Este poema descreve o trabalho diário dos calceteiros em Lisboa através de três estações do ano - primavera, verão e outono. Através de comparações e detalhes vívidos, o poema capta a dureza física do seu trabalho e a pobreza das suas vidas.
O poema descreve uma ceifeira que canta enquanto trabalha, alegremente mas também com tristeza. O poeta ouve sua canção e sente-se atraído por sua inocência, mas também entristecido por sua condição de pobreza. Ele pede à ceifeira que continue cantando e que o leve com sua voz suave.
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana SofiaJoana Azevedo
Este poema descreve as impressões do poeta enquanto caminha pelas ruas de Lisboa à noite, desde o anoitecer até altas horas da noite. A cidade provoca sentimentos de melancolia e desejo de fuga. O poeta evoca figuras do passado de Portugal e contrasta as classes burguesas com os trabalhadores do mar.
O documento fornece informações sobre o heterónimo Alberto Caeiro de Fernando Pessoa. Apresenta sua biografia, características poéticas, filosofia anti-metafísica e objetivista e ideias fundamentais como a importância das sensações e a harmonia com a natureza.
- Biografia de Fernando Pessoa e seus principais heterónimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos;
- O fingimento artístico/poético onde a dor real é transformada em poesia através da imaginação e não dos sentimentos;
- Poemas como "Autopsicografia" e "Isto" ilustram essa ideia de fingimento para a criação poética.
O documento apresenta quatro poemas de Fernando Pessoa que exploram a dor resultante do seu processo de racionalização permanente. Nos poemas, o sujeito lírico expressa a sua incapacidade de conciliar o sentir e o pensar, vivendo assim em solidão e indefinição, sem conseguir experienciar a felicidade instintiva de outros seres.
O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptxCecliaGomes25
1. O poema O sentimento dum Ocidental de Cesário Verde convoca elementos do género épico, nomeadamente através da estrutura narrativa e da reflexão sobre o povo português.
2. A viagem do eu lírico por Lisboa representa a passagem do tempo e a transição de um passado glorioso para um presente decadente.
3. Figuras como Camões e a sua epopeia Os Lusíadas são evocadas para simbolizar a grandeza passada em contraste com a realidade opressiva do presente.
O poema descreve uma ceifeira que canta enquanto trabalha, alegremente mas também com tristeza. O poeta ouve sua canção e sente-se atraído por sua inocência, mas também entristecido por sua condição de pobreza. Ele pede à ceifeira que continue cantando e que o leve com sua voz suave.
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana SofiaJoana Azevedo
Este poema descreve as impressões do poeta enquanto caminha pelas ruas de Lisboa à noite, desde o anoitecer até altas horas da noite. A cidade provoca sentimentos de melancolia e desejo de fuga. O poeta evoca figuras do passado de Portugal e contrasta as classes burguesas com os trabalhadores do mar.
O documento fornece informações sobre o heterónimo Alberto Caeiro de Fernando Pessoa. Apresenta sua biografia, características poéticas, filosofia anti-metafísica e objetivista e ideias fundamentais como a importância das sensações e a harmonia com a natureza.
- Biografia de Fernando Pessoa e seus principais heterónimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos;
- O fingimento artístico/poético onde a dor real é transformada em poesia através da imaginação e não dos sentimentos;
- Poemas como "Autopsicografia" e "Isto" ilustram essa ideia de fingimento para a criação poética.
O documento apresenta quatro poemas de Fernando Pessoa que exploram a dor resultante do seu processo de racionalização permanente. Nos poemas, o sujeito lírico expressa a sua incapacidade de conciliar o sentir e o pensar, vivendo assim em solidão e indefinição, sem conseguir experienciar a felicidade instintiva de outros seres.
O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptxCecliaGomes25
1. O poema O sentimento dum Ocidental de Cesário Verde convoca elementos do género épico, nomeadamente através da estrutura narrativa e da reflexão sobre o povo português.
2. A viagem do eu lírico por Lisboa representa a passagem do tempo e a transição de um passado glorioso para um presente decadente.
3. Figuras como Camões e a sua epopeia Os Lusíadas são evocadas para simbolizar a grandeza passada em contraste com a realidade opressiva do presente.
Características poéticas de Ricardo ReisDina Baptista
As Principais características temáticas e estilísticas de Ricardo Reis - Heterónimo de Fernando Pessoa: Trabalho de Grupo desenvolvido no âmbito da disciplina de Português 12ºE/2009-2010 (Escola Básica 2,3/S de Vale de Cambra)
Mudança é constante e inevitável. O poema reflete sobre como as estações, a natureza e as pessoas estão em constante mudança, ora de forma positiva, ora negativa. Apesar das mudanças cíclicas da primavera e do inverno, o sujeito poético sente que a mudança agora ocorre de forma imprevisível e sem padrões, levando a desencantos e tristeza.
