Este documento apresenta três verdades sobre a relação entre internet e política nas eleições de 2010 no Brasil: (1) A internet e as mídias sociais vieram para ficar e ganharão mais importância; (2) Nas eleições de 2010, as mídias sociais atrapalharam mais do que ajudaram os candidatos; (3) Embora a internet e as mídias sociais ganhem espaço a cada dia, nas eleições de 2010 elas não foram decisivas para o resultado final e ninguém "veneu na rede".
O documento discute o cenário da web no Brasil e o comportamento do cidadão online, destacando (1) a maior circulação de informações e capacidade de mobilização, (2) o surgimento de novas formas de construção de sentido e economia da customização em massa, e (3) a necessidade de os políticos fazerem parte das conversas nas mídias sociais de forma estratégica e evitando apenas promover a si mesmos.
Uma vez que 2014 será o ano da Copa do Mundo no Brasil, além de ser ano de eleições, o que esperar da comunicação digital? Convidamos oito profissionais / acadêmicos para compartilharem suas expectativas em relação à área no próximo ano.
Métricas Mobile - Possibilidades e Desafios para 2015Marcel Ayres
O documento discute as possibilidades e desafios da mensuração mobile em 2015. Apresenta estatísticas sobre o crescimento dos usuários de smartphones no Brasil e no mundo e a importância crescente do comércio eletrônico via dispositivos móveis. Também descreve métricas importantes para a publicidade e aplicativos móveis como impressões, taxas de clique, downloads, retenção de usuários e métricas demográficas.
Monitoramento de Mídias Sociais para Política e Eleições: histórico, aplicaçõ...Social Figures
Whitepaper gratuito sobre Monitoramento de Mídias Sociais para Política e Eleições: histórico, aplicações e passo-a-passo.
Seções: Mídias Sociais e Eleições: uma parceria com bastante história; O Brasil dos Protestos: Ano Eleitoral e Mídias Digitais; APlicações do Monitoramento de Mídias Sociais no Marketing Político Eleitoral; Passo-a-passo do Monitoramento de Mídias Sociais para Eleições.
Este documento descreve como as novas mídias sociais e a internet móvel estão transformando a política e o comportamento dos eleitores. Os principais pontos são: (1) a maioria dos brasileiros acessa a internet por meio de centros públicos e usa redes sociais como Orkut e Facebook; (2) os eleitores são cada vez mais conectados, críticos e sociais; (3) as campanhas precisam entender o comportamento dos eleitores nas mídias sociais e se engajar com eles nessas plataformas.
O documento discute o uso das redes sociais em campanhas políticas no Brasil e como as campanhas brasileiras se inspiraram nas estratégias digitais da campanha de Barack Obama nos Estados Unidos em 2008. Algumas das lições aprendidas incluem: 1) Centralizar informações para desmentir boatos em sites oficiais; 2) Incentivar a participação social e cobertura colaborativa de eventos; 3) Promover debates online.
A palestra discute a gestão de marcas em mídias sociais. Em três frases, o documento apresenta: 1) A transformação digital da internet e das redes sociais; 2) A nova geração digital e seu comportamento influenciado pela tecnologia; 3) Dados estatísticos sobre o uso massivo das mídias sociais no Brasil.
O documento discute o cenário da web no Brasil e o comportamento do cidadão online, destacando (1) a maior circulação de informações e capacidade de mobilização, (2) o surgimento de novas formas de construção de sentido e economia da customização em massa, e (3) a necessidade de os políticos fazerem parte das conversas nas mídias sociais de forma estratégica e evitando apenas promover a si mesmos.
Uma vez que 2014 será o ano da Copa do Mundo no Brasil, além de ser ano de eleições, o que esperar da comunicação digital? Convidamos oito profissionais / acadêmicos para compartilharem suas expectativas em relação à área no próximo ano.
Métricas Mobile - Possibilidades e Desafios para 2015Marcel Ayres
O documento discute as possibilidades e desafios da mensuração mobile em 2015. Apresenta estatísticas sobre o crescimento dos usuários de smartphones no Brasil e no mundo e a importância crescente do comércio eletrônico via dispositivos móveis. Também descreve métricas importantes para a publicidade e aplicativos móveis como impressões, taxas de clique, downloads, retenção de usuários e métricas demográficas.
Monitoramento de Mídias Sociais para Política e Eleições: histórico, aplicaçõ...Social Figures
Whitepaper gratuito sobre Monitoramento de Mídias Sociais para Política e Eleições: histórico, aplicações e passo-a-passo.
Seções: Mídias Sociais e Eleições: uma parceria com bastante história; O Brasil dos Protestos: Ano Eleitoral e Mídias Digitais; APlicações do Monitoramento de Mídias Sociais no Marketing Político Eleitoral; Passo-a-passo do Monitoramento de Mídias Sociais para Eleições.
Este documento descreve como as novas mídias sociais e a internet móvel estão transformando a política e o comportamento dos eleitores. Os principais pontos são: (1) a maioria dos brasileiros acessa a internet por meio de centros públicos e usa redes sociais como Orkut e Facebook; (2) os eleitores são cada vez mais conectados, críticos e sociais; (3) as campanhas precisam entender o comportamento dos eleitores nas mídias sociais e se engajar com eles nessas plataformas.
O documento discute o uso das redes sociais em campanhas políticas no Brasil e como as campanhas brasileiras se inspiraram nas estratégias digitais da campanha de Barack Obama nos Estados Unidos em 2008. Algumas das lições aprendidas incluem: 1) Centralizar informações para desmentir boatos em sites oficiais; 2) Incentivar a participação social e cobertura colaborativa de eventos; 3) Promover debates online.
A palestra discute a gestão de marcas em mídias sociais. Em três frases, o documento apresenta: 1) A transformação digital da internet e das redes sociais; 2) A nova geração digital e seu comportamento influenciado pela tecnologia; 3) Dados estatísticos sobre o uso massivo das mídias sociais no Brasil.
A mudança da comunicação de massa para redes sociais. O que as manifestações ...Ronaldo Pena
O QUE AS MANIFESTAÇÕES NO BRASIL NOS ENSINARAM. Governo. As estratégias de comunicação com as redes sociais precisam ser mudadas. As agendas de políticas públicas precisam estar em sintonia com esses movimentos.
Inteligência Digital: Influência nas Mídias SociaisTarcízio Silva
Este documento discute a influência da inteligência digital nas mídias sociais. Ele explica que as mídias sociais representam uma parte crescente do investimento em comunicação e que existem desafios nesse mercado complexo e em constante transformação. Também aborda como medir a influência nas mídias sociais usando índices e escores de softwares de análise, e os avanços e desafios nessa área.
Projeto de Monografia - Marketing Digital e Direito Online: Breves ConsideraçõesVívian Freitas
1) O documento introduz o tema de análise da comunicação e marketing pessoal e empresarial nas mídias sociais e a aplicação da legislação brasileira nesses meios.
2) Apresenta o objetivo geral de analisar a comunicação e marketing nas mídias sociais e como a legislação brasileira se aplica a esses meios.
3) Discutirá conceitos sobre mídias sociais, direito digital, marketing nas mídias sociais e legislação brasileira para entender como ela pode ser aplicada no meio digital.
O documento resume os principais conceitos e técnicas de comunicação em mídias sociais, incluindo:
1) As mídias sociais mais utilizadas no Brasil como Facebook, Twitter, Orkut e YouTube.
2) Como essas plataformas podem ser usadas para posicionamento de marcas e ações táticas de marketing.
3) Diferentes técnicas como produção de conteúdo, comunidades, influenciadores e segmentação.
O documento fornece uma introdução sobre comunicação organizacional em mídias sociais, abordando tópicos como:
1) Cenário e definições de mídias sociais, incluindo dados sobre uso no Brasil;
2) Como corporações podem usar mídias sociais para comunicação, marketing e relacionamento com clientes;
3) Orientações básicas sobre como empresas podem utilizar plataformas populares como Twitter, Facebook, LinkedIn e Ning.
Artigo científico - A influência do Facebook no consumo de conteúdo no Brasil...Daniel Caldas
1) O documento analisa como o Facebook influencia o consumo de conteúdo no Brasil em 2012, com 38 milhões de usuários ativos no país.
2) A pesquisa mostra que as mulheres atualizam mais e interagem mais com conteúdo no Facebook do que os homens.
3) 76% dos brasileiros acessam o Facebook pelo menos uma vez por dia, sendo 35% no trabalho e 23% em dispositivos móveis.
Ebook "Mídias Sociais e Eleições 2010", co-organizado por mim. São 23 artigos de convidados e selecionados que observaram o desenrolar das eleições brasileiras de 2010 nas mídias sociais.
O documento discute como as instituições públicas podem se conectar melhor com os cidadãos usando mídias sociais. Em 3 frases:
As mídias sociais permitem que órgãos governamentais como o Senado Federal e Forças Armadas se comuniquem diretamente com os cidadãos de forma mais transparente e interativa. Algumas iniciativas de sucesso incluem o uso ativo de Facebook, Twitter e YouTube para divulgar informações e obter feedback do público. No entanto, a maioria dos senadores brasileiros ainda precisa melhorar sua presen
A Influência das Redes Sociais no Comportamento de CompraJanaina Oliveira
O documento discute a influência das redes sociais no comportamento de compra do consumidor. Aborda o processo de decisão de compra, fatores que influenciam esta decisão como culturais, sociais e pessoais. Também apresenta modelos que explicam a hierarquia de necessidades humanas e o processo de tomada de decisão pelo consumidor, desde o reconhecimento da necessidade até a avaliação pós-compra.
Gerenciamento de redes sociais para Prefeituras e CâmerasVincere Comunicação
1) O documento discute estratégias de marketing político digital e gerenciamento de crises nas redes sociais para prefeituras e câmaras.
2) Ele explica como as redes sociais mudaram o cenário político e a importância de estratégias para Facebook, Twitter e outras plataformas.
3) O autor também fornece dicas para prevenir e lidar com crises online e manter uma boa reputação digital.
Artigo Científico - Marketing de Mídias Sócias para PMEs Em Meio as Mudanças...Caio César
O documento discute o fenômeno da mercantilização das redes sociais e como as empresas podem se engajar nesses ambientes de forma efetiva. As redes sociais evoluíram de espaços de interação pessoal para mídias de publicidade, exigindo pagamentos para alcançar audiências. Para ter sucesso, as empresas devem se concentrar em três pilares: produção de conteúdo relevante, segmentação de público e relacionamento com os clientes.
Os Desafios do Profissional de Relações Públicas no Ambiente DigitalKetchum Digital
Palestra de Fernando Neves, diretor da Ketchum Digital, sobre os Desafios do Profissional de Relações Públicas no Ambiente Digital feita no Congresso Mega Brasil de Comunicação 2011
O documento discute as relações públicas 2.0 como um novo campo de atuação para a área de comunicação organizacional. Apresenta como as redes sociais trouxeram novas formas de interação entre organizações e públicos, exigindo adaptações nas estratégias e ferramentas de comunicação. Também mostra pesquisas sobre como blogueiros e consumidores usam as mídias digitais e dá dicas para organizações se posicionarem nesse ambiente.
TCC - Mídias Sociais como oportunidade de negócios: A nova relação entre empr...Aline Moura
Este trabalho apresenta três pontos principais:
1) Discutiu a evolução do consumidor e da tecnologia ao longo do século XX e como isso impactou os hábitos de consumo.
2) Analisou como as novas tecnologias do século XXI, como smartphones e internet banda larga, além das redes sociais e mídias sociais, transformaram ainda mais o comportamento do consumidor.
3) Explicou como as empresas podem se beneficiar das mídias sociais para melhorar o relacionamento com os clientes, conhecer melhor
Comunicação e Marketing Digitais: conceitos, práticas, métricas e inovaçõesTarcízio Silva
1) O documento apresenta uma compilação de estudos sobre comunicação e marketing digitais desenvolvidos por 14 autores.
2) Os autores abordam aspectos conceituais, práticos, métricas e inovações em comunicação e marketing digitais.
3) O documento está dividido em três partes relacionadas a esses eixos temáticos.
Rotta guedes ansanelli_gordeeff_chiari_madeira_toledo_2012_redes-sociais-virt...Nalu Miranda
Este artigo analisa como as redes sociais virtuais são usadas no planejamento estratégico de marketing de empresas brasileiras. O estudo de caso exploratório entrevistou gestores de marketing de duas empresas e encontrou que elas usam redes sociais para definir etapas de planejamento e monitorar constantemente o conteúdo sobre a marca.
Este documento analisa o papel das mídias sociais nas eleições brasileiras de 2010 em 3 frases:
1) As mídias sociais tiveram um papel relevante, mas não foram decisivas para o resultado das eleições de 2010 no Brasil.
