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interatividade
seletiva
Volumen
Volumen
Códice
A morte do autor
Roland Barthes
Memex (memory extension)
Vannevar Bush, 1945
Xanadu
Theodore Nelson, década de 1960
Em 29 de outubro de 1969 o professor Leonard Kleinrock, da Universidade de
Los Angeles (UCLA), enviou uma mensagem do seu computador para outro
que estava no Instituto de Pesquisa de Stanford, nos Estados Unidos.
Tim Berners-Lee, 1989
“A interatividade é uma das caraterísticas essenciais
da comunicação na Web. Cada vez que se analisa a linguagem da
internet, apela-se à ideia da interatividade como um dos seus pilares.
Contudo, é também um conceito chave para abordar o
estudo do jornalismo nos nossos dias.
Ou seja, não só do jornalismo digital, mas de todo o jornalismo.
Assim como a internet transcende o jornalismo, que tem como forma de
expressão a Web, a interatividade também vai além do jornalismo digital,
e cola-se nas rotinas de trabalho de todos os jornalistas,
independentemente do meio em que trabalhem.
O contato, a participação e o conteúdo que os utilizadores partilham,
contribuem para definir as formas que o jornalismo atual adota”.
(ROST, 2014, p.53)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
n Webjornalismo – 7 características
que marcam a diferença.
Org. João Canavilhas
Série Jornalismo. Covilhã:
Labcom Books. 2014. 196 p.
Interatividade
Interatividade
seletiva e
interatividade
comunicativa
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
n Webjornalismo – 7 características
que marcam a diferença.
Org. João Canavilhas
Série Jornalismo. Covilhã:
Labcom Books. 2014. 196 p.
“A interatividade implica uma
certa transferência de poder
do meio para os seus leitores.
Poder, por um lado, quanto aos caminhos de
navegação, recuperação e leitura que podem
seguir entre os conteúdos que oferece.
E, por outro lado, relativamente às opções para se
expressar e/ou se comunicar com outros utilizadores/as.”
(ROST, 2014, p.55)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
n Webjornalismo – 7 características
que marcam a diferença.
Org. João Canavilhas
Série Jornalismo. Covilhã:
Labcom Books. 2014. 196 p.
“Há dois tipos de interatividade
que convém diferenciar”.
(ROST, 2014, p.56)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
n Webjornalismo – 7 características
que marcam a diferença.
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Série Jornalismo. Covilhã:
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Jornalismo digital
Interatividade seletiva
Possibilidade de seleção de conteúdos
O leitor como receptor de conteúdos
Interatividade comunicativa
Possibilidade de expressão e comunicação
O leitor como produtor de conteúdos
“Entendemos a interatividade como a
capacidade gradual que um meio de
comunicação tem para dar maior poder
aos utilizadores tanto na seleção de
conteúdos (‘interatividade seletiva’)
como em possibilidades de expressão e
comunicação (‘interatividade comunicativa’).
A nossa definição coloca o seu enfoque nos meios de comunicação e,
sobretudo, na atividade jornalística. No entanto, poderia adaptar-se a
outros contextos comunicativos e de produção de conteúdos simbólicos”.
(ROST, 2014, p.55)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
n Webjornalismo – 7 características
que marcam a diferença.
Org. João Canavilhas
Série Jornalismo. Covilhã:
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“Falamos de capacidade gradual
para destacar que há vários graus
de interatividade.
Existem diferentes níveis quer de interatividade seletiva,
quer de interatividade comunicativa, e acreditamos que cada
uma deve ser analisada e medida com parâmetros próprios.
Há meios que oferecem boas alternativas de interatividade
seletiva, mas escassas opções comunicativas; e vice-versa.
É importante, então, abordá-las como dois ramos diferentes,
porque num o utilizador é interpelado basicamente como um
receptor (interatividade seletiva), enquanto no outro é um
produtor de conteúdos (interatividade comunicativa).”
(ROST, 2014, p.55)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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que marcam a diferença.
Org. João Canavilhas
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Capacidade gradual
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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Interatividade
Seletiva
“A interatividade seletiva alude
às possibilidades de controle que
tem o utilizador sobre o processo
de recepção dos conteúdos.
Ou seja, em que medida o utilizador
pode eleger o ritmo e a sequência
das mensagens.
Quantas mais opções de acesso
aos conteúdos ofereça o meio,
e quantas mais se ajustem às
necessidades do utilizador, maior
será o grau de interatividade seletiva”.
(ROST, 2014, p.56)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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Org. João Canavilhas
Série Jornalismo. Covilhã:
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“Há uma série de elementos que influem em diferentes medidas:
[1] o tipo de estrutura hipertextual que propõe o meio para navegar os conteúdos,
[2] o menu de ligações semânticas presente em cada notícia,
[3] a utilização de motores de busca, hemerotecas, nuvens de etiquetas,
índices (geográficos, onomásticos, temáticos),
[4] opções de personalização de cada página (tamanho da fonte, cores,
ordenação de temas, etc.),
[5] diferentes alterações do desenho e da interface perante ações dos utilizadores, e
[6] um diversificado menu de alternativas de distribuição/recepção de conteúdos
(RSS, envios de conteúdos por correio eletrônico, distribuição pelas redes sociais,
alertas em dispositivos móveis).
Todos estes fatores definem em algum grau as possibilidades de recepção
interativa dos conteúdos pelos utilizadores: seja a partir das possibilidades
de navegação e recuperação de conteúdos, seja das alternativas de
personalização ou a partir do aspecto visual e estético.” (ROST, 2014, p.57)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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Série Jornalismo. Covilhã:
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Interatividade seletiva
“O hipertexto – com as suas estruturas e ligações
semânticas – é a principal ferramenta para tecer
possibilidades interativas de seleção, embora não a única.
A linguagem XML, por exemplo, está na base de muitos
desenvolvimentos interativos de seleção, ao permitir a
criação de sites dinâmicos com informação reutilizável que
pode ser distribuída por diferentes dispositivos e ambientes.
Os motores de busca também contribuem para ampliar as
possibilidades de acesso.