O Poeta critica os guerreiros portugueses por não valorizarem as artes e a cultura, ao contrário dos heróis da Antiguidade. Isso pode levar ao esquecimento dos feitos heroicos e falta de inspiração para novas gerações. Ele alerta especialmente Vasco da Gama e sua família que, embora tenham realizado grandes façanhas, não incentivam a poesia que as celebra.
Este poema descreve uma ceifeira cantando enquanto trabalha e a reação do poeta à sua canção. A canção da ceifeira é alegre mas o poeta vê a triste realidade por detrás da sua inconsciência. Ele apela à ceifeira para continuar cantando e pede aos elementos da natureza que o transformem para que possa ter a mesma alegria inconsciente.
O documento discute a obra do poeta português Fernando Pessoa. Apresenta alguns dos principais temas em sua poesia como o fingimento artístico, a dor de pensar, a nostalgia da infância e a fragmentação do eu. Explora também dicotomias como consciência/inconsciência e realidade/sonho que estão presentes em sua obra. Resume brevemente o conteúdo de alguns de seus poemas mais conhecidos.
O poema descreve um encontro entre Ricardo Reis e Lídia à beira de um rio. Reis reflete sobre a fugacidade da vida e do amor diante da certeza da morte, levando-o a uma atitude de indiferença estoica. No final, antevê a própria morte e a de Lídia, encontrando na lembrança pacífica dela após a morte um consolo para o sofrimento causado pela brevidade da vida.
O documento analisa um poema que descreve o sujeito poético a vaguear por Lisboa ao entardecer, observando os elementos físicos e as pessoas enquanto reflete sobre os seus estados de alma, inspirando-se e incomodando-se com o fim da tarde.
Este soneto de Camões descreve a beleza da amada ausente através da enumeração de suas qualidades físicas e morais ideais de acordo com a tradição petrarquista. No último terceto, o poeta expressa um intenso desejo de vê-la pessoalmente, reforçado por figuras de linguagem como a interrogação retórica e a exclamação.
O poema descreve o sujeito poético sentado junto ao mar ouvindo seu lamento enquanto interroga as forças da natureza em busca de respostas para suas inquietações, mas só encontra silêncio.
Álvaro de Campos foi um engenheiro português e heterônimo de Fernando Pessoa. Passou por diferentes fases poéticas marcadas pelo decadentismo, futurismo e pessimismo, exaltando temas como a modernidade, sensações e cansaço. Sua obra mais conhecida é a "Ode Triunfal".
O documento resume os principais temas abordados pelo poeta Cesário Verde: a oposição entre a mulher do campo e da cidade, o campo versus a cidade, e questões sociais como a opressão dos desfavorecidos.
- O documento analisa a poética de Cesário Verde, poeta português do século XIX considerado precursor de movimentos literários modernos.
- A poesia de Cesário Verde cruza várias tendências como o realismo, naturalismo, parnasianismo, simbolismo e impressionismo, renovando as práticas poéticas da época.
- Ele é apontado como precursor do modernismo, surrealismo e neorrealismo pela aliança entre literatura e artes, mecanismos de associação de ideias e retrato do povo.
Este documento resume as principais temáticas e características formais associadas aos heterónimos e ao ortónimo de Fernando Pessoa, incluindo a recusa do pensamento metafísico por Caeiro, o estoicismo de Reis e o sensacionismo de Campos na sua fase inicial.
O documento descreve a polémica literária entre os defensores do ultra-romantismo, realismo e naturalismo retratada no romance Os Maias de Eça de Queirós. Durante um jantar, as personagens Tomás de Alencar e João da Ega discutem animadamente sobre os méritos de cada corrente literária, personificando o romantismo agonizante e o naturalismo em ascensão. A discussão destaca as diferenças entre realismo e naturalismo, sendo este último mais analítico e científico na abordagem dos problemas sociais da época
O documento fornece informações sobre deícticos em língua portuguesa. Deícticos são palavras que estabelecem a articulação entre o ato de fala e o contexto em que é produzido. Existem três tipos de deícticos: pessoais, temporais e espaciais.
Este documento fornece informações biográficas e literárias sobre o poeta português Cesário Verde. Apresenta detalhes sobre sua vida, contexto histórico e literário, características poéticas, temas e evolução estilística. Cesário Verde retratou a realidade da cidade de Lisboa do século XIX de forma realista através de descrições detalhadas do cotidiano. Sua poesia evoluiu de um estilo mais romântico para um estilo naturalista e impressionista.
1. O documento descreve os principais elementos do Realismo como movimento literário, incluindo a ênfase na objetividade, na representação da realidade exterior e na crítica social.
