Esse Guia do Plano de Parto é fruto de uma pesquisa de Doutorado do GAPH Lab – Grupo de Apoio ao Parto Humanizado – UFMS / Mato Grosso do Sul.
Trata-se de uma proposta de método de educação em saúde a ser aplicado na atenção primária do SUS para a preparação para o nascimento com metodologias ativas para atividades de preparação para o parto.
O Guia destina-se aos profissionais que gerenciam e prestam assistência ao pré-natal, mas pode ser interessante para todas as pessoas vinculadas ao tema.
Já iniciamos um ciclo de oficinas para profissionais da saúde que desejam implementar a metodologia do Guia.
Além de uma capacitação de 8 horas comigo, os profissionais também farão parte do grupo de mentoria para a organização do grupo de gestantes que possam gerar impactos positivos na rede de atenção à saúde através da comunicação e empoderamento dos profissionais e usuários, valorizando a Caderneta da Gestante como instrumento de educação e formação para as grávidas. Fique atento em nossos canais para saber mais!
Quero aproveitar para agradecer a colaboração de todas as pessoas que participaram ativamente na construção deste material. Como produto de uma pesquisa participativa, ele foi construído por muitas mentes, algumas das quais nomeio abaixo:
Participantes consultados para o comitê de especialistas GAPH Lab
Adriele Benites – enfermeira obstetra em Anastácio
Aimê Bast– presidente do Coletivo Elas Podem – Campo Grande
Camila Mendonça – obstetriz em Ivinhema
Flávia Meira Marques – enfermeira e doula em Corumbá
Gabriela Mangelardo – jornalista responsável pela comunicação do GAPH Lab
Katiuce Assis – doula em Três Lagoas
Lúcia Kaiowá – enfermeira mestre em Saúde Pública atuante em Amambai
Paula Rodrigues– enfermeira especialista em saúde indígena
Poliana Sena– doula em Dourados
Tatianne Perez – fisioterapeuta e doula em Ponta Porã
Thais Dominato – representante do projeto “Defesa Delas”
Thaís Sagin – representante do Coletivo Mães de Bonito
Participantes do comitê de iniciação científica
Carla Diniz Benites – fisioterapia UFMS
Brenda Vital de Oliveira – enfermagem UFMS
Sarah Flores – medicina UFMS
Patrícia Duarte da Silva – enfermagem UFMS
Ariane Barros – enfermagem UFMS
Angela Rios
Fisioterapeuta especialista em saúde da mulher
Mestre em medicina e ciências da saúde
Doutoranda em Saúde Pública na USP
Obrigado e parabéns a todas!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Recomendações da OMS sobre cuidados maternos e neonatais para uma experiência pós-natal positiva.
Em consonância com os ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a Estratégia Global para a Saúde das Mulheres, Crianças e Adolescentes, e aplicando uma abordagem baseada nos direitos humanos, os esforços de cuidados pós-natais devem expandir-se para além da cobertura e da simples sobrevivência, de modo a incluir cuidados de qualidade.
Estas diretrizes visam melhorar a qualidade dos cuidados pós-natais essenciais e de rotina prestados às mulheres e aos recém-nascidos, com o objetivo final de melhorar a saúde e o bem-estar materno e neonatal.
Uma “experiência pós-natal positiva” é um resultado importante para todas as mulheres que dão à luz e para os seus recém-nascidos, estabelecendo as bases para a melhoria da saúde e do bem-estar a curto e longo prazo. Uma experiência pós-natal positiva é definida como aquela em que as mulheres, pessoas que gestam, os recém-nascidos, os casais, os pais, os cuidadores e as famílias recebem informação consistente, garantia e apoio de profissionais de saúde motivados; e onde um sistema de saúde flexível e com recursos reconheça as necessidades das mulheres e dos bebês e respeite o seu contexto cultural.
Estas diretrizes consolidadas apresentam algumas recomendações novas e já bem fundamentadas sobre cuidados pós-natais de rotina para mulheres e neonatos que recebem cuidados no pós-parto em unidades de saúde ou na comunidade, independentemente dos recursos disponíveis.
É fornecido um conjunto abrangente de recomendações para cuidados durante o período puerperal, com ênfase nos cuidados essenciais que todas as mulheres e recém-nascidos devem receber, e com a devida atenção à qualidade dos cuidados; isto é, a entrega e a experiência do cuidado recebido. Estas diretrizes atualizam e ampliam as recomendações da OMS de 2014 sobre cuidados pós-natais da mãe e do recém-nascido e complementam as atuais diretrizes da OMS sobre a gestão de complicações pós-natais.
O estabelecimento da amamentação e o manejo das principais intercorrências é contemplada.
Recomendamos muito.
Vamos discutir essas recomendações no nosso curso de pós-graduação em Aleitamento no Instituto Ciclos.
Esta publicação só está disponível em inglês até o momento.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
Existem cada vez mais evidências de que os setores de bebidas e alimentos ultra processados, fórmulas infantis, micronutrientes, pesticidas e manipulação genética de alimentos, além de atores associados, frequentemente tentam atrasar, enfraquecer, distorcer e/ou impedir o desenvolvimento de políticas e programas de alimentação e nutrição que possam contribuir efetivamente para sistemas alimentares mais saudáveis e sustentáveis.
Este documento estabelece um roteiro para introduzir e implementar, na Região das Américas, o Projeto de abordagem da OMS para a prevenção e gestão de conflitos de interesse na formulação de políticas e implementação de programas de nutrição no âmbito nacional, publicado pela OMS em dezembro de 2017.
Conflito de interesse segundo a OMS é uma situação em que o interesse primário de uma instituição pode ser indevidamente influenciado pelo interesse de um ator não estatal, de tal forma que afete (ou possa parecer afetar) a independência e objetividade do trabalho do governo no campo da saúde pública.
O projeto de abordagem da OMS é um processo decisório cujo objetivo é ajudar os Estados a identificar, prevenir e gerenciar potenciais conflitos de interesse quando da sua interação com atores não estatais (principalmente comerciais) nas políticas e programas de nutrição.
Considerando a complexidade do projeto de abordagem da OMS, este documento também fornece uma 'ferramenta de triagem' simplificada para apoiar e permitir sua aplicação.
Essa ferramenta de triagem foi desenvolvida pela OPAS, com o apoio de funcionários de ministérios da saúde e de organizações da sociedade civil.
Este roteiro tem como objetivos:
- apresentar os princípios fundamentais da abordagem da OMS aos tomadores de decisão das agências governamentais relevantes;
- adaptar e desenvolver formatos complementares da abordagem da OMS que se encaixem nos processos decisórios existentes em nível nacional;
- e complementar a ferramenta completa da OMS com uma ferramenta de triagem mais curta para aumentar a acessibilidade e possibilitar um envolvimento e uso mais efetivos na tomada de decisões relativas a potenciais interações com atores não estatais.
A publicação explica como esses objetivos podem ser abordados usando um método em 3 estágios. Ela também inclui anexos que cobrem estudos de caso, programas para oficinas e uma ferramenta de triagem para avaliar potenciais interações com atores não estatais: indústrias, comerciantes, empresas... Inclusive, no patrocínio de Congressos, Encontros, Reuniões científicas e apoio as Associações e Sociedades de profissionais de saúde.
Recomendamos!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
Promoção comercial dos ditos substitutos do leite materno:
Implementação do Código Internacional -
relatório de situação mundial em 2024
Esta publicação fornece informações atualizadas sobre o estado de implementação do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (de 1981) e subsequentes resoluções da Assembleia Mundial da Saúde (relacionadas com o “Código”) por países. Apresenta o estatuto jurídico do Código, incluindo até que ponto as disposições de recomendação foram incorporadas nas legislações nacionais.
O relatório centra-se na forma como as medidas legais delineiam processos de monitorização e aplicação para garantir a eficácia das disposições incluídas.
Também destaca exemplos importantes de interferência de fabricantes e distribuidores de substitutos do leite materno nos esforços para enfraquecer e atrasar a implementação de proteções contra o marketing antiético.
O Brasil aparece classificado como “substancialmente alinhado com o Código” devido à NBCAL – Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras, que está em constante atualização desde sua primeira versão de 1988.
Esse status no traz esperança de continuar avançando, principalmente contra o marketing digital perpetrado pelas redes sociais e pelas ditas “influenciadoras”.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
Maternidade pública de Salvador lança caderneta específica para acompanhamento da gestação de Homens Trans. A Unidade de saúde da Universidade Federal da Bahia mantém ações de acolhimento à população transexual. Medida visa preencher lacuna do sistema de saúde.
A iniciativa foi idealizada e produzida pela Maternidade Climério de Oliveira da UFBA em Salvador.
“A caderneta tem como objetivo promover inclusão social, visibilidade e pertencimento, além de produzir dados qualitativos e quantitativos sobre gestações transmasculinas. O uso do instrumento pode contribuir na elaboração de políticas públicas que propiciem o acesso, o cuidado seguro e a garantia de direitos, conforme estabelecido nos princípios do SUS (universalidade, equidade e integralidade)”, disse Sinaide Coelho, superintendente da MCO-UFBA.
TRANSGESTA
Trata-se de uma iniciativa voltada às pessoas que se reconhecem e se declaram transexuais, travestis, transgêneras, intersexo e outras denominações que representam formas diversas de vivência e de expressão de identidade de gênero. Desde o início, o programa realizou o acompanhamento de 7 homens trans gestantes, que resultou no nascimento de nove bebês na maternidade.
Parabéns!
Todo o nosso apoio: essa Caderneta será citada no V Seminário online anual preparatório para a SMAM 2024 em www.agostodourado.com
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
ALIMENTAÇÃO DE LACTENTES E CRIANÇAS PEQUENAS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA:
manual de orientações para a comunidade, profissionais de saúde e gestores de programas de assistência humanitária.
*Tema da SMAM 2009 e que abordaremos novamente no www.agostodourado.com desse ano.
As calamidades e emergências complexas têm um impacto devastador sobre a vida das pessoas. Repentinamente, elas perdem suas casas e são obrigadas a viver fora de seu local de origem, muitas vezes com a cisão abrupta da unidade familiar. O acesso aos serviços de saúde primários costuma ficar prejudicado ou completamente inviabilizado e os sistemas de saúde podem entrar em colapso. A água potável e os alimentos geralmente se tornam escassos, as condições de segurança precárias. Durante os desastres é preciso enfrentar o desafio de lidar com um grande número de pessoas em choque, muitas delas doentes, feridas ou traumatizadas por suas experiências. As mulheres e crianças são as vítimas que mais necessitam de cuidados. Muitas mulheres perdem seus maridos/companheiras, filhos, pais ou parentes e, mesmo assim, precisam iniciar imediatamente o trabalho de reconstruir seus lares, de organizar o espaço para continuar vivendo e de cuidar dos membros mais frágeis da família. O impacto sobre as mulheres pode ser imenso, tanto físico quanto emocional e social. Atenção extra e cuidados especiais precisam ser oferecidos às mulheres com crianças pequenas, órfãos e gestantes.
A Amamentação cruzada não é recomendada e as lactantes devem receber um acolhimento carinhoso para que possam continuar amamentando ou serem apoiadas para a relactação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
Você gostaria de saber mais sobre como ter uma amamentação prazerosa?
Tirar as principais dúvidas sobre aleitamento?
Como doar seu leite com segurança e ter apoio de um Bancos de Leite Humano?
Quais medicamentos pode tomar enquanto está amamentando?
Baixe agora o Aleitamento App!
O que você irá encontrar:
- dicas desde a gestação até a volta ao trabalho,
- espaço para crianças com dicas de livros,
- diário do bebê,
- rede de apoio / cuidado paterno e muito mais!
* Estamos sem patrocínio e precisamos do seu apoio para que essa ferramenta continue disponível gratuitamente.
=> Nosso aplicativo é sempre atualizado com informações baseadas em evidências científicas e notícias do universo da saúde materno-infantil.
É grátis e muito fácil baixar:
https://aleitamento.com.br/instalar/
ou acesse pelo celular o Google Play Store e na Apple Store, faça o download de “Aleitamento Lactare”
Programadora: Clara
Watanabe
Divulgação: aleitamento.com
Curadoria de conteúdo: Prof. Marcus Renato de Carvalho @marcus.decarvalho
Amamentação e desenvolvimento sensório psico-motor dos lactentes: “Trilhos anatômicos”, bases neurais da motricidade do sistema estomatognático e suas repercussões sistêmicas.
O lactente é preparado para a amamentação desde a décima segunda semana de gestação, quando inicia o ato reflexo de deglutir o líquido amniótico. A região do encéfalo responsável pela elaboração desses primitivos atos motores é o tronco encefálico. O RN adquire controle motor no sentido céfalo caudal. Isso se dá porque a deposição de mielina obedece à mesma direção. Acrescente-se o fato de o aumento expressivo dos prolongamentos de neurônios ocorrer, principalmente, até os 2 anos de idade. A amamentação, que deve ser mantida pelo menos até que o lactente complete 24 meses de vida, ou mais, funcionaria como uma forma de estimulação perfeita durante esse período crítico do desenvolvimento motor. No lactente, fase em que predominam as ações motoras do orbicular dos lábios e do bucinador (inervados pelo facial), a deglutição é visceral. Entre 7 e 8 meses de idade ocorre a erupção dos dentes incisivos decíduos. O contato inter incisal deflagra a mudança de dominância motora do facial para a do trigêmeo. O padrão de deglutição muda de visceral para somático. Os músculos masseter, pterigoideo medial e temporal (inervados pelo trigêmeo) fazem parte da linha profunda anterior e se comunicam com o occipto frontal (inervado pelo facial), limite cranial da linha superficial posterior. A atuação conjunta dessas duas linhas miofasciais permite que o lactente abandone sua postura flexora com o fortalecimento gradual da musculatura extensora. A amamentação promove, portanto, um adequado sincronismo das ações motoras estimuladas pelos nervos facial e trigêmeo, cujos núcleos se situam no tronco encefálico e estabelecem contato com diversas vias neurais importantes para a organização dos movimentos. Influência o tônus neuromuscular, a postura e o desenvolvimento motor do lactente.
Juliana de Magalhães Faria, Antonio de Padua Ferreira Bueno, Marcus Renato de Carvalho.
Publicado na Revista Fisioterapia Ser • vol. 18 - nº 4 • 2023.