As aplicações de gráficos vetoriais habilitam a criação de
animações e infografias nas quais se desdobra uma
diversidade de ações sobre os conteúdos”.
(ROST, 2014, p.57)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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Interatividade seletiva
“É interessante advertir, por último, – como o fazem
Palacios e Cunha (2012) – sobre o campo que se abre
com a ‘tactilidade’ que oferecem os ecrãs ‘multitouch’
de telemóveis inteligentes e tablets (também
computadores de secretária), que respondem
a uma ampla variedade de gestos e operações
tácteis e que convidam a explorar novas formas
para a apresentação e o consumo de informação.
Isto também é interatividade seletiva”.
(ROST, 2014, p.57)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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Interatividade seletiva
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“Interatividade: definições,
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Interatividade
Comunicativa
“Se a interatividade seletiva tem
que ver com ‘fazer coisas’ sobre os
conteúdos no processo de recepção,
a interatividade comunicativa
transcende essa recepção individual
já que o leitor gera algum
conteúdo que se torna público”.
(ROST, 2014, p.57)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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“A interatividade comunicativa representa as
possibilidades de comunicação e expressão que o
utilizador tem entre os conteúdos do meio.
Comunicação
Por meio destas opções interativas, o leitor procura dialogar,
discutir, confrontar, apoiar e, de uma forma ou de outra,
entabular uma relação com outros (comunicação).
Expressão
Em outras ocasiões, apenas pretende expressar uma opinião
individual ou dar uma informação mas sem procurar
deliberadamente uma resposta ou um contato bidirecional
ou multidirecional com outros indivíduos (expressão)”.
(ROST, 2014, p.58)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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Interatividade comunicativa
“Algumas modalidades interativas apontam mais para a
comunicação e outras para a expressão individual,
mas em ambos os casos o utilizador fornece um conteúdo”.
(ROST, 2014, p.58)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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Interatividade comunicativa
“Este tipo de interatividade manifesta-se em opções como:
[1] comentários abaixo das notícias,
[2] perfis em redes sociais abertas à participação de utilizadores,
[3] blogues de cidadãos/as,
[4] pesquisas,
[5] fóruns,
[6] entrevistas a personalidades com perguntas de utilizadores,
[7] publicação de endereços de correio eletrônico de jornalistas,
[8] ranking de notícias,
[9] chats,
[10] envio de notícias/fotografias/vídeos,
[11] sistemas de correção de notas, entre outros”.
(ROST, 2014, p.58)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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Interatividade comunicativa
“Estas são, então, as diferenças entre ambas as modalidades da interatividade:
Tipos de interatividade
(ROST, 2014, p.59)
“Há autores que estabelecem outras diferenças dentro do
que aqui chamamos interatividade comunicativa.
Suau e Masip (2011) distinguem a ‘interatividade
participativa’ da ‘interatividade produtiva’.
Interatividade participativa
não implica uma criação genuína por parte do utilizador
(por exemplo, comentários abaixo das notícias).
Interatividade produtiva
o utilizador produz um conteúdo próprio original
(por exemplo, envio de uma estória ou material
videográfico para a sua publicação)”.
(ROST, 2014, p.58)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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Interatividade comunicativa
“Com um enfoque semiótico, Raimondo Anselmino (2012)
diferencia ‘espaços de intervenção’ de ‘espaços de
participação’ do leitor.
Espaços de intervenção
são aqueles que se encontram ‘explorados’ ou
‘penetrados’ de alguma forma pela atividade do leitor,
com exceção da produção de enunciados (por exemplo,
ranking de notas, pesquisas, denuncia de abusos).
Espaços de participação
são aqueles onde o leitor pode manifestar-se
discursivamente (comentários abaixo das notícias,
blogues, redes sociais, páginas de reportagem cidadã, etc.)”.
(ROST, 2014, p.58)
ROST, Alejandro
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estudos e tendências”.
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Interatividade comunicativa
“O grau de interatividade comunicativa
dependerá de fatores como:
 O grau de potencial visibilidade que tenha o
conteúdo fornecido pelo utilizador
 O grau de complexidade na elaboração de conteúdos
que permite ao leitor o menu de opções interativas
disponíveis no meio
 A integração dos conteúdos proporcionados pelo
leitor com ou nos conteúdos de atualidade do meio
 O papel do leitor no meio. Que papéis, daqueles que
os jornalistas ocupam, pode chegar a ocupar o
utilizador num jornal digital? Pode ser repórter,
entrevistador, editor, comentador, editorialista?”
(ROST, 2014, p.59)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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que marcam a diferença.
Org. João Canavilhas
Série Jornalismo. Covilhã:
Labcom Books. 2014. 196 p.
Interatividade comunicativa
“A potencial mudança do papel dos leitores nos novos ambientes mais
participativos levaram a repensar a denominação que utilizamos para,
como disse Jay Rosen (2006), ‘the people formely known as audience’.
Como chamar a estas pessoas
que consomem, mas também
criam conteúdos?
E há só um tipo de
consumidores-criadores?”
(ROST, 2014, p.67)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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que marcam a diferença.
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Série Jornalismo. Covilhã:
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Tipologias de utilizadores
“O conceito que mais consenso parece ter é o de ‘utilizadores’,
para se referir a quem acede e utiliza internet, ainda que também
haja outros termos associados ao consumo de meios na rede*.
Mas, talvez, mais rico do que pensar numa única categoria
– contrastada também com a de públicos – é tratar de estabelecer
uma tipologia mais ampla, de acordo com os níveis de participação”.
(ROST, 2014, p.67)
* Alguns dos conceitos que se aplicam ou aplicaram são: ciberleitores, prosumers, leitores-
utilizadores, interatores, comunicantes e leitor interativo. Veja-se Rost, 2006 (197-199).
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
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Série Jornalismo. Covilhã:
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Tipologias de utilizadores
“É interessante, neste sentido, a proposta de Martínez Rodríguez (2005), que
diferencia entre ‘utilizadores leitores’ e ‘utilizadores produtores’, com a qual
deixa claro que nem todos os que acedem à rede contribuem com conteúdos.
Os primeiros ‘ligam-se e realizam principalmente atividades de pesquisa, de
consulta e de leitura de determinados conteúdos, mas não participam com as
suas próprias contribuições para a Rede’.
