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MISSÃO
» Ser a melhor solução de educação para a
construção da sua própria história.
VISÃO
» Ser líder nas regiões onde atua, referência
de ensino para a melhoria de vida dos
nossos alunos, com rentabilidade e
reconhecimento de todos os públicos.
VALORES
» Ética e Respeito: Respeitar as regras sempre, com
transparência e respeito, é a base do nosso
relacionamento com alunos, funcionários e parceiros.
» Valorização do Conhecimento: Não basta saber, é
preciso saber fazer. Valorizamos o conhecimento como
forma de inspirar e aproximar as pessoas.
» Vocação para Ensinar: Nossos profissionais têm prazer
em educar e contribuir para o crescimento dos nossos
alunos.
» Atitude de Dono: Pensamos e agimos como donos do
negócio.
» Simplicidade e Colaboração: Trabalhamos juntos como
um time, com diálogo aberto e direto.
» Foco em Resultado e Meritocracia: Nossa equipe
cresce por mérito através da superação de metas e
dedicação de cada um.
NUTRIÇÃO E
EXERCÍCIO FÍSICO
UNIDADE 1 — NUTRIÇÃO
NO EXERCÍCIO FÍSICO
TÓPICO 1 – NUTRIÇÃO ESPORTIVA: UMA VISÃO PRÁTICA
Vamos lá? Você sabe quando a nutrição
esportiva teve seu “start” no Brasil?
1 INTRODUÇÃO
O grande interesse pela nutrição esportiva ocorreu na Copa do Mundo de 1994,
quando a então nutricionista da seleção brasileira de futebol e uma das pioneiras
do trabalho nessa área no Brasil, Patrícia Bertolucci, abandonou a equipe após ter
vetado, e não ter tido sua decisão respeitada, feijoada durante a estadia do time
dos Estados Unidos.
INTRODUÇÃO
Você já parou para pensar se existe diferença entre os termos:
exercício físico atividade física
O QUE É UM NUTRICIONISTA ESPORTIVO?
A rotina do nutricionista que atua na área esportiva não é diferente das
áreas tradicionais da nutrição: atendimento nutricional individualizado,
orientação nutricional a grupos, planejamento de compras, planejamento
de cardápios entre outras demandas.
“Atuar com nutrição e exercício físico pode ser um desafio, especialmente
quando se procuram definições e protocolos.
A diferença entre as alterações do metabolismo causadas pelo exercício
intenso e as alterações metabólicas induzidas por exercício leve e
moderado.
O QUE É UM NUTRICIONISTA ESPORTIVO?
Será que a nutrição está preparada
para atuar corretamente no esporte?
IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO ESPORTE
(JUZWIAK; PASCHOAL; LOPEZ, 2000), (CUPISTI et al., 2002)
Diversos são os estudos, que relatam que a ingestão energética e de nutrientes dos
atletas, é inferior às suas necessidades.
É importante a relação entre a nutrição e a atividade física, já que a capacidade do
rendimento físico do organismo só melhora diante da ingestão equilibrada de
todos os nutrientes, sejam eles carboidratos, gorduras, proteínas, minerais e
vitaminas.
Ainda mais quando são períodos de treinamento para competição. A dieta, quando
realizada de maneira inadequada, reduz o desempenho e pode prejudicar a saúde.
IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO ESPORTE
Outro aspecto relevante está relacionado ao modismo do consumo de
suplementos.
Muitos atletas creem que o uso de suplementos proporcionou vantagens
competitiva, desconsiderando todas as variáveis que impactam o organismo ao
usar essas substâncias, que podem ser positivas e/ou negativas.
Determinadas substâncias são comercializadas sem base em pesquisa científica,
que determine seus objetivos, seus benefícios potenciais ou possíveis efeitos
colaterais nocivos.
TÓPICO 2 - FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
Para que uma atividade física seja
desempenhada, é necessário que
ocorra a contração e o relaxamento
muscular.
Para a prática de exercícios físicos,
os mecanismos acionados são:
Fornece oxigênio Distribui oxigênio
Utiliza oxigênio (músculos)
TÓPICO 2 - FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
Esses sistemas fisiológicos agem de forma integrada, em
que, a partir de alterações em um deles, segue uma
sequência de respostas para reestabelecimento da
homeostase.
Todo processo adaptativo precisa de um estímulo, natural
ou artificial, espontâneo ou programado.
No caso dos exercícios físicos, o estímulo é conhecido como
carga de treino.
ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS AO EXERCÍCIO
(TINOCO, 2002)
O corpo humano pode se apresentar em estado de repouso ou de exercício e nas
duas situações possuem mecanismos fisiológicos capazes de minimizar as
alterações do meio interno, preservando a homeostasia.