2. O texto também discute como o Realismo se opunha ao Romantismo e defendia a reforma social através da literatura, criticando os problemas da sociedade portuguesa da época.
3. Por fim, afirma que a obra literária deve ser um reflexo fiel da realidade.
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/NeopaganismoTelma Carvalho
O poema de Ricardo Reis revela um estilo neoclássico rigoroso com precisão verbal e uso de formas como odes e métricas da Antiguidade. Seu neoclassicismo aborda temas greco-latinos e conceitos pagãos, fazendo os poemas recuarem à Grécia Clássica. Reis aceita o neopaganismo e a brevidade da vida, vendo os deuses como ideal humano e o destino como acima deles.
Síntese_ José Saramago - O ano da morte de Ricardo Reis.pptxLaraCosta708069
O documento resume o romance O ano da morte de Ricardo Reis de José Saramago, abordando três pontos principais: 1) o contexto histórico e político de 1936 em Portugal e na Europa; 2) a caracterização da personagem principal Ricardo Reis; 3) a estrutura, linguagem e estilo da obra.
Este documento é uma seleção de poemas da poeta norte-americana Elizabeth Bishop, traduzidos para o português. A seleção inclui poemas de quatro livros publicados pela autora entre 1946 e 1976, além de poemas inéditos. O documento apresenta as traduções dos poemas, notas introdutórias e biográficas sobre a autora.
Este poema é uma ode ao pintor Salvador Dalí. Em três frases ou menos, o poema elogia a imaginação fantástica de Dalí e sua preferência por formas definidas e exatas em sua arte, contrastando com as formas incríveis da selva. Também celebra o amor de Dalí pela luz e explicações possíveis vindas de sua terra natal, Catalunha.
Características poéticas de Ricardo ReisDina Baptista
As Principais características temáticas e estilísticas de Ricardo Reis - Heterónimo de Fernando Pessoa: Trabalho de Grupo desenvolvido no âmbito da disciplina de Português 12ºE/2009-2010 (Escola Básica 2,3/S de Vale de Cambra)
Mudança é constante e inevitável. O poema reflete sobre como as estações, a natureza e as pessoas estão em constante mudança, ora de forma positiva, ora negativa. Apesar das mudanças cíclicas da primavera e do inverno, o sujeito poético sente que a mudança agora ocorre de forma imprevisível e sem padrões, levando a desencantos e tristeza.
O Poeta critica os guerreiros portugueses por não valorizarem as artes e a cultura, ao contrário dos heróis da Antiguidade. Isso pode levar ao esquecimento dos feitos heroicos e falta de inspiração para novas gerações. Ele alerta especialmente Vasco da Gama e sua família que, embora tenham realizado grandes façanhas, não incentivam a poesia que as celebra.
Este poema descreve uma ceifeira cantando enquanto trabalha e a reação do poeta à sua canção. A canção da ceifeira é alegre mas o poeta vê a triste realidade por detrás da sua inconsciência. Ele apela à ceifeira para continuar cantando e pede aos elementos da natureza que o transformem para que possa ter a mesma alegria inconsciente.
O documento discute a obra do poeta português Fernando Pessoa. Apresenta alguns dos principais temas em sua poesia como o fingimento artístico, a dor de pensar, a nostalgia da infância e a fragmentação do eu. Explora também dicotomias como consciência/inconsciência e realidade/sonho que estão presentes em sua obra. Resume brevemente o conteúdo de alguns de seus poemas mais conhecidos.
O poema descreve um encontro entre Ricardo Reis e Lídia à beira de um rio. Reis reflete sobre a fugacidade da vida e do amor diante da certeza da morte, levando-o a uma atitude de indiferença estoica. No final, antevê a própria morte e a de Lídia, encontrando na lembrança pacífica dela após a morte um consolo para o sofrimento causado pela brevidade da vida.
O documento analisa um poema que descreve o sujeito poético a vaguear por Lisboa ao entardecer, observando os elementos físicos e as pessoas enquanto reflete sobre os seus estados de alma, inspirando-se e incomodando-se com o fim da tarde.
Este soneto de Camões descreve a beleza da amada ausente através da enumeração de suas qualidades físicas e morais ideais de acordo com a tradição petrarquista. No último terceto, o poeta expressa um intenso desejo de vê-la pessoalmente, reforçado por figuras de linguagem como a interrogação retórica e a exclamação.
O poema descreve o sujeito poético sentado junto ao mar ouvindo seu lamento enquanto interroga as forças da natureza em busca de respostas para suas inquietações, mas só encontra silêncio.
Álvaro de Campos foi um engenheiro português e heterônimo de Fernando Pessoa. Passou por diferentes fases poéticas marcadas pelo decadentismo, futurismo e pessimismo, exaltando temas como a modernidade, sensações e cansaço. Sua obra mais conhecida é a "Ode Triunfal".
