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CARTOGRAFIA: OUTRA
FORMA DE PESQUISAR
Almizael, César, Jéssica, Victor
PPGECIM005 - SEMINÁRIOS DE PESQUISA I
Professora Dra. Ione Dolzane
.
Filósofo Estudou com
e um Psicanalista (sem
formação superior).
Encontro entre 2 pensadores franceses
Contestam a estrutura
universal e propõem
agenciamentos maquínicos
Desenvolvem o conceito de
conexões
A realidade é um processo de produção contínua
O que éCartografia?
Um mapa?
“[...] a cartografia é um mapa aberto que se vai
desenhando pelas conexões que o campo de pesquisa
ofertar, não se esquecendo jamais que nele se incluem
as implicações do próprio pesquisador, ou seja, seus
desejos, perguntas, curiosidades, verdades…”
(DELEUZE e GUATARI,1995)
O que éCartografia?
“Trata-se da vida, da subjetividade, de algo que é ao
mesmo tempo singular e coletivo, que faz entre o que é
mais íntimo e aquilo que está fora, algo que está
sempre em movimento, que nunca é exatamente uma
coisa porque está sempre ENTRE.”
Cartografia
● A metodologia define-se por não ter regras
previamente estabelecidas;
● metá-hódos: da pesquisa é definida como um
caminho predeterminado pelas metas;
● Cartografia implica numa reversão: hódos-metá (o
caminho que define a meta, ou seja, uma forma de
experimentação);
● A precisão (rigor) não é tomada como exatidão,
mas como compromisso e interesse como
implicação, como intervenção;
Cartografia
● Cartografia: acompanhamento de percursos,
implicação em processos de produção e conexão
de redes (rizomas);
● No lugar de regras a serem seguidas, pressupõe
pistas;
● Pistas: são como referências que concorrem para a
manutenção de uma atitude de abertura ao que vai
se produzindo e de calibragem do caminhar no
próprio percurso da pesquisa;
Cartografia - Pistas
1.A cartografia como método de pesquisa-intervenção;
2.Cartografar é acompanhar processos;
3.O coletivo de forças como plano de experiência
cartográfica;
4.Cartografia como dissolução do ponto de vista do
observador;
5.Cartografar é habitar um território existencial.
Fonte: Os autores
O queéRizoma?
PISTA 1 - A Cartografia como método de
Pesquisa-Intervenção
PISTA 2 - Cartografar é acompanhar
processos.
Cartografar- Caçar territórios existenciais (
modos de vida)
-> é um ponto de vista, ela é para cada um e
nunca para o eu.
-> Evitar o “ Eu” Centrado; Senso comum
Devemos evitar: Sujeito/Organização/Significado
PISTA 3 - O coletivo de forças como plano
de experiência cartográfica
Indica a coexistência do plano coletivo das
forças, que compõem o que concebemos como
formas estáveis, como objetos ou sujeitos, e é
construído pela cartografia.
Caráter processual das formas
“Conhecer a realidade é traçar seu processo de constante produção”
“Cartografar é traçar um plano comum”
Coletivo de Forças
Plano
das
Formas
Plano
das
Forças
(de imanência)
PISTA 4 - Cartografia como dissolução do
ponto de vista do observado
● Requer a dissolução do ponto de vista do observador;
● Enfoque dado à intuição;
● Ideia radicalmente nova;
● Rompe dicotomia entre sujeito-objeto;
● Instaura um processo de dupla captura em que pesquisador e campo se
fazem em um movimento implicado-explicado.
PISTA 4 - Cartografia como dissolução do
ponto de vista do observado
● Relação transdutiva;
● Não há olhar a priori.
● Entretanto, constitui-se em outra coisa: o remetimento para um
campo propriamente coletivo (zona de multiplicidades e de
impessoalidades).
● Trata-se de traçar um testemunho do mundo por formas novas e
inéditas.