Os efeitos fisiológicos do exercício físico podem ser divididos em:
Agudos
imediatos:.
Agudos
tardios:
Crônicos:
CLASSIFICAÇÕES DO EXERCÍCIO FÍSICO
Há diferentes formas de exercício físico, cada uma delas gera diferentes efeitos
agudos ou crônicos, sendo importante sistematizar alguma forma de
classificação.
Nesse sentido, quando considerada a via metabólica predominante, temos os
sistemas:
ANAERÓBICO
ALÁTICO:
•em casos de exercícios de
grande intensidade e
curtíssima duração
ANAERÓBICO
LÁTICO:
•em casos de grande
intensidade e curta
duração
AERÓBICO:
• em situações de baixa ou
média intensidade e longa
duração
CLASSIFICAÇÕES DO EXERCÍCIO FÍSICO
Podemos classificar considerando o ritmo:
fixo ou constante: não se alterna o ritmo ao longo do tempo;
variável ou intermitente: alterna-se o ritmo ao longo do tempo do exercício.
Podemos diferenciar de acordo com a intensidade relativa do exercício:
baixa ou leve: exercício com repouso até 30% do VO2 máximo;
média ou moderada: exercício entre 30% do VO2 máximo e o limiar anaeróbico;
alta ou pesada: exercício acima do limiar anaeróbico.
CLASSIFICAÇÕES DO EXERCÍCIO FÍSICO
Por fim, tem-se também nessa diferenciação a mecânica muscular, que pode
ser:
estático: não há movimento e o trabalho mecânico é zero;
dinâmico: existe movimento e trabalho mecânico positivo ou negativo.
RESPOSTAS HORMONAIS NO EXERCÍCIO FÍSICO
Os hormônios são substâncias químicas secretadas
dentro de fluidos corporais, em sua maioria por
glândulas endócrinas, sendo divididos em dois tipos,
os esteroides e polipeptídicos.
RESPOSTAS HORMONAIS NO EXERCÍCIO FÍSICO
Os tecidos alvos da ação hormonal podem ser próximos ou relativamente afetados
em relação à glândula de secreção, podendo sua ação ser em um ou mais tecidos,
como o hormônio insulina, que atua em diversos tecidos (SIMINO, 2018).
O estresse fisiológico induzido pelo exercício físico reflete diretamente à tentativa
em manter as concentrações sanguíneas de determinados metabólitos próximas
aos valores normais de repouso.
Por exemplo, manter a concentração sanguínea de glicose
(glicemia) entre 90 e 100 mg/dL, uma vez que o exercício provoca
o aumento da captação muscular de glicose a partir do sangue.
ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS AO EXERCÍCIO
O ponto central das adaptações refere-se às respostas hormonais, tanto agudas
quanto crônicas.
Destaca-se o aumento dos hormônios que aumentam a taxa de lipólise, glicólise,
glicogenólise e gliconeogênese, assim como ocorre a redução da concentração de
hormônios que promovem lipogênese e glicogênese.
As estratégias nutricionais devem ser utilizadas desde o período de treinamento,
durante o exercício e no período de recuperação pós exercício.
INSULINA, GLUCAGON E EXERCÍCIO FÍSICO
(COKER; KJAER, 2005).
Durante a realização de exercícios mais intensos, ocorre uma maior utilização da
glicose, fazendo com que a necessidade de glicose pelo tecido muscular cause, no
decorrer do tempo, uma redução da glicemia, podendo ser compensada pela
liberação de glicose, principalmente a partir do fígado, processo chamado de
glicogenólise.
Importante destacarmos que, se a glicemia aumenta durante o exercício intenso, a
insulinemia diminui decorrente da ação da adrenalina, promovendo o aumento da
produção hepática de glicose.
Sendo que a redução da insulinemia durante o exercício é diretamente
proporcional à intensidade do esforço físico.
INSULINA, GLUCAGON E EXERCÍCIO FÍSICO
O declínio da insulinemia durante o exercício minimiza a captação de glicose pelos
tecidos não ativos, protegendo dessa forma o fornecimento de glicose para o
cérebro e o tecido muscular ativo.
Durante o exercício prolongado, a glicemia e a insulinemia diminuem, favorecendo
o aumento da lipólise e, consequentemente, da disponibilidade de ácidos graxos
livres na circulação sanguínea (VIRU, 1992).
O glucagon é um hormônio secretado pelas células alfa-pancreáticas e promove o
aumento da taxa de glicogenólise promovendo aumento na concentração de
glicose no sangue.
INSULINA, GLUCAGON E EXERCÍCIO FÍSICO
EFEITO DO GLUCAGON NA REGULAÇÃO
DA GLICOSE
Em situações nas quais a glicemia
diminui (exercício prolongado, jejum),
a concentração de glucagon aumenta
no intuito de manter a glicemia em
valores próximos aos de repouso.