Juliana é Fisioterapeuta em instituições públicas e/ou
privadas há 22 anos, onde adquiriu experiência na área da Saúde e Educação, Pediatria, Fisioterapia em reabilitação de bebês e crianças com problemas neurológicos, estimulação sensório psicomotora, correção postural, reabilitação de pacientes com limitações ortopédicas e neurológicas...
Especialista em Atenção Integral à Saúde Materno-infantil na Maternidade Escola da UFRJ onde iniciou esse artigo que começou com o seu TCC em 2006-7.
Os Princípios de Yogyakarta são um documento sobre direitos humanos nas áreas de orientação sexual e identidade de gênero, publicado em novembro de 2006 como resultado de uma reunião internacional de grupos de direitos humanos na cidade de Joguejacarta (em indonésio: Yogyakarta), na Indonésia.
Os Princípios foram complementados em 2017, expandindo-se para incluir mais formas de expressão de gênero e características sexuais, além de vários novos princípios.
Os Princípios, e sua extensão de 2017, contêm um conjunto de preceitos destinados a aplicar os padrões da lei internacional de direitos humanos ao tratar de situações de violação dos direitos humanos – LGBTQIA+ - de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, intersexuais e demais expressões de gênero.
São 29 princípios:
1. Direito ao Gozo Universal dos Direitos Humanos
2. Direito à Igualdade e a Não-Discriminação
3. Direito ao Reconhecimento Perante a Lei
4. Direito à Vida
Direito à Segurança Pessoal
6. Direito à Privacidade
7. Direito de Não Sofrer Privação Arbitrária da Liberdade
8. Direito a um Julgamento Justo
9. Direito a Tratamento Humano durante a Detenção
10. Direito de Não Sofrer Tortura e Tratamento ou Castigo Cruel, Desumano e Degradante
11. Direito à Proteção Contra todas as Formas de Exploração, Venda ou Tráfico de Seres Humanos
12. Direito ao Trabalho
13. Direito à Seguridade Social e outras Medidas de Proteção Social
14. Direito a um Padrão de Vida Adequado
15. Direito à Habitação Adequada
16. Direito à Educação
17. Direito ao Padrão mais Alto Alcançável de Saúde
18. Proteção contra Abusos Médicos
19. Direito à Liberdade de Opinião e Expressão
20. Direito à Liberdade de Reunião e Associação Pacíficas
21. Direito à Liberdade de Pensamento, Consciência e Religião
22. Direito à Liberdade de Ir e Vir
23. Direito de Buscar Asilo
24. Direito de Constituir uma Família
25. Direito de Participar da Vida Pública
26. Direito de Participar da Vida Cultural
27. Direito de Promover os Direitos Humanos
28. Direito a Recursos Jurídicos e Medidas Corretivas Eficazes
29. Responsabilização (“Accountability”).
Fonte: Wikipedia + JusBrasil
Recomendações da OMS sobre cuidados maternos e neonatais para uma experiência pós-natal positiva.
Em consonância com os ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a Estratégia Global para a Saúde das Mulheres, Crianças e Adolescentes, e aplicando uma abordagem baseada nos direitos humanos, os esforços de cuidados pós-natais devem expandir-se para além da cobertura e da simples sobrevivência, de modo a incluir cuidados de qualidade.
Estas diretrizes visam melhorar a qualidade dos cuidados pós-natais essenciais e de rotina prestados às mulheres e aos recém-nascidos, com o objetivo final de melhorar a saúde e o bem-estar materno e neonatal.
Uma “experiência pós-natal positiva” é um resultado importante para todas as mulheres que dão à luz e para os seus recém-nascidos, estabelecendo as bases para a melhoria da saúde e do bem-estar a curto e longo prazo. Uma experiência pós-natal positiva é definida como aquela em que as mulheres, pessoas que gestam, os recém-nascidos, os casais, os pais, os cuidadores e as famílias recebem informação consistente, garantia e apoio de profissionais de saúde motivados; e onde um sistema de saúde flexível e com recursos reconheça as necessidades das mulheres e dos bebês e respeite o seu contexto cultural.
Estas diretrizes consolidadas apresentam algumas recomendações novas e já bem fundamentadas sobre cuidados pós-natais de rotina para mulheres e neonatos que recebem cuidados no pós-parto em unidades de saúde ou na comunidade, independentemente dos recursos disponíveis.
É fornecido um conjunto abrangente de recomendações para cuidados durante o período puerperal, com ênfase nos cuidados essenciais que todas as mulheres e recém-nascidos devem receber, e com a devida atenção à qualidade dos cuidados; isto é, a entrega e a experiência do cuidado recebido. Estas diretrizes atualizam e ampliam as recomendações da OMS de 2014 sobre cuidados pós-natais da mãe e do recém-nascido e complementam as atuais diretrizes da OMS sobre a gestão de complicações pós-natais.
O estabelecimento da amamentação e o manejo das principais intercorrências é contemplada.
Recomendamos muito.
Vamos discutir essas recomendações no nosso curso de pós-graduação em Aleitamento no Instituto Ciclos.
Esta publicação só está disponível em inglês até o momento.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
Existem cada vez mais evidências de que os setores de bebidas e alimentos ultra processados, fórmulas infantis, micronutrientes, pesticidas e manipulação genética de alimentos, além de atores associados, frequentemente tentam atrasar, enfraquecer, distorcer e/ou impedir o desenvolvimento de políticas e programas de alimentação e nutrição que possam contribuir efetivamente para sistemas alimentares mais saudáveis e sustentáveis.
Este documento estabelece um roteiro para introduzir e implementar, na Região das Américas, o Projeto de abordagem da OMS para a prevenção e gestão de conflitos de interesse na formulação de políticas e implementação de programas de nutrição no âmbito nacional, publicado pela OMS em dezembro de 2017.
Conflito de interesse segundo a OMS é uma situação em que o interesse primário de uma instituição pode ser indevidamente influenciado pelo interesse de um ator não estatal, de tal forma que afete (ou possa parecer afetar) a independência e objetividade do trabalho do governo no campo da saúde pública.
O projeto de abordagem da OMS é um processo decisório cujo objetivo é ajudar os Estados a identificar, prevenir e gerenciar potenciais conflitos de interesse quando da sua interação com atores não estatais (principalmente comerciais) nas políticas e programas de nutrição.
Considerando a complexidade do projeto de abordagem da OMS, este documento também fornece uma 'ferramenta de triagem' simplificada para apoiar e permitir sua aplicação.
Essa ferramenta de triagem foi desenvolvida pela OPAS, com o apoio de funcionários de ministérios da saúde e de organizações da sociedade civil.
Este roteiro tem como objetivos:
- apresentar os princípios fundamentais da abordagem da OMS aos tomadores de decisão das agências governamentais relevantes;
- adaptar e desenvolver formatos complementares da abordagem da OMS que se encaixem nos processos decisórios existentes em nível nacional;
- e complementar a ferramenta completa da OMS com uma ferramenta de triagem mais curta para aumentar a acessibilidade e possibilitar um envolvimento e uso mais efetivos na tomada de decisões relativas a potenciais interações com atores não estatais.
A publicação explica como esses objetivos podem ser abordados usando um método em 3 estágios. Ela também inclui anexos que cobrem estudos de caso, programas para oficinas e uma ferramenta de triagem para avaliar potenciais interações com atores não estatais: indústrias, comerciantes, empresas... Inclusive, no patrocínio de Congressos, Encontros, Reuniões científicas e apoio as Associações e Sociedades de profissionais de saúde.
Recomendamos!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Promoção comercial dos ditos substitutos do leite materno:
Implementação do Código Internacional -
relatório de situação mundial em 2024
Esta publicação fornece informações atualizadas sobre o estado de implementação do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (de 1981) e subsequentes resoluções da Assembleia Mundial da Saúde (relacionadas com o “Código”) por países. Apresenta o estatuto jurídico do Código, incluindo até que ponto as disposições de recomendação foram incorporadas nas legislações nacionais.
O relatório centra-se na forma como as medidas legais delineiam processos de monitorização e aplicação para garantir a eficácia das disposições incluídas.
Também destaca exemplos importantes de interferência de fabricantes e distribuidores de substitutos do leite materno nos esforços para enfraquecer e atrasar a implementação de proteções contra o marketing antiético.
O Brasil aparece classificado como “substancialmente alinhado com o Código” devido à NBCAL – Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras, que está em constante atualização desde sua primeira versão de 1988.
Esse status no traz esperança de continuar avançando, principalmente contra o marketing digital perpetrado pelas redes sociais e pelas ditas “influenciadoras”.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Maternidade pública de Salvador lança caderneta específica para acompanhamento da gestação de Homens Trans. A Unidade de saúde da Universidade Federal da Bahia mantém ações de acolhimento à população transexual. Medida visa preencher lacuna do sistema de saúde.
A iniciativa foi idealizada e produzida pela Maternidade Climério de Oliveira da UFBA em Salvador.
“A caderneta tem como objetivo promover inclusão social, visibilidade e pertencimento, além de produzir dados qualitativos e quantitativos sobre gestações transmasculinas. O uso do instrumento pode contribuir na elaboração de políticas públicas que propiciem o acesso, o cuidado seguro e a garantia de direitos, conforme estabelecido nos princípios do SUS (universalidade, equidade e integralidade)”, disse Sinaide Coelho, superintendente da MCO-UFBA.
TRANSGESTA
Trata-se de uma iniciativa voltada às pessoas que se reconhecem e se declaram transexuais, travestis, transgêneras, intersexo e outras denominações que representam formas diversas de vivência e de expressão de identidade de gênero. Desde o início, o programa realizou o acompanhamento de 7 homens trans gestantes, que resultou no nascimento de nove bebês na maternidade.
Parabéns!
Todo o nosso apoio: essa Caderneta será citada no V Seminário online anual preparatório para a SMAM 2024 em www.agostodourado.com
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ALIMENTAÇÃO DE LACTENTES E CRIANÇAS PEQUENAS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA:
manual de orientações para a comunidade, profissionais de saúde e gestores de programas de assistência humanitária.
*Tema da SMAM 2009 e que abordaremos novamente no www.agostodourado.com desse ano.
As calamidades e emergências complexas têm um impacto devastador sobre a vida das pessoas. Repentinamente, elas perdem suas casas e são obrigadas a viver fora de seu local de origem, muitas vezes com a cisão abrupta da unidade familiar. O acesso aos serviços de saúde primários costuma ficar prejudicado ou completamente inviabilizado e os sistemas de saúde podem entrar em colapso. A água potável e os alimentos geralmente se tornam escassos, as condições de segurança precárias. Durante os desastres é preciso enfrentar o desafio de lidar com um grande número de pessoas em choque, muitas delas doentes, feridas ou traumatizadas por suas experiências. As mulheres e crianças são as vítimas que mais necessitam de cuidados. Muitas mulheres perdem seus maridos/companheiras, filhos, pais ou parentes e, mesmo assim, precisam iniciar imediatamente o trabalho de reconstruir seus lares, de organizar o espaço para continuar vivendo e de cuidar dos membros mais frágeis da família. O impacto sobre as mulheres pode ser imenso, tanto físico quanto emocional e social. Atenção extra e cuidados especiais precisam ser oferecidos às mulheres com crianças pequenas, órfãos e gestantes.
A Amamentação cruzada não é recomendada e as lactantes devem receber um acolhimento carinhoso para que possam continuar amamentando ou serem apoiadas para a relactação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Você gostaria de saber mais sobre como ter uma amamentação prazerosa?
Tirar as principais dúvidas sobre aleitamento?
Como doar seu leite com segurança e ter apoio de um Bancos de Leite Humano?
Quais medicamentos pode tomar enquanto está amamentando?
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O que você irá encontrar:
- dicas desde a gestação até a volta ao trabalho,
- espaço para crianças com dicas de livros,
- diário do bebê,
- rede de apoio / cuidado paterno e muito mais!
* Estamos sem patrocínio e precisamos do seu apoio para que essa ferramenta continue disponível gratuitamente.
=> Nosso aplicativo é sempre atualizado com informações baseadas em evidências científicas e notícias do universo da saúde materno-infantil.
É grátis e muito fácil baixar:
https://aleitamento.com.br/instalar/
ou acesse pelo celular o Google Play Store e na Apple Store, faça o download de “Aleitamento Lactare”
Programadora: Clara
Watanabe
Divulgação: aleitamento.com
Curadoria de conteúdo: Prof. Marcus Renato de Carvalho @marcus.decarvalho
Amamentação e desenvolvimento sensório psico-motor dos lactentes: “Trilhos anatômicos”, bases neurais da motricidade do sistema estomatognático e suas repercussões sistêmicas.
O lactente é preparado para a amamentação desde a décima segunda semana de gestação, quando inicia o ato reflexo de deglutir o líquido amniótico. A região do encéfalo responsável pela elaboração desses primitivos atos motores é o tronco encefálico. O RN adquire controle motor no sentido céfalo caudal. Isso se dá porque a deposição de mielina obedece à mesma direção. Acrescente-se o fato de o aumento expressivo dos prolongamentos de neurônios ocorrer, principalmente, até os 2 anos de idade. A amamentação, que deve ser mantida pelo menos até que o lactente complete 24 meses de vida, ou mais, funcionaria como uma forma de estimulação perfeita durante esse período crítico do desenvolvimento motor. No lactente, fase em que predominam as ações motoras do orbicular dos lábios e do bucinador (inervados pelo facial), a deglutição é visceral. Entre 7 e 8 meses de idade ocorre a erupção dos dentes incisivos decíduos. O contato inter incisal deflagra a mudança de dominância motora do facial para a do trigêmeo. O padrão de deglutição muda de visceral para somático. Os músculos masseter, pterigoideo medial e temporal (inervados pelo trigêmeo) fazem parte da linha profunda anterior e se comunicam com o occipto frontal (inervado pelo facial), limite cranial da linha superficial posterior. A atuação conjunta dessas duas linhas miofasciais permite que o lactente abandone sua postura flexora com o fortalecimento gradual da musculatura extensora. A amamentação promove, portanto, um adequado sincronismo das ações motoras estimuladas pelos nervos facial e trigêmeo, cujos núcleos se situam no tronco encefálico e estabelecem contato com diversas vias neurais importantes para a organização dos movimentos. Influência o tônus neuromuscular, a postura e o desenvolvimento motor do lactente.