Enquanto os segundos ‘participam com diferentes contributos para a Rede,
criando assim os seus próprios conteúdos, ou participando na ampliação,
seleção, distribuição, edição ou modificação de conteúdos alheios’.
Se o relacionamos com a nossa categorização, os ‘utilizadores leitores’ intervêm
num nível de interatividade seletiva, enquanto os ‘utilizadores produtores’
o fazem num grau de interatividade comunicativa”.
(ROST, 2014, p.68)
ROST, Alejandro
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Produtores vs. leitores
“Entre os “utilizadores produtores”, Rodríguez
também faz outra distinção importante:
‘utilizadores reativos’ e ‘utilizadores proativos’.
Os primeiros ‘respondem a iniciativas propostas por outros’
(participam em pesquisas, fóruns, comentários); os segundos
‘tomam a iniciativa nas suas contribuições para a Rede’ (por
exemplo, criam os seus próprios blogues) (2005, pp. 272 e 273).
A autora aponta que as vias de participação dos meios
jornalísticos ‘na sua maior parte representam formas
de participação reativa, embora com diferentes graus de
iniciativa por parte do utilizador’ (2005, p. 326)”.
(ROST, 2014, p.68)
ROST, Alejandro
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Produtores reativos e
produtores proativos
“Martínez Rodríguez diferencia também ‘contribuições de
dados’ (textos originais, testemunhos em primeira mão,
material audiovisual) de ‘contribuições de comentários’
por parte dos utilizadores (comentários, pesquisas,
fóruns), embora reconheça que há com frequência
uma mistura de ambos em cada intervenção (2005)”.
(ROST, 2014, p.68)
ROST, Alejandro
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Contribuições: dados ou comentários
“Por último, Martínez Rodríguez (2005) classifica três formas de
participação, segundo o momento no qual o utilizador intervém:
[1] participação prévia à elaboração
de conteúdos do meio
[2] participação posterior ou acrescentada
complementa o texto original do meio mas que não permite
modificar nem participar na elaboração do conteúdo original; e
[3] co-participação ou coprodução
na qual há participação simultânea e elaboração conjunta dos conteúdos.
Esta classificação foi realizada antes da irrupção das redes sociais,
que adicionam novos espaços”.
(ROST, 2014, p.68)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
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Formas de participação
“É valioso o índice que Forrester vai atualizando, o qual, em 2011,
classificou sete perfis diferentes de utilizadores com base na sua
atividade:
[1] criadores (publicam conteúdos próprios na Web),
[2] conversadores (atualizam as suas redes sociais, postam no Twitter),
[3] críticos (comentam em blogues, wikis),
[4] coletores (divulgam conteúdos),
[5] membros (mantêm perfis em redes sociais),
[6] espectadores (leem blogues, redes sociais, vídeos) e
[7] inativos (nenhuma das opções anteriores).
Segundo este estudo, a maioria continua a ser de utilizadores
‘espectadores’, embora a quantidade de utilizadores ‘membros’
que mantêm e visitam redes sociais tenha aumentado
significativamente nos últimos anos (Sverdlov, 2012)”.
(ROST, 2014, p.68)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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Série Jornalismo. Covilhã:
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Tipologias de utilizadores
“No entanto, a participação dos utilizadores também
gera inconvenientes, muitas reclamações e dúvidas de
jornalistas, acadêmicos e entre os próprios utilizadores
sobre qual é a sua real contribuição para a construção da
atualidade (Fortunati et al, 2005; García, 2007; Molina,
2008; Pérez Oliva, 2009).
As investigações sobre fóruns e comentários dectetaram
problemas tais como:
 Os meios de comunicação veem-se sobrecarregados
pela quantidade de comentários que recebem, não
encontraram bons mecanismos para geri-los e
moderam com escassos recursos. Os utilizadores
participam com poucos argumentos e pouco
interesse no que dizem os demais (Díaz Noci et al,
2010).
Interatividade comunicativa
 Os que participam são uma minoria comparados com o total
de visitantes: ‘a maior parte do público silencioso lendo
palavras de poucos e ruidosos (utilizadores)’, como já
descreveram Ann Light e Ivonne Rogers ao estudar os
primeiros fóruns do The Guardian (1999, p. 18). Esta apatia da
grande maioria dos leitores deve-se a várias causas: recusa em
participar numa comunicação mediada, desconfiança nos
jornalistas e no meio, desinteresse pessoal em debater ou
expressar uma opinião, dificuldade tecnológica que implica a
interatividade e o desinteresse dos media pela opinião dos
leitores (Rost, Pugni Reta e Apesteguía, 2008).
 Não há um verdadeiro diálogo entre jornalistas e utilizadores
porque os profissionais não respondem aos comentários, não
intervêm nos espaços de reportagem cidadã e não integram
os conteúdos gerados pelos utilizadores para o corpo de
notícias do meio (Suau e Masip, 2011). Algo similar está a
acontecer com as contas oficiais dos meios nas redes sociais,
como veremos noutra secção”. (ROST, 2014, p.66)
Jornalismo Participativo
Conteúdo Gerado pelo Leitor
Jornalismo Cidadão
“A partir dos anos 1990, e já no novo século, a utilização do conceito
tomou um novo impulso com o rápido crescimento dos serviços que
a internet oferece e, particularmente, com a criação da Web.
Avançou-se, ainda que com diferentes abordagens, na definição do
conceito de interatividade (Vittadini, 1995; Hanssen, Jankowski e
Etienne, 1996; Jensen, 1998; Sádaba Chalezquer, 2000; Rost, 2001 e
2006; Kiousis, 2002; Díaz Noci, 2006).”
(ROST, 2014, p.69)
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Interatividade
“Realizaram-se investigações mais específicas sobre as diferentes opções
interativas que os meios na internet iam oferecendo: Rafaeli e Sadweeks
(1997), Riley et al (1998), Light e Rogers (1999), Schultz (1999 e 2000),
Kenney et al (2000), Zeta de Pozo (2002), Fortunati et al (2005).