O documento resume os principais temas abordados pelo poeta Cesário Verde: a oposição entre a mulher do campo e da cidade, o campo versus a cidade, e questões sociais como a opressão dos desfavorecidos.
- O documento analisa a poética de Cesário Verde, poeta português do século XIX considerado precursor de movimentos literários modernos.
- A poesia de Cesário Verde cruza várias tendências como o realismo, naturalismo, parnasianismo, simbolismo e impressionismo, renovando as práticas poéticas da época.
- Ele é apontado como precursor do modernismo, surrealismo e neorrealismo pela aliança entre literatura e artes, mecanismos de associação de ideias e retrato do povo.
Este documento resume as principais temáticas e características formais associadas aos heterónimos e ao ortónimo de Fernando Pessoa, incluindo a recusa do pensamento metafísico por Caeiro, o estoicismo de Reis e o sensacionismo de Campos na sua fase inicial.
O documento descreve a polémica literária entre os defensores do ultra-romantismo, realismo e naturalismo retratada no romance Os Maias de Eça de Queirós. Durante um jantar, as personagens Tomás de Alencar e João da Ega discutem animadamente sobre os méritos de cada corrente literária, personificando o romantismo agonizante e o naturalismo em ascensão. A discussão destaca as diferenças entre realismo e naturalismo, sendo este último mais analítico e científico na abordagem dos problemas sociais da época
O documento fornece informações sobre deícticos em língua portuguesa. Deícticos são palavras que estabelecem a articulação entre o ato de fala e o contexto em que é produzido. Existem três tipos de deícticos: pessoais, temporais e espaciais.
Este documento fornece informações biográficas e literárias sobre o poeta português Cesário Verde. Apresenta detalhes sobre sua vida, contexto histórico e literário, características poéticas, temas e evolução estilística. Cesário Verde retratou a realidade da cidade de Lisboa do século XIX de forma realista através de descrições detalhadas do cotidiano. Sua poesia evoluiu de um estilo mais romântico para um estilo naturalista e impressionista.
1. O documento descreve os principais elementos do Realismo como movimento literário, incluindo a ênfase na objetividade, na representação da realidade exterior e na crítica social.
2. O texto também discute como o Realismo se opunha ao Romantismo e defendia a reforma social através da literatura, criticando os problemas da sociedade portuguesa da época.
3. Por fim, afirma que a obra literária deve ser um reflexo fiel da realidade.
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/NeopaganismoTelma Carvalho
O poema de Ricardo Reis revela um estilo neoclássico rigoroso com precisão verbal e uso de formas como odes e métricas da Antiguidade. Seu neoclassicismo aborda temas greco-latinos e conceitos pagãos, fazendo os poemas recuarem à Grécia Clássica. Reis aceita o neopaganismo e a brevidade da vida, vendo os deuses como ideal humano e o destino como acima deles.
Síntese_ José Saramago - O ano da morte de Ricardo Reis.pptxLaraCosta708069
O documento resume o romance O ano da morte de Ricardo Reis de José Saramago, abordando três pontos principais: 1) o contexto histórico e político de 1936 em Portugal e na Europa; 2) a caracterização da personagem principal Ricardo Reis; 3) a estrutura, linguagem e estilo da obra.
Este documento é uma seleção de poemas da poeta norte-americana Elizabeth Bishop, traduzidos para o português. A seleção inclui poemas de quatro livros publicados pela autora entre 1946 e 1976, além de poemas inéditos. O documento apresenta as traduções dos poemas, notas introdutórias e biográficas sobre a autora.
Este poema é uma ode ao pintor Salvador Dalí. Em três frases ou menos, o poema elogia a imaginação fantástica de Dalí e sua preferência por formas definidas e exatas em sua arte, contrastando com as formas incríveis da selva. Também celebra o amor de Dalí pela luz e explicações possíveis vindas de sua terra natal, Catalunha.
O documento descreve a produção de cerâmica de barro na cidade de Granja, no Ceará. Detalha o processo de fabricação das peças, desde a preparação do barro até a queima e decoração final, realizado principalmente por mulheres com poucos instrumentos. A cerâmica produzida inclui itens de cozinha como potes, panelas e pratos.
O documento descreve o litoral como o espaço de contato entre a terra e o mar. Apresenta os tipos de costa alta e baixa e suas características, como arribas escarpadas na costa alta e praias arenosas na costa baixa. Também explica formas litorais como praias, dunas e estuários resultantes da interação entre processos marinhos e continentais.
- O documento descreve as memórias do cego Damião das Bróteas e seu amigo dourado Aníbal, incluindo notas e manuscritos sobre variados assuntos como viagens, leituras e cores.