2) O uso do Twitter foi importante para mobilizar militância e simpatizantes dos candidatos, mas a disseminação de desinformação minou a credibilidade das redes sociais.
3) Embora as mídias sociais venham ganhando importância a cada eleição, elas atrapalharam mais do
Este documento analisa o papel das mídias sociais nas eleições brasileiras de 2010. Apresenta diferentes perspectivas de profissionais e estudiosos sobre como as redes sociais influenciaram o processo eleitoral e a relação entre candidatos e eleitores. As mídias sociais tiveram um papel relevante, mas nenhum candidato foi decisivamente favorecido ou prejudicado por elas.
Este documento é uma monografia analisando o uso da internet em campanhas eleitorais passadas e seu potencial papel nas eleições presidenciais brasileiras de 2010. A monografia discute como políticos são marcas que devem ser trabalhadas com estratégias de comunicação, e como a internet permite novas formas de relacionamento entre políticos e eleitores. Também analisa o crescimento do uso da internet no Brasil e o papel das redes sociais digitais em campanhas.
Comunicação via redes sociais digitais e mobilização socialCamilla Martins
1) O documento discute como utilizar ferramentas de redes sociais digitais para comunicação e mobilização social, mensurar resultados e realizar pesquisas acadêmicas.
2) A palestrante Camilla Martins, especialista em comunicação, apresentará um estudo de caso sobre como utilizou redes sociais para pesquisa sobre preconceito contra homossexuais.
3) O documento fornece detalhes sobre a formação e experiência da palestrante e o programa da palestra, incluindo introdução ao tema e estudo de caso.
O documento discute como os políticos podem usar o marketing digital para se aproximar dos eleitores e conquistar sua fidelidade. Ele argumenta que as campanhas políticas precisam usar mais as redes sociais e internet para interagir com os eleitores, já que a mídia tradicional não é mais eficaz. Também defende que o uso de segmentação, conteúdo relevante e crowdsourcing pode ajudar a estabelecer um relacionamento de longo prazo com diferentes grupos de eleitores.
A mudança da comunicação de massa para redes sociais. O que as manifestações ...Ronaldo Pena
O QUE AS MANIFESTAÇÕES NO BRASIL NOS ENSINARAM. Governo. As estratégias de comunicação com as redes sociais precisam ser mudadas. As agendas de políticas públicas precisam estar em sintonia com esses movimentos.
Inteligência Digital: Influência nas Mídias SociaisTarcízio Silva
Este documento discute a influência da inteligência digital nas mídias sociais. Ele explica que as mídias sociais representam uma parte crescente do investimento em comunicação e que existem desafios nesse mercado complexo e em constante transformação. Também aborda como medir a influência nas mídias sociais usando índices e escores de softwares de análise, e os avanços e desafios nessa área.
Projeto de Monografia - Marketing Digital e Direito Online: Breves ConsideraçõesVívian Freitas
1) O documento introduz o tema de análise da comunicação e marketing pessoal e empresarial nas mídias sociais e a aplicação da legislação brasileira nesses meios.
2) Apresenta o objetivo geral de analisar a comunicação e marketing nas mídias sociais e como a legislação brasileira se aplica a esses meios.
3) Discutirá conceitos sobre mídias sociais, direito digital, marketing nas mídias sociais e legislação brasileira para entender como ela pode ser aplicada no meio digital.
O documento resume os principais conceitos e técnicas de comunicação em mídias sociais, incluindo:
1) As mídias sociais mais utilizadas no Brasil como Facebook, Twitter, Orkut e YouTube.
2) Como essas plataformas podem ser usadas para posicionamento de marcas e ações táticas de marketing.
3) Diferentes técnicas como produção de conteúdo, comunidades, influenciadores e segmentação.
O documento fornece uma introdução sobre comunicação organizacional em mídias sociais, abordando tópicos como:
1) Cenário e definições de mídias sociais, incluindo dados sobre uso no Brasil;
2) Como corporações podem usar mídias sociais para comunicação, marketing e relacionamento com clientes;
3) Orientações básicas sobre como empresas podem utilizar plataformas populares como Twitter, Facebook, LinkedIn e Ning.
Artigo científico - A influência do Facebook no consumo de conteúdo no Brasil...Daniel Caldas
1) O documento analisa como o Facebook influencia o consumo de conteúdo no Brasil em 2012, com 38 milhões de usuários ativos no país.
2) A pesquisa mostra que as mulheres atualizam mais e interagem mais com conteúdo no Facebook do que os homens.
3) 76% dos brasileiros acessam o Facebook pelo menos uma vez por dia, sendo 35% no trabalho e 23% em dispositivos móveis.
Ebook "Mídias Sociais e Eleições 2010", co-organizado por mim. São 23 artigos de convidados e selecionados que observaram o desenrolar das eleições brasileiras de 2010 nas mídias sociais.
O documento discute como as instituições públicas podem se conectar melhor com os cidadãos usando mídias sociais. Em 3 frases:
As mídias sociais permitem que órgãos governamentais como o Senado Federal e Forças Armadas se comuniquem diretamente com os cidadãos de forma mais transparente e interativa. Algumas iniciativas de sucesso incluem o uso ativo de Facebook, Twitter e YouTube para divulgar informações e obter feedback do público. No entanto, a maioria dos senadores brasileiros ainda precisa melhorar sua presen
A Influência das Redes Sociais no Comportamento de CompraJanaina Oliveira
O documento discute a influência das redes sociais no comportamento de compra do consumidor. Aborda o processo de decisão de compra, fatores que influenciam esta decisão como culturais, sociais e pessoais. Também apresenta modelos que explicam a hierarquia de necessidades humanas e o processo de tomada de decisão pelo consumidor, desde o reconhecimento da necessidade até a avaliação pós-compra.
Gerenciamento de redes sociais para Prefeituras e CâmerasVincere Comunicação
1) O documento discute estratégias de marketing político digital e gerenciamento de crises nas redes sociais para prefeituras e câmaras.
2) Ele explica como as redes sociais mudaram o cenário político e a importância de estratégias para Facebook, Twitter e outras plataformas.
3) O autor também fornece dicas para prevenir e lidar com crises online e manter uma boa reputação digital.
Artigo Científico - Marketing de Mídias Sócias para PMEs Em Meio as Mudanças...Caio César
O documento discute o fenômeno da mercantilização das redes sociais e como as empresas podem se engajar nesses ambientes de forma efetiva. As redes sociais evoluíram de espaços de interação pessoal para mídias de publicidade, exigindo pagamentos para alcançar audiências. Para ter sucesso, as empresas devem se concentrar em três pilares: produção de conteúdo relevante, segmentação de público e relacionamento com os clientes.
Os Desafios do Profissional de Relações Públicas no Ambiente DigitalKetchum Digital
Palestra de Fernando Neves, diretor da Ketchum Digital, sobre os Desafios do Profissional de Relações Públicas no Ambiente Digital feita no Congresso Mega Brasil de Comunicação 2011
O documento discute as relações públicas 2.0 como um novo campo de atuação para a área de comunicação organizacional. Apresenta como as redes sociais trouxeram novas formas de interação entre organizações e públicos, exigindo adaptações nas estratégias e ferramentas de comunicação. Também mostra pesquisas sobre como blogueiros e consumidores usam as mídias digitais e dá dicas para organizações se posicionarem nesse ambiente.
TCC - Mídias Sociais como oportunidade de negócios: A nova relação entre empr...Aline Moura
Este trabalho apresenta três pontos principais:
1) Discutiu a evolução do consumidor e da tecnologia ao longo do século XX e como isso impactou os hábitos de consumo.
2) Analisou como as novas tecnologias do século XXI, como smartphones e internet banda larga, além das redes sociais e mídias sociais, transformaram ainda mais o comportamento do consumidor.
3) Explicou como as empresas podem se beneficiar das mídias sociais para melhorar o relacionamento com os clientes, conhecer melhor
Comunicação e Marketing Digitais: conceitos, práticas, métricas e inovaçõesTarcízio Silva
1) O documento apresenta uma compilação de estudos sobre comunicação e marketing digitais desenvolvidos por 14 autores.
2) Os autores abordam aspectos conceituais, práticos, métricas e inovações em comunicação e marketing digitais.
3) O documento está dividido em três partes relacionadas a esses eixos temáticos.
Rotta guedes ansanelli_gordeeff_chiari_madeira_toledo_2012_redes-sociais-virt...Nalu Miranda
Este artigo analisa como as redes sociais virtuais são usadas no planejamento estratégico de marketing de empresas brasileiras. O estudo de caso exploratório entrevistou gestores de marketing de duas empresas e encontrou que elas usam redes sociais para definir etapas de planejamento e monitorar constantemente o conteúdo sobre a marca.
Este documento analisa o papel das mídias sociais nas eleições brasileiras de 2010 em 3 frases:
1) As mídias sociais tiveram um papel relevante, mas não foram decisivas para o resultado das eleições de 2010 no Brasil.
2) O uso do Twitter foi importante para mobilizar militância e simpatizantes dos candidatos, mas a disseminação de desinformação minou a credibilidade das redes sociais.
3) Embora as mídias sociais venham ganhando importância a cada eleição, elas atrapalharam mais do
Este documento analisa o papel das mídias sociais nas eleições brasileiras de 2010. Apresenta diferentes perspectivas de profissionais e estudiosos sobre como as redes sociais influenciaram o processo eleitoral e a relação entre candidatos e eleitores. As mídias sociais tiveram um papel relevante, mas nenhum candidato foi decisivamente favorecido ou prejudicado por elas.
Este documento é uma monografia analisando o uso da internet em campanhas eleitorais passadas e seu potencial papel nas eleições presidenciais brasileiras de 2010. A monografia discute como políticos são marcas que devem ser trabalhadas com estratégias de comunicação, e como a internet permite novas formas de relacionamento entre políticos e eleitores. Também analisa o crescimento do uso da internet no Brasil e o papel das redes sociais digitais em campanhas.
Comunicação via redes sociais digitais e mobilização socialCamilla Martins
1) O documento discute como utilizar ferramentas de redes sociais digitais para comunicação e mobilização social, mensurar resultados e realizar pesquisas acadêmicas.
2) A palestrante Camilla Martins, especialista em comunicação, apresentará um estudo de caso sobre como utilizou redes sociais para pesquisa sobre preconceito contra homossexuais.
3) O documento fornece detalhes sobre a formação e experiência da palestrante e o programa da palestra, incluindo introdução ao tema e estudo de caso.
O documento discute como os políticos podem usar o marketing digital para se aproximar dos eleitores e conquistar sua fidelidade. Ele argumenta que as campanhas políticas precisam usar mais as redes sociais e internet para interagir com os eleitores, já que a mídia tradicional não é mais eficaz. Também defende que o uso de segmentação, conteúdo relevante e crowdsourcing pode ajudar a estabelecer um relacionamento de longo prazo com diferentes grupos de eleitores.
O documento discute como a internet está transformando as campanhas eleitorais, permitindo que os candidatos se comuniquem diretamente com os eleitores de forma mais interativa e dando aos eleitores maior acesso à informação para tomada de decisões mais informadas. A internet tornou os eleitores mais exigentes e críticos e é um importante meio para os candidatos testarem mensagens e alcançarem públicos qualificados de forma mais barata do que a TV.
1) O documento discute o conceito de e-Participação e seu potencial para ampliar a participação política dos cidadãos através das tecnologias digitais.
2) No entanto, existem desafios como a exclusão digital e a necessidade de as instituições públicas absorverem de fato as demandas dos cidadãos para que a e-Participação seja efetiva.
3) Fatores como a estrutura institucional, o desenho das plataformas digitais e a mudança na cultura política são importantes para que a e-Participação traga
Slides da apresentação da dissertação "Aproximação do poder público à população por meio de novas tecnologias de comunicação", como conclusão do Mestrado em Comunicação Estratégica: Publicidade e Relações Públicas, da Universidade da Beira Interior (UBI).
APRESENTAÇÃO: Marketing Político Digital: Estudo Sobre Estratégias de Comunic...Gabriel Flores
APRESENTAÇÃO referente ao Trabalho de conclusão do Curso Administração, com título MARKETING POLÍTICO DIGITAL: ESTUDO SOBRE ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO E INOVAÇÃO NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, submetido ao corpo docente da Universidade Feevale, como requisito necessário para obtenção do Grau de Bacharel em Administração.
"Ouvindo nosso bairro": um estudo sobre a participação política local por mei...Samuel Barros
A escolha do “Ouvindo Nosso Bairro” como objeto de pesquisa se dá, fundamentalmente, por três fatores: a) o esforço materializado em recursos financeiros e humanos mobilizados pela Prefeitura de Salvador para a realização do projeto, b) os números de participantes envolvidos nas fases presencial e online da iniciativa e c) a institucionalização da iniciativa por meio da aprovação na Câmara Municipal de Salvador da Lei nº 9358/2018 que institui o Programa Ouvindo Nosso Bairro “como
instrumento de participação popular na gestão pública” e que assegura que os próximos gestores municipais deem continuidade à iniciativa.