Mais recentemente, e já com novos níveis de participação para avaliar nos
sites, podemos citar os trabalhos de Bergonzi et al (2008), Domingo et al
(2008), Martínez Martínez (2008), García de Torres et al (2009 e 2012),
Tejedor-Calvo (2010) e Raimondo Anselmino (2012).”
(ROST, 2014, p.69)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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Org. João Canavilhas
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Interatividade e internet
“Com menor intensidade, observaram e entrevistaram os utilizadores
para ver que perceção têm e que utilização fazem das possibilidades de
participação que oferece o meio (Rost, Pugni Reta e Apesteguía, 2008).
De diferentes perspectivas analíticas e metodológicas, há trabalhos que
enfatizaram a importância de analisar o que se denominou de
“interatividade percebida” pelo utilizador (Newhagen e outros, 1995;
Wu, 1999; Kiousis, 2002; Sohn e Lee, 2005)*.”
(ROST, 2014, p.70)
* “O que nós, como cientistas sociais, deveríamos fazer é não reduzir o conceito (de
interatividade) nem a atributos tecnológicos nem a caraterísticas pessoais, mas
compreender as relações entre ambos”, sugerem Sohn e Lee (2005: 11).
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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“Interatividade percebida” pelo utilizador
“É interessante confrontar estes trabalhos com os estudos etnográficos
de redações que observaram e entrevistaram jornalistas para conhecer as
rotinas laborais e a abordagem que têm sobre a participação dos utilizadores
(Boczkowski, 2006; García, 2007; Domingo, 2008; Hermida e Thurman, 2008;
Singer e Ashman, 2008; Reich, 2009).
Existem dois livros, publicados com pouco tempo de diferença, que foram
muito influentes no que diz respeito ao estudo da participação dos
utilizadores nos media: Bowman e Willis (2003) e Dan Gillmor (2004).
Ambos destacam de forma entusiasta a irrupção de meios e tecnologias –
como blogues, mensagens de texto, wikis, sindicação de conteúdos e
publicações colaborativas –, que abrem novas portas à interatividade e
acalentam a construção de um jornalismo mais participativo.”
(ROST, 2014, p.70)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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Org. João Canavilhas
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Labcom Books. 2014. 196 p.
Estudos sobre a participação do leitor
“Popularizam-se, então,
três conceitos relacionados com a
interatividade que têm pontos em
comum entre si, mas que também
provocam diferentes interpretações:
[1] ‘Jornalismo Participativo’,
[2] ‘Conteúdo Gerado pelo Utilizador’ e
[3] ‘Jornalismo Cidadão’.”
(ROST, 2014, p.70)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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Org. João Canavilhas
Série Jornalismo. Covilhã:
Labcom Books. 2014. 196 p.
Estudos sobre a participação do leitor
“A ideia de ‘Jornalismo Participativo’ foi entendida por Bowman e
Willis (2003) como ‘o ato de um cidadão ou grupo de cidadãos que
desempenham um papel ativo no processo de recolher, informar,
analisar e disseminar informação’.
Estes autores, ao contrário de Gilmor, puseram inclusivamente em dúvida
a necessidade de que haja jornalistas como ‘mediadores’ ou gatekeepers.
Mas a utilização que se fez do conceito engloba geralmente todo o tipo
de contribuição dos utilizadores para a construção da atualidade,
geralmente no âmbito de um meio de comunicação*.”
(ROST, 2014, p.70)
* Singer e outros (2011: 2) destacam esta expressão de “jornalismo participativo” porque
“captura a ideia da ação colaborativa e coletiva, e não simplesmente paralela” entre as
pessoas que estão dentro e fora da redação.
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
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Org. João Canavilhas
Série Jornalismo. Covilhã:
Labcom Books. 2014. 196 p.
1. Jornalismo Participativo
“Uma categoria semelhante é a de ‘Conteúdo Gerado pelo Utilizador’
(User-Generated Content, UGC). Hermida e Thurman (2008) definem-na como
‘um processo no qual qualquer pessoa tem a oportunidade de participar ou de
contribuir em publicações editadas profissionalmente’ (p. 2).
Deixam assim clara a diferença entre cidadãos e jornalistas profissionais.
García de Torres (2012) inclui na UGC ‘toda a contribuição pública do utilizador
que não constitua uma cópia nem um modo de vida (profissionalização),
assim como qualquer elaboração de conteúdos tradicionais que se baseie
nas contribuições dos utilizadores como, por exemplo, o ranking de
notícias elaborado segundo as preferências dos utilizadores’ (p. 59).
Acresce que ‘o grau de esforço criativo’ pode constituir um ponto de
partida para estabelecer uma tipologia de UGC.”
(ROST, 2014, p.71)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
n Webjornalismo – 7 características
que marcam a diferença.
Org. João Canavilhas
Série Jornalismo. Covilhã:
Labcom Books. 2014. 196 p.
2. Conteúdo Gerado pelo Leitor
“O conceito de ‘Jornalismo Cidadão’ é muito mais controverso porque
adjudica diretamente a atividade jornalística a pessoas não profissionais.
Refere-se a um tipo de participação mais específica na qual os
utilizadores reconhecem e enviam uma notícia original à redação e,
em alguns casos, publicam-na diretamente.
Contudo, este termo despertou muitas críticas porque, ao combinar
ambas as palavras, é lhe atribuída uma sistematicidade e um método
para colaborações de utilizadores que se caracterizam por serem mais
ocasionais, sem aferição de fontes e de realização simples.
Podem chamar-se ‘jornalismo’ estas contribuições dos cidadãos?”
(ROST, 2014, p.71)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
n Webjornalismo – 7 características
que marcam a diferença.
Org. João Canavilhas
Série Jornalismo. Covilhã:
Labcom Books. 2014. 196 p.
3. Jornalismo Cidadão
“Neste sentido, são particularmente valiosos os estudos de
Jan Schaffer (2007) e Zvi Reich (2008) porque mostram o papel e as
contribuições da reportagem cidadã não como substituto mas como
complemento do jornalismo realizado por jornalistas profissionais.”
(ROST, 2014, p.71)
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
n Webjornalismo – 7 características
que marcam a diferença.