HORMÔNIO DO CRESCIMENTO, CORTISOL E
CATECOLAMINAS NO EXERCÍCIO FÍSICO
O hormônio do crescimento (GH) é um polipetídeo liberado a partir da hipófise
anterior e estimula a síntese proteica, tanto em jovens quanto em indivíduos
mais velhos, e representa um dos principais hormônios lipolíticos.
Atua estimulando a captação tecidual de aminoácidos, síntese proteíca e
crescimento de ossos longos.
Também, opõe-se à ação da insulina, uma vez que reduz a utilização de glicose
plasmática, aumentando a síntese de glicose no fígado e elevando a mobilização
de ácidos graxos do tecido adiposo, buscando poupar a demanda tecidual por
glicose plasmática.
HORMÔNIO DO CRESCIMENTO, CORTISOL E
CATECOLAMINAS NO EXERCÍCIO FÍSICO
(CHATARD et al., 2002)
O cortisol é um membro da família dos hormônios esteroides, liberados pelo
córtex adrenal, denominados glicocorticoides, e quando liberado mediante
estresse físico ou emocional, causa a redução da glicemia e estimula o
hipotálamo a secretar o hormônio liberador de corticotrofina, pela hipófise
anterior do hormônio adenocorticotrófico (ACTH) e, posteriormente, o ACTH
promove no córtex adrenal a liberação do cortisol para a circulação.
TESTOSTERONA E EXERCÍCIO FÍSICO
(BLAZEVICH; GIORGI, 2001)
A testosterona é um hormônio esteroide que apresenta consideráveis efeitos
anabólicos sobre o tecido muscular, destacando o aumento da síntese proteica e a
redução no catabolismo proteico dentro da fibra muscular.
Tem sido demonstrado que o exercício físico provoca aumento agudo na
concentração sanguínea de testosterona.
INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO FÍSICO SOBRE AS
RESPOSTAS HORMONAIS INDUZIDAS PELO EXERCÍCIO
FONTE: Hirschbruch (2016, p. 388)
RESUMO DOS EFEITOS METABÓLICOS DOS HORMÔNIOS
Em geral, as
respostas hormonais
a um período de
exercício são
significativamente
atenuadas após o
treinamento.
SISTEMA IMUNE E EXERCÍCIO
É importante considerar a influência do exercício sobre o sistema imunológico, em
razão do aumento no número de casos de doenças infecciosas e queda no
desempenho de atletas, principalmente em situações de treinamento intenso e
prolongado.
Diferentes estudos vêm demonstrando que o exercício exaustivo pode causar
alterações tanto no sistema imune inato quanto específico, incluindo:
• redução da atividade de neutrófilos,
• da concentração de imunoglobulinas A (IgA),
• da atividade citolítica de células natural killer (NK)
• da capacidade proliferativa de linfócitos, juntamente ao aumento da
concentração plasmática de citocinas pró e anti-inflamatórias.
EXCESSO DE TREINAMENTO (OVERTRAINING)
Na maioria dos programas de treinamento ocorre a aplicação do princípio de
sobrecarga progressiva, que corresponde a uma carga de trabalho acima do nível
considerado confortável, com objetivo de maximizar a performance por meio de
adaptações fisiológicas positivas, visando promover adaptações que evitem lesões
e prejuízo do processo de adaptação.
A associação de um programa exaustivo de
treinamento somado a um insuficiente período de
recuperação e consequente prejuízo da
performance por longos períodos (diversas semanas
ou meses) caracteriza a síndrome de overtraining.
OVERTRAINING EM ATLETAS DE ENDURANCE E FORÇA
A síndrome do overtraining apresenta o aumento da intensidade relativa ao
treinamento de força, o que acarreta respostas fisiológicas diferentes das
observadas frente ao aumento do volume de treinamento de força.
- A concentração dos hormônios do crescimento, testosterona total e livre e
cortisol não é substancialmente afetada
- O parâmetro bioquímico que auxilia na identificação do estado de overtraining
é a determinação da concentração de IgA secretória, a qual é responsável pela
resposta imune humoral da superfície de mucosas.
IMPLICAÇÕES PRÁTICAS PARA A PREVENÇÃO DO
OVERTRAINING
Os dados de cada atleta devem ser regularmente monitorados ressaltando a
relevância dos treinadores, que devem estar conscientizados das causas e
consequências relacionadas ao estado de overtraining.
Cabe destacar o papel do nutricionista em relação à redução do risco de
overtraining.
A orientação nutricional tem um papel relevante no desempenho esportivo de
atletas e indivíduos fisicamente ativos, o que reforça a necessidade da
conscientização destes quanto às necessidades nutricionais (BISHOP et al., 1999).
EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NA FUNÇÃO
CARDIOVASCULAR
Para suprir a demanda metabólica do exercício físico, várias adaptações fisiológicas
são necessárias referentes à função cardiovascular.
EFEITOS AGUDOS DO EXERCÍCIO FÍSICO
SOBRE A FUNÇÃO CARDIOVASCULAR
EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NA FUNÇÃO
CARDIOVASCULAR
ADAPTAÇÕES
FISIOLÓGICAS DO
SISTEMA
CARDIOVASCULAR AO
EXERCÍCIO FÍSICO
Relembraremos alguns conceitos importantes
na área da bioquímica para compreender como
os sistemas de produção de energia atuam.
TÓPICO 3 - SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE ENERGIA
AS CÉLULAS
FONTE: <https://bit.ly/3wQ3tp5>. Acesso em: 10 maio 2021.
As células possuem mecanismos de conversão de
energia, e precisam da existência de uma
substância com capacidade de acumular a
energia oriunda das reações que libertam
energia, sendo que essa mesma substância tem
capacidade de ceder essa energia às reações que
consomem energia.
Substância essa conhecida por ATP, ou
adenosinatrifosfato, um composto químico lábil,
que existe em todas as células, sendo uma
combinação de adenina, ribose e três radicais
fosfato.
ESTRUTURA QUÍMICA DA
ADENOSINA TRIFOSFATO
AS CÉLULAS
Tradicionalmente, o ATP é considerado a
“moeda energética” do trabalho fisiológico,
provém do alimento, que após consumido, é
digerido, e a energia dele é extraída e
conservada na molécula de ATP, que, ao sofrer a,
libera essa energia para que as reações químicas
possam acontecer, como é o caso da contração
muscular para a realização de atividades físicas,
por exemplo.
O QUE É
ATP E ONDE
ELE ATUA?
AS CÉLULAS
Apesar de o ATP representar grande importância nos
processos de utilização de energia, não é o maior depósito de
ligações fosfato de alta energia na fibra muscular, a CP
também possui este tipo de ligações, tendo uma concentração
de quatro a cinco vezes maior que a do ATP.
As concentrações de ATP e CP no musculoesquelético de um
indivíduo sedentário são, respectivamente, de seis e 28
mmol/Kg de músculo (TINOCO, 2002).
Essas substâncias representam o sistema ATP-CP (sistema
alático) para geração de energia.
SISTEMA
ATP-CP
AS CÉLULAS
FONTE: <https://bit.ly/3cYYBGr>. Acesso em: 10 maio 2021. FONTE: <https://bit.ly/35EWIdZ>. Acesso em: 10 maio 2021.
SISTEMA ANAERÓBIO ALÁTICO
SISTEMA ANAERÓBIO ALÁTICO
AS CÉLULAS
AS CÉLULAS
FONTE: <https://bit.ly/3wQ3tp5>. Acesso em: 10 maio 2021.
Características
das vias
AS CÉLULAS
Para finalizar, é importante destacar que grande parte das atividades diárias é
suprida pelo metabolismo aeróbio, sendo a maior parte do gasto energético
muscular proveniente da oxidação mitocondrial dos ácidos graxos livres (AGL).
Embora a produção energética seja assegurada em 40% pelos carboidratos e em
60% pelos lipídios em repouso.
O cérebro é o maior consumidor de carboidratos do organismo, situação em que
os AGL asseguram quase totalmente as necessidades energéticas musculares
(HIRSCHBRUCH, 2016).
METABOLISMO DOS MACRONUTRIENTES
A síntese e a degradação do glicogênio (glicogênese e
glicogenólise) acontecem em momentos distintos: no
período pós-prandial e em repouso, há a ação da
insulina, e podemos utilizar a glicose proveniente dos
alimentos para armazenar em forma glicogênio
(hepático e muscular).
Por sua vez, em períodos de jejum, hipoglicemia e de
prática de exercícios físicos, os hormônios glucagon
e/ou epinefrina estão em ação no fígado e no músculo,
respectivamente, e necessitamos mobilizar os
estoques de glicogênio para disponibilizar moléculas de
glicose para suprir as necessidades (HIRSCHBRUCH,
2016).
METABOLISMO DOS MACRONUTRIENTES
Durante a prática de exercício físico, nosso organismo utiliza de diferentes formas
para captar energia e manter a contração muscular, concomitantemente, outras
funções fisiológicas permanecem acontecendo.