O Impacto das Novas Tecnologias na Esfera Pública: Estudo de Caso do TwitterJuliana Menezes
Este trabalho analisa o impacto das novas tecnologias, especificamente o Twitter, na esfera pública política. A pesquisa observa interações entre cidadãos e políticos no Twitter e discute como esta rede social pode ampliar a participação política e o debate democrático. O estudo de caso do Twitter sugere que esta plataforma oferece um espaço para livre expressão e discussão política que pode mudar a concepção do processo político e do exercício da cidadania no Brasil.
1) A pesquisa avaliou o uso de ferramentas digitais por 46 cidades paulistas, atribuindo notas de 0 a 10. A maior nota foi 7, alcançada por 5 cidades.
2) A disponibilidade de canais de ouvidoria online recebeu as melhores notas, com 10 cidades alcançando a nota máxima.
3) A divulgação de informações também teve bom desempenho, com Ribeirão Preto liderando em número de posts diários, porém a audiência dos canais das cidades foi o
Pesquisa Medialogue Social Cities São Paulo – Interior 2015Alexandre Secco
1) A pesquisa avaliou o uso de ferramentas digitais por 46 cidades paulistas, atribuindo notas de 0 a 10. A maior nota foi 7, alcançada por 5 cidades.
2) A disponibilidade de canais de ouvidoria online recebeu as melhores notas, com 10 cidades alcançando a nota máxima.
3) A divulgação de informações também teve bom desempenho, com Ribeirão Preto liderando em número de posts diários.
1) A pesquisa avaliou o uso de ferramentas digitais por 46 cidades paulistas, atribuindo notas de 0 a 10. A maior nota foi 7, alcançada por 5 cidades.
2) A disponibilidade de canais de ouvidoria online recebeu as melhores notas, com 10 cidades alcançando a nota máxima.
3) A divulgação de informações também teve bom desempenho, com Ribeirão Preto liderando em número de posts diários, porém a audiência dos canais das cidades foi o
Este artigo analisa qualitativamente os tweets de vereadores de Fortaleza que concorreram à reeleição em 2012 para entender como aspectos sociais influenciam o uso de mídias digitais. Os tweets foram classificados em categorias como "Promoção de Ideias" e "Mobilização e Engajamento", sendo esta última responsável por 45,08% das mensagens. Entrevistas indicaram que o uso do Twitter é determinado não apenas por fatores tecnológicos, mas também culturais, sociais e políticos.
O documento discute o cenário político brasileiro em 2014 e a importância das campanhas políticas nas redes sociais. Apresenta dados sobre o uso da internet e das mídias sociais no Brasil, mostrando que mais da metade da população tem acesso à internet e que os brasileiros passam grande parte do seu tempo online em redes sociais. Isso torna as mídias sociais cruciais para as campanhas políticas nas eleições de 2014.
Intercom - XXXVII Congresso Brasileiro de ComunicaçãoIvone Rocha
Entre os dias 2 e 5 de setembro aconteceu em Foz do Iguaçu (PR) o Intercom 2014. Este trabalho trata da relação que se estabelece entre os vereadores de São Paulo e seus eleitores por meio das redes sociais da internet, sob a perspectiva de uma comunicação pública. Para tanto, sua contextualização passa por conceitos de política, cidadania, democracia, participação política, amarrando com a comunicação pública entre parlamentar e população.
As Redes Sociais e Ação Política Partidária no Brasil: Propaganda ou Notícia ...Daniel Caldas
Não falamos apenas do twitter. Exploramos o posicionamento político nas mídias sociais, além de dar como exemplo algumas manifestações online como o #preçojusto.
Palanque Digital: Marketing Politico e Eleitoral On-linepalanquedigital
Como utilizar as mídias sociais e as ações on-line para ampliar sua visbilidade on-line. Palanque Digital é palatforma de Marketing Digital Político, desenvolvida pela StockInterativo
Pesquisa Medialogue Raio-X do Congresso nas Redes Sociais (2016)Medialogue Digital
O documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a atuação de parlamentares brasileiros nas redes sociais. A pesquisa analisou o perfil dos congressistas mais influentes, o engajamento dos partidos políticos e o desempenho das bancadas estaduais nas redes. Os principais achados da pesquisa são: o Facebook é a rede social mais utilizada pelos parlamentares, que concentram quase 58 milhões de seguidores; entretanto, apenas 18% respondem mensagens enviadas por eleitores.
O documento fornece orientações para agências e empresas de pequeno porte sobre estratégias de marketing digital e mídias sociais, destacando a importância de planejamento, criatividade com recursos limitados, parcerias e educação do mercado.
Palestra realizada por Marcel Ayres (sócio da PaperCliQ e SOMMAR) na 3ª Imersão em Mídias Sociais - Vitória / ES (2013) - http://www.eventodemidiassociais.com.br/
O documento discute as principais mudanças e possibilidades estratégicas da Timeline do Facebook para marcas, incluindo: 1) novas opções para fotos de capa e perfil; 2) abas personalizadas; 3) recursos como posts fixos e destaque de vídeos e fotos; 4) painel administrativo para gerenciar a página.
O documento discute mensuração em mídias sociais e apresenta quatro âmbitos de métricas (alcance, adequação, influência e engajamento). Explica que cada mídia social tem dinâmicas diferentes e que é importante entender cada plataforma para definir critérios de mensuração customizáveis. Conclui que a comunicação digital é fluída e requer rigor e pesquisa contínua para mensurar o impacto de forma adequada.
Netnografia e coolhunting: Identificando aspectos comportamentais e tendência...PaperCliQ Comunicação
O documento discute uma pesquisa netnográfica realizada sobre o Carnaval de Salvador em comunidades no Orkut. A pesquisa analisou como o público se comporta online, apontando nuances e tendências de comportamento, gostos e críticas relacionadas à festa. A metodologia netnográfica utilizada incluiu observação de fóruns, análise de conteúdo e mensagens para responder questões sobre fidelidade a artistas x blocos, percepções sobre circuitos e diferenças entre blocos.
O documento apresenta 10 razões para as organizações continuarem apostando nos blogs. Estas razões incluem a longevidade dos blogs apesar das mudanças, seu dinamismo em acompanhar novas plataformas e dispositivos, e sua capacidade de personalização e co-criação de conteúdo.
Monitoramento de Marcas e Conversações: Softwares Brasileiros de Monitorament...PaperCliQ Comunicação
Este documento fornece uma introdução aos softwares brasileiros de monitoramento de marcas e conversações online, descrevendo o que é o monitoramento, seus tipos e etapas. Apresenta dez softwares nacionais de monitoramento pleno, incluindo seus sites e redes sociais, e sugere leituras adicionais sobre o tema.
Slideshow da aula "Serviços de Marketing e Comunicação Digital", realizado no curso "Marketing, Comunicação Digital e Novas Mídias" em Divinópolis (abril de 2011).
- Histórico da Internet: Breve histórico da evolução da internet desde a ARPANET até a expansão da web 2.0.
- Dispositivos Digitais: Apresenta exemplos de dispositivos digitais como smartphones, tablets e mídias digitais.
- O Consumidor 2.0: Discute as características do novo consumidor digital, incluindo a liberação do pólo emissor, folksonomia e segmentação.
O documento discute monitoramento e mensuração em mídias sociais, especificamente sobre monitoramento de marcas e conversações. Ele explica o que é monitoramento parcial e pleno, comparando suas vantagens e desvantagens, e lista ferramentas como o Radian6, Scup e Seekr que permitem monitoramento pleno.
O documento discute a importância da mensuração e monitoramento em mídias sociais para gestão de comunicação. Aborda conceitos como dados, informação e conhecimento; papel da informação da web e boca-a-boca; e como métricas podem ser usadas para compreender e avaliar o engajamento em mídias sociais.
O documento discute as mídias sociais e o mercado de trabalho, destacando que: 1) Praticamente todos os internautas brasileiros usam mídias sociais, com participação igual entre classes AB e C; 2) A PaperCliQ é uma agência especializada em estratégia digital que oferece serviços como planejamento de comunicação em mídias sociais e produção de conteúdo; 3) As mídias sociais criam novas oportunidades de trabalho e quem contrata inclui agências de publicidade e marketing.
O documento discute a gamificação nas mídias sociais, definindo-a como estratégias e mecanismos de jogos usados fora do contexto de jogos. Explica como sites de mídia social usam pontuação, badges e número de seguidores para engajar usuários. Também discute como a motivação, habilidade e gatilhos influenciam o comportamento dos usuários de acordo com o modelo de BJ Fogg.
O documento discute táticas de co-criação, definindo-a como um processo de inovação no qual consumidores e empresas trabalham juntos para criar valor. Ele descreve quatro modelos táticos de co-criação e dez dicas para melhorar plataformas de co-criação e engajamento dos usuários.
This document discusses measurement and metrics for communication goals in social media. It provides definitions for key terms like investment, goals, and metrics. It explains why measurement is important for justifying budgets, optimizing strategies, and supporting decision making. The document outlines common communication goals and how to assess them in social media by measuring reach, engagement, influence, and adequacy. It presents a process for integrating communication goals, measurement goals, evaluation methods, and performance indicators into a practical measurement system.
A compra coletiva permite que consumidores se unam online para obter descontos através de volumes de compra maiores. Embora não seja um conceito novo, sites de compras coletivas cresceram rapidamente no Brasil, oferecendo economias de até 90% em diversos setores. Tanto consumidores quanto empresas podem se beneficiar, mas também enfrentam riscos como falsos descontos ou incapacidade de atender a demanda. Planejamento cuidadoso é essencial para todos os envolvidos.
[1] O documento discute a gestão da comunicação nas mídias sociais, incluindo a análise da reputação online, identificação do público-alvo, análise da concorrência, criação de objetivos e estratégias de comunicação e produção de conteúdo relevante.
[2] É importante verificar a reputação da marca online, identificar o público-alvo com base em suas necessidades e preferências, e analisar como a concorrência se posiciona online.
[3] Uma estratégia eficaz deve ser desen
2. Editorial
Publicação 2011.
Marcel Ayres, Renata Cerqueira e Tarcízio Silva
Título:
Mídias Sociais e Eleições 2010 A PaperCliQ é uma agência focada em comunicação e
estratégia, cujo principal objetivo é posicionar diferentes
Autores: organizações no universo digital. Entre os seus principais
Adriana Cristina Omena Dos Santos Mariana Oliveira serviços, estão: Planejamento Estratégico Digital,
Ana Brambilla Martha Gabriel Monitoramento e Mensuração Online, Produção de
Ana Maria Bicca Conteúdo e Relacionamento em Mídias Sociais, Coolhunting
Murillo de Aragão
etc. Para saber mais, acesse www.papercliq.com.br | www.
Andreia Martins Natália de Oliveira Santos slideshare.net/papercliq | www.twitter.com/papercliq.
Anna Paula Castro Alves Nina Santos
Carlos Manhanelli Patrícia Rossini
Carolina Tomas Batista Renata Cerqueira
Claudiana Silva Ruan Brito
Danila Dourado Samantha Shiraishi Nina Santos é assessora de comunicação política e
Eliane Fronza Sueli Bacelar pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em
Fernanda Fabian Tarcízio Silva Democracia Digital e Governo Eletrônico (CEADD-
Gabriela da Fonseca UFBA). Atua especialmente com estratégias políticas online,
Gil Castilho Direção de arte: gerenciamento de perfis online, assessoria de comunicação
Larissa Oliveira Caio Sá Telles online e campanhas online.
Leandro Mazzini Danila Dourado
Luiz Marcos Ferreira Júnior Rodrigo Lessa
Marcel Ayres
Ruan Carlos Brito é publicitário (UFPA), mestre em
Comunicação e Cultura Contemporâneas (UFBA),
especializado em Comunicação e Política (UFBA). Atua nas
áreas de Marketing Eleitoral, Assessoria de Comunicação
Política, Gerenciamento e Monitoramento de Mídias Sociais.
3. Apresentação
Em um momento em que qualquer pessoa Expectativas e comparações com as elei- tores convidados ou selecionados por Cha-
com acesso a determinadas tecnologias e ções americanas de 2008 foram inevitáveis, mada de Trabalho, apresentam neste ma-
habilidades técnicas tem a possibilidade de mas, entre os extremos do otimismo e do terial suas formulações, entendimentos ou
registrar e compartilhar suas impressões de pessimismo, profissionais e cidadãos bra- estudos de casos que relacionam as tecno-
mundo, opiniões, gostos, desejos e satisfa- sileiros fizeram sua própria história. Este logias online às eleições brasileiras.
