  • 5. SINOPSE ESPAÇOS FÍSICOS Ramalhete Casa dos Gouvarinho Casa de Maria Eduarda Ega revela a Carlos que a sua relação com Maria Eduarda ("a brasileira") andava a ser espalhada por Dâmaso; A condessa interroga Carlos sobre o ser romance com Maria Eduarda; Jantar (fala-se de viagens, da escravatura, de criados, do gosto por paradoxos. da sobremesa, e de animais); Casa dos Gouvarinho Micro-Espaços: "Salinha do fundo", Sala de jantar
  • 6. SINOPSE ESPAÇOS FÍSICOS Ramalhete Casa dos Gouvarinho Casa de Maria Eduarda Carlos revela à condessa que as suas visitas à casa "da brasileira" devem-se à doença da governanta da casa; A Condessa mostra o seu desejo de aproximação a Carlos e beija-o, reconciliando a relação; Passa-se o resto da noite no salão; Casa dos Gouvarinho Micro-Espaços: Quarto do filho da condessa, salão
  • 7. SINOPSE ESPAÇOS FÍSICOS Ramalhete Casa dos Gouvarinho Casa de Maria Eduarda Maria Eduarda estranha a demora de Carlos; Dâmaso visita a casa mas Maria Eduarda não o recebe, comunicando os inconvenientes daquela casa tão acessível a visitas importunas. e o desejo de uma casa no campo; Casa de Maria Eduarda Micro-Espaços: Sala
  • 8. SINOPSE ESPAÇOS FÍSICOS Ramalhete Casa dos Gouvarinho Casa de Maria Eduarda Carlos declara o seu amor a Maria Eduarda, que mostra reciprocidade; Maria Eduarda tenta revelar algo a Carlos, fracassando; Carlos pede o aluguer de uma quinta nos Olivais a Craft; Afonso da Maia aprova a aquisição do neto. Por fim Carlos acabou por contar toda a sua história de amor a Ega; Casa de Maria Eduarda e Casa dos Olivais
  • 9. TEMPO CRONOLÓGICO Conversa entre Ega e Carlos no Ramalhete; Jantar em casa dos Gouvarinho numa segunda-feira; Visita de Carlos a Maria Eduarda numa terça-feira: Aluguer da casa dos Olivais numa quarta-feira ; A ação do capítulo passa-se em poucos dias:
  • 10. PRINCIPAIS Carlos da Maia Maria Eduarda João da Ega Condessa de Gouvarinho PERSONAGENS SECUNDÁRIAS Afonso da Maia Sousa Neto Conde de Gouvarinho Craft Dâmaso
  • 11. Elemento da alta sociedade Ocioso Amante do Realismo e do Naturalismo Apaixonado Crítico e culto Incoerente nas suas posições "Velázquez é um dos santos padres do naturalismo" "(...)leu evidentemente, como nós todos, as grande páginas de Proudhon sobre o amor?" JOÃO DA EGA
  • 12. Elemento da alta sociedade Educado Ocioso Romântico e Apaixonado "- Meu amor! meu amor! meu amor!" CARLOS DA MAIA
  • 13. Elemento da alta sociedade Apaixonada Receia contar algo a Carlos "Só via que ela o amava..." "Há uma coisa que eu lhe queria dizer!..." MARIA EDUARDA
  • 14. CONDESSA DE GOUVARINHO Elemento da alta sociedade Sensual Imoral Provocante Adúltera Despreza o seu marido Representa as mulheres adúlteras
  • 15. CONDE DE GOUVARINHO Elemento da alta sociedade Político incompetente e retrógrado Vive segundo as convenções sociais Representa a incompetência política
  • 16. SOUSA NETO Elemento da alta sociedade Representante da Administração Pública Ignorante e Inculto Incompetente Representa a incompetência política "Não sabia...que esse filósofo tivesse escrito sobre assuntos tão escabrosos" "oficial superior de uma grande repartição do Estado"
  • 17. DÂMASO Elemento da alta sociedade Imoral Baixo carácter Egoísta "Como podia ela acreditar no Dâmaso? Devia conhecer-lhe a tagarelice, a imbecilidade"
  • 18. Crónica dos Costumes e Crítica Social Objetificação da mulher - "(...)Muito bem feita de corpo, não é verdade? Eque tal, no ato do amor?(...)" Naturalismo e paixão pela arte - "(...) -Ótimo covil para a arte! Velázquez é um dos santos padres do naturalismo... (...)" Adultério (Relação da Condessa com Carlos) - alvo de crítica Jantar dos Gouvarinho - Destaque na crítica