Destaca-se também, que nosso organismo trabalha com “mecanismos de
redundância”, ou seja, diferentes formas de obter resultados semelhantes, para
que, caso houver alguma falha no processo, exista outro sistema compensatório,
como ocorre com nossos sistemas energéticos, onde os ATPs, a fosfocreatina
(sistema ATP-CP), os estoques de glicogênio e triacilglicerol, conseguem realizar
alguns desses processos independentemente da presença de oxigênio.

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Nutricao e exercicio fisico - Unid 1.pptx

  • 1.
  • 2. MISSÃO » Ser a melhor solução de educação para a construção da sua própria história. VISÃO » Ser líder nas regiões onde atua, referência de ensino para a melhoria de vida dos nossos alunos, com rentabilidade e reconhecimento de todos os públicos. VALORES » Ética e Respeito: Respeitar as regras sempre, com transparência e respeito, é a base do nosso relacionamento com alunos, funcionários e parceiros. » Valorização do Conhecimento: Não basta saber, é preciso saber fazer. Valorizamos o conhecimento como forma de inspirar e aproximar as pessoas. » Vocação para Ensinar: Nossos profissionais têm prazer em educar e contribuir para o crescimento dos nossos alunos. » Atitude de Dono: Pensamos e agimos como donos do negócio. » Simplicidade e Colaboração: Trabalhamos juntos como um time, com diálogo aberto e direto. » Foco em Resultado e Meritocracia: Nossa equipe cresce por mérito através da superação de metas e dedicação de cada um.
  • 4. UNIDADE 1 — NUTRIÇÃO NO EXERCÍCIO FÍSICO
  • 5. TÓPICO 1 – NUTRIÇÃO ESPORTIVA: UMA VISÃO PRÁTICA Vamos lá? Você sabe quando a nutrição esportiva teve seu “start” no Brasil?
  • 6. 1 INTRODUÇÃO O grande interesse pela nutrição esportiva ocorreu na Copa do Mundo de 1994, quando a então nutricionista da seleção brasileira de futebol e uma das pioneiras do trabalho nessa área no Brasil, Patrícia Bertolucci, abandonou a equipe após ter vetado, e não ter tido sua decisão respeitada, feijoada durante a estadia do time dos Estados Unidos.
  • 7. INTRODUÇÃO Você já parou para pensar se existe diferença entre os termos: exercício físico atividade física
  • 8. O QUE É UM NUTRICIONISTA ESPORTIVO? A rotina do nutricionista que atua na área esportiva não é diferente das áreas tradicionais da nutrição: atendimento nutricional individualizado, orientação nutricional a grupos, planejamento de compras, planejamento de cardápios entre outras demandas. “Atuar com nutrição e exercício físico pode ser um desafio, especialmente quando se procuram definições e protocolos. A diferença entre as alterações do metabolismo causadas pelo exercício intenso e as alterações metabólicas induzidas por exercício leve e moderado.
  • 9. O QUE É UM NUTRICIONISTA ESPORTIVO? Será que a nutrição está preparada para atuar corretamente no esporte?
  • 10. IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO ESPORTE (JUZWIAK; PASCHOAL; LOPEZ, 2000), (CUPISTI et al., 2002) Diversos são os estudos, que relatam que a ingestão energética e de nutrientes dos atletas, é inferior às suas necessidades. É importante a relação entre a nutrição e a atividade física, já que a capacidade do rendimento físico do organismo só melhora diante da ingestão equilibrada de todos os nutrientes, sejam eles carboidratos, gorduras, proteínas, minerais e vitaminas. Ainda mais quando são períodos de treinamento para competição. A dieta, quando realizada de maneira inadequada, reduz o desempenho e pode prejudicar a saúde.
  • 11. IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NO ESPORTE Outro aspecto relevante está relacionado ao modismo do consumo de suplementos. Muitos atletas creem que o uso de suplementos proporcionou vantagens competitiva, desconsiderando todas as variáveis que impactam o organismo ao usar essas substâncias, que podem ser positivas e/ou negativas. Determinadas substâncias são comercializadas sem base em pesquisa científica, que determine seus objetivos, seus benefícios potenciais ou possíveis efeitos colaterais nocivos.
  • 12. TÓPICO 2 - FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Para que uma atividade física seja desempenhada, é necessário que ocorra a contração e o relaxamento muscular. Para a prática de exercícios físicos, os mecanismos acionados são: Fornece oxigênio Distribui oxigênio Utiliza oxigênio (músculos)
  • 13. TÓPICO 2 - FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Esses sistemas fisiológicos agem de forma integrada, em que, a partir de alterações em um deles, segue uma sequência de respostas para reestabelecimento da homeostase. Todo processo adaptativo precisa de um estímulo, natural ou artificial, espontâneo ou programado. No caso dos exercícios físicos, o estímulo é conhecido como carga de treino.