- Duas passagens descrevem cenas da natureza com detalhes sobre cores, uma sobre um lobo atacando um veado e outra sobre um anjo esverdeado à noite.
- Uma terceira passagem discute a percepção e projeção de cores na noite segundo o tratado de Telésio De colloribus.
- O documento descreve três histórias curtas narradas por Damião das Bróteas e seu amigo Aníbal sobre observações de cores e natureza. A primeira história descreve uma cena bucólica de um lobo atacando um veado. A segunda fala sobre o efeito de uma chuva constante no humor das pessoas. A terceira história trata da fascinação de Damião pela noite e como ele via cores na escuridão.
O texto resume:
1) A ilha referida nos Cantos IX e X de Os Lusíadas nunca foi denominada "Ilha dos Amores" no poema.
2) Camões usou a expressão "Ilha namorada" para se referir a ela.
3) Os marinheiros aportaram na ilha para obter água potável antes de prosseguirem viagem.
Este documento é a 42a edição do e-zine de literatura e ideias Chicos, de Cataguases, MG. Apresenta poemas e artigos de vários colaboradores, incluindo uma homenagem à poeta Celina Ferreira e notícias sobre eventos literários como o Clube de Leitura Nossas Causas e os 70 anos da morte de Mário de Andrade.
Retrato da Sertã e das gentes da Sertã nos meses quentesIlda Bicacro
O documento descreve a vida na vila da Sertã durante os meses quentes, com referências à ribeira, aos visitantes de verão e à diversidade geracional entre os mais velhos nas colinas e os mais novos junto à ribeira.
O poema descreve a vida difícil dos angolares, um grupo étnico de São Tomé, que dependem do mar para sua subsistência. Eles vivem em cubatas perto da praia e remam em pequenas canoas para pescar, arriscando suas vidas contra tubarões. Embora dependam do mar, eles não possuem terra para cultivar.
1. O poema descreve uma cena de calceteiros trabalhando em uma rua suburbana da cidade.
2. Os calceteiros são caracterizados como "terrosos e grosseiros" e representam o "Povo" e seu sofrimento e luta.
3. O poema contrasta os calceteiros com uma atriz que passa, representando a artificialidade da cidade em oposição à dureza da vida dos trabalhadores.
O documento discute as pedras preciosas incolores usadas em jóias portuguesas dos séculos XVIII e XIX, incluindo quartzo, topázio e berilo. Explica que pontos negros nas pedras incolores eram na verdade tinta colocada para dar efeito. Também descreve a descoberta de topázios incolores de alta qualidade em Minas Gerais, Brasil, no início do século XIX.
Este documento é uma carta escrita por Pero Vaz de Caminha descrevendo a chegada da frota portuguesa à costa do atual Brasil em 1500. A carta detalha a viagem da frota, o primeiro contato com os indígenas, incluindo suas aparências físicas e costumes, e a descoberta de um porto seguro para ancorar as naus.
Este documento descreve a Costa de Santo André, uma praia no sul de Portugal. Fala sobre a história da praia e como era originalmente uma vila de pescadores. Também discute os desafios de equilibrar o crescimento do turismo com a preservação ambiental à medida que a praia se torna mais popular.
Este documento apresenta poemas de diferentes países e culturas. A maioria dos poemas explora temas como a natureza, o amor, a saudade e a fugacidade da vida. Os poemas estão escritos em português, romeno, russo, ucraniano, espanhol e outras línguas, refletindo a diversidade cultural.
Este documento contém poemas e excertos de poemas de vários autores portugueses. Os poemas tratam de temas como a poesia, o amor, a saudade, a natureza e visões de Portugal.
O poema traduzido por Dirceu Villa é o Canto II de Ezra Pound. Ele descreve cenas do mar Mediterrâneo com referências à mitologia grega e romana, descrevendo deuses como Posêidon e criaturas como tritões. O poema também faz alusões à obra de Homero e Ovídio e à transformação de personagens como Dafne em árvores e animais.
Este documento contém 5 questões sobre o Arcadismo. A primeira questão trata dos princípios do Arcadismo como o retorno aos ideais clássicos. A segunda questão aborda a presença do carpe diem no Arcadismo. A terceira questão discute o ponto de vista político misturado com o bucolismo na poesia arcadista. A quarta questão analisa a nostalgia da paisagem campestre na obra de Cláudio Manuel da Costa. A quinta questão utiliza um ditado popular para expressar a ideia de que os apelos do povo rar
A extraordinária carta de Pero Vaz de Caminha.
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O documento descreve a vida e obra do poeta brasileiro Castro Alves, conhecido como o "Poeta dos Escravos". Alves ficou famoso por seus poemas que denunciavam a escravidão e exaltavam a cultura africana. Seus poemas mais famosos incluem "Navio Negreiro" e trechos que refletem sobre a dor dos escravos e a saudade de sua terra natal na África.