ções, também surge outra possibilidade de ebook, organizado e escrito por pesquisa-
se construir a história. De forma colabo- dores teóricos e práticos de comunicação Reunimos aqui variadas e ricas abordagens
rativa, cada usuário de internet realiza, em política e/ou comunicação digital, é uma sobre esta temática tão fascinante e desafia-
menor ou maior grau, um grande registro iniciativa para registros referentes às elei- dora para qualquer pessoa que se proponha
dos acontecimentos de seu tempo. ções de 2010, servindo de insumo às diver- a compreender as características de nossa
sas classes de atores sociais envolvidos no sociedade e de nossa época. Esperamos que
Em 2010, foi a vez de uma grande massa de processo: assessores, marketeiros, consul- este e-book funcione como um apanhado
cidadãos, individualizados em seus usos da tores, jornalistas, políticos e cidadãos. teórico e prático, diversificado e amplo, que
internet, observar, criticar e interferir nas contribua com o debate acerca das mídias
eleições brasileiras. Com as possibilidades e A proposta deste e-book é reunir diferentes sociais e dos processos políticos no Brasil.
as restrições de uma legislação eleitoral que olhares daqueles interessados em examinar
não podia mais ignorar os avanços na des- e refletir sobre o papel que as mídias sociais
centralização da comunicação, novos desa- podem exercer nos processos eleitorais.
fios e oportunidades se apresentaram para Com isso, pessoas com diversas formações
os brasileiros. e trajetórias, profissionais e estudantes, au-
4. // ESTA OBRA É LICENCIADA POR UMA LICENÇA CREATIVE COMMONS
Atribuição – Uso não-comercial – Compartilhamento pela mesma licença 2.0
Você pode:
> copiar, distribuir, exibir e executar a obra;
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Sob as seguintes condições:
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distribuir a obra resultante sob uma licença idêntica a esta.
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> Qualquer uma destas condições pode ser renunciada, desde que você obtenha permissão do autor.
Qualquer direito de uso legítimo (ou fair use) concedido por lei ou qualquer outro direito protegido pela legislação local não
são em hipótese alguma afetados pelo disposto acima.
5. Mídias Sociais e Eleições 2010
Convidados
06. Redes sociais e eleições em 2010
08. De @Candidato para @Eleitor. Enter!
11. Mídias Sociais e as Eleições Brasileiras de 2010
14. A influência da campanha Obama nas eleições brasileiras de 2010
21. Comunidades do Orkut sobre Presidenciáveis nas Eleições Brasileiras de 2010
29. O papel da militância através das redes sociais durante as eleições
38. Democracia, eleições e redes sociais online: uma possibilidade de pluralização do diálogo
45. Branded Content nas Eleições 2010
57. Interface entre Jogos Sociais e Política: Oportunidades e Estratégias de Diferenciação
66. Monitoramento de Conversações sobre Políticos: prática, limites e possibilidades
71. Blog do Terra sobre Mídias Sociais e Eleições
76. A cobertura da primeira campanha on line na redação de A TARDE
81. Controle e Espetáculo - Privacidade & Transparência na Política e Eleições
Selecionados
89. A interação e a mobilização nas redes sociais dos três princiais presidenciáveis
97. Candidatos Virtuais: O oficial e o oficioso no ciberespaço
104. O papel do blogueiro e o engajamento espontâneo nas eleições
111. O Twitter e as Campanhas Políticas: Uma Análise da Conversação dos Presidenciáveis
117. O Uso do Twitter pelos Presidenciáveis
126. Participação política na Era Digital: um estudo de caso das #Eleições2010
135. Midias sociais e a aproximação do eleitor com o candidato
142. A campanha virtual pode ser igual para todos os candidatos?
148. Política? “E eu com isso?”
151. A relação entre redes sociais na internet e o certame eleitoral no Brasil
6. F
inalmente, a internet e as redes
Redes sociais e eleições em sociais tiveram um papel mais re-
levante nas eleições brasileiras. Po-
2010 rém, como bem disse Pedro Doria
em artigo no Estadão (31/10/10),
ninguém venceu na rede. O empate entre
os candidatos nesse meio de comunicação
revela que, no limite, as redes sociais não
Por Murillo de Aragão favoreceram ninguém nem foram decisivas
para o resultado final.
O Brasil de 2010 ainda é um país em que
a penetração da internet é baixa, apesar da
Advogado, jornalista, cientista político e presidente da Arko Advice Pesquisas vocação do brasileiro para a rede e do seu
e sócio da Aragão-Osório Advogados Associados. É Formado em Direito pela potencial de crescimento explosivo. Sen-
Faculdade de Direito do Distrito Federal, é mestre em Ciência Política pela
Universidade de Brasília e doutor em Sociologia (estudos latino-americanos) pelo
do assim, não houve qualquer episódio
Ceppac – Universidade de Brasília. Em 2007, foi nomeado pelo Presidente da nas redes que modificasse de modo claro
República para o CDES – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. É e decisivo as tendências do processo elei-
ainda articulista em vários veículos de imprensa, por exemplo: jornal O Tempo
(Belo Horizonte), jornal O Liberal (Belém), Blog do Noblat, revista Conjuntura toral. No futuro, no entanto, não deverá
Econômica (FGV), entre outros. ser assim.
www.arkoadvice.com.br
www.blogdomurillodearagao.com.br Alguém diria, de pronto, que a campanha de
www.twitter.com/murillodearagao desinformação em torno de Dilma Rousse-
ff e o tema do aborto podem ter-lhe rou-
bado votos na reta final do primeiro turno.
Mas o estrago causado pela ação na web
foi bem menor, por exemplo, que a maciça
cobertura da mídia eletrônica em torno do
caso Erenice Guerra.
7. Mídias Sociais e Eleições 2010
A situação seria diferente se tivéssemos um mato na internet é um grave problema que trução de tendências e, claro, para a defini-
empate técnico, no qual “detalhes” como termina por minar a própria credibilidade ção de resultados eleitorais.
as redes sociais poderiam pender em favor do meio. No futuro, vejo a credibilidade
de um ou de outro candidato. Ao pontu- das redes sociais sendo avaliadas por seu
ar tais aspectos volto a dizer que a internet grau de transparência.
e as redes sociais foram importantes, mas
não decisivas. Na prática, o Código Penal não vale na in-
ternet e, de forma esperta, alguns grandes
A campanha teve aspectos interessan- sites e redes se escudam nas legislações mais
tes ligados à internet e às redes sociais e complacentes do mundo para não atuar de
que merecem destaque. O fato que mais forma enérgica contra a prática de crimes
me chamou a atenção foi o uso do twit- que envolvem a honra.
ter na mobilização da militância partidá- 7
ria e de simpatizantes dos candidatos. No Aos românticos, o anonimato tem um doce
caso brasileiro, é o que importa: mobilizar sabor libertário. Quando se está a favor,
enormes contingentes eleitorais em favor tudo é lindo e maravilhoso. Porém, quando
de uma candidatura. O twitter também se é vítima de difamação e calúnias é como
serviu para informar eventos e antecipar sofrer de bullying sem saber a identidade de
direções. Em especial, para repercutir as seus agressores e sem ter a quem reclamar.
prévias das pesquisas, abundantemente
comentadas na rede. Como há complacência nas redes, podere-
mos ter, como efeito colateral, ações restri-
Um segundo fato é que o uso da internet na tivas no âmbito regulatório. Não devemos
disseminação da informação teve no ano- esquecer que vai haver uma discussão sobre
nimato o seu pior e mais perverso aspecto. o marco regulatório da internet no Brasil.
Nesse sentido, alinho-me a Arthur Scho- Eleitoralmente falando, a questão é impor-
penhauer, que dizia que o anonimato serve tante, já que no futuro as redes sociais e a
para tirar a responsabilidade daquele que disseminação de informações por outras
não pode defender o que afirma. O anoni- mídias terão peso ainda maior para a cons-
8. H
á duas verdades incontestáveis
De @candidato para @eleitor
. sobre a relação entre internet
e política depois das eleições
Enter! de 2010. Ela veio para ficar e
vai ganhar mais importância;
e, da forma como foi usada, atrapalhou
mais que ajudou.
Por Leandro Mazzini É fato que as mídias sociais ganham es-
paço a cada dia, a cada momento, a cada
minuto em que você atualiza uma página
do Orkut, Facebook, YouTube, Twitter e
afins. Há poucos anos, era inimaginável
Dez anos de experiência no jornalismo on-line e impresso, em coberturas um político trocar o seu famoso “santi-
políticas no Rio de Janeiro (2000 a 2006) e Brasília (2007 até hoje). Desde nho” por uma boa foto sorridente em
2007, assina o Informe JB, hoje no Jornal do Brasil Digital – coluna distribuída
para diários do Paraná, Sergipe, Pará, e blogs de todo país. Comentarista da
uma página pessoal criada especialmen-
Rádio Digital News e da REDEVIDA de Televisão, no Jornal da Vida, em te para a campanha. Aconteceu, como
rede nacional, com boletins direto do Congresso ou do Palácio do Planalto. num clique. Primeiro, porque a minirre-
Apresentador do programa de debates semanal Tribuna Independente, ao vivo
e em rede, na mesma emissora. Autor do livro “Corra que a Política Vem Aí” forma eleitoral realizada em 2007 mu-
(2010). dou muito as campanhas, limpou as ruas
www.leandromazzini.com.br
de faixas e folders e outros materiais pu-
www.jblog.com.br/informejb.php blicitários. Segundo, porque a inclusão
www.twitter.com/leandromazzini digital cresceu incrivelmente – e ainda
ocorre, neste momento – com a deman-
da por computadores, os investimentos
das telefônicas em internet e transmis-
são de dados, e o projeto do próprio go-
verno federal em implantar banda larga
(para valer).
9. Mídias Sociais e Eleições 2010
Todos esses fatores colaboraram, então, sobre presidenciáveis, candidatos a gover- ve o contrário, o sujeito perde uma eleição.
para que nas últimas três eleições (e isso nadores e deputados. Tudo em nome do di- É a nova guerra política, a virtual.
conta os pleitos municipais) os candidatos nheiro, a mentira pelo poder. Gasta-se com
trocassem o papel pela tela, o comício pelo esse método – marqueteiros renderam-se a Dentre todos os websites, inegável apon-
spam, o discurso pela mensagem online, e este mecanismo –, há invasão de privacida- tar o Twitter como o mais avassalador nes-
até o corpo a corpo por trocas de emails, de – seu endereço eletrônico é distribuído te cenário político. Em todos os sentidos.
comentários no blog, além de postagens no ilegalmente não se sabe como –, e quem Para o bem ou para o mal. O Twitter virou
Twitter. É o novo modus operandi das cam- perde é toda a sociedade. Além dos pró- um meio de comunicação social, em que
panhas eleitorais, um irreversível avanço na prios candidatos, que, em vez de focarem encontramos comunicados oficiais de go-
comunicação e no elo entre o político e o o discurso propositivo, perderam valiosos vernos e políticos antes mesmo que estes
eleitor – embora a internet possa, por outro minutos em programas de rádio, TV, nas anunciem nos meios tradicionais. Vê-se o
lado, iniciar um processo de distanciamen- ruas e na própria internet para desmentir exemplo deste poder do canal nos números
to entre o candidato e o cidadão. Acredito cenários e citações falsas que se renovavam de seguidores – na primeira quinzena de 9
que isso vá acontecer, e poderá tomar ru- a todo dia. Perdeu o eleitor, por acreditar dezembro de 2010, eram 1,3 milhão de se-
mos ainda misteriosos se a sociedade não nelas e espalhá-las para seus contatos. guidores para os três principais presidenci-
cobrar a aproximação, ou seja, o aperto de áveis que disputaram o pleito. Obviamente,
mão e os olhos nos olhos. Esse é o lado ruim da internet no país. Pa- um número pequeno, 1% dos eleitores, mas
ga-se um preço por isso: não há uma lei que significantemente forte, por se tratarem de
A internet é um mundo virtual maravilho- regulamente o uso da rede no Brasil. É um multiplicadores de opinião na rede social e
so que também tem suas armadilhas. Ob- assunto delicado, os parlamentares sabem. na internet como um todo. Se, antes, um
viamente, em muitos casos ela nos priva da Qualquer citação disso numa tribuna de ple- “santinho” passava por poucas mãos, ago-
realidade. Mora aqui, logo, o fato de, em nário e vira-se alvo de ataques que remetem ra uma mensagem virtual chega a centenas,
2010, a rede eletrônica ter sido usada de tal a uma palavra perigosa numa democracia: talvez milhares de eleitores, em apenas um
forma maléfica – por maledicentes ocultos, censura. Por ora, vê-se o que vê na internet clique e em poucos minutos.
publicitários e inclusive políticos mal in- porque não houve um debate sério, dedi-
tencionados – para prejudicar adversários. cado e minucioso sobre as redes sociais. E, A urna eletrônica e sua apuração acelerada
Não foram poucas as mensagens de falso pelo que se viu na campanha, não interes- foram um avanço. Mas já é pouco diante do
conteúdo disparadas por e-mail para mi- sa a ninguém por ora. Cria-se um fato para crescimento da internet e suas redes sociais,
lhões de eleitores, disseminando inverdades prejudicar um adversário e, até que se pro- com sua conectividade acelerada e a essen-
10. cial interatividade. Chegará um dia, e será
breve, em que o cidadão poderá votar numa
eleição seguramente pela internet, ou pelo
celular – via torpedo ou voz. Como existem
vantagens e desvantagens, o perigo desse
mundo novo que engole as campanhas é
que a relação entre o candidato, o eleitor e
a democracia se torne tão virtual quanto a
tecnologia que já domina a política.
