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A necessidade
histórica do
conhecimento
científico
Aula 2.2
Profa.. Mª Ione F. Dolzane
Sociedade da Grécia antiga
Mundo das necessidades
faz surgir a EPISTEME para além da DOXA/MYTHOS
Localiza-se a necessidade de
desenvolver formas mais precisas e
rigorosas de obter respostas para as
indagações, as dúvidas, os
problemas, as questões e perguntas
surgidas no “mundo da necessidade”
DOXA/MYTHOS
Necessidade?
• Chegar a um conceito de conhecimento que nos
permita distinguir conhecimento de opinião (Na Doxa
o sujeito se informa acompanhando as coisas que se
modificam constantemente) e que se alterando não
nos permite formar um conceito que sobreviva às
mudanças, então a ideia de episteme no sentido
Platônico, é um conhecimento que se revele
demonstrativamente certo, comprovado, válido,
verificável.
Episteme = conhecimento
• A episteme deve apresentar traços distintivos para desassociá-la do
modismo, da opinião que rapidamente será descartada, mas, ao
mesmo tempo é substituída por outros rapidamente:
• CONHECIMENTO/ EPISTEME
• uma experiência de criação, acionada pelo pensamento
• Pensamento é o fundamento que dá as condições de possibilidade
do exercício da experiencia humana, você pode distinguir na
experiência o conteúdo, a doutrina filosófica, teórica.
• PARA CHEGAR AO CONHECIMENTO EXISTE UMA DINÂMICA DE
PROCUÇÃO DESSE CONHECIMENTO
PARA CHEGAR AO CONHECIMENTO EXISTE UMA
DINÂMICA DE PRODUÇÃO DESSE CONHECIMENTO
• Desse modo, a função do pensamento neste processo é passar do
conhecido para o desconhecido, mostrar o que, no conhecido, ainda
existe de desconhecido como uma mola e uma alavanca de propulsão
para novos conhecimentos, novas conquistas.
• Mas como buscar o desconhecido se não sabemos o que é?
• Todos nós estamos inseridos na cultura, na história, na tradição
• Conhecimento é a tomada de posse daquilo que já temos
• Dinâmica da criatividade com o pensamento em ação
• Porque o conhecimento é provisório
Não há definitividade do conhecimento
• Kant – Quem poderá acrescentar algo à lógica de
Aristótoles?
• George Boole – algebrizou-a com a lógica matemática
booleana
• Kant – a física de Nilton é o alfa e o ômega do
conhecimento da natureza.
• Albert Einstein - surge com a teoria da relatividade
• Kant - A Geometria Euclidiana é o maior modelo de
conhecimento
• Surgimento das geometrias Neoclidianas
Processo de validação do conhecimento
• Passar por controle de
qualidade caso se proponha
como conhecimento no
sentido de epistemologia.
• - ser verdadeira
• - ser justificado
Mito da caverna
Episteme
Fim da realeza – Início da Aristocracia
A episteme (ou ciência) surge num contexto de
grandes mudanças econômicas, sociais e
políticas.
Fim da realeza que vinha sendo organizada desde a
civilização micênica (S.
XII a .C) com base no poder monárquico na figura do
“Rei-divino”.
da
Início da aristocracia (S.VII a C), surgem em
consequência uma série de desordens e conflitos. (Cf.
VERNAT, 2002).
As questões básicas que se discutiam eram:
Como estabelecer uma nova organização social diferente
à ordem e suposta harmonia perdidas?
Como preservar a unidade e a coesão se não existe o “rei
-divino” ou a monarquia?
Como formar os cidadãos para a construção da nova
sociedade?
• A resposta surge com a organização da “Polis” embrião das atuais
cidades, em substituição ao antigo “Demos” que se formava ao
redor da realeza.
O advento da Polis (entre os séculos VIII e VII) constitui um
acontecimento decisivo.
O que implica o sistema da polis é primeiramente uma
extraordinária preeminência da palavra sobre todos os outros
instrumentos de poder (VERNAT, 2002, p. 53)
Na “polis” ganha supremacia o logos (“palavra”,
“discurso” e “razão”) e aquele que o domina tem
o reconhecimento de estar com a verdade.
A palavra supõe um público ao qual ela se
dirige como a um juiz supremo. O logos.
• O logos é o critério para
tudo, e com ele surge a
criteriologia ou crítica
às diversas formas de
conhecimento como
uma das regras
primordiais de
sistematizar,
normatizar e
assegurar o
conhecimento que
propiciasse a
transformação daquela
realidade.
Doxa
Senso comum
Opinião
Doxologia
Mythos
Racionalidade
mítica.
Mitologia
Empeiria
observação
direta e
cotidiana dos
fenômenos e
pela confiança
nos sentidos
Episteme
conhecimento
científico.
Epistemologia
Princípios
lógicos para a
nova forma de
conhecimento
Especificidade do conhecimento científico
• A proposta dos primeiros filósofos gregos é pautada pela “disciplinaridade” na elaboração
das respostas. A Sofia (sabedoria) como a “episteme” (ciência) buscam oferecer respostas
disciplinadas e rigorosamente controladas de acordo com a lógica e o método
geométrico.