Juliana de Magalhães Faria, Antonio de Padua Ferreira Bueno, Marcus Renato de Carvalho.
Publicado na Revista Fisioterapia Ser • vol. 18 - nº 4 • 2023.
Juliana é Fisioterapeuta em instituições públicas e/ou
privadas há 22 anos, onde adquiriu experiência na área da Saúde e Educação, Pediatria, Fisioterapia em reabilitação de bebês e crianças com problemas neurológicos, estimulação sensório psicomotora, correção postural, reabilitação de pacientes com limitações ortopédicas e neurológicas...
Especialista em Atenção Integral à Saúde Materno-infantil na Maternidade Escola da UFRJ onde iniciou esse artigo que começou com o seu TCC em 2006-7.
Os Princípios de Yogyakarta são um documento sobre direitos humanos nas áreas de orientação sexual e identidade de gênero, publicado em novembro de 2006 como resultado de uma reunião internacional de grupos de direitos humanos na cidade de Joguejacarta (em indonésio: Yogyakarta), na Indonésia.
Os Princípios foram complementados em 2017, expandindo-se para incluir mais formas de expressão de gênero e características sexuais, além de vários novos princípios.
Os Princípios, e sua extensão de 2017, contêm um conjunto de preceitos destinados a aplicar os padrões da lei internacional de direitos humanos ao tratar de situações de violação dos direitos humanos – LGBTQIA+ - de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, intersexuais e demais expressões de gênero.
São 29 princípios:
1. Direito ao Gozo Universal dos Direitos Humanos
2. Direito à Igualdade e a Não-Discriminação
3. Direito ao Reconhecimento Perante a Lei
4. Direito à Vida
Direito à Segurança Pessoal
6. Direito à Privacidade
7. Direito de Não Sofrer Privação Arbitrária da Liberdade
8. Direito a um Julgamento Justo
9. Direito a Tratamento Humano durante a Detenção
10. Direito de Não Sofrer Tortura e Tratamento ou Castigo Cruel, Desumano e Degradante
11. Direito à Proteção Contra todas as Formas de Exploração, Venda ou Tráfico de Seres Humanos
12. Direito ao Trabalho
13. Direito à Seguridade Social e outras Medidas de Proteção Social
14. Direito a um Padrão de Vida Adequado
15. Direito à Habitação Adequada
16. Direito à Educação
17. Direito ao Padrão mais Alto Alcançável de Saúde
18. Proteção contra Abusos Médicos
19. Direito à Liberdade de Opinião e Expressão
20. Direito à Liberdade de Reunião e Associação Pacíficas
21. Direito à Liberdade de Pensamento, Consciência e Religião
22. Direito à Liberdade de Ir e Vir
23. Direito de Buscar Asilo
24. Direito de Constituir uma Família
25. Direito de Participar da Vida Pública
26. Direito de Participar da Vida Cultural
27. Direito de Promover os Direitos Humanos
28. Direito a Recursos Jurídicos e Medidas Corretivas Eficazes
29. Responsabilização (“Accountability”).
Fonte: Wikipedia + JusBrasil
"Amamentação, sistemas de primeira alimentação
e poder corporativo: um estudo de caso sobre o mercado e as práticas políticas da indústria
transnacional de alimentação infantil no Brasil"
Artigo original: Breastfeeding, first-food systems and corporate power: a case study
on the market and political practices of the transnational baby food industry in Brazil.
Métodos da pesquisa: Usamos um desenho de estudo de caso, extraindo dados de documentos e entrevistas com informantes-chave (N=10).
Resultados: As taxas de amamentação despencaram no Brasil para um mínimo histórico na década de 1970. O ressurgimento da amamentação a partir
de meados da década de 1980 refletiu o fortalecimento do compromisso para a política nacional e uma lei de proteção da amamentação, resultante, por sua vez, de ações coletivas levadas a cabo por coligações de amamentação, defensores e mães. No entanto, mais
recentemente, as melhorias na amamentação estabilizaram no Brasil, enquanto a indústria aumentou as vendas de CMF
( Fórmulas Lácteas Comerciais) no Brasil em 750% entre 2006 e
2020. À medida que as regulamentações se tornaram mais rigorosas, a indústria promoveu de forma mais agressiva os CMF para bebés mais velhos e crianças pequenas, bem como para produtos especializados. fórmulas. A indústria de alimentos para bebés é fortalecida através da associação com grupos industriais poderosos e emprega lobistas com bom acesso aos decisores políticos.
A indústria conquistou a profissão pediátrica no Brasil através de sua associação de longa data com a Sociedade Brasileira de Pediatria.
...
Parabenizamos os autores: Cindy Alejandra Pachón Robles, Mélissa Mialon, Laís Amaral Mais, Daniela Neri, Kimielle Cristina Silva e Phillip
Baker.
Tradução: Moises Chencinski
* Referência: Robles et al. Globalization and Health (2024) 20:12
https://doi.org/10.1186/s12992-024-01016-0
GLOBAL BREASTFEEDING SCORECARD 2023
As taxas de amamentação estão aumentando em todo mundo através da melhoria dos sistemas de promoção, proteção e apoio.
A amamentação é essencial para a sobrevivência e saúde infantil. O leite materno é um produto seguro, natural, nutritivo e sustentável. O padrão ouro para a alimentação dos lactentes. O leite materno contém anticorpos que ajudam a proteger contra muitas doenças infantis, como como diarreia e doenças respiratórias. Estima-se que o desmame precoce seja responsável por 16% das mortes infantis a cada ano.
As crianças amamentadas têm melhor desempenho em testes de inteligência e têm menos probabilidade de ter excesso de peso ou obesidade na vida adulta. As mulheres que amamentam também têm um risco reduzido de câncer e diabetes tipo II.
O “Global Breastfeeding Scorecard” examina as práticas atuais de amamentação em todo o mundo, considerando o momento de iniciação, exclusividade nos primeiros seis meses de vida e continuação até os dois anos de idade.
Além disso, documenta o desempenho nacional em indicadores-chave de como a amamentação é protegida e apoiada. Essa edição 2023 registra o progresso e os desafios na melhoria da amamentação. O relatório destaca histórias de sucesso em vários países que reforçaram as suas políticas e programas de amamentação.
Oito iniciativas fundamentais e seus impactos são analisadas:
1. Assegurar e ampliar o financiamento de políticas para aumentar as taxas de amamentação desde o nascimento até aos dois anos de vida dos lactentes;
2. Implementar integralmente o Código de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (NBCAL no Brasil);
3. Garantir legalmente licença parentalidade (licença maternidade e paternidade) remunerada e políticas de apoio à amamentação no local de trabalho;
4. Implementar os Dez Passos para o Sucesso da Amamentação nas maternidades – a IHAC;
5. Melhorar o acesso as capacitações em Aconselhamento em amamentação;
6. Fortalecer os vínculos entre as unidades de saúde e as comunidades;
7. Fortalecer os sistemas de monitoramento que acompanham o progresso das políticas, programas de aleitamento, e o seu financiamento;
8. Apoio IYCF (Infant and Young Child Feeding / Alimentação de lactentes e pré-escolares) em Emergências
...
CONCLUSÃO
O Scorecard demonstra que há progressos na proteção e no apoio à amamentação. Mas, ainda temos desafios significativos no aleitamento materno. São necessários mais investimentos e ações políticas ousadas para melhorar os ambientes propícios à proteção, promoção e apoio à amamentação.
Essa importantíssima publicação é do GLOBAL BREASTFEEDING COLLECTIVE, um conjunto de dezenas de instituições e experts no tema com o apoio do UNICEF.
Tradução livre do Prof. Marcus Renato de Carvalho www.aleitamento.com
Workplace breastfeeding support for working women: A scale
development study
Artigo científico publicado no European Journal of Obstetrics & Gynecology and
Reproductive Biology: X
O objetivo deste estudo foi desenvolver uma escala para avaliar o apoio ao aleitamento materno no local de trabalho.
Métodos
O estudo foi realizado com 490 mulheres trabalhadoras que se inscreveram nos ambulatórios da mulher e da criança de um hospital na Turquia. Os dados do estudo foram coletados por meio de um 'Formulário de Informações Pessoais' e da 'Escala de Apoio à Amamentação no Local de Trabalho para Mulheres Trabalhadoras'. Os dados foram analisados nos softwares SPSS 25 e AMOS 21. No processo de desenvolvimento da escala; Utilizaram-se a validade de conteúdo, a análise fatorial exploratória, os métodos de correlação item escore total e o coeficiente alfa de Cronbach.
Resultados
O índice de validade de conteúdo da escala foi de 0,90 e o valor de alfa de Cronbach foi de 0,93. O valor da escala de Kaiser-Meyer-Olkin foi de 0,91, o teste de Bartlett foi χ2 = 11.573,924 e p < 0,000. De acordo com os resultados da análise fatorial exploratória para a validade de construto da escala, a escala foi composta por 31 itens e 6 fatores.
Conclusões
A escala desenvolvida pode ser utilizada para avaliar o apoio à amamentação no local de trabalho para mulheres trabalhadoras como um instrumento de medida válido e confiável.
Excelente instrumento: tema da SMAM 2023 - Amamentação / Direito da Mulher Trabalhadora.
Profa. Carla Taddei afirma nessa entrevista que a AMAMENTAÇÃO modula a MICROBIOTA, e, portanto, se sobrepõe ao parto normal na transmissão materno infantil de “bactérias do bem”.
E em outra pesquisa mostrou que os prematuros de UTI Neonatal que tomavam leite materno tinham menos tempo de internação, independentemente se receberam leite da própria mãe ou leite humano pasteurizado do Banco de Leite da maternidade.
Está comprovado cientificamente que a Amamentação dá resiliência para a microbiota e, mesmo que a criança precise de antibiótico ou que tenha alguma outra enfermidade, o Aleitamento humano vai garantir a estrutura daquela comunidade microbiana (que antigamente chamávamos de flora intestinal).
Dra. Carla Taddei é Professora Associada do Laboratório de Microbiologia Molecular do HU da USP.
Fonte: Super Saudável, Ano XXIII, número 100 – outubro a dezembro de 2023.
Leia mais sobre esse tema no nosso portal www.aleitamento.com
As bactérias do leite humano - Microbioma do leite materno tem um efeito protetor contra infecções.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Esse é o capítulo sobre políticas públicas de promoção, proteção e apoio ao aleitamento da 4ª edição do livro “Amamentação – bases científicas” – GEN Editora, 2017.
“Manejo Ampliado” é um conjunto de saberes que vão mais além dos conhecimentos biomédicos necessários para a assistência clínica ao binômio lactante-lactente.
É a capacitação de profissionais para elaborarem programas, políticas, eventos em prol da amamentação, com enfoque de gênero, interseccionalidade, diversidade e inclusão.
São apresentadas várias iniciativas internacionais e nacionais das ONGs e dos governos municipais, estaduais e federal.
Inclui um histórico das Semanas Mundiais de Aleitamento e dos Encontros Nacionais de Aleitamento desde 1991.
É o aleitamento pela ótica da saúde coletiva.
Mande suas críticas, sugestões e outras iniciativas não citadas.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Orientação sobre regulamentação de medidas destinadas a restringir o marketing digital de substitutos do leite materno (em tradução livre)
É urgente a proteção da amamentação nas redes sociais
"Guidance on regulatory measures aimed at restricting digital marketing of breast-milk substitutes".
As redes sociais se tornaram rapidamente a fonte predominante de exposição à promoção de substitutos do leite materno a nível mundial. O marketing digital amplifica o alcance e o poder da publicidade e de outras formas de promoção em ambientes digitais, e a exposição a promoção comercial digital aumenta a compra e a utilização dos ditos substitutos do leite materno.
À luz destas evidências, a 75ª. Assembleia Mundial da Saúde solicitou que a OMS desenvolvesse orientações para os Estados-Membros sobre medidas regulamentares destinadas a restringir a comercialização digital de substitutos do leite materno. Esta orientação aplica-se à comercialização de produtos abrangidos pelo Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (NBCAL no Brasil), bem como a alimentos para lactentes e crianças pequenas que não sejam substitutos do leite materno.
Parabenizamos o nosso colega e amigo Cristiano Boccolini (Institute of Scientific and Technological Communication—ICICT, Oswaldo Cruz Foundation—Fiocruz, Brazil) um dos autores dessa inédita publicação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Este Guia, “Alimentação complementar de bebês e crianças pequenas de 6 a 23 meses de idade”, substitui os Princípios Orientadores para Alimentação Complementar do Lactente Amamentado e princípios orientadores para alimentação crianças não amamentadas de 6 a 24 meses de idade.
A alimentação complementar saudável é definida como o processo de fornecimento de alimentos além do leite materno ou fórmula láctea quando por si só não são mais suficientes para atender necessidades nutricionais. Geralmente começa aos 6 meses de idade e continua até 24 meses de idade, embora a amamentação deve permanecer além deste período.
Essa etapa é um momento crítico para o desenvolvimento para as crianças aprenderem a aceitar alimentos e bebidas saudáveis a longo prazo. Também coincide com o período de pico para o risco de crescimento insuficiente e deficiências nutricionais.
As consequências imediatas, como a desnutrição durante estes anos de formação –
bem como no útero e nos primeiros 6 meses de
vida - incluem crescimento insuficiente significativo, morbidades e mortalidade e atraso motor, retardo do desenvolvimento cognitivo e sócio emocional.
Mais tarde, pode levar a um risco aumentado de doenças não transmissíveis (DNT). No
longo prazo, desnutrição na primeira infância causa redução da capacidade de trabalho e dos rendimentos e, entre as meninas, redução da capacidade reprodutiva. A Alimentação Complementar inadequada com alimentos ultra processados pode resultar em Obesidade, Diabetes tipo 2, hipertensão…
Os primeiros dois anos de vida também são um período crítico para o desenvolvimento do cérebro, a aquisição de linguagem e maturação das vias sensoriais para a visão
e audição, e o desenvolvimento de melhor desempenho das funções cognitivas.
Estas novas diretrizes estão atualizadas com evidências mais sólidas e têm muitos princípios em comum com o que preconiza o “Guia Alimentar para Crianças Brasileiras menores de 2 anos”. (Baixe aqui no nosso SlideShare).