  • 14. ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS AO EXERCÍCIO (TINOCO, 2002) O corpo humano pode se apresentar em estado de repouso ou de exercício e nas duas situações possuem mecanismos fisiológicos capazes de minimizar as alterações do meio interno, preservando a homeostasia. Os efeitos fisiológicos do exercício físico podem ser divididos em: Agudos imediatos:. Agudos tardios: Crônicos:
  • 15. CLASSIFICAÇÕES DO EXERCÍCIO FÍSICO Há diferentes formas de exercício físico, cada uma delas gera diferentes efeitos agudos ou crônicos, sendo importante sistematizar alguma forma de classificação. Nesse sentido, quando considerada a via metabólica predominante, temos os sistemas: ANAERÓBICO ALÁTICO: •em casos de exercícios de grande intensidade e curtíssima duração ANAERÓBICO LÁTICO: •em casos de grande intensidade e curta duração AERÓBICO: • em situações de baixa ou média intensidade e longa duração
  • 16. CLASSIFICAÇÕES DO EXERCÍCIO FÍSICO Podemos classificar considerando o ritmo: fixo ou constante: não se alterna o ritmo ao longo do tempo; variável ou intermitente: alterna-se o ritmo ao longo do tempo do exercício. Podemos diferenciar de acordo com a intensidade relativa do exercício: baixa ou leve: exercício com repouso até 30% do VO2 máximo; média ou moderada: exercício entre 30% do VO2 máximo e o limiar anaeróbico; alta ou pesada: exercício acima do limiar anaeróbico.
  • 17. CLASSIFICAÇÕES DO EXERCÍCIO FÍSICO Por fim, tem-se também nessa diferenciação a mecânica muscular, que pode ser: estático: não há movimento e o trabalho mecânico é zero; dinâmico: existe movimento e trabalho mecânico positivo ou negativo.
  • 18. RESPOSTAS HORMONAIS NO EXERCÍCIO FÍSICO Os hormônios são substâncias químicas secretadas dentro de fluidos corporais, em sua maioria por glândulas endócrinas, sendo divididos em dois tipos, os esteroides e polipeptídicos.
  • 19. RESPOSTAS HORMONAIS NO EXERCÍCIO FÍSICO Os tecidos alvos da ação hormonal podem ser próximos ou relativamente afetados em relação à glândula de secreção, podendo sua ação ser em um ou mais tecidos, como o hormônio insulina, que atua em diversos tecidos (SIMINO, 2018). O estresse fisiológico induzido pelo exercício físico reflete diretamente à tentativa em manter as concentrações sanguíneas de determinados metabólitos próximas aos valores normais de repouso. Por exemplo, manter a concentração sanguínea de glicose (glicemia) entre 90 e 100 mg/dL, uma vez que o exercício provoca o aumento da captação muscular de glicose a partir do sangue.
  • 20. ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS AO EXERCÍCIO O ponto central das adaptações refere-se às respostas hormonais, tanto agudas quanto crônicas. Destaca-se o aumento dos hormônios que aumentam a taxa de lipólise, glicólise, glicogenólise e gliconeogênese, assim como ocorre a redução da concentração de hormônios que promovem lipogênese e glicogênese. As estratégias nutricionais devem ser utilizadas desde o período de treinamento, durante o exercício e no período de recuperação pós exercício.
  • 21. INSULINA, GLUCAGON E EXERCÍCIO FÍSICO (COKER; KJAER, 2005). Durante a realização de exercícios mais intensos, ocorre uma maior utilização da glicose, fazendo com que a necessidade de glicose pelo tecido muscular cause, no decorrer do tempo, uma redução da glicemia, podendo ser compensada pela liberação de glicose, principalmente a partir do fígado, processo chamado de glicogenólise. Importante destacarmos que, se a glicemia aumenta durante o exercício intenso, a insulinemia diminui decorrente da ação da adrenalina, promovendo o aumento da produção hepática de glicose. Sendo que a redução da insulinemia durante o exercício é diretamente proporcional à intensidade do esforço físico.
  • 22. INSULINA, GLUCAGON E EXERCÍCIO FÍSICO O declínio da insulinemia durante o exercício minimiza a captação de glicose pelos tecidos não ativos, protegendo dessa forma o fornecimento de glicose para o cérebro e o tecido muscular ativo. Durante o exercício prolongado, a glicemia e a insulinemia diminuem, favorecendo o aumento da lipólise e, consequentemente, da disponibilidade de ácidos graxos livres na circulação sanguínea (VIRU, 1992). O glucagon é um hormônio secretado pelas células alfa-pancreáticas e promove o aumento da taxa de glicogenólise promovendo aumento na concentração de glicose no sangue.