O documento discute vários estudos e projetos relacionados à literacia da informação, incluindo o projeto ALFIN que promove boas práticas na área, e o projeto PIL que estuda os hábitos de pesquisa de jovens. Também aborda um estudo sobre a relação entre resultados acadêmicos e capacidade de pesquisa de informação, e outro sobre como educar por meio da diversificação de fontes.
Esta atividade visa ensinar estudantes de 2o e 3o ciclo a produzir uma reportagem sobre um Sarau de Leitura. Os professores planejam a atividade e treinam os estudantes nas habilidades necessárias, como entrevistas, fotografia e edição de vídeo. Os estudantes então realizam a reportagem e a apresentam no final do período letivo.
O documento discute o papel da escola, bibliotecas escolares e professores bibliotecários na promoção da literacia da informação. A escola deve garantir competências como selecionar e interpretar informação para lidar com mudanças. Bibliotecas escolares apoiam o desenvolvimento de literacias múltiplas através de recursos e TIC. Uma cultura de colaboração entre professores e bibliotecários é essencial para o sucesso da literacia da informação.
- O documento apresenta o modelo PLUS, um modelo de pesquisa de informação aplicado no Ensino Secundário composto por várias etapas como planificar, localizar, utilizar e auto-avaliar.
- Inclui exemplos de como aplicar cada etapa do modelo a um trabalho de projeto, desde definir o tema e objetivos até citar fontes e avaliar o processo.
- O modelo visa desenvolver competências de literacia de informação nos estudantes através de um processo guiado de pesquisa e produção de conhecimento.
O documento discute o conceito de literacia da informação e como tem evoluído de um conceito relacionado à alfabetização para um conceito baseado em competências como leitura, escrita e cálculo. Também explora como a literacia da informação é essencial para a vida cotidiana e para a capacidade de lidar com a abundância de informação disponível atualmente.
Este documento fornece orientações sobre como preparar e apresentar uma exposição oral de forma eficaz. Inclui instruções sobre como elaborar um guião, definir o tema e objetivos, pesquisar informações, estruturar a apresentação, usar suportes visuais, e dicas para a apresentação oral.
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
Quer aprender inglês e espanhol de um jeito divertido? Aqui você encontra atividades legais para imprimir e usar. É só imprimir e começar a brincar enquanto aprende!
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Betel, Ordenança para buscar a paz e fazer o bem, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
2. “Cristalizações”
Localização temporal do poema
―Faz frio. Mas, depois duns dias de aguaceiros
Vibra uma imensa claridade crua‖
Primavera
Sinestesia: referências tácteis e visuais
3. “Cristalizações”
De cócoras, em linha, os calceteiros, /
Com lentidão, terrosos e grosseiros,
/Calçam de lado a lado a longa rua.
4. “Cristalizações”
De cócoras porque nem sequer tinham o banquinho de mestre calceteiro
Em linha – os calceteiros têm de trabalhar em equipa e muitos dos ajudantes
eram trazidos da prisão agrilhoados e teriam que manter forçosamente a fila
5. “Cristalizações”
Com lentidão – devido ao esforço dispendido, os aguilhoados teriam
forçosamente os seus movimentos muito mais lentos do que os homens
libertos, se bem que este trabalho fosse sempre moroso e penoso
Terrosos – adquiriam o tom da terra e da pedra ainda por limpar; quase que
fazem parte do próprio solo
6. “Cristalizações”
Grosseiros – não se trata de uma grosseria em relação a estes homens, mas
antes um libelo sobre a penosa situação em que se encontravam. Para se chegar
a mestre calceteiro era necessário começar a profissão aos sete ou oito anos de
idade dado que mais tarde as articulações das mãos já não lhes permitia
flexibilidade, tornando-se desajeitadas para o ofício
8. “Cristalizações”
A frialdade exige o movimento – roupas pouco adequadas em que o trabalho
era a única forma de aquecerem
E as poças de água, como em chão
vidrento – a água reflecte-se nos olhos,
como se fora um vidro colocado no chão,
assim como nas habitações
9. “Cristalizações”
A molhada casaria – molhada por ter chovido e,
muitas vezes, os próprios revestimentos das casas,
tantas vezes em mosaico, não serem propícios a
secarem rapidamente
10. “Cristalizações”
Casaria – é interessante notar que esta palavra é pouco vulgar empregando-
se o seu masculino „casario‟. Casaria são filas de casas tal como os calceteiros
são filas de homens. „Casaria‟ empregue no final da segunda estrofe liga-se
harmoniosamente a longa rua, localizada no final da primeira estrofe
ficando os calceteiros no meio, fechados por este cenário.