10
11. I
maginavam que no Brasil o sucesso das
Mídias Sociais e as Eleições mídias sociais seria proporcional ao que
ocorreu nos Estados Unidos. Pensavam
Brasileiras de 2010 que o povo iria correr para seus celulares
interativos, computadores e notebooks
atrás de informações sobre seu candidato
preferido, como se este fosse um ídolo do
futebol, ator famoso ou um rockstar.
Por Carlos Manhanelli
Acharam que a dona Maria e o tio Zé –
que assistem novelas, o jornal por embalo
e desligam a TV quando a conhecida tela
azul com letras em branco anuncia que a
Jornalista, Publicitário, Radialista, Administrador de empresas. Especialista em lei número 9.504/97 entra em ação com
Propaganda e Marketing pela ESPM, em Ciências Políticas pela FESP, MBA
em Marketing pela USP e Mestre em Comunicação Social pela Universidade
seu horário eleitoral gratuito – se dariam ao
Metodista de São Paulo. Professor titular na cadeira de Comunicação Política trabalho de buscar motivos para acreditar e
e Marketing Eleitoral no curso de pós graduação (Maicop) da Universidade votar em um candidato na internet.
Pontifícia de Salamanca na Espanha. Presidente da ABCOP - Associação
Brasileira dos Consultores Políticos e Assessores Eleitorais. Autor de livros
como Estratégias Eleitorais e Marketing Político (1988), A Propaganda Política Aliás, dentro desse contexto, no de acreditar,
no Brasil Contemporâneo (2009) e Marketing Eleitoral o Passo a Passo do
Nascimento de um Candidato (2010).
foi um dos motivos pelo qual deu tão certo
a campanha virtual de Obama: a esperan-
Palavras-chave: Marketing, Campanhas, Candidatos, Mídias Sociais ça. Foi o que alimentou e, principalmente,
www.manhanelli.com.br moveu as pessoas naquele país a trabalhar
www.marketingpolitico-manhanelli.blogspot.com em prol do candidato democrata e acessar
www.twitter.com/manhanelli
a internet e até colaborar financeiramente
com débitos em cartões de crédito.
Sendo a primeira vez que se usaram, na
sua plenitude, as ferramentas da internet
12. em uma campanha eleitoral aqui no Brasil, ções. Estamos vivenciando um grande la- Em outra mão, outro aspirante a um car-
nada se tem de muito concreto sobre como boratório virtual nas campanhas eleitorais go na Assembléia Legislativa de São Paulo,
funcionam – se funcionam – as mídias so- no nosso país. um senhor, na casa dos 70 anos idade, que
ciais por aqui no âmbito político ou eleito- não tinha boa penetração entre o eleitora-
ral. Houve partido que fez desembarcar por No Amapá, foi minguada a implantação do jovem, decidiu entrar nesse campo. Foi
essas terras o norte-americano Ben Self, só- da campanha virtual para o cargo de go- criado um perfil no Orkut na tentativa de
cio da Blue State Digital, responsável pela vernador. Isso ocorreu, pois, entre outras aproximá-lo desse público. Resultado: em
movimentação na rede de computadores coisas, nesse Estado não há conexão por dois meses dois perfis do candidato ficaram
da campanha de Barack, acreditando na- Banda Larga, o que torna pouco atrativo cheios, lotam de acessos e geram interativi-
quela antiga máxima “O que é bom para os passar o dia brigando com a lentidão do dade com o deputado. Surpresas de campa-
E.U.A é bom para o Brasil”. Ledo engano. velho modem discado. nha eleitoral.
Só faltou levar em conta que eram realida- Outro motivo foi que a maioria das pes- Há, inclusive, campanhas e candidatos que
des distintas, e avisar essa turma que nem soas que tinham acesso à internet era con- se tornam um dos assuntos mais comenta-
tudo que serve lá serve aqui também. En- trária as candidaturas que se apresenta- dos na rede. Isso se passou com um candi-
12 tretanto, uma experiência pioneira que se vam, apesar da penetração dos candidatos dato a deputado federal por São Paulo (Ti-
mostrou muito acertada foi o debate online serem muito forte entre os jovens. Por re- ririca), que se tornou, pelo menos durante
entre presidenciáveis na internet brasileira ceio de entrar com mais intensidade nes- uma semana, o nome mais comentado no
que ocorreu dia 18 de agosto de 2.010 no se meio, não se aplicou muito empenho Twitter. No Youtube, os vídeos desse mes-
teatro da PUC-SP, em uma parceria entre o e dinheiro às mídias sociais durante essa mo candidato com seus pedidos de voto no
portal UOL e o jornal Folha de São Paulo. campanha. horário eleitoral gratuito são campeões de
audiência na categoria.
Foi algo que realmente movimentou as re- O mesmo temor houve em uma campa-
des sociais e quem se interessava por polí- nha para deputado estadual no interior Outros apelaram para o SPAM causando
tica, o que converteu a contenda em algo do Estado de São Paulo. Por preferir não indignação entre os eleitores pelo núme-
de alto nível. Algo de grande interatividade se arriscar nesse plano, direcionou-se a ro recebidos, de todos os lados, vindos de
e dinâmica. Este é ainda um ano de expe- verba para outras esferas da campanha e amigos, parentes, colegas de trabalho em
riências para o Brasil no campo das mídias simplesmente ignorou-se a “moda” das uma militância mal-direcionada, dos pró-
sociais e suas aplicações na política e elei- mídias sociais. prios candidatos comprando maillings e
13. Mídias Sociais e Eleições 2010
disparando a torto e a direito sua “propa- maioria dos casos aquele simples email só
ganda virtual”. Na rede social Twitter, por vai causar incomodo.
exemplo, há uma profusão de protestos
nesse sentido. Algumas pessoas reclamam Sabemos que as pessoas enviam esse tipo
de receber até 50 emails por dia com esse de mensagem, com a melhor das inten-
teor. É caso clássico para analisarmos por ções, mas, de bem intencionado a detenção
que envio de email não solicitado, também está lotada, esta mensagem continua sendo
chamado de SPAM, simplesmente não spam. O conceito de Spam é: todo email
funciona. não solicitado e enviado em massa. Curto
e grosso. Você pode presumir que todos
Utilizando o email marketing político da na sua lista compartilham das suas idéias,
maneira certa, ele até pode ser vantajoso, mas é bastante provável que isso não seja
pois estreita e deixa mais intimo o conta- verdade, principalmente em se tratando de 13
to entre candidato e eleitor e serve como assuntos eleitorais.
fonte de notícias e avisos sobre datas de
comícios, debates, pesquisas, etc. principal- Só vamos obter o verdadeiro resultado do
mente aos militantes. Em outras palavras, é uso dessas ferramentas durante as campa-
útil para quem se interessa. Por outro lado, nhas, e fazer com que elas se tornem votos
quando emails não solicitados com teor ou doações para campanhas, quando todas
político chegam às caixas de entrada quase as ferramentas forem testadas aqui no Bra-
sempre são mal-recebidos. sil. Como tudo ainda é muito novo, e mais
da metade da população brasileira não tem
A não ser que você concorde plenamente acesso à internet, qualquer conclusão será
com o conteúdo daquela mensagem elei- apressada, provavelmente incerta e prova-
toral e, detalhe importante, não se importe velmente incorreta. Ainda estamos no la-
nem um pouco de receber spam, você não boratório. O remédio pode matar se apli-
vai mudar seu voto baseado no conteúdo cado, sem os devidos testes, em campanhas
de um email. Isso quer dizer que na grande eleitorais.
14. É
quase impossível falar sobre a
A influência da campanha influência das mídias sociais nas
eleições sem que a palavra “Oba-
Obama nas eleições brasileiras ma” venha à cabeça. A estratégia
digital da campanha realizada pela
equipe de Barack Obama em 2008, nas
de 2010 eleições norte-americanas, se tornou parâ-
metro de sucesso para qualquer campanha
política que a sucedesse. Palestras, livros,
documentários, entrevistas, posts em blo-
gs, artigos acadêmicos: a campanha digital
Por Mariana Oliveira norte-americana foi retratada, discutida e
analisada em inúmeras instâncias, sendo
considerada por especialistas como uma
das grandes responsáveis pela vitória do
candidato democrata nos EUA. As estraté-
Mariana Oliveira é Analista de Pesquisa e Métricas na Talk Interactive e formanda
em Comunicação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul gias adotadas foram minuciosamente estu-
Atuou na campanha presidencial de 2010 como parte da equipe digital do dadas por profissionais do mundo inteiro,
candidato José Serra, na área de Monitoramento e Métricas em Mídias Sociais.
como modelo a ser exportado.
Palavras chave: campanha política, mídias sociais, monitoramento, democracia
digital E é aí que entra o Brasil na história, a dispu-
marianarrpp@gmail.com ta presidencial de 2010 e as mídias sociais.
twitter.com/marianarrpp Como se daria essa relação? A expectativa
marianarrpp.wordpress.com
google.com/profiles/marianarrpp
era grande – bem como as responsabilida-
des, também. E antes de qualquer definição
oficial sobre candidaturas ou coligações, já
circulavam questionamentos de analistas do
cenário político e principalmente dos es-
pecialistas de comunicação: como o Brasil,
15. Mídias Sociais e Eleições 2010
com seus milhões de usuários de Internet, perfis oficiais nas principais mídias sociais televisivas gratuitas, por exemplo, inexistem
vai utilizar esse potencial de audiência, com- (e uma dedicação especial para a conta ofi- na campanha norte-americana, o que exigiu
partilhamento e relacionamento nas estraté- cial do candidato no Twitter, o que chamou maior atenção aos investimentos em estraté-
gias das campanhas? Repetirá o sucesso da a atenção de muitos descrentes no poder da gias para o mídia digital).
campanha de Barack Obama? Os eleitores ferramenta) até a criação de uma rede social
terão acesso a mais informações sobre seus online própria - a MyBarackObama.com - A lista de diferenças fundamentais entre o
candidatos, ajudando no processo transpa- que possibilitava a interação entre seus par- processo político no Brasil e nos Estados
rente de escolha do voto? Estes eleitores ticipantes, a estratégia digital da campanha Unidos é extensa e, por si só, já seria jus-
poderão se auto-organizar em movimentos de Obama é a maior referência de sucesso tificativa para que a campanha digital de
políticos através da web? Os candidatos vão de ferramentas de mídias sociais em uma Barack Obama não servisse de parâmetro
usufruir do potencial de troca e conversa- campanha política. para a campanha digital dos candidatos a
ção da web que, além da quebra de barreiras cargos públicos no Brasil. Mas outros fa-
geográficas, possibilita uma aproximação O problema de adotar esse modelo cegamen- tores também devem ser destacados nessa 15
maior do político com sua base eleitoral? te é que desconsideraríamos as diferenças es- análise comparativa: não bastam as diferen-
Todas estas questões circundavam não só truturais entre o processo político do Brasil e ças entre os processos políticos nos países,
a cabeça do estrategista de campanha polí- o dos EUA, ignorando questões fundamen- ainda devemos considerar o enorme abis-
tica, mas também a do eleitor conectado e tais, como: a não-obrigatoriedade do voto mo digital entre Brasil e Estados Unidos.
