Seminário apresentado à disciplina de História da Psicologia, comentando texto de diálogo entre Rogers e Tillich, discutindo suas teorias, concordâncias e discordâncias
1. Psicologia humanista a
partir do dialogo entre Carl
Rogers e Paul Tillich
Panorama histórico, filosófico, psicológico e pessoal
Coragem do ser
Natureza do homem
Alienação
Pessoa ótima e valores
Dimensões relacionais
Autoavaliação
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6. Psicologia Humanista
• É a perspectiva da psicologia que apoia a crença de que os seres
humanos, como indivíduos, são seres únicos e devem ser
reconhecidos e tratados como tal por psicólogos e psiquiatras. A
psicologia humanista enfatiza os conceitos como livre-arbítrio e a
autorrealização;
• A psicologia humanista tem como principal característica considerar
o ser humano como um todo. Ela se baseia no fato de que há
múltiplos fatores envolvidos na saúde mental. Todos eles convergem
e estão interligados: as emoções, o corpo, os sentimentos, o
comportamento, os pensamentos, etc.
Contribuição de Rogers e Tillich para a Psicologia Humanista
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8. Paul Johannes Oskar Tillich
• Nasceu: Prússia, 20 de agosto de 1886 / Morreu: Chicago 22 de outubro
de 1965;
• Teólogo alemão-estadounidense e filósofo da religião;
• Teólogo, filósofo e professor universitário;
• 1912 ordenado pastor, participou da Primeira Guerra Mundial como
capelão de guerra;
• Até 1933, lecionou em Berlin, Marburg, Dresden, Leipzig e Frankfurt;
9. Paul Johannes Oskar Tillich
• Desempenhou um papel importante na fundação da Escola de Frankfurt,
tendo orientado a tese de doutorado de Theodor Adorno (Estudou
filosofia, sociologia, psicologia e música na Universidade de Frankfurt,
Ele é amplamente considerado como um dos principais pensadores do
século XX em estética e filosofia. Como crítico do fascismo e do que ele
chamou de indústria cultural, seus escritos - como Dialética do
Iluminismo (1947), Minima Moralia (1951) e Negativa Dialética (1966) -
influenciaram fortemente a Nova Esquerda Europeia).
10. Paul Johannes Oskar Tillich
• Foi fundador, com um grupo de amigos, do movimento intelectual do
"socialismo religioso“;
• 1933 Tillich emigrou para os Estados Unidos onde foi professor de
Teologia Filosófica;
• Prêmios: Grã-cruz do Mérito com Estrela da Ordem do Mérito da
República Federal da Alemanha (1961), Prêmio da Paz dos Editores
Alemães (Otto Dibelius, 1962), Placa Goethe da Cidade de Frankfurt am
Main (1956), Messenger Lectures (1957);
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12. Carl Ransom Rogers
• Nasceu: 8 de janeiro de 1902, Estados Unidos / Morreu:
4 de fevereiro de 1987 (85 anos);
• Psicoterapeuta, psicólogo, escritor de não ficção;
• Sua dedicação à construção de um método científico na
psicologia foi reconhecido por prêmio da Associação
Americana de Psicologia;
• Foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 18 de janeiro de
1987;
13. Carl Ransom Rogers
• Não contente com as posições reducionistas, mecanicistas e diretivistas
da Psicanálise e do Behaviorismo de Skinner, Rogers funda sua
abordagem em uma recusa em identificar a pessoa em terapia como
paciente ou doente e aponta a importância da relação da pessoa e do
terapeuta, que são iguais e não possuem posição de hierarquia;
• Passa a defender que, na verdade, o núcleo básico da personalidade
humana era tendente à saúde, ao bem-estar;
• Influência no Brasil: O CVV (Centro de Valorização da Vida) segue a ideia
de conduta em seu atendimento estilo Rogers, e em sua homenagem foi
criada uma escola com seu nome. "Carl Rogers“ que está localizada em
João Pessoa - PB e sua estátua se localizada em Curitiba- PR.