Org. João Canavilhas
Série Jornalismo. Covilhã:
Labcom Books. 2014. 196 p.
3. Jornalismo Cidadão
“Estes três termos, que podem associar-se ao que denominámos Interatividade
Comunicativa, não são os únicos empregados*.
Todos tentam, de uma forma ou de outra, descrever esse encurtamento na distância
entre jornalistas profissionais e utilizadores. A questão central parece ser, como
assinala Mark Deuze (2005), ‘até que ponto a narração jornalística pode estar
baseada no conteúdo ou na conetividade e que nível de participação pode ou deveria
ser incluído na experiência narrativa’ (p. 2).”
(ROST, 2014, p.71)
* Outros conceitos também utilizados para se referirem à participação dos cidadãos, ainda que com
diferentes implicações, são o Jornalismo 3.0, o Jornalismo Open Source (Open Source Journalism), o
Jornalismo Distribuído, o Jornalismo Hiperlocal ou Microlocal (Hyperlocal Journalism), entre outros.
ROST, Alejandro
“Interatividade: definições,
estudos e tendências”.
n Webjornalismo – 7 características
que marcam a diferença.
Org. João Canavilhas
Série Jornalismo. Covilhã:
Labcom Books. 2014. 196 p.
Jornalismo Participativo
Conteúdo Gerado pelo Leitor e
Jornalismo Cidadão
Narciso
Caravaggio, 1596

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As duas formas de interatividade

  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9. A morte do autor Roland Barthes
  • 10.
  • 13. Em 29 de outubro de 1969 o professor Leonard Kleinrock, da Universidade de Los Angeles (UCLA), enviou uma mensagem do seu computador para outro que estava no Instituto de Pesquisa de Stanford, nos Estados Unidos.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22. “A interatividade é uma das caraterísticas essenciais da comunicação na Web. Cada vez que se analisa a linguagem da internet, apela-se à ideia da interatividade como um dos seus pilares. Contudo, é também um conceito chave para abordar o estudo do jornalismo nos nossos dias. Ou seja, não só do jornalismo digital, mas de todo o jornalismo. Assim como a internet transcende o jornalismo, que tem como forma de expressão a Web, a interatividade também vai além do jornalismo digital, e cola-se nas rotinas de trabalho de todos os jornalistas, independentemente do meio em que trabalhem. O contato, a participação e o conteúdo que os utilizadores partilham, contribuem para definir as formas que o jornalismo atual adota”. (ROST, 2014, p.53) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Interatividade
  • 23. Interatividade seletiva e interatividade comunicativa ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p.
  • 24. “A interatividade implica uma certa transferência de poder do meio para os seus leitores. Poder, por um lado, quanto aos caminhos de navegação, recuperação e leitura que podem seguir entre os conteúdos que oferece. E, por outro lado, relativamente às opções para se expressar e/ou se comunicar com outros utilizadores/as.” (ROST, 2014, p.55) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p.
  • 25. “Há dois tipos de interatividade que convém diferenciar”. (ROST, 2014, p.56) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Jornalismo digital
  • 26. Interatividade seletiva Possibilidade de seleção de conteúdos O leitor como receptor de conteúdos Interatividade comunicativa Possibilidade de expressão e comunicação O leitor como produtor de conteúdos
  • 27. “Entendemos a interatividade como a capacidade gradual que um meio de comunicação tem para dar maior poder aos utilizadores tanto na seleção de conteúdos (‘interatividade seletiva’) como em possibilidades de expressão e comunicação (‘interatividade comunicativa’). A nossa definição coloca o seu enfoque nos meios de comunicação e, sobretudo, na atividade jornalística. No entanto, poderia adaptar-se a outros contextos comunicativos e de produção de conteúdos simbólicos”. (ROST, 2014, p.55) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p.
  • 28. “Falamos de capacidade gradual para destacar que há vários graus de interatividade. Existem diferentes níveis quer de interatividade seletiva, quer de interatividade comunicativa, e acreditamos que cada uma deve ser analisada e medida com parâmetros próprios. Há meios que oferecem boas alternativas de interatividade seletiva, mas escassas opções comunicativas; e vice-versa. É importante, então, abordá-las como dois ramos diferentes, porque num o utilizador é interpelado basicamente como um receptor (interatividade seletiva), enquanto no outro é um produtor de conteúdos (interatividade comunicativa).” (ROST, 2014, p.55) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Capacidade gradual
  • 29. ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Interatividade Seletiva
  • 30.
  • 31. “A interatividade seletiva alude às possibilidades de controle que tem o utilizador sobre o processo de recepção dos conteúdos. Ou seja, em que medida o utilizador pode eleger o ritmo e a sequência das mensagens. Quantas mais opções de acesso aos conteúdos ofereça o meio, e quantas mais se ajustem às necessidades do utilizador, maior será o grau de interatividade seletiva”. (ROST, 2014, p.56) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p.
  • 32. “Há uma série de elementos que influem em diferentes medidas: [1] o tipo de estrutura hipertextual que propõe o meio para navegar os conteúdos, [2] o menu de ligações semânticas presente em cada notícia, [3] a utilização de motores de busca, hemerotecas, nuvens de etiquetas, índices (geográficos, onomásticos, temáticos), [4] opções de personalização de cada página (tamanho da fonte, cores, ordenação de temas, etc.), [5] diferentes alterações do desenho e da interface perante ações dos utilizadores, e [6] um diversificado menu de alternativas de distribuição/recepção de conteúdos (RSS, envios de conteúdos por correio eletrônico, distribuição pelas redes sociais, alertas em dispositivos móveis). Todos estes fatores definem em algum grau as possibilidades de recepção interativa dos conteúdos pelos utilizadores: seja a partir das possibilidades de navegação e recuperação de conteúdos, seja das alternativas de personalização ou a partir do aspecto visual e estético.” (ROST, 2014, p.57) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Interatividade seletiva
  • 33. “O hipertexto – com as suas estruturas e ligações semânticas – é a principal ferramenta para tecer possibilidades interativas de seleção, embora não a única. A linguagem XML, por exemplo, está na base de muitos desenvolvimentos interativos de seleção, ao permitir a criação de sites dinâmicos com informação reutilizável que pode ser distribuída por diferentes dispositivos e ambientes. Os motores de busca também contribuem para ampliar as possibilidades de acesso. As aplicações de gráficos vetoriais habilitam a criação de animações e infografias nas quais se desdobra uma diversidade de ações sobre os conteúdos”. (ROST, 2014, p.57) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Interatividade seletiva
  • 34. “É interessante advertir, por último, – como o fazem Palacios e Cunha (2012) – sobre o campo que se abre com a ‘tactilidade’ que oferecem os ecrãs ‘multitouch’ de telemóveis inteligentes e tablets (também computadores de secretária), que respondem a uma ampla variedade de gestos e operações tácteis e que convidam a explorar novas formas para a apresentação e o consumo de informação. Isto também é interatividade seletiva”. (ROST, 2014, p.57) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Interatividade seletiva
  • 35. ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Interatividade Comunicativa
  • 36. “Se a interatividade seletiva tem que ver com ‘fazer coisas’ sobre os conteúdos no processo de recepção, a interatividade comunicativa transcende essa recepção individual já que o leitor gera algum conteúdo que se torna público”. (ROST, 2014, p.57) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p.