•
A disciplina ou rigor metodológico começa no contexto do problema e na forma concreta de
elaborar as perguntas.
• Essas condições se referem a um sujeito concreto (motivado pelo mundo da necessidade)
que indaga sobre um objeto determinado, também concreto.
• Quem indaga sobre o quê, quais as circunstâncias, as condições, qual o contexto da
problemática onde se situa o INDAGADOR, quais suas motivações, seus interesses sobre
esse objeto ou fenômeno.
• Uma vez definido esse contexto problemático onde surgem as indagações e as perguntas é
possível elaborar respostas claras e concretas.
• Sem essas condições de clareza e especificidade é impossível obter respostas concretas,
confiáveis e válidas. Não podemos obter respostas claras a partir de perguntas confusas,
dispersas ou imprecisas.
1.Ao objeto ou fenômeno
2. Ao sujeito
3. À relação entre o sujeito e o
objeto (método)
4. Às limitações das respostas
(historicidade do
conhecimento)
5. À compreensão dos
elementos e os processos num
Em resumo, a
episteme
garante sua
validez
exigindo
critérios
relativos a:
O primeiro
princípio do
conhecimento
científico é:
1-Buscar as respostas dos fenômenos
nos próprios fenômenos
• As respostas sobre a natureza, os
fenômenos humanos, sociais,
políticos e éticos estão
na própria natureza física ou
humana.
• Para obter essas respostas é
preciso observar cuidadosa e
sistematicamente os objetos que
indagamos
.
O segundo
princípio faz
referência ao
2- papel do sujeito e às
capacidades e habilidades que ele
utiliza para buscar as respostas
.
Deve-se utilizar todos os
sentidos para obter respostas.
Olhar, ouvir, tatear, cheirar,
degustar com cuidado,
atenção, demoradamente, de
forma sistemática para obter
informações válidas para
elaborar respostas às
perguntas sobre os diversos
fenômenos.
A função da tecnologia
• Essa sensibilidade desde os primórdios da episteme vem sendo
ajudada pela tecnologia. A tecnologia vem se desenvolvendo sob o
princípio de ampliar e aguçar a sensibilidade humana.
•
Alargando as capacidades da percepção humana: por exemplo ver
mais longe, de forma mais fina, mais concentrada, ultrapassando
limites, obstáculos e barreiras como a falta de iluminação,
(telescópios, microscópios, raios -X, aparelhos de luz
infravermelha, micro-câmaras).
• Escutar melhor com ajuda das tecnologias tais como, radares,
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  • 2. Sociedade da Grécia antiga Mundo das necessidades faz surgir a EPISTEME para além da DOXA/MYTHOS Localiza-se a necessidade de desenvolver formas mais precisas e rigorosas de obter respostas para as indagações, as dúvidas, os problemas, as questões e perguntas surgidas no “mundo da necessidade”
  • 3. DOXA/MYTHOS Necessidade? • Chegar a um conceito de conhecimento que nos permita distinguir conhecimento de opinião (Na Doxa o sujeito se informa acompanhando as coisas que se modificam constantemente) e que se alterando não nos permite formar um conceito que sobreviva às mudanças, então a ideia de episteme no sentido Platônico, é um conhecimento que se revele demonstrativamente certo, comprovado, válido, verificável.
  • 4. Episteme = conhecimento • A episteme deve apresentar traços distintivos para desassociá-la do modismo, da opinião que rapidamente será descartada, mas, ao mesmo tempo é substituída por outros rapidamente: • CONHECIMENTO/ EPISTEME • uma experiência de criação, acionada pelo pensamento • Pensamento é o fundamento que dá as condições de possibilidade do exercício da experiencia humana, você pode distinguir na experiência o conteúdo, a doutrina filosófica, teórica. • PARA CHEGAR AO CONHECIMENTO EXISTE UMA DINÂMICA DE PROCUÇÃO DESSE CONHECIMENTO
  • 5. PARA CHEGAR AO CONHECIMENTO EXISTE UMA DINÂMICA DE PRODUÇÃO DESSE CONHECIMENTO • Desse modo, a função do pensamento neste processo é passar do conhecido para o desconhecido, mostrar o que, no conhecido, ainda existe de desconhecido como uma mola e uma alavanca de propulsão para novos conhecimentos, novas conquistas. • Mas como buscar o desconhecido se não sabemos o que é? • Todos nós estamos inseridos na cultura, na história, na tradição • Conhecimento é a tomada de posse daquilo que já temos • Dinâmica da criatividade com o pensamento em ação • Porque o conhecimento é provisório
  • 6. Não há definitividade do conhecimento • Kant – Quem poderá acrescentar algo à lógica de Aristótoles? • George Boole – algebrizou-a com a lógica matemática booleana • Kant – a física de Nilton é o alfa e o ômega do conhecimento da natureza. • Albert Einstein - surge com a teoria da relatividade • Kant - A Geometria Euclidiana é o maior modelo de conhecimento • Surgimento das geometrias Neoclidianas
  • 7. Processo de validação do conhecimento • Passar por controle de qualidade caso se proponha como conhecimento no sentido de epistemologia. • - ser verdadeira • - ser justificado Mito da caverna
  • 9. Fim da realeza – Início da Aristocracia A episteme (ou ciência) surge num contexto de grandes mudanças econômicas, sociais e políticas. Fim da realeza que vinha sendo organizada desde a civilização micênica (S. XII a .C) com base no poder monárquico na figura do “Rei-divino”. da Início da aristocracia (S.VII a C), surgem em consequência uma série de desordens e conflitos. (Cf. VERNAT, 2002).