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Apresentamos a Carta do Recife: Por uma política pública de atenção integral aos homens na saúde para promoção da paternidade e do cuidado no Brasil que apresenta uma breve síntese das reflexões e discussões desenvolvidas ao longo do Seminário Nacional e Internacional "Paternidade e Cuidado" que aconteceu em Recife, entre 30 de agosto e 1º de setembro de 2023.
Nesta carta, apresentamos algumas notas e proposições a toda a sociedade brasileira, dialogando especialmente com gestores/as da União, estados e municípios, legisladores/as, órgãos do poder judiciário, empresas, empregadores/as, sindicatos, movimentos sociais, pesquisadores/as, entidades vinculadas ao controle social e à sociedade em geral.
Abraços,
Coordenação de Atenção à Saúde do Homem (COSAH/CGACI/DGCI/SAPS/MS)
Núcleo de Pesquisas Feministas em Gênero e Masculinidades - GEMA/UFPE
Núcleo GenSex/Fiocruz
Núcleo Tramas/UFPA
UFMT
Estivemos presentes e ratificamos essas análises e recomendações.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Representante do Parents in Science / Faculdade de Medicina - UFRJ
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A Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) reconhece a Amamentação
como uma prática protetora que pode salvar vidas e recomenda que seja iniciada dentro da 1ª hora de vida (conhecida como “hora mágica” ou "hora de ouro").
Através das recomendações do
melhores práticas, a OMS sugere que a amamentação “temprana” e oportuna na sala de parto pode trazer grandes benefícios para ambos – tanto para a mãe quanto para o bebê.
Alguns aspectos importantes da hora mágica, como o contato pele a pele e o início
no início do aleitamento materno, pode prevenir a hemorragia pós-parto, facilita a involução uterina e produz amenorreia lactacional, que é um método contraceptivo (LAM) útil.
A amamentação no início da vida traz benefícios a longo prazo para a mãe e para a criança.
...
Parabéns a FIGO!
Amamentação na primeira hora: proteção sem demora!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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O atendimento ambulatorial de Puericultura é destinado à criança saudável, para a prevenção, e não para o tratamento de doenças. Sendo
assim, diante dos novos conceitos de programming
e epigenética, fica clara a necessidade da assistência à saúde da criança se iniciar antes
mesmo de seu nascimento.
A ANS em 2013, pela Resolução Normativa nº 338, incluiu o procedimento pediátrico “atendimento ambulatorial em puericultura” no rol de consultas, passando a valer desde janeiro de 2014. Uma vez incluído, o procedimento passou a fazer parte da cobertura assistencial mínima
obrigatória pelos planos privados de assistência
à saúde suplementar: operadoras, Unimed...
O atendimento pediátrico a gestantes (terceiro trimestre) foi contemplado pelo Código
nº 1.01.06.04-9 com indicação de remuneração pelo Porte 2B, lembrando aos pediatras a importância do preenchimento correto do código da ANS nas guias de consulta para o devido reembolso desse valor diferenciado.
Vamos incentivar as gestantes a marcarem uma Consulta Pediátrica Pré-Natal?
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Este documento apresenta a posição conjunta e a visão de um grupo de trabalho especializado, global e multissetorial sobre a implementação da Metodologia Mãe Canguru (MCC) para todos os bebês prematuros ou com baixo peso ao nascer (BPN), como base para o cuidado de recém-nascidos prematuros e/ou doentes.
O documento resume as informações básicas, as evidências e a justificativa para disponibilizar o MMC para todos os recém-nascidos prematuros ou de BPN e busca mobilizar a comunidade internacional de saúde materna, neonatal e infantil e as famílias para se unirem para apoiar a implementação do MMC para todos os prematuros ou bebês com baixo peso ao nascer para melhorar a saúde e o bem-estar deles e de suas mães e famílias.
Este documento de posição destina-se a ser utilizado por gestores, parceiros de desenvolvimento, lideranças do pessoal de saúde, pediatras neonatologistas, lideranças da sociedade civil (por exemplo, organizações de pais e profissionais) e organizações de pesquisa envolvidos na pesquisa de implementação do MMC.
O MMC é uma intervenção que permite à mãe assumir um papel central em sua própria vida
e os cuidados do seu recém-nascido, revertendo assim a mudança de poder entre a mãe e o responsável pelos cuidados de saúde, prestadores ou sistemas de saúde. Humaniza os cuidados maternos e neonatais, capacitando e envolvendo
aqueles que mais cuidam do RN, em vez de focar predominantemente em soluções tecnológicas.
Assim, o MMC pode servir como ponto de partida para uma reformulação mais ampla do sistema de saúde e para a prestação de serviços,
transformação dos cuidados maternos e neonatais, e um modelo do que pode ser realizado quando
as partes interessadas relevantes têm o poder de desempenhar os papéis que lhes são naturalmente confiados no cuidado dos seus
recém-nascidos.
Esse documento mostra como o Cuidado Mãe-Canguru pode ser revolucionário na atenção neonatal.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Este "Guia do Pré-Natal do Parceiro para Profissionais
de Saúde" foi originalmente publicado em 2016 para apresentar a Estratégia Pré-Natal do Parceiro (EPNP), que, em linhas gerais, visa orientar
profissionais e gestores(as) do SUS sobre a importância do envolvimento masculino em todo o ciclo gravídico-puerperal.
Mais recentemente, entre 2021 e 2023, este material passou por processo de revisão/atualização
conduzido pela Coordenação de Atenção à Saúde do Homem (Cosah/CGACI/DGCI/Saps/MS), com a participação de pesquisadores/as vinculados/
as a instituições públicas de pesquisa e formação acadêmica (Gema/UFPE; UFPA; UFMT e IFF/Fiocruz).
Esse processo contou também com diálogos e a apreciação de gestores(as), das Coordenações
Estaduais e Municipais de Saúde do Homem, das áreas técnicas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, além de
trabalhadores(as) da atenção primária à saúde (APS)
e representantes da sociedade civil.
Para ampliarmos a participação dos homens na APS é necessário que trabalhadores(as) e gestores(as) revejam práticas e ideias e estejam mais atentos(as)
às construções socioculturais de gênero e às singularidades das pessoas e dos territórios, a fim
de garantir espaços de reflexão sobre as práticas de cuidado em saúde.
Parabéns ao Ministério da Saúde e parceiros.
Notamos a falta de conteúdo da Amamentação - informações básicas devem ser dadas nessa fase gestacional para que mães e pais se preparem para esse ato de cuidado e proteção da infância.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) relançou na manhã desta quarta (30) o livro O Matador de Bebês – 3ª edição (2023).
O pediatra João Guilherme Bezerra Alves leu a carta publicada pela prestigiada revista científica The Lancet em que os profissionais do IMIP, destacam a luta do fundador desta casa na proteção da amamentação.
A coordenadora do Banco de Leite, Vilneide Braga, relembrou na sua fala o percurso do professor em prol da amamentação, da IHAC, do Cuidado Mãe-Canguru...
A obra teve impacto mundial por denunciar as consequências na saúde da população com a comercialização de fórmulas infantis e da mamadeira, em países do Terceiro Mundo.
Silvia Rissin concedeu o título de sócio honorário ao Professor Mike Muller, que se sentiu muito surpreso pela honraria e pelo interesse ao tema.
Estive presente e esse livro é muito impactante sobre a falta de ética dos produtores de fórmulas infantis que atuavam sem os limites do Código Internacional dos ditos Substitutos do Leite Materno.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Nesse Agosto Dourado, a Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP publica um livro digital sobre direitos da mulher trabalhadora que amamenta.
É possível "conciliar" a amamentação com o trabalho? A Constituição Federal protege o aleitamento materno? Para esclarecer estas e outras questões, a SBP lança nesta semana a publicação “Os direitos da mulher trabalhadora que amamenta”.
Esse livro é parte das ações em comemoração ao Agosto Dourado, mês da campanha mundial de conscientização sobre a importância do aleitamento materno.
Como destaca o documento, para facilitar o processo de adaptação das relações de trabalho da mãe às necessidades de amamentação do filho, sobretudo nos primeiros meses de vida, é fundamental conhecer, de maneira prévia, quais direitos estão garantidos na lei brasileira.
Nossa observação: me incomoda o termo “conciliar” porque acaba virando uma sobrecarga para a mulher 😥
E aqui no Brasil, esse termo é pejorativo, os pelegos conciliam…
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Apresentamos a tradicional publicação da Aliança Mundial pró Amamentação para a Semana Mundial de Aleitamento Materno / Agosto Dourado desse ano, que começa hoje - 1o. de agosto.
O slogan oficial traduzido para o português é:
"Apoie a amamentação: faça a diferença para mães e pais que trabalham".
Compartilhem com suas amigas e colegas de trabalho e conversem sobre como tornar as empresas, escolas, universidades, cidades... respeitosas com as mulheres trabalhadoras.
Tantas são as ações necessárias para que as mulheres trabalhadoras possam amamentar pelo tempo recomendado - até 2 anos ou mais, e de forma exclusiva nos primeiros 6 meses.
Este manual oferece orientações sobre acessibilidade comunicacional, garantida pela Lei Brasileira de Inclusão (lei 13.146/2015), visando a inclusão das pessoas com deficiência. Particularmente eventos e produções bibliográficas promovidos, elaborados ou financiados pelo setor público ficam obrigados a respeitar as condições de acessibilidade. Este Guia encontra-se acessível na Língua Brasileira de Sinais e contem audiodescrição de todas as imagens. Há também previsão de publicação de versão em braile.
Parabéns à Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca - ENSP/FioCruz.
Vamos seguir essas recomendações e repassar essas diretrizes para nossas alunas de graduação e pós-graduação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a importância da linguagem neutra no campo do aleitamento humano, a partir da perspectiva da interseccionalidade queer. Em 2013, foi publicada a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais, porém, serviços e profissionais de saúde carecem de instrução e capacitação para atender às necessidades de saúde da população LGBTQIA+, que não se encaixa no padrão da heterocisnormatividade.
A promoção ao aleitamento encontra entraves, como a ausência do uso da linguagem neutra nos atendimentos, da aplicação de conhecimento e práticas de indução da lactação e a compreensão de que pessoas cis e trans gestam e podem amamentar, se assim o desejarem.
Assim, consideramos que práticas em saúde e reflexões de cuidado a partir da interseccionalidade queer tem potencial para desconstruir a heterocisnormatividade, aqui, por meio da proposta da linguagem neutra.
...
Conclusões
O aleitamento humano é reconhecido como um importante direito reprodutivo,
entretanto, usualmente associado às mulheres cisgênero, deixando de lado as pessoas
LGBTQIA+ e não binárias. Assim, o aleitamento humano não é uma categoria
uniforme e a interseccionalidade queer nos ajuda a compreender como a lactação é uma
experiência única para cada pessoa e família.
A língua e a linguagem têm papel fundamental na socialização das pessoas.
São aspectos social e culturalmente construídos, sendo, portanto, modificáveis.
Desconstruir a noção normativa da amamentação por meio da linguagem torna-se
imperativo para um projeto de cuidado em saúde equânime e integral. Assim,
utilizamos da perspectiva interseccional queer para pensar a linguagem neutra no
campo do aleitamento humano, buscando-se ao menos questionar um pouco essa
noção, além de colocar aos/às/aes profissionais de saúde algumas orientações que
podem ser úteis em suas práticas profissionais.
Parabenizamos as autoras:
Natália Sevilha Stofel
natalia.stofel@ufscar.br
Flávio Adriano Borges
flavioborges@ufscar.br
Bruno Torelli de Camargo
brunotorelli@estudante.ufscar.br
Natália Rejane Salim
nat.salim@ufscar.br
Iraí Maria de Campos Teixeira
irai@ufscar.br
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
Esta Caderneta de acompanhamento da Gestação aborda vários temas imprescindíveis para a saúde materno-infantil:
- Direitos antes e depois do parto;
- Cartão de consultas e exames, com espaço para anotar dúvidas; - Dicas para uma gravidez saudável e sinais de alerta;
- Informações e orientações sobre a gestação e o desenvolvimento do bebê;
- alguns cuidados de saúde;
- o parto e o pós-parto;
- dicas e orientações sobre amamentação;
- como tirar a Certidão de Nascimento do recém-nascido.
Parabéns ao Ministério da Saúde!
Difundam essa ferramenta poderosa para que as gestações, o parto e nascimento sejam mais saudáveis e prazerosos.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
Semana Mundial de Aleitamento Materno, o Agosto dourado desse ano terá como foco a amamentação e o emprego/trabalho.
Mostrará o impacto da licença remunerada, do apoio no local de trabalho e das normas parentais emergentes sobre a amamentação através das lentes dos próprios pais.
Destina-se aos governos, formuladores de políticas, locais de trabalho, comunidades e mães e pais, serão envolvidos para desempenhar seus papéis críticos no fortalecimento das famílias e na manutenção de ambientes favoráveis à amamentação na vida profissional pós-pandemia.
O tema está alinhado com a área temática 4 da campanha WBW-SDG 2030.
Aguardem mais materiais para nos prepararmos para a SMAM.
Inscreva-se no nosso Seminário em www.agostodourado.com
Temos o prazer de colocar disponível para os estudiosos + 1 capítulo sobre manejo clínico da amamentação. Desta vez é do livro “Obstetrícia Básica” 3ª edição capitaneado pelo Prof. Hermógenes com os Editores Renato Sá e Cristiane Oliveira pela Atheneu em 2015.
Escrevemos de forma didática, e contém resumidamente:
- Lactogênese/Mamogênese/Apojadura/Galactopoiese
- Psicofisiologia da lactação
- Colostro/leite de transição/maduro
- Atenção pré-natal/parto/puerpério
- Apoio à nutriz/Aconselhamento
- Ordenha/conservação
- IHAC
Usufruam e não se esqueçam de atualizar, já que foi escrito há 8 anos.
Abraços,
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
"Amamentação, sistemas de primeira alimentação
e poder corporativo: um estudo de caso sobre o mercado e as práticas políticas da indústria
transnacional de alimentação infantil no Brasil"
Artigo original: Breastfeeding, first-food systems and corporate power: a case study
on the market and political practices of the transnational baby food industry in Brazil.