  • 23. INSULINA, GLUCAGON E EXERCÍCIO FÍSICO EFEITO DO GLUCAGON NA REGULAÇÃO DA GLICOSE Em situações nas quais a glicemia diminui (exercício prolongado, jejum), a concentração de glucagon aumenta no intuito de manter a glicemia em valores próximos aos de repouso.
  • 24. HORMÔNIO DO CRESCIMENTO, CORTISOL E CATECOLAMINAS NO EXERCÍCIO FÍSICO O hormônio do crescimento (GH) é um polipetídeo liberado a partir da hipófise anterior e estimula a síntese proteica, tanto em jovens quanto em indivíduos mais velhos, e representa um dos principais hormônios lipolíticos. Atua estimulando a captação tecidual de aminoácidos, síntese proteíca e crescimento de ossos longos. Também, opõe-se à ação da insulina, uma vez que reduz a utilização de glicose plasmática, aumentando a síntese de glicose no fígado e elevando a mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo, buscando poupar a demanda tecidual por glicose plasmática.
  • 25. HORMÔNIO DO CRESCIMENTO, CORTISOL E CATECOLAMINAS NO EXERCÍCIO FÍSICO (CHATARD et al., 2002) O cortisol é um membro da família dos hormônios esteroides, liberados pelo córtex adrenal, denominados glicocorticoides, e quando liberado mediante estresse físico ou emocional, causa a redução da glicemia e estimula o hipotálamo a secretar o hormônio liberador de corticotrofina, pela hipófise anterior do hormônio adenocorticotrófico (ACTH) e, posteriormente, o ACTH promove no córtex adrenal a liberação do cortisol para a circulação.
  • 26. TESTOSTERONA E EXERCÍCIO FÍSICO (BLAZEVICH; GIORGI, 2001) A testosterona é um hormônio esteroide que apresenta consideráveis efeitos anabólicos sobre o tecido muscular, destacando o aumento da síntese proteica e a redução no catabolismo proteico dentro da fibra muscular. Tem sido demonstrado que o exercício físico provoca aumento agudo na concentração sanguínea de testosterona.
  • 27. INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO FÍSICO SOBRE AS RESPOSTAS HORMONAIS INDUZIDAS PELO EXERCÍCIO FONTE: Hirschbruch (2016, p. 388) RESUMO DOS EFEITOS METABÓLICOS DOS HORMÔNIOS Em geral, as respostas hormonais a um período de exercício são significativamente atenuadas após o treinamento.
  • 28. SISTEMA IMUNE E EXERCÍCIO É importante considerar a influência do exercício sobre o sistema imunológico, em razão do aumento no número de casos de doenças infecciosas e queda no desempenho de atletas, principalmente em situações de treinamento intenso e prolongado. Diferentes estudos vêm demonstrando que o exercício exaustivo pode causar alterações tanto no sistema imune inato quanto específico, incluindo: • redução da atividade de neutrófilos, • da concentração de imunoglobulinas A (IgA), • da atividade citolítica de células natural killer (NK) • da capacidade proliferativa de linfócitos, juntamente ao aumento da concentração plasmática de citocinas pró e anti-inflamatórias.
  • 29. EXCESSO DE TREINAMENTO (OVERTRAINING) Na maioria dos programas de treinamento ocorre a aplicação do princípio de sobrecarga progressiva, que corresponde a uma carga de trabalho acima do nível considerado confortável, com objetivo de maximizar a performance por meio de adaptações fisiológicas positivas, visando promover adaptações que evitem lesões e prejuízo do processo de adaptação. A associação de um programa exaustivo de treinamento somado a um insuficiente período de recuperação e consequente prejuízo da performance por longos períodos (diversas semanas ou meses) caracteriza a síndrome de overtraining.
  • 30. OVERTRAINING EM ATLETAS DE ENDURANCE E FORÇA A síndrome do overtraining apresenta o aumento da intensidade relativa ao treinamento de força, o que acarreta respostas fisiológicas diferentes das observadas frente ao aumento do volume de treinamento de força. - A concentração dos hormônios do crescimento, testosterona total e livre e cortisol não é substancialmente afetada - O parâmetro bioquímico que auxilia na identificação do estado de overtraining é a determinação da concentração de IgA secretória, a qual é responsável pela resposta imune humoral da superfície de mucosas.
  • 31. IMPLICAÇÕES PRÁTICAS PARA A PREVENÇÃO DO OVERTRAINING Os dados de cada atleta devem ser regularmente monitorados ressaltando a relevância dos treinadores, que devem estar conscientizados das causas e consequências relacionadas ao estado de overtraining. Cabe destacar o papel do nutricionista em relação à redução do risco de overtraining. A orientação nutricional tem um papel relevante no desempenho esportivo de atletas e indivíduos fisicamente ativos, o que reforça a necessidade da conscientização destes quanto às necessidades nutricionais (BISHOP et al., 1999).