  • 37.
  • 38. “A interatividade comunicativa representa as possibilidades de comunicação e expressão que o utilizador tem entre os conteúdos do meio. Comunicação Por meio destas opções interativas, o leitor procura dialogar, discutir, confrontar, apoiar e, de uma forma ou de outra, entabular uma relação com outros (comunicação). Expressão Em outras ocasiões, apenas pretende expressar uma opinião individual ou dar uma informação mas sem procurar deliberadamente uma resposta ou um contato bidirecional ou multidirecional com outros indivíduos (expressão)”. (ROST, 2014, p.58) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Interatividade comunicativa
  • 39. “Algumas modalidades interativas apontam mais para a comunicação e outras para a expressão individual, mas em ambos os casos o utilizador fornece um conteúdo”. (ROST, 2014, p.58) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Interatividade comunicativa
  • 40.
  • 41.
  • 42. “Este tipo de interatividade manifesta-se em opções como: [1] comentários abaixo das notícias, [2] perfis em redes sociais abertas à participação de utilizadores, [3] blogues de cidadãos/as, [4] pesquisas, [5] fóruns, [6] entrevistas a personalidades com perguntas de utilizadores, [7] publicação de endereços de correio eletrônico de jornalistas, [8] ranking de notícias, [9] chats, [10] envio de notícias/fotografias/vídeos, [11] sistemas de correção de notas, entre outros”. (ROST, 2014, p.58) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Interatividade comunicativa
  • 43. “Estas são, então, as diferenças entre ambas as modalidades da interatividade: Tipos de interatividade (ROST, 2014, p.59)
  • 44. “Há autores que estabelecem outras diferenças dentro do que aqui chamamos interatividade comunicativa. Suau e Masip (2011) distinguem a ‘interatividade participativa’ da ‘interatividade produtiva’. Interatividade participativa não implica uma criação genuína por parte do utilizador (por exemplo, comentários abaixo das notícias). Interatividade produtiva o utilizador produz um conteúdo próprio original (por exemplo, envio de uma estória ou material videográfico para a sua publicação)”. (ROST, 2014, p.58) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Interatividade comunicativa
  • 45. “Com um enfoque semiótico, Raimondo Anselmino (2012) diferencia ‘espaços de intervenção’ de ‘espaços de participação’ do leitor. Espaços de intervenção são aqueles que se encontram ‘explorados’ ou ‘penetrados’ de alguma forma pela atividade do leitor, com exceção da produção de enunciados (por exemplo, ranking de notas, pesquisas, denuncia de abusos). Espaços de participação são aqueles onde o leitor pode manifestar-se discursivamente (comentários abaixo das notícias, blogues, redes sociais, páginas de reportagem cidadã, etc.)”. (ROST, 2014, p.58) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Interatividade comunicativa
  • 46. “O grau de interatividade comunicativa dependerá de fatores como:  O grau de potencial visibilidade que tenha o conteúdo fornecido pelo utilizador  O grau de complexidade na elaboração de conteúdos que permite ao leitor o menu de opções interativas disponíveis no meio  A integração dos conteúdos proporcionados pelo leitor com ou nos conteúdos de atualidade do meio  O papel do leitor no meio. Que papéis, daqueles que os jornalistas ocupam, pode chegar a ocupar o utilizador num jornal digital? Pode ser repórter, entrevistador, editor, comentador, editorialista?” (ROST, 2014, p.59) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Interatividade comunicativa
  • 47. “A potencial mudança do papel dos leitores nos novos ambientes mais participativos levaram a repensar a denominação que utilizamos para, como disse Jay Rosen (2006), ‘the people formely known as audience’. Como chamar a estas pessoas que consomem, mas também criam conteúdos? E há só um tipo de consumidores-criadores?” (ROST, 2014, p.67) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Tipologias de utilizadores
  • 48. “O conceito que mais consenso parece ter é o de ‘utilizadores’, para se referir a quem acede e utiliza internet, ainda que também haja outros termos associados ao consumo de meios na rede*. Mas, talvez, mais rico do que pensar numa única categoria – contrastada também com a de públicos – é tratar de estabelecer uma tipologia mais ampla, de acordo com os níveis de participação”. (ROST, 2014, p.67) * Alguns dos conceitos que se aplicam ou aplicaram são: ciberleitores, prosumers, leitores- utilizadores, interatores, comunicantes e leitor interativo. Veja-se Rost, 2006 (197-199). ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Tipologias de utilizadores
  • 49. “É interessante, neste sentido, a proposta de Martínez Rodríguez (2005), que diferencia entre ‘utilizadores leitores’ e ‘utilizadores produtores’, com a qual deixa claro que nem todos os que acedem à rede contribuem com conteúdos. Os primeiros ‘ligam-se e realizam principalmente atividades de pesquisa, de consulta e de leitura de determinados conteúdos, mas não participam com as suas próprias contribuições para a Rede’. Enquanto os segundos ‘participam com diferentes contributos para a Rede, criando assim os seus próprios conteúdos, ou participando na ampliação, seleção, distribuição, edição ou modificação de conteúdos alheios’. Se o relacionamos com a nossa categorização, os ‘utilizadores leitores’ intervêm num nível de interatividade seletiva, enquanto os ‘utilizadores produtores’ o fazem num grau de interatividade comunicativa”. (ROST, 2014, p.68) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Produtores vs. leitores