Métodos da pesquisa: Usamos um desenho de estudo de caso, extraindo dados de documentos e entrevistas com informantes-chave (N=10).
Resultados: As taxas de amamentação despencaram no Brasil para um mínimo histórico na década de 1970. O ressurgimento da amamentação a partir
de meados da década de 1980 refletiu o fortalecimento do compromisso para a política nacional e uma lei de proteção da amamentação, resultante, por sua vez, de ações coletivas levadas a cabo por coligações de amamentação, defensores e mães. No entanto, mais
recentemente, as melhorias na amamentação estabilizaram no Brasil, enquanto a indústria aumentou as vendas de CMF
( Fórmulas Lácteas Comerciais) no Brasil em 750% entre 2006 e
2020. À medida que as regulamentações se tornaram mais rigorosas, a indústria promoveu de forma mais agressiva os CMF para bebés mais velhos e crianças pequenas, bem como para produtos especializados. fórmulas. A indústria de alimentos para bebés é fortalecida através da associação com grupos industriais poderosos e emprega lobistas com bom acesso aos decisores políticos.
A indústria conquistou a profissão pediátrica no Brasil através de sua associação de longa data com a Sociedade Brasileira de Pediatria.
...
Parabenizamos os autores: Cindy Alejandra Pachón Robles, Mélissa Mialon, Laís Amaral Mais, Daniela Neri, Kimielle Cristina Silva e Phillip
Baker.
Tradução: Moises Chencinski
* Referência: Robles et al. Globalization and Health (2024) 20:12
https://doi.org/10.1186/s12992-024-01016-0
GLOBAL BREASTFEEDING SCORECARD 2023
As taxas de amamentação estão aumentando em todo mundo através da melhoria dos sistemas de promoção, proteção e apoio.
A amamentação é essencial para a sobrevivência e saúde infantil. O leite materno é um produto seguro, natural, nutritivo e sustentável. O padrão ouro para a alimentação dos lactentes. O leite materno contém anticorpos que ajudam a proteger contra muitas doenças infantis, como como diarreia e doenças respiratórias. Estima-se que o desmame precoce seja responsável por 16% das mortes infantis a cada ano.
As crianças amamentadas têm melhor desempenho em testes de inteligência e têm menos probabilidade de ter excesso de peso ou obesidade na vida adulta. As mulheres que amamentam também têm um risco reduzido de câncer e diabetes tipo II.
O “Global Breastfeeding Scorecard” examina as práticas atuais de amamentação em todo o mundo, considerando o momento de iniciação, exclusividade nos primeiros seis meses de vida e continuação até os dois anos de idade.
Além disso, documenta o desempenho nacional em indicadores-chave de como a amamentação é protegida e apoiada. Essa edição 2023 registra o progresso e os desafios na melhoria da amamentação. O relatório destaca histórias de sucesso em vários países que reforçaram as suas políticas e programas de amamentação.
Oito iniciativas fundamentais e seus impactos são analisadas:
1. Assegurar e ampliar o financiamento de políticas para aumentar as taxas de amamentação desde o nascimento até aos dois anos de vida dos lactentes;
2. Implementar integralmente o Código de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (NBCAL no Brasil);
3. Garantir legalmente licença parentalidade (licença maternidade e paternidade) remunerada e políticas de apoio à amamentação no local de trabalho;
4. Implementar os Dez Passos para o Sucesso da Amamentação nas maternidades – a IHAC;
5. Melhorar o acesso as capacitações em Aconselhamento em amamentação;
6. Fortalecer os vínculos entre as unidades de saúde e as comunidades;
7. Fortalecer os sistemas de monitoramento que acompanham o progresso das políticas, programas de aleitamento, e o seu financiamento;
8. Apoio IYCF (Infant and Young Child Feeding / Alimentação de lactentes e pré-escolares) em Emergências
...
CONCLUSÃO
O Scorecard demonstra que há progressos na proteção e no apoio à amamentação. Mas, ainda temos desafios significativos no aleitamento materno. São necessários mais investimentos e ações políticas ousadas para melhorar os ambientes propícios à proteção, promoção e apoio à amamentação.
Essa importantíssima publicação é do GLOBAL BREASTFEEDING COLLECTIVE, um conjunto de dezenas de instituições e experts no tema com o apoio do UNICEF.
Tradução livre do Prof. Marcus Renato de Carvalho www.aleitamento.com
Workplace breastfeeding support for working women: A scale
development study
Artigo científico publicado no European Journal of Obstetrics & Gynecology and
Reproductive Biology: X
O objetivo deste estudo foi desenvolver uma escala para avaliar o apoio ao aleitamento materno no local de trabalho.
Métodos
O estudo foi realizado com 490 mulheres trabalhadoras que se inscreveram nos ambulatórios da mulher e da criança de um hospital na Turquia. Os dados do estudo foram coletados por meio de um 'Formulário de Informações Pessoais' e da 'Escala de Apoio à Amamentação no Local de Trabalho para Mulheres Trabalhadoras'. Os dados foram analisados nos softwares SPSS 25 e AMOS 21. No processo de desenvolvimento da escala; Utilizaram-se a validade de conteúdo, a análise fatorial exploratória, os métodos de correlação item escore total e o coeficiente alfa de Cronbach.
Resultados
O índice de validade de conteúdo da escala foi de 0,90 e o valor de alfa de Cronbach foi de 0,93. O valor da escala de Kaiser-Meyer-Olkin foi de 0,91, o teste de Bartlett foi χ2 = 11.573,924 e p < 0,000. De acordo com os resultados da análise fatorial exploratória para a validade de construto da escala, a escala foi composta por 31 itens e 6 fatores.
Conclusões
A escala desenvolvida pode ser utilizada para avaliar o apoio à amamentação no local de trabalho para mulheres trabalhadoras como um instrumento de medida válido e confiável.
Excelente instrumento: tema da SMAM 2023 - Amamentação / Direito da Mulher Trabalhadora.
Profa. Carla Taddei afirma nessa entrevista que a AMAMENTAÇÃO modula a MICROBIOTA, e, portanto, se sobrepõe ao parto normal na transmissão materno infantil de “bactérias do bem”.
E em outra pesquisa mostrou que os prematuros de UTI Neonatal que tomavam leite materno tinham menos tempo de internação, independentemente se receberam leite da própria mãe ou leite humano pasteurizado do Banco de Leite da maternidade.
Está comprovado cientificamente que a Amamentação dá resiliência para a microbiota e, mesmo que a criança precise de antibiótico ou que tenha alguma outra enfermidade, o Aleitamento humano vai garantir a estrutura daquela comunidade microbiana (que antigamente chamávamos de flora intestinal).
Dra. Carla Taddei é Professora Associada do Laboratório de Microbiologia Molecular do HU da USP.
Fonte: Super Saudável, Ano XXIII, número 100 – outubro a dezembro de 2023.
Leia mais sobre esse tema no nosso portal www.aleitamento.com
As bactérias do leite humano - Microbioma do leite materno tem um efeito protetor contra infecções.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Esse é o capítulo sobre políticas públicas de promoção, proteção e apoio ao aleitamento da 4ª edição do livro “Amamentação – bases científicas” – GEN Editora, 2017.
“Manejo Ampliado” é um conjunto de saberes que vão mais além dos conhecimentos biomédicos necessários para a assistência clínica ao binômio lactante-lactente.
É a capacitação de profissionais para elaborarem programas, políticas, eventos em prol da amamentação, com enfoque de gênero, interseccionalidade, diversidade e inclusão.
São apresentadas várias iniciativas internacionais e nacionais das ONGs e dos governos municipais, estaduais e federal.
Inclui um histórico das Semanas Mundiais de Aleitamento e dos Encontros Nacionais de Aleitamento desde 1991.
É o aleitamento pela ótica da saúde coletiva.
Mande suas críticas, sugestões e outras iniciativas não citadas.
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Orientação sobre regulamentação de medidas destinadas a restringir o marketing digital de substitutos do leite materno (em tradução livre)
É urgente a proteção da amamentação nas redes sociais
"Guidance on regulatory measures aimed at restricting digital marketing of breast-milk substitutes".
As redes sociais se tornaram rapidamente a fonte predominante de exposição à promoção de substitutos do leite materno a nível mundial. O marketing digital amplifica o alcance e o poder da publicidade e de outras formas de promoção em ambientes digitais, e a exposição a promoção comercial digital aumenta a compra e a utilização dos ditos substitutos do leite materno.
À luz destas evidências, a 75ª. Assembleia Mundial da Saúde solicitou que a OMS desenvolvesse orientações para os Estados-Membros sobre medidas regulamentares destinadas a restringir a comercialização digital de substitutos do leite materno. Esta orientação aplica-se à comercialização de produtos abrangidos pelo Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (NBCAL no Brasil), bem como a alimentos para lactentes e crianças pequenas que não sejam substitutos do leite materno.
Parabenizamos o nosso colega e amigo Cristiano Boccolini (Institute of Scientific and Technological Communication—ICICT, Oswaldo Cruz Foundation—Fiocruz, Brazil) um dos autores dessa inédita publicação.
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Este Guia, “Alimentação complementar de bebês e crianças pequenas de 6 a 23 meses de idade”, substitui os Princípios Orientadores para Alimentação Complementar do Lactente Amamentado e princípios orientadores para alimentação crianças não amamentadas de 6 a 24 meses de idade.
A alimentação complementar saudável é definida como o processo de fornecimento de alimentos além do leite materno ou fórmula láctea quando por si só não são mais suficientes para atender necessidades nutricionais. Geralmente começa aos 6 meses de idade e continua até 24 meses de idade, embora a amamentação deve permanecer além deste período.
Essa etapa é um momento crítico para o desenvolvimento para as crianças aprenderem a aceitar alimentos e bebidas saudáveis a longo prazo. Também coincide com o período de pico para o risco de crescimento insuficiente e deficiências nutricionais.
As consequências imediatas, como a desnutrição durante estes anos de formação –
bem como no útero e nos primeiros 6 meses de
vida - incluem crescimento insuficiente significativo, morbidades e mortalidade e atraso motor, retardo do desenvolvimento cognitivo e sócio emocional.
Mais tarde, pode levar a um risco aumentado de doenças não transmissíveis (DNT). No
longo prazo, desnutrição na primeira infância causa redução da capacidade de trabalho e dos rendimentos e, entre as meninas, redução da capacidade reprodutiva. A Alimentação Complementar inadequada com alimentos ultra processados pode resultar em Obesidade, Diabetes tipo 2, hipertensão…
Os primeiros dois anos de vida também são um período crítico para o desenvolvimento do cérebro, a aquisição de linguagem e maturação das vias sensoriais para a visão
e audição, e o desenvolvimento de melhor desempenho das funções cognitivas.
Estas novas diretrizes estão atualizadas com evidências mais sólidas e têm muitos princípios em comum com o que preconiza o “Guia Alimentar para Crianças Brasileiras menores de 2 anos”. (Baixe aqui no nosso SlideShare).
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Apresentamos a Carta do Recife: Por uma política pública de atenção integral aos homens na saúde para promoção da paternidade e do cuidado no Brasil que apresenta uma breve síntese das reflexões e discussões desenvolvidas ao longo do Seminário Nacional e Internacional "Paternidade e Cuidado" que aconteceu em Recife, entre 30 de agosto e 1º de setembro de 2023.
Nesta carta, apresentamos algumas notas e proposições a toda a sociedade brasileira, dialogando especialmente com gestores/as da União, estados e municípios, legisladores/as, órgãos do poder judiciário, empresas, empregadores/as, sindicatos, movimentos sociais, pesquisadores/as, entidades vinculadas ao controle social e à sociedade em geral.
Abraços,
Coordenação de Atenção à Saúde do Homem (COSAH/CGACI/DGCI/SAPS/MS)
Núcleo de Pesquisas Feministas em Gênero e Masculinidades - GEMA/UFPE
Núcleo GenSex/Fiocruz
Núcleo Tramas/UFPA
UFMT
Estivemos presentes e ratificamos essas análises e recomendações.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Representante do Parents in Science / Faculdade de Medicina - UFRJ
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A Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) reconhece a Amamentação
como uma prática protetora que pode salvar vidas e recomenda que seja iniciada dentro da 1ª hora de vida (conhecida como “hora mágica” ou "hora de ouro").
Através das recomendações do
melhores práticas, a OMS sugere que a amamentação “temprana” e oportuna na sala de parto pode trazer grandes benefícios para ambos – tanto para a mãe quanto para o bebê.
Alguns aspectos importantes da hora mágica, como o contato pele a pele e o início
no início do aleitamento materno, pode prevenir a hemorragia pós-parto, facilita a involução uterina e produz amenorreia lactacional, que é um método contraceptivo (LAM) útil.
A amamentação no início da vida traz benefícios a longo prazo para a mãe e para a criança.
...
Parabéns a FIGO!
Amamentação na primeira hora: proteção sem demora!
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O atendimento ambulatorial de Puericultura é destinado à criança saudável, para a prevenção, e não para o tratamento de doenças. Sendo
assim, diante dos novos conceitos de programming
e epigenética, fica clara a necessidade da assistência à saúde da criança se iniciar antes
mesmo de seu nascimento.
A ANS em 2013, pela Resolução Normativa nº 338, incluiu o procedimento pediátrico “atendimento ambulatorial em puericultura” no rol de consultas, passando a valer desde janeiro de 2014. Uma vez incluído, o procedimento passou a fazer parte da cobertura assistencial mínima
obrigatória pelos planos privados de assistência
à saúde suplementar: operadoras, Unimed...
O atendimento pediátrico a gestantes (terceiro trimestre) foi contemplado pelo Código
nº 1.01.06.04-9 com indicação de remuneração pelo Porte 2B, lembrando aos pediatras a importância do preenchimento correto do código da ANS nas guias de consulta para o devido reembolso desse valor diferenciado.
Vamos incentivar as gestantes a marcarem uma Consulta Pediátrica Pré-Natal?
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Este documento apresenta a posição conjunta e a visão de um grupo de trabalho especializado, global e multissetorial sobre a implementação da Metodologia Mãe Canguru (MCC) para todos os bebês prematuros ou com baixo peso ao nascer (BPN), como base para o cuidado de recém-nascidos prematuros e/ou doentes.