12. “Cristalizações”
Em pé e perna, dando aos rins que a marcha
agita, / Disseminadas, gritam as peixeiras;
/Luzem, aquecem na manhã bonita, /Uns
barracões de gente pobrezita /E uns
quintalórios velhos com parreiras.
13. “Cristalizações”
Cesário burila, à maneira de Baudelaire, a descrição das peixeiras
• Sinédoque (toma o todo pela parte) para destacar elementos mais
importantes para o exercício da dura profissão: pé e perna
14. “Cristalizações”
• Metonímia - Dando aos rins que a marcha agita – (causa/efeito) para
conseguirmos visualizar o bambolear das ancas que devido ao peso e à
caminhada provoca dores nos rins, começando a estrofe por afirmar: em pé,
ligando novamente o pé à caminhada
15. “Cristalizações”
Paralelamente ao trabalho dos calceteiros, as peixeiras com o seu ar gingão e
sonoro pregão espalham-se pela cidade dando brilho onde só há barracões de
gente pobre
16. “Cristalizações”
Luzem, aquecem na manhã bonita – Luzem, hipérbole (exagero poético)
sublinhando assim que são elas que dão luminosidade aos seres opacos do
quotidiano; aquecem porque calcorreiam as ruas vergadas ao peso da canasta
(sentido denotativo) e um outro subentendido (conotativo), aquecem o
coração dos homens. A manhã bonita interliga-se também às peixeiras que
alegram as manhãs dos pobres
17. “Cristalizações”
E uns quintalórios velhos com parreiras – os
únicos que podem assistir ao duro trabalho
dos calceteiros porque Não se ouvem aves;
nem o choro duma nora! /Tornam por outra
parte os viandantes
18. “Cristalizações”
Não se ouvem aves; nem o choro duma nora! – é Verão - perífrase
Nem o choro duma nora! – muito provavelmente os poços estavam secos
como tantas vezes aconteceu no estio lisboeta
Tornam por outra parte os viandantes – Quem pode parte para a sua
aldeia ou vai “a ares‖
19. “Cristalizações”
E o ferro e a pedra — que união
sonora! — /Retinem alto pelo
espaço fora, /Com choques rijos,
ásperos, cantantes.
20. “Cristalizações”
O ferro dos instrumentos do calceteiro: pá, picareta, forquilha, baldes (para
molhar a calçada), formas para os desenhos artísticos
21. “Cristalizações”
Pedra – basalto ou calcário empregues para a calçada
A união áspera dos sons do ferro e da pedra criam uma harmónica
dissonante
22. “Cristalizações”
Bom tempo. E os rapagões, morosos,
duros, braços, /Cuja coluna nunca se
endireita, /Partem penedos. Cruzam-se
estilhaços. /Pesam enormemente os
grossos maços, /Com que outros batem a
calçada feita.
23. “Cristalizações”
Bom tempo – A marcha do tempo
e dos calceteiros não pára.
Chegámos ao Verão, mas a
lentidão e a postura curvada do
corpo continuam
24. “Cristalizações”
A expressão hiperbólica partem penedos mostra o trabalho duro e pesado
Cruzam-se estilhaços – os calceteiros cortam as meias-pedras (assim
denominadas) na mão, em postura de concha, de uma forma irregular, com a
face superior aparelhada saltando as lascas e quase se entrechocando no ar
com as dos outros trabalhadores. Mostra também que o trabalho não é
solitário e que é realizado numa área contígua
25. “Cristalizações”
Pesam enormemente os grossos maços – é o peso do instrumento e a pressão
do trabalhador sobre o maço ou marreta que faz com que as pedras se
enterrem na argamassa
Com que outros batem a calçada – frisando novamente um trabalho
colectivo
26. “Cristalizações”
A sua barba agreste! A lã dos seus
barretes!/ Que espessos forros! Numa das
regueiras/Acamam-se as japonas, os
coletes;/E eles descalçam com os
picaretes,/Que ferem lume sobre
pederneiras.
27. “Cristalizações”
A sua barba agreste! – Cesário insurge-se muitas vezes ao longo da sua
vida, com o número de horas de trabalho que faz com que os trabalhadores
não tenham tempo para cuidar deles próprios. Assim a barba é descuidada e
áspera devido ao pó e a deficientes lavagens
28. “Cristalizações”
A lã dos seus barretes!/ Que espessos forros! – carapuços também forrados a
lã e com um debrum largo para o suor ser ensopado e não escorrer para os
olhos.
A admiração de Cesário em relação aos forros é sublinhada pelo ponto de
exclamação
29. “Cristalizações”
Acamam-se as japonas, os coletes – os trabalhadores dobram as jaquetas e os
coletes, colocando-os geralmente em cima de uma pedra, quase rente ao chão.