interessado em saber como a internet con- nos Estados Unidos e a consciência política Os norte-americanos somam mais de 2401
tribuiria para a consciência política do país, da população; a estrutura político-partidária milhões de usuários conectados à internet,
ambos se deparando com um ambiente dos países (que é completamente diferente, enquanto no Brasil somos 67,52 milhões de
novo de construção de relacionamentos e principalmente pela dicotomia presente nas usuários, menos de um terço. Outro exem-
conversação com eleitores. eleições norte-americanas) e o processo de plo é a velocidade média da banda larga:
escolha dos candidatos dos partidos, já que nos EUA é de 4,6 Mbps, enquanto no Bra-
É possível comparar as no Brasil estes são decididos apenas pelos sil a média3 é de 1,36 Mbps. E, muito além
campanhas? membros políticos das coligações e, nos Es- dos números, destacam-se também as faci-
Como dito anteriormente, a estratégia digital tados Unidos, são eleitos nas prévias com lidades de acesso à web, o investimento em
da campanha Obama já foi revista e debati- voto popular dos filiados aos partidos; o sis-
da muitas vezes, em diferentes de formatos. tema de financiamento das campanhas e os 1 Internet World Stats - www.internetworldstats.com/am/us.htm
Desde a simples criação e alimentação de recursos para propaganda eleitoral (as cotas 2 Internet World Stats - www.internetworldstats.com/sa/br.htm
3 Akamai, 2010. http://www.akamai.com/stateoftheinternet/
16. tecnologia na educação, os hábitos culturais Para exemplificar, podemos identificar ma- dois principais candidatos e, consequente-
da população em relação ao uso da web, croestratégias da campanha de Barack Oba- mente, os mais atingidos.
dentre tantas outras questões. ma que foram adotadas e readaptadas pelas
campanhas dos três principais candidatos à O site oficial de José Serra também conta-
Como esperar que as estratégias de campa- presidência do Brasil: Dilma Rousseff, José va com uma área de Perguntas Frequentes,
nha adotadas pela equipe de Barack Obama Serra e Marina Silva. que respondia dúvidas de eleitores como
sejam compatíveis com a realidade brasilei- políticas para concursos públicos, privati-
ra? Como exigir a mesma importância da Centrais de boatos zações, meio-ambiente, entre outros. Além
internet no pleito eleitoral, sendo que os Centralizar possíveis inverdades em uma disso, uma seção mais específica, chamada
Estados Unidos contam com 3/4 da po- página do site oficial, com todas as infor- Combata a Mentira, trazia textos que escla-
pulação com acesso à internet, enquanto mações para desmentir o ocorrido, foi uma reciam histórias mais elaboradas, como o
essa proporção é de 1/3 no Brasil? Como das principais estratégias da campanha de suposto aborto de sua esposa Mônica Serra,
trabalhar de maneira semelhante com pú- Barack Obama, já que o candidato era desmentido em nota oficial no site. A cen-
blicos tão heterogêneos (culturalmente e relativamente desconhecido pela grande tral de boatos se tornou uma das áreas mais
politicamente) como a audiência brasileira maioria da população norte-americana e visitadas e compartilhadas do site oficial do
16 e a norte-americana? atraiu uma série de histórias consideradas candidato. Já a campanha de Dilma Rous-
caluniosas sobre seu passado. No Brasil, a seff criou uma força-tarefa semelhante para
Partindo destas considerações, percebemos influência foi clara: os três candidatos ado- combater boatos a respeito da candidata: o
o quanto perderemos tempo ao comparar taram postura semelhante em seus sites Espalhe a Verdade. Além dos desmentidos,
apressadamente as estratégias digitais das oficiais de campanha. Marina Silva, candi- a página também contava com orientações
campanhas políticas destes países, ao invés data pelo PV, possuía uma área reservada a militantes sobre como disseminar a infor-
de tentar identificar quais foram as influên- (porém tímida) no site para as Perguntas mação verdadeira para suas redes sociais. O
cias que foram adaptadas à realidade elei- Frequentes, em que respondia questões Espalhe a Verdade também contava com
toral brasileira com sucesso, sem o peso de polêmicas como sua posição sobre aborto, uma central telefônica para receber as de-
que tenham os mesmos resultados. É pre- religião, casamento homossexual, dentre núncias, com números específicos para
ciso olhar o processo de forma mais ampla, outros alvos de boataria. Dilma Rousseff, cada capital do país. Na campanha de Oba-
não se limitando a observar ações e ferra- candidata do PT, e José Serra, candidato ma, o uso de centrais telefônicas foi intenso
mentas, mas sim os pilares estratégicos da do PSDB, dedicaram espaços e esforços e, como se pode ver, também influenciou a
campanha digital. maiores para o assunto – já que eram os campanha brasileira.
17. Mídias Sociais e Eleições 2010
Estas páginas focadas em esclarecer boatos sistema de doações com destaque no site Militância digital e cobertura
foram de suma importância para o proces- oficial – um pouco mais complexo que o de colaborativa
so eleitoral brasileiro, principalmente para Marina, já que exigia mais passos e cliques. Uma das iniciativas de maior sucesso da
dois tipos de eleitores: o indeciso (ajudan- O site de José Serra não disponibilizou o campanha digital norte-americana foi a
do a conhecer melhor os candidatos) e o recurso de doação via web. criação da rede social MyBarackObama.
militante (fornecendo argumentos que o com, que centralizava conteúdo, orien-
ajudavam a convencer outros eleitores). Primeiramente, devemos considerar as tações e ferramentas para eleitores que
Em ambos os casos, a existência de páginas questões de financiamento de campanha apoiavam o candidato, os “militantes”
centralizando desmentidos em caráter ofi- eleitoral: culturalmente falando, o brasi- da campanha. A rede oferecia possibi-
cial é uma das influências diretas da campa- leiro não tem o hábito de contribuir para lidades como a criação de seu próprio
nha norte-americana que também alcançou campanhas políticas como pessoa física. blog de apoio (com o domínio “your-
o sucesso em terras brasileiras. E, ainda falando sobre hábitos: é injusto name.barackobama.com”), e incentivos
comparar a quantidade de pessoas que aos militantes para que participassem
17
Doações pela internet fazem transações financeiras na internet da cobertura de eventos em tempo real
Osite oficial de Barack Obama foi um dos (compras, pagamentos, doações) no Brasil enviando seus vídeos e fotos para o
grandes responsáveis pelas arrecadações e nos EUA. Ainda que a cada ano essa es- site. Além de estimular o compartilha-
de donativos para a campanha. A chamada tatística cresça e cada vez mais brasileiros mento de conteúdo pró-candidato nas
para doação ocupava posição de destaque passem a “confiar” no sistema de paga- redes sociais, esta rede também se tor-
na página inicial – e o processo para doar mentos online, esse número ainda é baixo. nou ponto de encontro de militantes e
era facilitado em poucos cliques. No Brasil, Ao somar estes fatores (pessoas que não discussão de estratégias para ajudar na
infelizmente não repetimos este sucesso. A fazem transações financeiras na internet e campanha, uma incubadora de idéias e
candidata Marina Silva, que dispunha de um que não doam para campanhas políticas), sugestões vindas diretamente dos eleito-
orçamento menor de campanha, foi a que temos um cenário em que a arrecadação res. Este reconhecimento dos cidadãos
mais investiu neste sistema de doações pela online de doações não obteve o mesmo como parte do processo eleitoral faz
internet. A chamada também ocupava po- sucesso que a campanha de Obama. Ainda parte da estratégia de relacionamento
sição de destaque na página inicial do site, assim, é possível que estes primeiros pas- com o público, valorizando o conteúdo
e o processo para doação se realizava em sos de incentivo à doação online ajudem e participação do usuário e possibilitan-
pouco mais de alguns cliques. A campanha a tornar o hábito cada vez mais comum do a transformação dos eleitores em, de
da candidata Dilma também possuía um entre os cidadãos brasileiros. fato, militantes da causa.
18. No Brasil, esta estratégia foi adotada com não só entre os políticos. A integração com candidata também direcionava mensagens
sucesso pelos principais candidatos à Pre- outras redes sociais também fez do Twitter a outros usuários, mas com menor freqü-
sidência: as áreas reservadas para a “mili- um dos principais agregadores de notícias ência do que os outros candidatos. Ainda
tância digital” ocupavam posições de desta- sobre a campanha: nos posts do microblog, assim, o conteúdo postado no perfil oficial
que nos sites oficiais, oferecendo diversos eram referenciadas as fotos do Flickr, os era intensamente distribuído pelas redes de
recursos para os eleitores que desejassem vídeos do Youtube, a página oficial no Fa- apoio à candidata, como os perfis @dilma-
participar ativamente da campanha: espa- cebook, fazendo que os outros canais tam- narede e @dilmanaweb. Já o perfil de José
ços de participação e colaboração (em que bém se fortalecessem. Entretanto, pouco Serra, criado em maio de 2009 (cerca de 1
os eleitores poderiam discutir os planos de depois da vitória nas eleições, Obama de- ano e meio antes do pleito eleitoral), teve
governo), fóruns e postagens de comentá- clarou que nunca usou o Twitter de fato: as destaque pela quantidade de seguidores
rios, tutoriais de como usar determinadas postagens eram coordenadas por uma as- (mais de 470 mil em 03/10, quase o dobro
ferramentas (transmitir eventos, participar sessoria responsável. E até isso influenciou das outras candidatas), e também pela pe-
de movimentos no Twitter), e ambientes o posicionamento dos perfis no Twitter dos culiar forma de atualização do perfil: geral-
de interação entre os próprios eleitores. As candidatos à Presidência. mente nas madrugadas adentro, rendendo
chamadas “coberturas colaborativas” tam- o apelido de “indormível”. O perfil tratava
18 bém tiveram grande importância para as O perfil oficial de Marina Silva no Twitter, de assuntos como agenda, plano de gover-
estratégias digitais das campanhas brasilei- criado em janeiro de 2010, contava com no, opiniões, respostas a eleitores e, não se
ras, pois forneciam conteúdo exclusivo em mais de 270 mil seguidores no dia da eleição. limitando a assuntos políticos, comentários
tempo real dos eventos – que, além de ser Através dele, a candidata informava agen- sobre música, filmes, livros. O presidenci-
disseminado nas redes sociais, reforçavam da, plano de governo, opiniões, concedia ável fez questão de mostrar a pessoa além
o relacionamento com estes ativadores que respostas a questionamentos de eleitores, do candidato, ainda que nos últimos dias de
enviavam o material. entre outros. As postagens eram realizadas campanha o perfil tenha adotado uma pos-
pela própria candidata e por sua assesso- tura mais eleitoreira.
Twitter oficial ria. O perfil de Dilma Rousseff, criado em
Um dos maiores destaques na estratégia de abril de 2010, contava com mais de 240 mil Neste quesito, a comparação dos perfis dos
campanha norte-americana, Barack Oba- seguidores no dia 3 de outubro. Os tweets candidatos à presidência do Brasil com o
ma - o político com o maior número de se- tratavam basicamente sobre a agenda da perfil do candidato à presidência dos Esta-
guidores do mundo - se tornou referência candidata, além de posições sobre aconteci- dos Unidos também incorre em um erro:
de boas práticas no uso da ferramenta – e mentos do dia e agradecimentos públicos. A o Twitter teve um peso maior na estratégia
19. Mídias Sociais e Eleições 2010
digital das eleições brasileiras do que nas que evidentemente não seguem a política contatos, valorizando seu candidato ou de-
norte-americanas, e acabou muitas vezes de envios da campanha oficial. negrindo a imagem do adversário - e esse
por pautar a mídia chamada “tradicional”. e-mail pode ser repassado muitas vezes,
Declarações dos candidatos em seus per- Em uma associação precipitada, os eleito- atingindo milhares de pessoas.
fis acabavam ultrapassando os limites da res acabaram por confundir e declarar que
internet: apareceram como tópicos em “a campanha do candidato X está pratican- Assim, a linha que separa a campanha “ofi-
entrevistas televisivas e ganharam páginas do spam” – ainda que por muitas vezes os cial” da campanha “não-oficial” é muito
em jornais e revistas. Comparativamen- estrategistas nem tivessem conhecimento tênue: além dos eleitores, muitos analistas
te falando, no sentido de conversar com sobre esta ou aquela corrente de e-mails. É e pesquisadores também não fizeram essa
o eleitor, os candidatos brasileiros deram apenas um exemplo, mas existem dezenas diferenciação, o que acaba limitando a aná-
um passo além da estratégia Obama, que de situações em que as campanhas oficiais lise da estratégia de campanha digital em si
raramente respondia eleitores e se limita- são facilmente confundidas pelas campa- mesma, e seus resultados diretos. Em al-
va a distribuir informação em formato de nhas “naturais”, feitas pelos próprios elei- guns casos, a campanha oficial absorve este 19
broadcasting. tores. É um reflexo da democratização das conteúdo gratuito e adota como parte da
ferramentas de produção de conteúdo, estratégia; em outros, o material não pode
Conteúdo oficial da campanha como câmeras digitais, webcams e programas ser utilizado por conteúdo vetado pela le-
x conteúdo do eleitor de edição de áudio e vídeo, da populariza- gislação eleitoral. Mesmo assim, a esta as-
Para enriquecer a discussão, uma das prin- ção do uso de e-mail e redes sociais onli- sociação entre as campanhas existe e tem
cipais diferenciações que devem ser feitas ne e da possibilidade de compartilhamento suas conseqüências positivas (como vídeos
é a de que a estratégia de campanha oficial em tempo real na web. Não é novidade que de apoio e sugestões) e negativas (caso o
dos candidatos, principalmente a digital, cada vez mais as pessoas produzem conteú- conteúdo não-oficial ofenda o outro can-
não responde pela campanha como um do (textos, fotos, vídeos, áudios), publicam didato).