  • 32. EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NA FUNÇÃO CARDIOVASCULAR Para suprir a demanda metabólica do exercício físico, várias adaptações fisiológicas são necessárias referentes à função cardiovascular. EFEITOS AGUDOS DO EXERCÍCIO FÍSICO SOBRE A FUNÇÃO CARDIOVASCULAR
  • 33. EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NA FUNÇÃO CARDIOVASCULAR ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR AO EXERCÍCIO FÍSICO
  • 34. Relembraremos alguns conceitos importantes na área da bioquímica para compreender como os sistemas de produção de energia atuam. TÓPICO 3 - SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE ENERGIA
  • 35. AS CÉLULAS FONTE: <https://bit.ly/3wQ3tp5>. Acesso em: 10 maio 2021. As células possuem mecanismos de conversão de energia, e precisam da existência de uma substância com capacidade de acumular a energia oriunda das reações que libertam energia, sendo que essa mesma substância tem capacidade de ceder essa energia às reações que consomem energia. Substância essa conhecida por ATP, ou adenosinatrifosfato, um composto químico lábil, que existe em todas as células, sendo uma combinação de adenina, ribose e três radicais fosfato. ESTRUTURA QUÍMICA DA ADENOSINA TRIFOSFATO
  • 36. AS CÉLULAS Tradicionalmente, o ATP é considerado a “moeda energética” do trabalho fisiológico, provém do alimento, que após consumido, é digerido, e a energia dele é extraída e conservada na molécula de ATP, que, ao sofrer a, libera essa energia para que as reações químicas possam acontecer, como é o caso da contração muscular para a realização de atividades físicas, por exemplo. O QUE É ATP E ONDE ELE ATUA?
  • 37. AS CÉLULAS Apesar de o ATP representar grande importância nos processos de utilização de energia, não é o maior depósito de ligações fosfato de alta energia na fibra muscular, a CP também possui este tipo de ligações, tendo uma concentração de quatro a cinco vezes maior que a do ATP. As concentrações de ATP e CP no musculoesquelético de um indivíduo sedentário são, respectivamente, de seis e 28 mmol/Kg de músculo (TINOCO, 2002). Essas substâncias representam o sistema ATP-CP (sistema alático) para geração de energia. SISTEMA ATP-CP
  • 38. AS CÉLULAS FONTE: <https://bit.ly/3cYYBGr>. Acesso em: 10 maio 2021. FONTE: <https://bit.ly/35EWIdZ>. Acesso em: 10 maio 2021. SISTEMA ANAERÓBIO ALÁTICO SISTEMA ANAERÓBIO ALÁTICO
  • 40. AS CÉLULAS FONTE: <https://bit.ly/3wQ3tp5>. Acesso em: 10 maio 2021. Características das vias
  • 41. AS CÉLULAS Para finalizar, é importante destacar que grande parte das atividades diárias é suprida pelo metabolismo aeróbio, sendo a maior parte do gasto energético muscular proveniente da oxidação mitocondrial dos ácidos graxos livres (AGL). Embora a produção energética seja assegurada em 40% pelos carboidratos e em 60% pelos lipídios em repouso. O cérebro é o maior consumidor de carboidratos do organismo, situação em que os AGL asseguram quase totalmente as necessidades energéticas musculares (HIRSCHBRUCH, 2016).
  • 42. METABOLISMO DOS MACRONUTRIENTES A síntese e a degradação do glicogênio (glicogênese e glicogenólise) acontecem em momentos distintos: no período pós-prandial e em repouso, há a ação da insulina, e podemos utilizar a glicose proveniente dos alimentos para armazenar em forma glicogênio (hepático e muscular). Por sua vez, em períodos de jejum, hipoglicemia e de prática de exercícios físicos, os hormônios glucagon e/ou epinefrina estão em ação no fígado e no músculo, respectivamente, e necessitamos mobilizar os estoques de glicogênio para disponibilizar moléculas de glicose para suprir as necessidades (HIRSCHBRUCH, 2016).
  • 43. METABOLISMO DOS MACRONUTRIENTES Durante a prática de exercício físico, nosso organismo utiliza de diferentes formas para captar energia e manter a contração muscular, concomitantemente, outras funções fisiológicas permanecem acontecendo. Destaca-se também, que nosso organismo trabalha com “mecanismos de redundância”, ou seja, diferentes formas de obter resultados semelhantes, para que, caso houver alguma falha no processo, exista outro sistema compensatório, como ocorre com nossos sistemas energéticos, onde os ATPs, a fosfocreatina (sistema ATP-CP), os estoques de glicogênio e triacilglicerol, conseguem realizar alguns desses processos independentemente da presença de oxigênio.