O documento resume as informações básicas, as evidências e a justificativa para disponibilizar o MMC para todos os recém-nascidos prematuros ou de BPN e busca mobilizar a comunidade internacional de saúde materna, neonatal e infantil e as famílias para se unirem para apoiar a implementação do MMC para todos os prematuros ou bebês com baixo peso ao nascer para melhorar a saúde e o bem-estar deles e de suas mães e famílias.
Este documento de posição destina-se a ser utilizado por gestores, parceiros de desenvolvimento, lideranças do pessoal de saúde, pediatras neonatologistas, lideranças da sociedade civil (por exemplo, organizações de pais e profissionais) e organizações de pesquisa envolvidos na pesquisa de implementação do MMC.
O MMC é uma intervenção que permite à mãe assumir um papel central em sua própria vida
e os cuidados do seu recém-nascido, revertendo assim a mudança de poder entre a mãe e o responsável pelos cuidados de saúde, prestadores ou sistemas de saúde. Humaniza os cuidados maternos e neonatais, capacitando e envolvendo
aqueles que mais cuidam do RN, em vez de focar predominantemente em soluções tecnológicas.
Assim, o MMC pode servir como ponto de partida para uma reformulação mais ampla do sistema de saúde e para a prestação de serviços,
transformação dos cuidados maternos e neonatais, e um modelo do que pode ser realizado quando
as partes interessadas relevantes têm o poder de desempenhar os papéis que lhes são naturalmente confiados no cuidado dos seus
recém-nascidos.
Esse documento mostra como o Cuidado Mãe-Canguru pode ser revolucionário na atenção neonatal.
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Este "Guia do Pré-Natal do Parceiro para Profissionais
de Saúde" foi originalmente publicado em 2016 para apresentar a Estratégia Pré-Natal do Parceiro (EPNP), que, em linhas gerais, visa orientar
profissionais e gestores(as) do SUS sobre a importância do envolvimento masculino em todo o ciclo gravídico-puerperal.
Mais recentemente, entre 2021 e 2023, este material passou por processo de revisão/atualização
conduzido pela Coordenação de Atenção à Saúde do Homem (Cosah/CGACI/DGCI/Saps/MS), com a participação de pesquisadores/as vinculados/
as a instituições públicas de pesquisa e formação acadêmica (Gema/UFPE; UFPA; UFMT e IFF/Fiocruz).
Esse processo contou também com diálogos e a apreciação de gestores(as), das Coordenações
Estaduais e Municipais de Saúde do Homem, das áreas técnicas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, além de
trabalhadores(as) da atenção primária à saúde (APS)
e representantes da sociedade civil.
Para ampliarmos a participação dos homens na APS é necessário que trabalhadores(as) e gestores(as) revejam práticas e ideias e estejam mais atentos(as)
às construções socioculturais de gênero e às singularidades das pessoas e dos territórios, a fim
de garantir espaços de reflexão sobre as práticas de cuidado em saúde.
Parabéns ao Ministério da Saúde e parceiros.
Notamos a falta de conteúdo da Amamentação - informações básicas devem ser dadas nessa fase gestacional para que mães e pais se preparem para esse ato de cuidado e proteção da infância.
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O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) relançou na manhã desta quarta (30) o livro O Matador de Bebês – 3ª edição (2023).
O pediatra João Guilherme Bezerra Alves leu a carta publicada pela prestigiada revista científica The Lancet em que os profissionais do IMIP, destacam a luta do fundador desta casa na proteção da amamentação.
A coordenadora do Banco de Leite, Vilneide Braga, relembrou na sua fala o percurso do professor em prol da amamentação, da IHAC, do Cuidado Mãe-Canguru...
A obra teve impacto mundial por denunciar as consequências na saúde da população com a comercialização de fórmulas infantis e da mamadeira, em países do Terceiro Mundo.
Silvia Rissin concedeu o título de sócio honorário ao Professor Mike Muller, que se sentiu muito surpreso pela honraria e pelo interesse ao tema.
Estive presente e esse livro é muito impactante sobre a falta de ética dos produtores de fórmulas infantis que atuavam sem os limites do Código Internacional dos ditos Substitutos do Leite Materno.
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Nesse Agosto Dourado, a Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP publica um livro digital sobre direitos da mulher trabalhadora que amamenta.
É possível "conciliar" a amamentação com o trabalho? A Constituição Federal protege o aleitamento materno? Para esclarecer estas e outras questões, a SBP lança nesta semana a publicação “Os direitos da mulher trabalhadora que amamenta”.
Esse livro é parte das ações em comemoração ao Agosto Dourado, mês da campanha mundial de conscientização sobre a importância do aleitamento materno.
Como destaca o documento, para facilitar o processo de adaptação das relações de trabalho da mãe às necessidades de amamentação do filho, sobretudo nos primeiros meses de vida, é fundamental conhecer, de maneira prévia, quais direitos estão garantidos na lei brasileira.
Nossa observação: me incomoda o termo “conciliar” porque acaba virando uma sobrecarga para a mulher 😥
E aqui no Brasil, esse termo é pejorativo, os pelegos conciliam…
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Apresentamos a tradicional publicação da Aliança Mundial pró Amamentação para a Semana Mundial de Aleitamento Materno / Agosto Dourado desse ano, que começa hoje - 1o. de agosto.
O slogan oficial traduzido para o português é:
"Apoie a amamentação: faça a diferença para mães e pais que trabalham".
Compartilhem com suas amigas e colegas de trabalho e conversem sobre como tornar as empresas, escolas, universidades, cidades... respeitosas com as mulheres trabalhadoras.
Tantas são as ações necessárias para que as mulheres trabalhadoras possam amamentar pelo tempo recomendado - até 2 anos ou mais, e de forma exclusiva nos primeiros 6 meses.
Este manual oferece orientações sobre acessibilidade comunicacional, garantida pela Lei Brasileira de Inclusão (lei 13.146/2015), visando a inclusão das pessoas com deficiência. Particularmente eventos e produções bibliográficas promovidos, elaborados ou financiados pelo setor público ficam obrigados a respeitar as condições de acessibilidade. Este Guia encontra-se acessível na Língua Brasileira de Sinais e contem audiodescrição de todas as imagens. Há também previsão de publicação de versão em braile.
Parabéns à Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca - ENSP/FioCruz.
Vamos seguir essas recomendações e repassar essas diretrizes para nossas alunas de graduação e pós-graduação.
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Este artigo tem como objetivo refletir sobre a importância da linguagem neutra no campo do aleitamento humano, a partir da perspectiva da interseccionalidade queer. Em 2013, foi publicada a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais, porém, serviços e profissionais de saúde carecem de instrução e capacitação para atender às necessidades de saúde da população LGBTQIA+, que não se encaixa no padrão da heterocisnormatividade.
A promoção ao aleitamento encontra entraves, como a ausência do uso da linguagem neutra nos atendimentos, da aplicação de conhecimento e práticas de indução da lactação e a compreensão de que pessoas cis e trans gestam e podem amamentar, se assim o desejarem.
Assim, consideramos que práticas em saúde e reflexões de cuidado a partir da interseccionalidade queer tem potencial para desconstruir a heterocisnormatividade, aqui, por meio da proposta da linguagem neutra.
...
Conclusões
O aleitamento humano é reconhecido como um importante direito reprodutivo,
entretanto, usualmente associado às mulheres cisgênero, deixando de lado as pessoas
LGBTQIA+ e não binárias. Assim, o aleitamento humano não é uma categoria
uniforme e a interseccionalidade queer nos ajuda a compreender como a lactação é uma
experiência única para cada pessoa e família.
A língua e a linguagem têm papel fundamental na socialização das pessoas.
São aspectos social e culturalmente construídos, sendo, portanto, modificáveis.
Desconstruir a noção normativa da amamentação por meio da linguagem torna-se
imperativo para um projeto de cuidado em saúde equânime e integral. Assim,
utilizamos da perspectiva interseccional queer para pensar a linguagem neutra no
campo do aleitamento humano, buscando-se ao menos questionar um pouco essa
noção, além de colocar aos/às/aes profissionais de saúde algumas orientações que
podem ser úteis em suas práticas profissionais.
Parabenizamos as autoras:
Natália Sevilha Stofel
natalia.stofel@ufscar.br
Flávio Adriano Borges
flavioborges@ufscar.br
Bruno Torelli de Camargo
brunotorelli@estudante.ufscar.br
Natália Rejane Salim
nat.salim@ufscar.br
Iraí Maria de Campos Teixeira
irai@ufscar.br
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Esta Caderneta de acompanhamento da Gestação aborda vários temas imprescindíveis para a saúde materno-infantil:
- Direitos antes e depois do parto;
- Cartão de consultas e exames, com espaço para anotar dúvidas; - Dicas para uma gravidez saudável e sinais de alerta;
- Informações e orientações sobre a gestação e o desenvolvimento do bebê;
- alguns cuidados de saúde;
- o parto e o pós-parto;
- dicas e orientações sobre amamentação;
- como tirar a Certidão de Nascimento do recém-nascido.
Parabéns ao Ministério da Saúde!
Difundam essa ferramenta poderosa para que as gestações, o parto e nascimento sejam mais saudáveis e prazerosos.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
Semana Mundial de Aleitamento Materno, o Agosto dourado desse ano terá como foco a amamentação e o emprego/trabalho.
Mostrará o impacto da licença remunerada, do apoio no local de trabalho e das normas parentais emergentes sobre a amamentação através das lentes dos próprios pais.
Destina-se aos governos, formuladores de políticas, locais de trabalho, comunidades e mães e pais, serão envolvidos para desempenhar seus papéis críticos no fortalecimento das famílias e na manutenção de ambientes favoráveis à amamentação na vida profissional pós-pandemia.
O tema está alinhado com a área temática 4 da campanha WBW-SDG 2030.
Aguardem mais materiais para nos prepararmos para a SMAM.
Inscreva-se no nosso Seminário em www.agostodourado.com
Temos o prazer de colocar disponível para os estudiosos + 1 capítulo sobre manejo clínico da amamentação. Desta vez é do livro “Obstetrícia Básica” 3ª edição capitaneado pelo Prof. Hermógenes com os Editores Renato Sá e Cristiane Oliveira pela Atheneu em 2015.
Escrevemos de forma didática, e contém resumidamente:
- Lactogênese/Mamogênese/Apojadura/Galactopoiese
- Psicofisiologia da lactação
- Colostro/leite de transição/maduro
- Atenção pré-natal/parto/puerpério
- Apoio à nutriz/Aconselhamento
- Ordenha/conservação
- IHAC
Usufruam e não se esqueçam de atualizar, já que foi escrito há 8 anos.
Abraços,
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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1. Guia do plano
de parto
Método GAPH (eBook) - distribuição gratuita
2. Autora:AngelaAmandaNunesRios
Representam o Grupo de Apoio ao Parto Humanizado de
MatoGrossodoSul:
CamilaMendonçadaSilvaCaetano
GleiceAguilardosSantos
TatiannedosSantosPerezBoth
ThaísRoqueSagin
Colaboraçãonoprojeto:
ColetivoMãesdeBonito
GEMAS–GrupodeEstudosdeGêneroeSaúdeMaterna
ADOMS-AssociaçãodedoulasdeMatoGrossodoSul
CláudiaCostaRios-HandmadeEdiçõesaudiovisuais
GabrielaMangelardoLuciano
EllenNayaraKotaicosta
MatoGrossodoSul
2022
Esta pesquisa foi financiada pela Fundação de Apoio ao
Ensino,CiênciaeTecnologiadoEstadodeMatoGrossodo
Sul (FUNDECT), através do edital CHAMADA FUNDECT Nº
08/2020–PPSUS.N°processo:71/000.479/2021
3. Sumário
Apresentação
Exercícios de preparação para o parto
04
22
Doulas 26
Recomendações OMS 07
Método GAPH de preparação para o parto 10
Serviços de assistência ao parto 29
Referências complementares 27
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4. O guia do plano de parto é o principal produto de
disseminação da pesquisa participativa baseada em
comunidade desenvolvido pela Dra. Angela Rios junto
comoGrupodeApoioaoPartoHumanizado(GAPH).
Esse grupo é formado por mulheres que são mães,
servidoras públicas, doulas, profissionais da saúde e
ativistas,dentreoutrospapéissociais.
Além de espaço de encontros e cooperação, o grupo
oferece apoio teórico e metodológico para projetos de
iniciação científica e ações sociais que estejam
relacionadosàhumanizaçãodoparto.
Este Guia é baseado nos achados da tese de doutorado
de Angela Rios e está embasado nos conceitos de gênero,
saúde materna, direitos reprodutivos, educação popular e
pesquisaparticipativaparaacomunidade.
Vocêpodeacompanharnossasatividadesem:
Apresentação
@planodepartogaphlab
@gaph_lab_ms/
www.planodeparto.net
04
5. Este guia foi desenvolvido para os
profissionais da atenção primária do SUS e
propõe metodologias ativas para atividades
de preparação para o parto na atenção
primária.
Esperamos gerar impactos positivos na rede
de atenção à saúde através da comunicação e
empoderamento dos profissionais e usuários,
valorizando a Caderneta da Gestante como
instrumento de educação e formação para
gestantes.
Público alvo:
05
A proposta do GAPH é contribuir para que o pré-natal
cumpra seu papel de educação em saúde e preparação
para o parto, tanto no SUS quanto nos consultórios
particulares.
Partimos do pressuposto de que todas as pessoas grávidas
buscam estar preparadas para o dia do nascimento dos
seus filhos e consideramos que um parto planejado tem
maiores possibilidades de refletir uma experiência
positiva.
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6. Na estrutura da Atenção Primária do SUS, as atividades
educativas para gestantes podem ser facilitadas por
qualquer profissional de saúde. A interdisciplinaridade é um
dos pontos fortes da educação em saúde na atenção
primária.
Veja a lista de profissionais que podem conduzir esse
programa:
-Enfermeiro
-Médico
-Agentecomunitário
-Técnicodeenfermagem
-Dentista
-Assistentesocial
-Psicólogo
-Fisioterapeuta
Existem ainda profissionais que não estão na rede SUS, mas
podem ser grandes aliadas das equipes de saúde neste
trabalho,como:
-Doulacomunitária
-Educadoraperinatal
-Parteiratradicional
Equipe multiprofissional
06
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7. 07
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Recomendaçõesparauma
experiênciapositivadeparto
Experiência positiva é aquela que cumpre ou excede as
crençaseexpectativasdaparturiente.