todo. Por exemplo: a campanha do can- em seus perfis e enviam para seus amigos.
didato X adota uma política responsável No processo eleitoral não foi diferente: Considerações finais
em relação a envios de e email-marketing. eleitores queriam participar ativamente da O que se pode perceber ao analisar a influ-
Entretanto, não há como se ter controle campanha de seu candidato, seja enviando ência da campanha de Barack Obama nas
sobre as correntes de e-mails e spams que material próprio, seja distribuindo informa- eleições brasileiras é que, apesar de realida-
são enviados pelos próprios eleitores, mi- ção. Qualquer pessoa pode fazer um e-mail des distintas, algumas ações enriqueceram o
litantes ou simpatizantes do candidato – com um vídeo amador e enviar para seus processo político como um todo, trazendo
20. mais informação e conteúdo para o eleitor tanta disparidade cultural e intelectual, re-
conectado e abrindo espaço para que este cursos financeiros menores e uma situação
se expressasse e participasse ativamente da política desgastada como a nossa, as cam-
campanha do candidato. No que concerne panhas digitais do país avançaram impor-
às ações pontuais (como jogos, aplicativos tantes passos em direção a um pleito em
para iPhone e outros artefatos técnicos), as que o eleitor é convidado a se informar,
diferenças são evidentes e refletem o “in- debater e realmente participar do processo
sucesso” das estratégias digitais brasileiras eleitoral brasileiro. Os próximos passos irão
perante à campanha Obama. Mas, consi- refletir essas primeiras iniciativas de aproxi-
derando as macroestratégias da campanha mar candidatos, eleitores e política através
Obama que foram adotadas e readaptadas, da web, tornando a decisão pelo voto cada
obtivemos resultados expressivos para a re- vez mais bem informada, participativa e
alidade política brasileira. transparente.
A intenção aqui não é afirmar que a cam-
20 panha digital brasileira foi melhor ou pior
do que a norte-americana, e sim apontar as
diferenças básicas que devem ser conside-
radas neste ato de comparação. De fato, a
influência da campanha Obama proporcio-
nou uma série de benefícios e aprendizados
para o processo político brasileiro, mas os
principais resultados vieram de tentativas
e experimentações aliadas à realidade do
Brasil, o que com certeza irá influenciar as
próximas eleições, quem sabe até de outros
países. Dizer que o Brasil não agregou bons
resultados em mídias sociais nas eleições de
2010 é injusto e precipitado: mesmo com
21. Uma Análise das Comunidades
Uma Abordagem sobre a Vida
Coletiva Contemporânea
N
do Orkut Voltadas para a Contemporaneidade, a vida
coletiva pode ser compreen-
Presidenciáveis nas Eleições
dida a partir de características
bastante específicas, e que se
contrapõem de maneira mar-
Brasileiras de 2010 cante ao que foi predominante na época
moderna. A partir das últimas décadas do
século XX, uma série de estudos e formu-
lações teóricas relevantes aponta para mu-
danças profundas em processos sociais e
Por Ruan Brito culturais.
De maneira geral, vivemos uma época
marcada pela instabilidade institucional e
pela reconfiguração de conceitos centrais
Graduado em Comunicação Social – Publicidade pela Universidade Federal do
Pará; mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade
segundo o paradigma da Modernidade. O
Federal da Bahia (na linha de Cibercultura); especializando em Comunicação e processo de globalização das últimas déca-
Política pela Universidade Federal da Bahia; pesquisador do GITS – Grupo de das provoca um conjunto de permanentes
Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade.
fluxos – de natureza comercial, financeira,
Palavras-chave: Comunidade, Orkut, Eleições, Presidenciáveis. informacional e humana – os quais deses-
www.crapula-mor.blogspot.com
tabilizam noções tradicionais e demandam
www.twitter.com/CrapulaMor a revisão de figuras clássicas, em torno das
quais a sociedade organizou-se por muitos
séculos. Instituições que funcionaram como
referências centralizadoras – Família, Esco-
la, Igreja, Estado etc. – entram em crise, e
22. a sociedade revela-se heterogênea e frag- uma persona contemporânea, eminentemen- modernidade, e sim como uma réplica à
insuficiência do seu modelo individualís-
mentada. Para Stuart Hall (1999), trata-se te relacional, de tendência comunitária, e
tico-universalista: é a mesma sociedade
de uma mudança estrutural que fragmenta que só pode ser compreendida em relação dos indivíduos, já destruidora da antiga
elementos culturais de classe, gênero, etnia, ao outro (MAFFESOLI, 1996). comunidade orgânica, que agora gera
raça, nacionalidade, que no passado cir- novas formas comunitárias como reação
póstuma à própria entropia interna” (ES-
cunscreviam nossas individualidades e nos- Este novo cenário favorece agregações so- POSITO, 2007, p. 16).
sas identidades pessoais. ciais caracterizadas pela afetividade, em-
patia e espontaneidade. Podemos mesmo O sujeito da contemporaneidade pode ser
É possível dizer que, enquanto a proposta falar em uma espécie de sinergia coletiva, considerado como componente, a parte
da Modernidade contempla relações sociais uma atração social que se dissemina pela que precisa encontrar seus pares para for-
estáveis, finalistas, contratuais, e um sujei- vida contemporânea. Mesmo as situações mar o todo, numa permanente busca pela
to racionalizado e individualista; o estilo de mais cotidianas ou banais podem conter alteridade. Aqui, a ênfase está na troca,
vida contemporâneo, por sua vez, é mar- este vitalismo criativo. Trata-se de um mo- na partilha, na simbiose entre os diversos
cado por interações mais efêmeras, afetivas vimento coletivo que compele as pessoas a integrantes dos grupos sociais, ainda que
e voltadas para o presente, o sujeito pós- se reunirem nas mais diversas ocasiões, para de modo informal e sem maiores enga-
22 moderno demonstra-se plural e afeito as compartilhar seus pensamentos e emoções. jamentos em projetos ou ideologias mais
diversas formas de agregações sociais. As experiências, as sensações e os prazeres sólidas. Este traço sociológico é definido
passam a adquirir maior sentido quando por Maffesoli (1996) como um novo tipo
Neste cenário, temos que o sujeito atual de- compartilhados com o grupo. Assim, ga- de interação: a socialidade. Enquanto a so-
fine-se menos por uma identidade – defini- nham destaque as práticas denominadas ciabilidade, moderna, vinculou-se a uma
da, unidimensional e já acabada, e mais por comunitárias. concepção de mundo produtivista e objeti-
identificações – múltiplas, diversificadas va; a socialidade diz respeito às práticas mais
e não necessariamente coerentes entre si, “É a comunidade, ou melhor, as comuni-
dades particulares, onde se despedaça o frívolas e efêmeras. Com esta noção, o au-
uma vez que tal sujeito circula por uma di- arquétipo tönnesiano, que sucede à socie- tor refere-se a micro-ligações cotidianas,
versidade de grupos, estilos, experiências e dade moderna, em uma fase marcada pela atividades triviais de socialização, espécies
formas de expressão. A figura do indivíduo crise do paradigma estatal e pela difusão
de ‘neotribos’, despretensiosas, freqüen-
isolado e ego-centrado, central nas formu- do conflito multicultural. Nesse caso, a
comunidade não é mais entendida como temente recreativas e aparentemente sem
lações sociológicas, históricas, psicológicas um fenômeno residual no que diz respei- importância, mas que moldam nossa época
e políticas da Modernidade, cede espaço a to às formas socioculturais adotadas pela e nossa cultura.
23. Mídias Sociais e Eleições 2010
Com isto, várias esferas da vida em socie- traços sociológicos atuais, em que se veri- mais complexos e heterogêneos, provocam
dade passam a ser influenciadas por esta ló- fica uma atração social descomprometida e a falência da própria ação política, e muitas
gica da tribalização. Desde reuniões de mo- afetuosa. vezes conseguem encontrar saídas que dri-
radores de uma localidade, de estudantes, blam as instâncias decisórias. Os mecanis-
trabalhadores, simpatizantes de uma causa, A política, em específico, ilustra um con- mos políticos e burocráticos permanecem
manifestantes, praticantes de uma ativida- junto de mudanças típicas desta conjuntu- em inúmeras esferas da vida cotidiana, mas
de ou de um esporte, admiradores de uma ra atual. Conceitos clássicos como os de exercem uma função cada vez mais proto-
arte ou celebridade, até as festas, concertos, Estado, República, Democracia, campos colar e apontam para um esvaziamento de
shows, raves, exposições etc., por mais pas- ideológicos bem definidos, como direita e sentido social. Para Maffesoli, “a sabedoria
sageiras que sejam, e ainda não produzam esquerda, parecem não se adequar mais a mortífera de nossos dinossauros modernos
um resultado formal, todas refletem esta este novo cenário sócio-cultural mais flui- deixa de estar em sintonia com aqueles que
tendência socializante típica da Contempo- do e disperso. O contrato social, proposto dizem sim à vida; sim, apesar de tudo, à vida!
raneidade, que reúne aqueles com um pen- pela lógica política moderna, calcado em Pois é disso que se trata: da extraordinária 23
samento, um sentimento comum ou algo a uma conotação racionalista e produtivista, defasagem das elites intelectuais e políticas
compartilhar. já não dá conta das demandas, dos confli- em relação às coisas da vida” (2009, p. 18).
tos e dos fenômenos da sociedade de hoje.
Na música, no entretenimento, na religião, A própria idéia de uma identidade nacional É partir desta concepção que Maffesoli
nos meios profissionais, na política, enfim, ou de um “Estado-nação” em que tudo é (1997) propõe o que denomina de “transfi-
em diversos ambientes, surgem reuniões regulado por um seleto grupo precisa ser guração do político”, ou seja, uma mutação
temporárias, agrupamentos espontâneos, rediscutida. de ordem social e cultural, em que a imagem
ou ainda, Comunidades nos moldes con- tradicional da política apóia-se sobre uma
temporâneos. Nesta perspectiva, as carac- A crise da política racionalizada provoca figura existente para tornar-se outra coisa.
terísticas comunitárias não refletem mais os um grave descompasso entre os discursos Segundo esta visão, a política, nos termos
valores clássicos de profundo comprometi- oficiais, institucionalizados e a vida coleti- contemporâneos, apresenta elementos for-
mento, compartilhamento de experiências va popular. Aqueles que concentram poder temente comunitários. Os grandes projetos
marcantes, laços humanos significativos (político, econômico ou simbólico) e ocu- e ideários são progressivamente suprimidos
e duradouros, projeções de longo prazo, pam os espaços de tomada de decisão ca- por uma predisposição à associação, a um
dentre outros. Esta definição tradicional recem de legitimidade social. As demandas conexionismo, à formação de Comunida-
de Comunidade não é compatível com os populares, elaboradas de modos cada vez des pós-modernas.
24. O Papel das Comunidades se destas ferramentas, ou seja, que haja um GOLD, 1993, online). Nesta abordagem,
Virtuais em Nossa Época ambiente social que torne pertinente o uso uma Comunidade Virtual implica discus-
Nesta cadeia de mudanças do tipo mais das ferramentas técnicas. No caso, a inter- sões públicas entre pessoas, permeadas por
profundo que vivenciamos, verifica-se que net configura-se como uma tecnologia alta- suficiente sentimento humano e relações
a Comunidade adquire relevância e precisa mente adequada para nossa época, uma vez de cunho pessoal. Porém, observa-se que
ser compreendida em novos termos. E, na- que promove processos de colaboração, os grupamentos online apresentam varia-
quilo que se refere à tendência gregária da criação e conexão entre as pessoas. Assim, dos formatos e graus de envolvimentos en-
Contemporaneidade, é necessário ressaltar estes autores enfatizam o papel socializante tre os membros, traços que não podem ser
o papel das tecnologias digitais. Na ambi- do ciberespaço, a possibilidade vinculada antecipados ou generalizados.