PISTA 5 - Cartografar é habitar um
território existencial
Vídeo indicado: Rizoma e cartografia em Deleuze e Guattari

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  • 1. CARTOGRAFIA: OUTRA FORMA DE PESQUISAR Almizael, César, Jéssica, Victor PPGECIM005 - SEMINÁRIOS DE PESQUISA I Professora Dra. Ione Dolzane
  • 2. . Filósofo Estudou com e um Psicanalista (sem formação superior). Encontro entre 2 pensadores franceses Contestam a estrutura universal e propõem agenciamentos maquínicos Desenvolvem o conceito de conexões A realidade é um processo de produção contínua
  • 3.
  • 5. “[...] a cartografia é um mapa aberto que se vai desenhando pelas conexões que o campo de pesquisa ofertar, não se esquecendo jamais que nele se incluem as implicações do próprio pesquisador, ou seja, seus desejos, perguntas, curiosidades, verdades…” (DELEUZE e GUATARI,1995) O que éCartografia?
  • 6. “Trata-se da vida, da subjetividade, de algo que é ao mesmo tempo singular e coletivo, que faz entre o que é mais íntimo e aquilo que está fora, algo que está sempre em movimento, que nunca é exatamente uma coisa porque está sempre ENTRE.”
  • 7. Cartografia ● A metodologia define-se por não ter regras previamente estabelecidas; ● metá-hódos: da pesquisa é definida como um caminho predeterminado pelas metas; ● Cartografia implica numa reversão: hódos-metá (o caminho que define a meta, ou seja, uma forma de experimentação); ● A precisão (rigor) não é tomada como exatidão, mas como compromisso e interesse como implicação, como intervenção;
  • 8. Cartografia ● Cartografia: acompanhamento de percursos, implicação em processos de produção e conexão de redes (rizomas); ● No lugar de regras a serem seguidas, pressupõe pistas; ● Pistas: são como referências que concorrem para a manutenção de uma atitude de abertura ao que vai se produzindo e de calibragem do caminhar no próprio percurso da pesquisa;
  • 9. Cartografia - Pistas 1.A cartografia como método de pesquisa-intervenção; 2.Cartografar é acompanhar processos; 3.O coletivo de forças como plano de experiência cartográfica; 4.Cartografia como dissolução do ponto de vista do observador; 5.Cartografar é habitar um território existencial.
  • 10. Fonte: Os autores O queéRizoma?
  • 11. PISTA 1 - A Cartografia como método de Pesquisa-Intervenção
  • 12. PISTA 2 - Cartografar é acompanhar processos. Cartografar- Caçar territórios existenciais ( modos de vida) -> é um ponto de vista, ela é para cada um e nunca para o eu. -> Evitar o “ Eu” Centrado; Senso comum Devemos evitar: Sujeito/Organização/Significado
  • 13. PISTA 3 - O coletivo de forças como plano de experiência cartográfica Indica a coexistência do plano coletivo das forças, que compõem o que concebemos como formas estáveis, como objetos ou sujeitos, e é construído pela cartografia.
  • 14. Caráter processual das formas “Conhecer a realidade é traçar seu processo de constante produção” “Cartografar é traçar um plano comum” Coletivo de Forças Plano das Formas Plano das Forças (de imanência)
  • 15. PISTA 4 - Cartografia como dissolução do ponto de vista do observado ● Requer a dissolução do ponto de vista do observador; ● Enfoque dado à intuição; ● Ideia radicalmente nova; ● Rompe dicotomia entre sujeito-objeto; ● Instaura um processo de dupla captura em que pesquisador e campo se fazem em um movimento implicado-explicado.
  • 16. PISTA 4 - Cartografia como dissolução do ponto de vista do observado ● Relação transdutiva; ● Não há olhar a priori. ● Entretanto, constitui-se em outra coisa: o remetimento para um campo propriamente coletivo (zona de multiplicidades e de impessoalidades). ● Trata-se de traçar um testemunho do mundo por formas novas e inéditas.
  • 17. PISTA 5 - Cartografar é habitar um território existencial Vídeo indicado: Rizoma e cartografia em Deleuze e Guattari