  • 50. “Entre os “utilizadores produtores”, Rodríguez também faz outra distinção importante: ‘utilizadores reativos’ e ‘utilizadores proativos’. Os primeiros ‘respondem a iniciativas propostas por outros’ (participam em pesquisas, fóruns, comentários); os segundos ‘tomam a iniciativa nas suas contribuições para a Rede’ (por exemplo, criam os seus próprios blogues) (2005, pp. 272 e 273). A autora aponta que as vias de participação dos meios jornalísticos ‘na sua maior parte representam formas de participação reativa, embora com diferentes graus de iniciativa por parte do utilizador’ (2005, p. 326)”. (ROST, 2014, p.68) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Produtores reativos e produtores proativos
  • 51. “Martínez Rodríguez diferencia também ‘contribuições de dados’ (textos originais, testemunhos em primeira mão, material audiovisual) de ‘contribuições de comentários’ por parte dos utilizadores (comentários, pesquisas, fóruns), embora reconheça que há com frequência uma mistura de ambos em cada intervenção (2005)”. (ROST, 2014, p.68) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Contribuições: dados ou comentários
  • 52. “Por último, Martínez Rodríguez (2005) classifica três formas de participação, segundo o momento no qual o utilizador intervém: [1] participação prévia à elaboração de conteúdos do meio [2] participação posterior ou acrescentada complementa o texto original do meio mas que não permite modificar nem participar na elaboração do conteúdo original; e [3] co-participação ou coprodução na qual há participação simultânea e elaboração conjunta dos conteúdos. Esta classificação foi realizada antes da irrupção das redes sociais, que adicionam novos espaços”. (ROST, 2014, p.68) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Formas de participação
  • 53. “É valioso o índice que Forrester vai atualizando, o qual, em 2011, classificou sete perfis diferentes de utilizadores com base na sua atividade: [1] criadores (publicam conteúdos próprios na Web), [2] conversadores (atualizam as suas redes sociais, postam no Twitter), [3] críticos (comentam em blogues, wikis), [4] coletores (divulgam conteúdos), [5] membros (mantêm perfis em redes sociais), [6] espectadores (leem blogues, redes sociais, vídeos) e [7] inativos (nenhuma das opções anteriores). Segundo este estudo, a maioria continua a ser de utilizadores ‘espectadores’, embora a quantidade de utilizadores ‘membros’ que mantêm e visitam redes sociais tenha aumentado significativamente nos últimos anos (Sverdlov, 2012)”. (ROST, 2014, p.68) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Tipologias de utilizadores
  • 54. “No entanto, a participação dos utilizadores também gera inconvenientes, muitas reclamações e dúvidas de jornalistas, acadêmicos e entre os próprios utilizadores sobre qual é a sua real contribuição para a construção da atualidade (Fortunati et al, 2005; García, 2007; Molina, 2008; Pérez Oliva, 2009). As investigações sobre fóruns e comentários dectetaram problemas tais como:  Os meios de comunicação veem-se sobrecarregados pela quantidade de comentários que recebem, não encontraram bons mecanismos para geri-los e moderam com escassos recursos. Os utilizadores participam com poucos argumentos e pouco interesse no que dizem os demais (Díaz Noci et al, 2010). Interatividade comunicativa  Os que participam são uma minoria comparados com o total de visitantes: ‘a maior parte do público silencioso lendo palavras de poucos e ruidosos (utilizadores)’, como já descreveram Ann Light e Ivonne Rogers ao estudar os primeiros fóruns do The Guardian (1999, p. 18). Esta apatia da grande maioria dos leitores deve-se a várias causas: recusa em participar numa comunicação mediada, desconfiança nos jornalistas e no meio, desinteresse pessoal em debater ou expressar uma opinião, dificuldade tecnológica que implica a interatividade e o desinteresse dos media pela opinião dos leitores (Rost, Pugni Reta e Apesteguía, 2008).  Não há um verdadeiro diálogo entre jornalistas e utilizadores porque os profissionais não respondem aos comentários, não intervêm nos espaços de reportagem cidadã e não integram os conteúdos gerados pelos utilizadores para o corpo de notícias do meio (Suau e Masip, 2011). Algo similar está a acontecer com as contas oficiais dos meios nas redes sociais, como veremos noutra secção”. (ROST, 2014, p.66)
  • 55. Jornalismo Participativo Conteúdo Gerado pelo Leitor Jornalismo Cidadão
  • 56. “A partir dos anos 1990, e já no novo século, a utilização do conceito tomou um novo impulso com o rápido crescimento dos serviços que a internet oferece e, particularmente, com a criação da Web. Avançou-se, ainda que com diferentes abordagens, na definição do conceito de interatividade (Vittadini, 1995; Hanssen, Jankowski e Etienne, 1996; Jensen, 1998; Sádaba Chalezquer, 2000; Rost, 2001 e 2006; Kiousis, 2002; Díaz Noci, 2006).” (ROST, 2014, p.69) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Interatividade
  • 57. “Realizaram-se investigações mais específicas sobre as diferentes opções interativas que os meios na internet iam oferecendo: Rafaeli e Sadweeks (1997), Riley et al (1998), Light e Rogers (1999), Schultz (1999 e 2000), Kenney et al (2000), Zeta de Pozo (2002), Fortunati et al (2005). Mais recentemente, e já com novos níveis de participação para avaliar nos sites, podemos citar os trabalhos de Bergonzi et al (2008), Domingo et al (2008), Martínez Martínez (2008), García de Torres et al (2009 e 2012), Tejedor-Calvo (2010) e Raimondo Anselmino (2012).” (ROST, 2014, p.69) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Interatividade e internet