ência online, temos mais uma maneira de às tecnologias digitais de satisfazer o desejo
proporcionarmos encontros e associações, coletivo pelos agrupamentos, pela livre ex- Mais recentemente, nos últimos anos da dé-
as mais diversas, de acordo com preferên- pressão e circulação das idéias, pela comu- cada de 90 e principalmente nos anos 2000,
cias, afiliações, hábitos, identificações etc. nicação recíproca, ainda que mediada pelo ganhou força outra forma de socialização
sem a necessidade de co-presença física. computador. Para Lévy, “uma das idéias, ou na web: os Sites de Redes Sociais (SRSs). As
André Lemos (2004) reporta-se à noção de talvez, devêssemos dizer, uma das pulsões pesquisas científicas voltadas a estas plata-
24 cibersocialidade para referir-se ao tipo de mais fortes na origem do ciberespaço é a formas online adotam atitude diferente da-
interação descrita por Maffesoli, mas que se da interconexão. Para a cibercultura, a co- quela com a qual as primeiras Comunidades
dá por meio das tecnologias do ciberespaço. nexão é sempre preferível ao isolamento. A Virtuais foram tratadas. As formulações
Para este autor, o vitalismo social de nossa conexão é um bem em si” (1999, p. 127). teóricas e os estudos acadêmicos sobre os
época pode ser potencializado pelas tecno- SRSs têm mais foco sobre o indivíduo, seu
logias digitais, as quais favorecem as situa- Após participar da Comunidade WELL – perfil e sua navegação nas redes de cone-
ções lúdicas e os processos comunitários. Whole Earth ‘Lectronic Link (http://www. xões, do que sobre práticas comunitárias.
well.com/), Howard Rheingold relatou Segundo Boyd e Ellisson, e possível definir
Por sua vez, Pierre Lévy (1999) compreende uma experiência com forte envolvimento um Site de Redes Sociais como: um serviço
que não é possível compreender o técnico emocional. O autor afirma: “Eu me impor- baseado na Internet que permite aos indi-
e o social como pólos desassociados. Para to com estas pessoas que eu conheci por víduos (1) construir um perfil público ou
que determinada ferramenta tecnológica meio do meu computador, e eu me impor- semi-público dentro de um sistema conec-
torne-se disseminada e profícua na socieda- to profundamente com o futuro do meio tado, (2) articular uma lista de outros usuá-
de, é necessário que os sujeitos apropriem- que permite a nossa reunião” (RHEIN- rios com os quais compartilham uma cone-
25. Mídias Sociais e Eleições 2010
xão, e (3) visualizar e mover-se por sua lista mais diferentes motivações e finalidade. Silva – PV”2 e “José Serra Presidente”3.
de conexões e pelas dos outros usuários, Ainda que o foco deste tipo de site esteja No caso das Comunidades dedicadas à
no mesmo sistema (BOYD e ELLISSON, sobre o perfil dos usuários e suas listas de Dilma e à Marina, tratam-se das maiores
2007). contatos, o Orkut proporciona também a páginas sobre as presidenciáveis existentes
possibilidade da reunião de pessoas com no Orkut, à época da pesquisa. Por este
Notadamente, o conjunto destes sites apre- algo a compartilhar. Obviamente, os usu- motivo, foram selecionadas para compor
senta variadas propostas e segmentações – ários do site de relacionamentos poderão o artigo. No caso de José Serra, há outra
muitos se voltaram para grupos específicos apenas vincular seus perfis à Comunidade, Comunidade com maior número de parti-
(asiáticos, negros, religiosos, fãs de anime, tornando-se um dos membros, ou ainda de- cipantes, a “José Serra – Presidente”4. No
simpatizantes de determinado candidato senvolver forte envolvimento com outros entanto, esta Comunidade foi criada origi-
etc.), outros priorizaram determinados usos participantes, aproximando-se do processo nalmente para vídeos do site Youtube. Por
(profissional, amoroso, musical etc.); alguns relatado por Rheingold. A este respeito, é isso, ela não faz parte deste estudo. Consi-
deram certo e tornaram-se bastante popu- preciso examinar cada caso, respeitando derou-se mais conveniente comparar três 25
lares, enquanto outros tiveram de encerrar as dinâmicas e os princípios específicos de páginas que estavam, originalmente, volta-
suas atividades. De todo modo, guardadas cada agrupamento online. das à temática eleitoral.
as características particulares, as Redes So-
ciais atraem um contingente expressivo de Para os propósitos deste artigo, interessamO período designado para a análise, de 15
usuários do mundo inteiro, e configuram-se especificamente Comunidades Virtuais a 30 de agosto de 2010, foi definido a par-
como uma forma relevante de socialização voltadas aos candidatos à presidência da re-
tir de marcos importantes na disputa elei-
na atualidade. pública nas eleições brasileiras de 2010, as
toral: neste mês houve a primeira rodada
quais serão abordadas no próximo item. de entrevistas com os principais candidatos
Em nível global, o Facebook (http://www.face- no Jornal Nacional, da Rede Globo – nos
book.com/) atrai o maior número de usuários, As Comunidades do Orkut e as dias 9 (Dilma), 10 (Serra) e 11 (Marina);
com mais de 500 milhões de perfis ativos. Eleições Presidenciais além disso, no dia 17 teve início o horário
Já no Brasil é o Orkut (http://www.orkut.com. Para este trabalho, foram observadas três eleitoral gratuito. Tais eventos ajudaram a
br/) que faz maior sucesso de público, com Comunidades do Orkut sobre os principais agendar o tema eleitoral perante a popula-
dezenas de milhões de participantes. Nes- presidenciáveis nas eleições de 2010: “Vo-
te último, as Comunidades são ferramen- tamos Dilma Presidente – PT”1, “Marina 2 http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=11934095
tas importantes, reunindo pessoas com as 3 http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=22482901
1 http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=1583686 4 http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=355236
26. cano, que enfrentava queda nas pesquisas,
foi a que apresentou menor crescimento.
É interessante verificar que, embora as
candidaturas de Dilma e Serra tenham sido
maiores em estrutura eleitoral e intenção
de votos, ao longo de toda a campanha,
foi a Comunidade voltada à Marina que
sustentou o maior número de participan-
tes, de 15 a 30 de agosto. Isto mostra que
a lógica mais geral das eleições não neces-
sariamente é reproduzida em determina-
da mídia social. No caso, a candidatura de
Marina não esteve em patamar inferior às
outras duas, no que diz respeito à concen-
26 tração de participantes em Comunidades
do site Orkut.
ção, agregando maior visibilidade às cam- torno de 24% em quantidade de membros;
panhas, o que tendia a favorecer a procura a Comunidade da candidata Marina, 16%; e Com relação aos tópicos criados no perío-
por Comunidades dos presidenciáveis no a de Serra, 9%. De fato, com o decorrer da do, temos que, na Comunidade “Votamos
Orkut. No gráfico abaixo, temos as evolu- disputa, mais pessoas ingressaram nas Co- Dilma Presidente – PT”, dentre os mais
ções das quantidades de membros nas três munidades dos presidenciáveis analisadas. comentados estiveram: “Dilma”, criado
Comunidades. O crescimento foi permanente e estável ao pelo usuário Brasil; “cai fora ‘Brasil’ de
longo dos 15 dias, nos três agrupamentos. araque”, criado pela usuária Fabiane; “Dil-
Como podemos constatar pelo gráfico, as A página da candidata petista, que já assu- ma Presidente? Leia esse topico com aten-
três Comunidades apresentaram cresci- mia a dianteira nas pesquisas de intenção çao”, da usuária Letícia; “Dilma abre 17
mento uniforme nas suas quantidades de de votos naquele mês, foi a que apresentou pontos sobre Serra e venceria no 1º”, do
membros, no período observado. A Co- maior incremento na quantidade de mem- usuário Soldado; e “DEFINAM SERRA
munidade da candidata Dilma cresceu em bros. Já a página voltada ao candidato tu- EM UMA PALAVRA?”, de Werley.
27. Mídias Sociais e Eleições 2010
Na Comunidade “Marina Silva – PV”, denominado “cai fora “Brasil” de araque”. compreensão da Comunidade nos termos
os tópicos mais comentados, no período O usuário que não era partidário de Dil- contemporâneos prevê que tais associações
analisado, foram: “Aquecimento Global ma foi visto pelos outros membros como sejam efêmeras, informais e sem maiores
não existe”, criado pelo usuário Emerson um estranho, um intruso. De modo similar, engajamentos.
Avelar; “QUARTA-FEIRA TEM DEBA- tópicos como “Aquecimento Global não
TE NO UOL / FOLHA”, do participan- existe” ou “Lula no programa de Serra” As Comunidades Virtuais voltadas a presi-
te Fernaиdo; “MARINA APÓIA DILMA questionavam bandeiras ou estratégias das denciáveis analisadas neste artigo funciona-
NO 2° TURNO”, de Uzias; “DEBATE respectivas campanhas. ram, durante as eleições de 2010, principal-
DOS PRESIDENCIÁVEIS – AGORA!”, mente como fóruns abertos e espaços de
criado por DU { }; e “ADESIVE Porém, a maior parte dos tópicos e das inte- encontro entre partidários dos respectivos
SUA FOTO COM O NOME DA MARI- rações existentes nas Comunidades consis- candidatos. Os conteúdos oficiais das cam-
NA 43”, de Marina Silva. tia em convergência entre os participantes. panhas eram apropriados pelos participan-
Já na “José Serra Presidente”, os tópicos As páginas colaboravam para a sedimenta- tes, adquirindo novos contornos e novos 27
com maior número de mensagens foram: ção social das candidaturas homenageadas olhares, eventualmente críticos. As inte-
“Novo Ibope”, criado pelo usuário Dio- e desqualificação dos adversários, ainda que rações nas páginas do Orkut estavam em
nísio, “1º debate online entre presidenciá- em certos momentos assumissem tom crí- função do apoio aos candidatos, com pre-
veis hoje”, da participante MARGARIDA; tico. Os participantes estavam majoritaria- domínio da convergência de pensamentos
“Lula no programa de Serra”, de João; mente preocupados em trocar percepções e emoções.
“Datafolha : Dilma 17 pontos na frente”, e debater os encaminhamentos das campa-
de Rodrigo Guedes; e “Quem foi expulso nhas, os eventos eleitorais e as informações
injustamente?”, de Holger. gerais da disputa.
Percebemos que alguns dos tópicos causa- Considerações Finais
vam divergência nos grupos, como o tópico A despeito da intensidade do envolvimen-
“Dilma”, em que o usuário Brasil criticava to pessoal entre os membros, Comunida-
a candidata petista em sua própria Comuni- des Virtuais como as formadas no Orkut
dade. Este tópico recebeu forte hostilidade podem refletir um padrão de interação tí-
dos outros membros, com a postagem de pico de nossa época. Segundo um conjun-
mensagens e com a criação de outro tópico to de autores referenciados neste artigo, a
28. Referências Bibliográficas
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Definition, history, and scholarship. Journal of Petrópolis: Vozes, 1996.
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28
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MAFFESOLI, M. A República dos Bons Senti-
mentos. São Paulo: Iluminuras, 2009.
______________ A Transfiguração do Político
- A Tribalização do Mundo. Porto. Alegre: Sulina,
1997.
29. N
o final de julho de 2010, uma
O papel da militância através simpática avó de Minessota,
nos Estados Unidos, dirige-se
das redes sociais durante as à unidade de uma rede de hi-
permercados e usa seu poder
de compra como forma de protestar contra
eleições a empresa. Logo em seguida, um ator britâ-
nico envia uma mensagem sobre o assunto
pelo Twitter.
Tempos depois, no início de setembro,
Por Gil Castillo em Moçambique, África, cidadãos saem às
ruas, em protesto contra o aumento do pre-
ço do pão.
Entre uma coisa e outra, no Brasil, em ple-
Publicitária e consultora política, desde de 1992 atua no marketing político
nas áreas de planejamento estratégico e criativo. Ao longo de sua carreira,
na campanha eleitoral, humoristas fazem
vem trabalhando em diversas campanhas eleitorais e projetos de comunicação, passeata, em Copacabana, contra a censura
tanto na área pública, quanto na área privada, no Brasil, América Latina e ao humor nas eleições.
África. Especialista em Propaganda Política, rádio, TV e novas tecnologias de
comunicação, é Diretora de Relações Públicas da ABCOP-Associação Brasileira
de Consultores Político, membro da ALACOP - Associação Latino-Americana de A avó, o ator, o povo moçambicano, os hu-
Consultores Políticos e editora do blog MarketingPolitico.com
moristas.
Palavras-chave: Marketing Político, Eleições, Internet, Cidadania, Política
O que todos têm em comum? São consu-
www.marketingpolitico.com.br
gil@marketingpolitico.com.br midores e cidadãos, com uma causa na ca-
www.twitter.com/gilcastillo beça e a tecnologia nas mãos.
www.twitter.com/MktPol
30. 30
A Avó e o ator
Eden Prairie, indignada com a informa-
ção de que a rede Target havia doado US$
150,000 para a campanha de Tom Emmer,
candidato ao Governo do Estado de Mi-
nessota (EUA), entra em uma loja da rede,
faz tranquilamente uma compra de US$
226. Em seguida, procura pela gerência,
devolve a compra, explica seus motivos e
destroi o cartão de crédito da empresa. Mo-
tivo: o candidato do Partido Republicano
era declaradamente anti-gay e Eden estava
agindo em defesa de seu neto, gay. Esse
protesto poderia ter caído no esquecimen-