  • 10. As questões básicas que se discutiam eram: Como estabelecer uma nova organização social diferente à ordem e suposta harmonia perdidas? Como preservar a unidade e a coesão se não existe o “rei -divino” ou a monarquia? Como formar os cidadãos para a construção da nova sociedade?
  • 11. • A resposta surge com a organização da “Polis” embrião das atuais cidades, em substituição ao antigo “Demos” que se formava ao redor da realeza. O advento da Polis (entre os séculos VIII e VII) constitui um acontecimento decisivo. O que implica o sistema da polis é primeiramente uma extraordinária preeminência da palavra sobre todos os outros instrumentos de poder (VERNAT, 2002, p. 53) Na “polis” ganha supremacia o logos (“palavra”, “discurso” e “razão”) e aquele que o domina tem o reconhecimento de estar com a verdade.
  • 12. A palavra supõe um público ao qual ela se dirige como a um juiz supremo. O logos. • O logos é o critério para tudo, e com ele surge a criteriologia ou crítica às diversas formas de conhecimento como uma das regras primordiais de sistematizar, normatizar e assegurar o conhecimento que propiciasse a transformação daquela realidade. Doxa Senso comum Opinião Doxologia Mythos Racionalidade mítica. Mitologia Empeiria observação direta e cotidiana dos fenômenos e pela confiança nos sentidos Episteme conhecimento científico. Epistemologia Princípios lógicos para a nova forma de conhecimento
  • 13. Especificidade do conhecimento científico • A proposta dos primeiros filósofos gregos é pautada pela “disciplinaridade” na elaboração das respostas. A Sofia (sabedoria) como a “episteme” (ciência) buscam oferecer respostas disciplinadas e rigorosamente controladas de acordo com a lógica e o método geométrico. • A disciplina ou rigor metodológico começa no contexto do problema e na forma concreta de elaborar as perguntas. • Essas condições se referem a um sujeito concreto (motivado pelo mundo da necessidade) que indaga sobre um objeto determinado, também concreto. • Quem indaga sobre o quê, quais as circunstâncias, as condições, qual o contexto da problemática onde se situa o INDAGADOR, quais suas motivações, seus interesses sobre esse objeto ou fenômeno. • Uma vez definido esse contexto problemático onde surgem as indagações e as perguntas é possível elaborar respostas claras e concretas. • Sem essas condições de clareza e especificidade é impossível obter respostas concretas, confiáveis e válidas. Não podemos obter respostas claras a partir de perguntas confusas, dispersas ou imprecisas.
  • 14. 1.Ao objeto ou fenômeno 2. Ao sujeito 3. À relação entre o sujeito e o objeto (método) 4. Às limitações das respostas (historicidade do conhecimento) 5. À compreensão dos elementos e os processos num Em resumo, a episteme garante sua validez exigindo critérios relativos a:
  • 15. O primeiro princípio do conhecimento científico é: 1-Buscar as respostas dos fenômenos nos próprios fenômenos • As respostas sobre a natureza, os fenômenos humanos, sociais, políticos e éticos estão na própria natureza física ou humana. • Para obter essas respostas é preciso observar cuidadosa e sistematicamente os objetos que indagamos .
  • 16. O segundo princípio faz referência ao 2- papel do sujeito e às capacidades e habilidades que ele utiliza para buscar as respostas . Deve-se utilizar todos os sentidos para obter respostas. Olhar, ouvir, tatear, cheirar, degustar com cuidado, atenção, demoradamente, de forma sistemática para obter informações válidas para elaborar respostas às perguntas sobre os diversos fenômenos.
  • 17. A função da tecnologia • Essa sensibilidade desde os primórdios da episteme vem sendo ajudada pela tecnologia. A tecnologia vem se desenvolvendo sob o princípio de ampliar e aguçar a sensibilidade humana. • Alargando as capacidades da percepção humana: por exemplo ver mais longe, de forma mais fina, mais concentrada, ultrapassando limites, obstáculos e barreiras como a falta de iluminação, (telescópios, microscópios, raios -X, aparelhos de luz infravermelha, micro-câmaras). • Escutar melhor com ajuda das tecnologias tais como, radares, sonares, ultrassom. Sentir melhor através de sensores, ressonância magnética etc..