  • 58. “Com menor intensidade, observaram e entrevistaram os utilizadores para ver que perceção têm e que utilização fazem das possibilidades de participação que oferece o meio (Rost, Pugni Reta e Apesteguía, 2008). De diferentes perspectivas analíticas e metodológicas, há trabalhos que enfatizaram a importância de analisar o que se denominou de “interatividade percebida” pelo utilizador (Newhagen e outros, 1995; Wu, 1999; Kiousis, 2002; Sohn e Lee, 2005)*.” (ROST, 2014, p.70) * “O que nós, como cientistas sociais, deveríamos fazer é não reduzir o conceito (de interatividade) nem a atributos tecnológicos nem a caraterísticas pessoais, mas compreender as relações entre ambos”, sugerem Sohn e Lee (2005: 11). ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. “Interatividade percebida” pelo utilizador
  • 59. “É interessante confrontar estes trabalhos com os estudos etnográficos de redações que observaram e entrevistaram jornalistas para conhecer as rotinas laborais e a abordagem que têm sobre a participação dos utilizadores (Boczkowski, 2006; García, 2007; Domingo, 2008; Hermida e Thurman, 2008; Singer e Ashman, 2008; Reich, 2009). Existem dois livros, publicados com pouco tempo de diferença, que foram muito influentes no que diz respeito ao estudo da participação dos utilizadores nos media: Bowman e Willis (2003) e Dan Gillmor (2004). Ambos destacam de forma entusiasta a irrupção de meios e tecnologias – como blogues, mensagens de texto, wikis, sindicação de conteúdos e publicações colaborativas –, que abrem novas portas à interatividade e acalentam a construção de um jornalismo mais participativo.” (ROST, 2014, p.70) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Estudos sobre a participação do leitor
  • 60. “Popularizam-se, então, três conceitos relacionados com a interatividade que têm pontos em comum entre si, mas que também provocam diferentes interpretações: [1] ‘Jornalismo Participativo’, [2] ‘Conteúdo Gerado pelo Utilizador’ e [3] ‘Jornalismo Cidadão’.” (ROST, 2014, p.70) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Estudos sobre a participação do leitor
  • 61. “A ideia de ‘Jornalismo Participativo’ foi entendida por Bowman e Willis (2003) como ‘o ato de um cidadão ou grupo de cidadãos que desempenham um papel ativo no processo de recolher, informar, analisar e disseminar informação’. Estes autores, ao contrário de Gilmor, puseram inclusivamente em dúvida a necessidade de que haja jornalistas como ‘mediadores’ ou gatekeepers. Mas a utilização que se fez do conceito engloba geralmente todo o tipo de contribuição dos utilizadores para a construção da atualidade, geralmente no âmbito de um meio de comunicação*.” (ROST, 2014, p.70) * Singer e outros (2011: 2) destacam esta expressão de “jornalismo participativo” porque “captura a ideia da ação colaborativa e coletiva, e não simplesmente paralela” entre as pessoas que estão dentro e fora da redação. ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. 1. Jornalismo Participativo
  • 62. “Uma categoria semelhante é a de ‘Conteúdo Gerado pelo Utilizador’ (User-Generated Content, UGC). Hermida e Thurman (2008) definem-na como ‘um processo no qual qualquer pessoa tem a oportunidade de participar ou de contribuir em publicações editadas profissionalmente’ (p. 2). Deixam assim clara a diferença entre cidadãos e jornalistas profissionais. García de Torres (2012) inclui na UGC ‘toda a contribuição pública do utilizador que não constitua uma cópia nem um modo de vida (profissionalização), assim como qualquer elaboração de conteúdos tradicionais que se baseie nas contribuições dos utilizadores como, por exemplo, o ranking de notícias elaborado segundo as preferências dos utilizadores’ (p. 59). Acresce que ‘o grau de esforço criativo’ pode constituir um ponto de partida para estabelecer uma tipologia de UGC.” (ROST, 2014, p.71) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. 2. Conteúdo Gerado pelo Leitor
  • 63. “O conceito de ‘Jornalismo Cidadão’ é muito mais controverso porque adjudica diretamente a atividade jornalística a pessoas não profissionais. Refere-se a um tipo de participação mais específica na qual os utilizadores reconhecem e enviam uma notícia original à redação e, em alguns casos, publicam-na diretamente. Contudo, este termo despertou muitas críticas porque, ao combinar ambas as palavras, é lhe atribuída uma sistematicidade e um método para colaborações de utilizadores que se caracterizam por serem mais ocasionais, sem aferição de fontes e de realização simples. Podem chamar-se ‘jornalismo’ estas contribuições dos cidadãos?” (ROST, 2014, p.71) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. 3. Jornalismo Cidadão
  • 64. “Neste sentido, são particularmente valiosos os estudos de Jan Schaffer (2007) e Zvi Reich (2008) porque mostram o papel e as contribuições da reportagem cidadã não como substituto mas como complemento do jornalismo realizado por jornalistas profissionais.” (ROST, 2014, p.71) ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. 3. Jornalismo Cidadão
  • 65. “Estes três termos, que podem associar-se ao que denominámos Interatividade Comunicativa, não são os únicos empregados*. Todos tentam, de uma forma ou de outra, descrever esse encurtamento na distância entre jornalistas profissionais e utilizadores. A questão central parece ser, como assinala Mark Deuze (2005), ‘até que ponto a narração jornalística pode estar baseada no conteúdo ou na conetividade e que nível de participação pode ou deveria ser incluído na experiência narrativa’ (p. 2).” (ROST, 2014, p.71) * Outros conceitos também utilizados para se referirem à participação dos cidadãos, ainda que com diferentes implicações, são o Jornalismo 3.0, o Jornalismo Open Source (Open Source Journalism), o Jornalismo Distribuído, o Jornalismo Hiperlocal ou Microlocal (Hyperlocal Journalism), entre outros. ROST, Alejandro “Interatividade: definições, estudos e tendências”. n Webjornalismo – 7 características que marcam a diferença. Org. João Canavilhas Série Jornalismo. Covilhã: Labcom Books. 2014. 196 p. Jornalismo Participativo Conteúdo Gerado pelo Leitor e Jornalismo Cidadão
  • 66.