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16. Autonomia
• Heteronomia = sujeitar-se às regras de outrem
• Autonomia = autorregrar-se — objetivo da Psicologia
• Teonomia (síntese) = indivíduos autônomos sujeitos às regras
divinas — posicionamento teológico e moral
17. Filosofia de Tillich acerca da
ansiedade
• Medo → possui objeto
• Ansiedade existencial → negação de objeto
• Não-ser ameaça a firmação do ser — ameaças absoluta e
relativa da morte
18. Coragem de ser
• “Uma das possibilidades do ser humano favorecer seu
crescimento pessoal é utilizando-se da virtude, através da
qual, o homem corajoso age ‘em prol do que é nobre, porque
esse é o alvo da virtude’.” — Fábio Corrêa, “A coragem de ser”
19. Coragem de ser
• “A coragem de ser, ousar ou experimentar diante dos obstáculos
vividos por nós, é que nos faz ampliar a possibilidade de nos
tornarmos seres mais capacitados para enfrentar as vicissitudes da
vida. Ou seja, um ser humano capaz, corajoso, e ousado é aquele
que aprende com as próprias experiências, ao mesmo tempo em
que qualifica as experiências alheias.” — Fábio Corrêa, “A coragem
de ser”
• A autoafirmação do ser supera a negação deste através da coragem
do ser
20. Coragem de ser
• Coragem é uma realidade ética, embora possua raízes na estrutura
do ser
• Como ato humano = conceito ético
• Como autoafirmação = conceito ontológico
• “A coragem de ser é o ato ético no qual o homem afirma seu próprio
ser a despeito daqueles elementos de sua existência que entram em
conflito com sua autoafirmação essencial [ansiedades].” — O
Conceito de ansiedade em Paul Tillich e na psicanálise
21. Coragem de ser
• “Tillich oferece a coragem de ser como uma possível
superação para a ansiedade provocada pela percepção do
não-ser. A vida precisa ser uma constante afirmação do ser a
despeito do não-ser, uma busca de crescimento, auto-
afirmação.” — O Conceito de ansiedade em Paul Tillich e na
psicanálise
23. Natureza do Homem
Rogers: - homem como ser social
- homem por ser um organismo é direcional
- direção que ele caminha é atualizar-se
Tillich: - nega que o homem não tenha uma natureza
- liberdade como natureza do homem
- Natureza essencial x natureza existencial
(distorção/alienação)
24. Alienação
Ambiguidade (demônio)
Rogers: - Alienação básica (criança)
- Dá o exemplo do menino que puxa o cabelo de sua irmã e é
corrigido com a expressão ‘‘menino mau’’ (sofre alienação e tem a
liberdade limitada)
Tillich: - Afirma que nesse caso o menino deve sofrer essa influência externa já
que sua irmã está sendo prejudicada socialmente (liberdade do outro)
- Inocência sonhadora sofre a transição para uma realização própria
mesclada com autoalienação
25. Pessoa ótima, valores
Rogers: - Se sente satisfeito como terapeuta na medida em que ele e o
cliente estão caminhando para uma maior abertura da experiência
- Se o cliente se torna mais sensível (vida/mundo)
- Há consequentemente uma maior integração com o meio (ser social)
- ‘‘Pessoa ótima’’ desencadeada a partir da abertura da experiência
Tillich: - Abertura (símbolos) e propósito (objetivo gradual)
- Ser social atrelado a termos populares: fé e amor
- Fé no que se refere a dimensão do último (não nas crenças)
- Amor no que se refere a afirmar o outro e a si mesmo (não
sentimentalismo)
26. Valorização do relacionamento
vertical
• Linha horizontal = relacionamento do indivíduo como ser
finito com outros seres finitos
• Linha vertical = relacionamento metafórico do indivíduo como
ser finito com aquilo que é infinito, eterno
• Religiosa, não no sentido comum, mas litúrgica
• A ciência lida com o finito; os símbolos e o mito, com o eterno
• (Posição teológica de Tillich)
27. Descendo pela linha vertical
• Entrar em harmonia com o cliente
• Relação Eu-Tu como acesso à relação Eu-Universo
• Encontrando o fundamento do ser
• Tudo enraizado no fundamento criativo oferece ao que
experimenta o senso do mesmo fundamento criativo
• Se você sabe alguma coisa, então sabe algo acerca de Deus
28. Fé e amor na autoavaliação
• Fé é conceito relacionado à linha vertical
• Amor é relacionado à auto-afirmação
• Termos concretos
• Avaliação contínua
• Crítica à filosofia dos valores
• A criança como exemplo de avaliadora
• Avaliação é organísmica