Dar à luz um bebê saudável em um ambiente seguro clínico
e psicologicamente com acompanhante contínuo e equipe
tecnicamentecompetente.
As pessoas conquistam percepção de controle quando
participam das tomadas de decisão, mesmo que
intervençõesmédicassejamnecessáriasousolicitadas.
OGuiadaOMS(1996)
- Entende o parto como um
processo fisiológico que pode ser
acompanhado sem complicações
paraamaioriadasmãesebebês.
- Eleva o conceito da experiência
do cuidado como um aspecto
crítico para uma assistência de alta
qualidade.
- Valoriza os resultados centrados
na mulher, e não apenas a
provisãoderotinasclínicas.
8. 08
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3passosparapromovera
preparaçãoparaoparto:
Valorizar a caderneta da gestante como instrumento
de educação e registro da continuidade das consultas.
Redistribuição das tarefas para equipe multiprofissional;
Incluir parteiras e doulas da comunidade.
Mobilização da comunidade em grupos de gestantes
Pré-natal coletivo
Rede de apoio
11. 11
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Nosso programa de preparação para o parto é
planejado para ser incorporado à estratégia do pré-
natal coletivo nas Unidades Básicas de Saúde. As
evidências disponíveis sugerem que a atenção pré-
natal em grupo é vista como positiva pelas gestantes e
não está associada a desfechos desfavoráveis para as
mães ou para seus bebês.
O objetivo do programa é evitar cesarianas
desnecessárias e dar condições para que as
gestantes entrem em trabalho de parto
espontaneamente.
As atividades aqui propostas são pensadas para
gestantes no terceiro trimestre (a partir de 34
semanas) e devem ser conduzidas por uma equipe de
2 ou mais facilitadores, que podem ser qualquer
profissional de saúde (agente comunitário, técnico de
enfermagem, dentista, assistente social, psicólogo,
fisioterapeuta).
As doulas comunitárias, parteiras tradicionais e
educadoras perinatais podem ser grandes aliadas das
equipes de saúde neste trabalho.
É recomendado que haja uma ambientação acústica
que permita a conversa do grupo sem uso de
microfones. Em geral, salas de aula ou salas de
reuniões são adequadas para realizar as atividades
aqui propostas.
12. 12
Material
Didático
para
educação
perinatal
Nosso programa irá utilizar a Caderneta da Gestante
como material didático para educação em saúde no
pré-natal. O objetivo da caderneta da gestante é
promover educação em saúde no pré-natal para que
as pessoas tomem decisões informadas e mantenham
o registro do acompanhamento clínico
multiprofissional.
Mais de 3 milhões de cópias deste material já foram
distribuídos na rede SUS entre 2014 e 2020. Para este
trabalho utilizamos a Edição 2018 (versão digital) da
Caderneta.
Clique aqui para baixar gratuitamente este
arquivo no nosso site!
ou acesse: planodeparto.net/biblioteca
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13. Trabalho de parto
A proposta é a leitura em roda de algumas páginas
da caderneta que são dedicadas a explicar a fisiologia
e etapas do trabalho de parto.
Estimule que as gestantes e seus acompanhantes
leiam as páginas, parando após a leitura de cada
uma delas para destacar alguns pontos.
As páginas 27 a 34 da caderneta são as referências
para essas atividades.
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13
14. 14
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Roteiro
Direitos das gestantes
Data provável de parto
Vinculação com a maternidade
Papel do acompanhante
Planejamento reprodutivo
Trabalho de parto e tipos de parto
Parto normal e cesariana
Plano de parto
Mobilograma – perceba os movimentos do seu
corpo
Identificando as contrações e o trabalho de parto
Movimentando a pelve e preparando o períneo
Exercícios respiratórios para gravidez e trabalho de
parto
Massagens para aliviar dores e ajudar no parto
Protocolo de atividades para gestantes no 3°
trimestre que querem se preparar para o parto
normal.
Público-alvo: Tanto gestantes de risco habitual quanto
gestantes de alto-risco podem participar.
Especialmente as primigestas e as gestantes com uma
cesariana anterior que desejam ter parto normal.
Metodologia: Roda de conversa
Número de pessoas: 6 a 8 gestantes e seus
acompanhantes.
Programa planejado para 2 ou 3 encontros de
aproximadamente 60 minutos. Pode ser adaptado de
acordo com a realidade.
Conteúdo abordado:
Exercícios de preparação para o parto – 20 minutos:
15. 15
Acolhimento:
As atividades devem centradas nas pacientes.
Sempre começamos com perguntas como: Como
você está se sentindo? Como passou o mês? Trouxe
alguma anotação para perguntar hoje?
Exame físico: A atividade fica mais completa com
exame físico no local. Organize com a equipe para:
verificar o peso, aferir a pressão arterial, observar
sinais de anemia ou inchaço, medir o tamanho da
barriga e ouvir os batimentos cardíacos do bebê.
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16. Direitos das gestantes
É muito importante estar ciente dos direitos das
gestantes. Eles estão descritos na capa da caderneta.
Sugerimos a leitura coletiva dessas páginas e
chamamos atenção para que a equipe da atenção
primária reconheça e reafirme esses direitos
importantes para o cuidado pré-natal.
Gestantes adolescentes
É direito da gestante adolescente a ser atendida com
sigilo e privacidade. Não cabe à equipe de saúde
exigir a presença de um responsável para o cuidado
pré-natal. As adolescentes devem ser respeitadas em
sua autonomia e receber informações sobre saúde
sexual e reprodutiva.
Gestantes menores de 14 anos despertam a suspeita
de que haja abuso sexual por um adulto. Na suspeita
de que a pessoa esteja em risco de violência
doméstica ou sexual, ou que a gravidez seja resultado
de estupro, a equipe poderá acionar a rede de
assistência social para pensar em como abordar a
família e protegê-la.
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16
17. Data Provavel de Parto
A gestante tem o direito de ser informada anteriormente,
pela equipe do pré-natal, sobre qual maternidade de
referência para seu parto e de visitar o serviço antes do
parto. A visita da gestante à maternidade deve ser uma
oportunidade para que a mulher conheça, ao menos em
parte, a equipe que irá assisti-la no parto. Isso lhe dará
concretude e confiança para o planejamento do parto.
É importante saber que, em caso de trabalho de parto ou
emergências, a gestante pode ser atendida em qualquer
serviço de saúde, independente da vinculação prévia. A
gestante e o bebê sempre têm direito à vaga, e em caso
de necessidade de transferência, os serviços devem fazê-
lo de maneira segura.
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17
Vinculação para o parto
Um dos fatores mais difíceis de manejar no final da
gestação é a ansiedade com a data provável de parto.,
pois se ela for entendida como um "prazo de validade" da
gravidez, pode ser um fator determinante para
intervenções de indução ou cesariana sem trabalho de
parto.
Discuta com a gestante que a DPP é um cálculo baseado
no cálculo exato da idade gestacional, portanto com uma
ampla margem de erro, já que o período esperado para o
nascimento do bebê é de 38 a 42 semanas. A idade
gestacional é mais confiável quando é calculada a partir
do ultrasom feito no primeiro trimestre.
18. Pai não é visita
Acolha os acompanhantes
A Lei Federal 11.108/2005 garante às parturientes o
direito a acompanhante durante todo o período de
trabalho de parto, parto e pós-parto. O acompanhante
é de livre escolha da mulher, em serviços públicos e
privados.
A atenção pré-natal deve ser enfática em afirmar esse
direito, especialmente em regiões que permanecem
violando esse direito garantido na constituição.
Os acompanhantes têm um laço afetivo com a
gestante e com o bebê, e portanto os profissionais da
saúde devem acolher suas dúvidas e considerá-los
como pacientes no pré-natal também.
A participação do pai no parto não é obrigatória. É um
direito que pode ou não ser exercido, se for esta a
preferência da parturiente e seu companheiro.
Não há uma fórmula ou um padrão de
comportamento determinado para que o pai esteja
presente durante o trabalho de parto ou parto, mas
breves orientações e acolhimento da equipe serão
suficientes para estimular a participação da maioria
dos acompanhantes.
A Política Nacional de Saúde do Homem considera o
pré-natal do parceiro como um momento oportuno
para cuidados e educação na Atenção Primária à
Saúde.
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Veja algumas
orientações para os
pais no nosso blog!
Estimule a
paternidade
ativa!
18
19. Planejamento reprodutivo
no pré-natal
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As ações de planejamento familiar fazem parte do
pacote de atenção primária à saúde e estão entre as
responsabilidades mínimas da gestão municipal e
estadual.
A Lei do planejamento familiar (Lei n.º 9.263/1996)
estabelece regras para a esterilização voluntária, além
de prever treinamento e capacitação dos profissionais
para implementar o planejamento familiar.
As atividades de aconselhamento devem abordar
todas as informações legais e práticas sobre os
métodos contraceptivos oferecidos pelos serviços
nacionais de saúde pública, com ênfase nos métodos
considerados eficazes ou muito eficazes
(contraceptivos hormonais orais e injetáveis,
dispositivo intrauterino de cobre, bem como métodos
irreversíveis, incluindo laqueadura e vasectomia).
Laqueadura e Vasectomia
Os principais obstáculos ao cumprimento da lei para
obtenção da laqueadura tubária no SUS são a falta de
serviços credenciados, a discordância do profissional
com os critérios da lei, a eventual oposição do parceiro
e a desistência do processo que é demorado e
burocrático.
Conforme estabelecido na Lei n°14.443, de 02 de
setembro de 2002: "A esterilização cirúrgica em
mulher durante o período de parto será garantida à
solicitante se observados o prazo mínimo de 60
(sessenta) dias entre a manifestação da vontade e o
parto e as devidas condições médicas."
19
20. Trabalho de parto e tipos de
parto
A proposta é a leitura em roda de algumas páginas
da caderneta que são dedicadas a explicar a fisiologia
e etapas do trabalho de parto.
Estimule que as gestantes e seus acompanhantes
leiam as páginas 27 a 34 da caderneta, parando após
a leitura para destacar alguns pontos e estimular que
as gestantes falarem sobre suas experiências de
parto anteriores, experiências da família, medos e
tabus sobre o parto.
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20
21. Plano de parto
O plano de parto é um documento que deve ser
elaborado pela mulher junto com seu
acompanhante, para registrar as preferências da
mulher para o cuidado no trabalho de parto, parto e
puerpério. É recomendado pela OMS e pelo
Ministério da Saúde.
Pode ser uma carta ou um check-list, construído ao
longo da gestação e entregue à equipe
antecipadamente ou no momento da internação
para o parto. Pode ser interessante levar várias
cópias e pedir que a equipe assine. Em alguns casos
pode ser interessante protocolar o plano de parto
para garantir que suas escolhas sejam recebidas pela
equipe.
O plano de parto não determina a conduta clínica da
equipe, mas qualquer intervenção necessária que
fuja o planejamento deve ser negociada e esclarecida
para a paciente e o acompanhante.
Na página 35 da caderneta há um espaço reservado
ao plano de parto, mas consideramos necessário um
material extra para apoiar a feitura do plano.
Baixe nosso modelo de plano de parto no site:
planodeparto.net/biblioteca
www.planodeparto.net
21
22. Exercícios de
preparação para o
parto
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22
Uma estratégia importante de ação no pré-natal é que
a mulher entre em contato com as contrações uterinas
e desenvolva a consciência corporal da região do
ventre.
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22
Contrações de treinamento e mobilograma
No terceiro trimestre as grávidas já podem ficar
atentas e perceber os diversos movimentos que
acontecem dentro da barriga. Ela já pode entrar em
contato com as contrações e perceber os movimentos
fetais. Isso lhe dará autonomia para se autoavaliar e
perceber o desenvolvimento normal da gravidez e as
situações de risco, que precisam de atendimento.
Observar os movimentos do bebê, as contrações de
treinamento e outras sensações como dores e
desconfortos na região abdominal favorecem o
autoconhecimento tão necessário para identificar o
início e o desenvolvimento do trabalho de parto.
O mobilograma está
explicado na página 8 da
caderneta
24. Meditação guiada para percepção corporal:
“Faça algumas inspirações profundas para trazer a concentração e a
observação do que acontece dentro da barriga.
Sua mão está sobre a pele, visualize mentalmente uma viagem para “dentro
da pele”, passando pela camada de gordura, observe a parede de músculos
abdominais, palpando o músculo com as pontas dos dedos.
Dentro da parede tem uma cavidade, onde está o seu útero. O útero é um
músculo forte que faz contrações involuntárias, elas podem ser percebidas
porque a barriga fica durinha por alguns segundos e depois relaxa. Essas são
as contrações de treinamento, esse mesmo movimento de contração uterina
irá trazer o seu bebê pelo trabalho de parto.
Lá dentro do útero tem uma bolsa de líquido, e dentro da bolsa de líquido
está o bebê, que se movimenta várias vezes durante o dia, especialmente nos
períodos em que ele está acordado. Conecte-se com seu corpo e com esses
movimentos. O bebê vai continuar crescendo, amadurecendo e se mexendo
ativamente até o dia do parto.
As contrações do útero vão ficando mais frequentes com a evolução da
gestação e quando você entrar em trabalho de parto elas ganharão mais
ritmo e força. Agora vou ficar em silêncio por um minuto, continue
respirando de olhos fechados e concentrada no abdome...
Abram os olhos.”
Meditação Guiada
Sugestão de atividade prática:
Para esse exercício as gestantes devem estar sentadas
confortavelmente e com as mãos no abdome.
Vamos ajudá-la a se concentrar: Se puder, coloque
uma música baixinho, também pode reduzir a
luminosidade. Aos acompanhantes, peça silêncio e
concentração também.
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25. Mobilidade da pelve
As gestantes no terceiro trimestre já percebem os
efeitos do peso do bebê e dos hormônios de
preparação para o parto em seu corpo. As articulações
ganham mais mobilidade, é esperado que haja edema
nas extremidades (pés, pernas e mãos), que
melhoram com o repouso e com posições que
favorecem a drenagem linfática.
Muitas gestantes podem relatar dores e desconfortos
na região das costas e pelve. Seguem alguns exercícios
leves que podem ser feitos no grupo de pré-natal
coletivo para prevenir e aliviar esses desconfortos.