  • 19. Crónica dos Costumes e Crítica Social - Jantar dos Gouvarinho Personagens participantes - João da Ega, Sousa Neto, Conde Gouvarinho, Condessa de Gouvarinho, Carlos da Maia. Intencionalidade Crítica Degradação dos valores sociais Atraso intelectual do país Mentalidade de figuras importantes na sociedade Conceções opostas sobre a educação das mulheres Opiniões de Sousa Neto Fascínio pelo estrangeiro
  • 20. Crónica dos Costumes e Crítica Social - Jantar dos Gouvarinho O Conde Gouvarinho revela falta de memória: “Ó Teresa, lembras-te daquele paradoxo do Barros? Ora sobre que era, meu Deus? Enfim, um paradoxo muito difícil de sustentar… Esta minha memória!” Atraso intelectual do país e mentalidade de figuras importantes na sociedade
  • 21. Crónica dos Costumes e Crítica Social - Jantar dos Gouvarinho Visão de Ega - "A mulher só deve ter duas prendas: cozinhar bem e amar bem" Visão do Conde - "Decerto o ligar da mulher era junto ao berço, não na biblioteca Conceções opostas sobre a educação das mulheres
  • 22. Crónica dos Costumes e Crítica Social - Jantar dos Gouvarinho Superficialidade nas opiniões sobre os temas abordados, em particular o tema da escravatura. Mostra-se inculto e recusa responder Ega. Tinha o hábito de aceitar opiniões alheias, Opiniões de Sousa Neto
  • 23. Crónica dos Costumes e Crítica Social - Jantar dos Gouvarinho Mostra o carácter da sociedade lisboeta que tenta imitar o estrangeiro e fracassa - "Isto é um país desgraçado" Sousa Neto revela interesse por países estrangeiros, interrogando Carlos Fascínio pelo estrangeiro
  • 24. Narrador Heterodiegético Focalização interna (Perspetiva de Carlos) Diálogo em discurso indireto livre Predomina a Narração com momentos de Descrição Crónica Social Comentários do narrador Recursos expressivos LINGUAGEM E ESTILO
  • 25. Momentos de Descrição " (…) Na sala de jantar, um pouco sombria, forrada de papel cor de vinho, escurecida ainda por dois antigos painéis de paisagem tristonha, a mesa oval, cercada de cadeiras de carvalho lavrado, ressaltava alva e fresca, com um esplêndido cesto de rosas entre duas serpentinas douradas. Carlos ficou à direita de condessa(...) “ LINGUAGEM E ESTILO
  • 26. Comentários do narrador "(...) Para que servia o tão grande movimento naturalista do século? Se o vício (adultério) perpetuava, é porque a sociedade, indulgente e romanesca, lhe dava nomes que o embelezavam, que o idealizavam... Que escrúpulo pode ter uma mulher em beijocar um terceiro entre os lençóis conjugais, se o mundo chama a isso sentimentalmente um romance, e os poeras o cantam em estrofes de oiro? (...)" LINGUAGEM E ESTILO
  • 27. Recursos expressivos Dupla Adjetivação - "Indulgente e romanesca" Uso do advérbio - "Falou de ti constantemente, irresistivelmente, imoderadamente!" Estrangeirismos - "Bad dog!"; "a la disposición de usted" Interrogação retórica - "Além disso, Ega não saberia de tudo, mais tarde ou mais cedo, pela tagarelice alheia?" LINGUAGEM E ESTILO
  • 28. Recursos expressivos Metonímia - “(...) com as duas mangas abertas, à maneira de dois braços que se oferecem (...) o forro, de cetim branco não tinha o menor acolchoado, tão perfeito devia ser o corpo que vestia: e assim, deitado sobre o sofá, nessa atitude viva, num desabotoado de seminudez, adiantando em vago relevo o cheio de dois seios, com os braços alargando-se, dando-se todos, aqueles estofo parecia exaltar um calor humano, e punha ali a forma de um corpo amoroso, desfalecendo num silêncio de alcova (...)” LINGUAGEM E ESTILO
  • 29. IMPORTÂNCIA DO CAP. XII NA OBRA O capítulo XII é decisivo no desenrolar da ação. Há um desenvolvimento da intriga principal Está em aberto a possibilidade de um final feliz para a ligação de Carlos e Maria Eduarda.
  • 30. As características criticadas por Eça encontram-se ainda hoje na sociedade. A futilidade, a superficialidade e a ignorância representam uma caricatura da antiga sociedade portuguesa que continua conservada. RELEVÂNCIA NA ATUALIDADE