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SÉRIE DE EXERCÍCIOS EM PÉ
INÍCIO: 5 INSPIRAÇÕES E EXPIRAÇÕES PROLONGADAS
1 – ALONGAMENTO EM PÉ
2 – INCLINAÇÃO LATERAL
3 – REBOLAR
4 - AGACHAMENTO e CÓCORAS
5 -MOVIMENTAR AS PERNAS, ELEVANDO JOELHOS NA ALTURA DO
QUADRIL
6 - MOVIMENTAR OMBROS, 5 GIROS PARA CADA LADO
7 - MOVIMENTAR PESCOÇO, 5 GIROS PARA CADA LADO
Esses exercícios servem como preparação para o parto, porque a
mulher irá usá-los quando estiver no trabalho de parto ativo. Eles
também estimulam a consciência corporal. Use a página 32 para
demonstrar as posições que ela pode adotar no parto.
Tempo: Recomendamos reservar 10 a 15 minutos em todos os
encontros para esses exercícios.
Preparação do ambiente: Deixe as luzes acessas, se possível
coloque uma música animada. Peça para todos se levantarem,
inclusive os acompanhantes.
26. Doulas são profissionais capacitadas para dar apoio físico,
emocional e informativo a pessoas gestantes, casais, famílias e
comunidades nos períodos da gestação, do parto e do pós-
parto. Levando informações sobre os direitos a um
atendimento humanizado, digno e respeitoso, sobre as
mudanças da gestação, sobre as fases do trabalho de parto,
sobre a amamentação e o pós-parto e o que esperar e fazer
para passar por estes processos da forma mais positiva
possível.
A Doula é considerada um dispositivo capaz de viabilizar a
humanização no cenário do parto e nascimento e já foi
provado que sua atuação reduz a taxas de cesarianas em 50%,
reduz intervenções desnecessárias, aumenta a satisfação em
relação a experiência no parto e os índices de amamentação
(KlauseKennel,1993).
Doulas
26
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A Associação de Doulas de Mato Grosso do Sul (ADOMS), atua
desde 2017 em diversas instâncias, buscando resguardar e dar
suporte para melhorias na atuação das profissionais Doulas,
oferecer formação continuada e atualização para todas as
profissionais associadas. Além de assegurar a garantia de
direitos para todas as pessoas que buscam partos e
nascimentos com respeito tanto nas instituições públicas quanto
privadas, assim como para todo o cenário obstétrico e neonatal
no estado.
Escrito por: Pâmela Castro Secretária Geral da ADOMS e
CarolOruê-Vice-presidentedaADOMS
27. Em MS temos a lei Estadual Nº 5.440, de 18 de
novembro 2019, que garante o direito de atuação da
doula no cenário do parto e nascimento,“As
maternidades, casas de parto e estabelecimentos
hospitalares congêneres, da Rede pública e Privada do
Estado de Mato Grosso do Sul, ficam obrigados a
permitir a presença de Doulas durante todo o período
de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato,
sempre que solicitadas pela parturiente”.
Além disso, os municípios de Campo Grande (lei Nº
5.528, de 10 de março de 2015), Corumbá (lei Nº 2.656,
de 13 de dezembro de 2018) e Dourados (lei Nº 4.218,
de 16 de outubro de 2018) contam, também, com leis
municipais que amparam este direito.
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27
Doulas
28. Como se associar a ADOMS?
As Doulas interessadas em associar-se podem
preencher o formulário de cadastramento disponível
no link da bio da nossa rede social
@adoms_doulasms (Instagram) assim como entrar
em contato no número de WhatsApp disponível
também por lá, para tirar todas dúvidas.
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28
Como encontrar doulas
associadas?
Se você está gestando e gostaria
de conhecer o trabalho de uma
Doula, pode acessar nosso
Instagram, e consultar a lista de
profissionais associadas no
destaque salvo “Doulas
Associadas”.
30. 30
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Existe plantão de atendimento
obstétrico?
Existem enfermeiras obstétricas e
doulas na assistência?
Como são as salas de parto desses
hospitais?
O hospital aceita e atende os planos
de parto de suas clientes?
01
02
03
04
Estão disponíveis métodos de alívio
da dor no trabalho de parto?
05
Check-listdemonitoramento
darededeatençãomaterna:
No Brasil, 99% dos partos acontecem em hospitais. É preciso
que os hospitais e planos de saúde assumam sua
responsabilidade e permitam que médicos e pacientes
tenhamviabilidadeparaopartonormalseguroedequalidade.
Existe, desde 2008, um regulamento técnico publicado pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que se aplica
a todos os serviços de saúde no país que exerçam atividade de
atenção obstétrica e neonatal, seja ele público, privado, civil ou
militar.
Esse regulamento é conhecido como RDC-36, cabendo à
vigilância sanitária dos estados e municípios a regulação e
monitoramentodosserviçosdesaúde.
31. Locaisdeparto:
Existe uma discussão bastante rica sobre a assistência ao parto
domiciliar. As evidências apontam que o parto em casa é
seguro, porém esse serviço, por ser caro, está disponível para
poucas pessoas. O parto domiciliar também é realidade em
áreasremotas,comcuidadoprestadoporparteiras.
Nosso capítulo está focado nos dois principais ambientes de
parto acessíveis à população em geral, chamados de Centros
Obstétricos(CO)eosCentrosdePartoNormal(CPN).
Taxadesobreaviso/disponibilidade
O pagamento da taxa de disponibilidade parte do princípio de
que a mulher faz questão de ter determinado médico em seu
parto.Sabemosqueataxadesobreavisoéumincentivovelado
à cesariana agendada, já que a usuária de um plano de saúde
muitasvezesnãoiráaceitaropagamentodeumataxaextra.
Os planos de saúde afirmam que se a mulher aceitar ter o
parto com o médico plantonista não é necessário pagar o
sobreaviso,mascadêoplantãoobstétriconoshospitais?
É de responsabilidade das operadoras de planos de saúde
exigir o cumprimento das normas sanitárias em vigor por
prestadores de serviço de saúde que façam parte de sua rede
credenciada. A Agência Nacional de Saúde (ANS) regulamenta
emonitoraessesserviçosprivados.
Hospitais - maternidades
31
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32. O centro obstétrico (CO) é uma área do hospital que
geralmente está acoplada ao centro cirúrgico em com
características semelhantes a este. São ambientes em que os
profissionais utilizam roupas e materiais esterilizados para
atendimentoapartosnormais,cesarianasecuretagens.
Em geral, esse espaço é separado do pré-parto (onde as
parturientes ficam durante o trabalho de parto) e do pós-parto
(onde as mães e seus bebês ficam após o nascimento),
portantoduranteainternaçãoamulheréobrigadaamudarde
ambientenomínimo3vezes.
Existe uma barreira física que impede a entrada no CO e essa é
muitas vezes a barreira que impede o acompanhante de
participar do parto. Para entrar é necessário paramentação
(roupas cirúrgicas) e lá dentro a lógica do ambiente cirúrgico
dificulta que a mulher tenha liberdade de posição, em geral os
partos são em posição de litotomia (deitada e de pernas para
cima) e o acompanhante não pode tocar em nada, ficando
inibidoerestritoemsuaparticipação.
Esseambienteéconsideradoinadequadoparaopartonormal,
poréméaindaomaiscomumnagrandemaioriadoshospitais.
Centro Obstétrico - Cirúrgico
32
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33. Além da estrutura física, é preciso considerar a importância de
uma equipe de profissionais respeitosos, qualificados e, acima
de tudo, dispostos a promover uma assistência adequada ao
parto normal. A prática da Medicina Baseada em Evidencias
torna-se uma forma de garantir segurança e qualidade para a
mãeeparaobebê.
Apesar do conjunto de boas práticas de atenção ao parto e
nascimento baseadas em evidências científicas serem
difundidas no meio acadêmico, poucas instituições, inclusive
hospitais de ensino, têm respeitado a sua implementação nos
serviços. As escolas continuam a ensinar práticas obsoletas e
prejudiciais à boa evolução do parto e nascimento,
caracterizando uma resistência ao que hoje é atestado como
seguro,benéficoeprotetoràsgestantesebebês.
RDC-36
DeacordocomaRDC-36,aestruturadoserviçodevepermitira
presença de acompanhante de livre escolha da mulher no
acolhimento, trabalho de parto, parto e pós-parto imediato,
bem como ambiência acolhedora e ações de humanização da
atenção à saúde. A equipe do serviço de saúde deve
estabelecer protocolos, normas e rotinas técnicas em
conformidade com legislação vigente e base científica
comprovada. O serviço deve garantir a adoção de alojamento
conjuntodesdeonascimento.
VocêpodeleraRDC-36naíntegranonossosite
Protocolo de cuidados
33
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34. Asuítedeparto,tambémchamadade"QuartosPPP"ambiente
privativo com um leito e banheiro individual, podendo ser
equipados com banheira, destinado à assistência à mulher
durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato
(primeirahoraapósadequitação).
Essesespaçosfavorecemaprivacidadeealiberdadedamulher
e a presença do acompanhante, e dispõem de recursos para
alívio das dores, como chuveiro ou banheira, bolas de
fisioterapia, som ambiente, banqueta de parto e uma cama
mais baixa e mais larga que o leito convencional e permitir o
partoemposiçãodecócorasousemi-sentada.
Uma unidade de reanimação neonatal deve ser estruturada
com todos os materiais de rotina e de emergência necessários
paraassistênciaereanimaçãodorecém-nascido.
.
Suítes de parto / Quarto PPP
34
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Participe do nosso fórum
sobre os ambientes de parto
no Brasil.
Colabore em:
planodeparto.net/forum
35. O centro de parto normal ou casa de parto (regulamentado
pela Portaria GM 985/1999) é uma unidade de saúde
autônoma ou anexa ao hospital de referência com foco na
assistência humanizada a partos normais de risco habitual
(baixo risco). Estas unidades devem ter parceria com um
hospital de referência de alto-risco para atendimento no caso
deemergências.
O grande diferencial está na planta física e na lógica de
assistência destas unidades. A internação é realizada e suítes
individuais e existe uma equipe composta de enfermeiro
obstétrico e/ou obstetriz, auxiliar de enfermagem, auxiliar de
serviços gerais e um motorista de ambulância. Esta equipe
pode ser complementada com um medico pediatra ou
neonatologistaeumaparteiratradicional.
Uma revisão sistemática da Cochrane (HODNETT et al, 2010),
comparou os CPN com os centros obstétricos tradicionais.
Concluíram que o modelo alternativo foi associado com risco
reduzido de intervenções médicas, aumento da probabilidade
de parto vaginal espontâneo, aumento da satisfação materna,
maior probabilidade de amamentação após o parto e sem
riscosaparentesparaamãeebebe.
Centro de Parto Normal
35
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36. As políticas públicas voltadas à saúde materna e infantil são
monitoradas pelos indicadores disponíveis no Sistema de
InformaçãodeNascidosVivos(SINASC).
Esse sistema de informação é alimentado a partir dos dados
preenchidos na Declaração de Nascido Vivo, documento
obrigatório para todos os nascimentos no país. Podemos
confiar nesses dados para compreender a realidade dos
nascimentosemumapopulaçãoeparaapoiarasdecisõesdos
gestores.
Para investigar qual a taxa de cesarianas, prematuridade, e
outros indicadores você pode acessar os dados do SINASC
atravésdoPaineldeMonitoramentodaSecretariadeVigilância
emSaúde.
http://svs.aids.gov.br/dantps/centrais-de-conteudos/paineis-
de-monitoramento
36
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Sistemadeinformaçãode
Nascidosvivos(SINASC)
37. livros
Referências complementares de
preparação para o parto:
A Cesariana
Michel Odent
"Parto normal ou cesárea"
Simone Grilo Diniz
Ana Cristina Duarte
Entre Orelhas.
Histórias de Parto
Ricardo Jones
37
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38. Pesquisas
Cadernos HumanizaSUS
Ministério da Saúde
"Nascer no Brasil"
CSP - Cadernos de Saúde
Pública
"Parto Natural, parto
humanizado".
Olívia Nogueira Irsh
Referências complementares de
preparação para o parto:
38
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39. vídeos
""O renascimento do parto"
Érika de Paula e Eduardo
Chauvet
""Orgasmic Birth"
Debra Pascali Bonaro
Referências complementares de
preparação para o parto:
39
www.planodeparto.net
40. Youtube
Vida intra-útero da
concepção aos 9 meses
- O milagre da Vida
Nascer no Brasil:
Parto, da violência
obstétrica às boas
práticas
SUS que dá certo | Parto e
Nascimento humanizados
no Hospital Sofia
Feldman
Referências complementares de
preparação para o parto:
40
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41. Referências deste guia
41
www.planodeparto.net
Domingues RMSM, Dias MAB, Nakamura-Pereira M, Torres JA,
d’Orsi E, Pereira APE, et al. Processo de decisão pelo tipo de
parto no Brasil: da preferência inicial das mulheres à via de
parto final. Cadernos de Saúde Pública. 2014 Aug;30(suppl
1):S101–16.
Rattner D. (org). Assistência ao parto e nascimento: uma
agenda para o século 21. Brasília; 2021. Disponível em:
<www.unicef.org/brazil/media/17491/file/assistencia-ao-
parto-e-nascimento-uma-agenda-para-o-seculo-21.pdf> .
Acesso em: acesso em 01 de julho de 2022
SVS Ministério da Saúde. Departamento de informação e
análise epidemiológica Painel de Monitoramento de Nascidos
Vivos segundo Classificação de Risco Epidemiológico (Grupos
de Robson). [acesso em 30 de junho de 2022] Disponível em:
<http://svs.aids.gov.br/dantps/centrais-de-conteudos/paineis-
de-monitoramento/natalidade/grupos-de-robson>
Wallerstein N. Prefácio. In: Toledo R, editor. Pesquisa
Participativa em Saúde: Vertentes e Veredas. São Paulo:
Instituto de Saúde; 2018.
Word Health Organization. Declaração da OMS sobre Taxas de
Cesáreas [Internet]. Genebra: Departamento de Saúde
Reprodutiva e Pesquisa; 2015
Word Health Organization. Recomendações da OMS sobre
atendimento pré-natal para uma experiência gestacional
positiva. Genebra; 2018.
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