É interessante notar que este verso liga-se ao da primeira quintilha seguinte
porque japonas também significa arbustos que ficam acamados em bacelos
durante o Outono e Inverno. Este verso faz a ligação com a próxima estação
do ano que irá estar presente: o Outono
30. “Cristalizações”
E nesse rude mês, que não consente as
flores, /Fundeiam, como esquadra em fria
paz, /As árvores despidas. Sóbrias cores!/
Mastros, enxárcias, vergas. Valadores/
Atiram terra com as largas pás.
31. “Cristalizações”
E nesse rude mês, que não consente as
flores (…) As árvores despidas. Sóbrias
cores! - No Outono as árvores perdem as
folhas e as cores que elas espalham pelo
chão são verdes escuras e castanhos de
vários matizes
32. “Cristalizações”
Fundeiam, como esquadra em
fria paz – é de salientar a
comparação entre a inércia da
natureza com os navios parados
durante o tempo de sossego
33. “Cristalizações”
Mastros, enxárcias, vergas – Cesário continua a comparar o trabalho dos
arruamentos com a frota de guerra e mais particularmente com os apetrechos
náuticos e a interdependência entre si
No trabalho de calcetaria os homens usam um pau a prumo ao qual está
ligado um fio que indicará o desnível do passeio
O pau atravessado como o da verga é indispensável porque faz de compasso
para a marcação dos desenhos na calçada
34. “Cristalizações”
Eu julgo-me no Norte, ao frio — o
grande agente! — /Carros de mão, que
chiam carregados, /Conduzem saibros,
vagarosamente; /Vê-se a cidade,
mercantil, contente: /Madeiras, águas,
multidões, telhados!
35. “Cristalizações”
Eu julgo-me no Norte, ao frio — o grande agente!
É Inverno e duro como são os do norte do país, esta estação do ano
provoca mudanças na natureza e na vida das pessoas
36. “Cristalizações”
Negreiam os quintais enxuga a alvenaria; /Em arco, sem as nuvens
flutuantes, /O céu renova a tinta corredia; /E os charcos brilham tanto, que
eu diria /Ter ante mim lagoas de brilhantes!
Sinédoque: as casas abarracadas interligam-se e reagem com o tempo
atmosférico, não chove e as casas têm a oportunidade de secarem
37. “Cristalizações”
E os charcos brilham tanto, que eu diria /Ter ante mim lagoas de
brilhantes! - metáfora
E engelhem muito embora, os fracos, os tolhidos – a natureza brilha e
renova-se como nos é descrita nos últimos versos, mas o homem vai
envelhecendo, minguando, tema da mudança tão querido a Camões
38. “Cristalizações”
Eu tudo encontro alegremente exacto. /Lavo, refresco, limpo os meus
sentidos. /E tangem-me, excitados, sacudidos, /O tacto, a vista, o ouvido, o
gosto, o olfacto! – Cesário o poeta das sinestesias, mistura as sensações
ligadas aos cincos sentidos
Na quintilha seguinte continua a mostrar a interligação quase simbiótica
entre a natureza e o seu próprio ser
39. “Cristalizações”
Com ela sofres, bebes, agonizas:/ Listrões de vinho lançam-lhe divisas,/ E os
suspensórios traçam-lhe uma cruz! – o povo desfeito como as suas roupas
refugia-se no vinho; é a sua única consolação, mas também essa o leva à
agonia (morte) que se torna visível nas manchas da roupa que são as suas
“medalhas”. Os suspensórios que prendem a vestimenta têm o formato de uma
cruz, simbolizando o sofrimento da vida que têm de acarretar
40. “Cristalizações”
O martírio do povo denuncia poderosamente a injustiça social que está na
base “mercantil” da cidade contente, pondo em questão a própria ideologia
do progresso que nela se baseia
Como os trabalhadores são camponeses, a exploração do campo pela cidade
fica também implícita nesta cristalização
41. “Cristalizações”
De escuro, bruscamente, ao cimo da barroca,
/Surge um perfil direito que se aguça; /E ar
matinal de quem saiu da toca, /Uma figura
fina, desemboca, /Toda abafada num casaco
à russa.
42. “Cristalizações”
Uma figura fina, desemboca, /Toda abafada num casaco à russa – no contexto
do poema uma figura fina tem duas leituras: fina por pertencer a uma classe
social mais privilegiada e por ser esguia
43. “Cristalizações”
Donde ela vem! A actriz que tanto
cumprimento /E a quem, à noite na plateia,
atraio /Os olhos lisos como polimento!
/Com seu rostinho estreito, friorento,
/Caminha agora para o seu ensaio.
44. “Cristalizações”
Os olhos lisos como polimento! /Com seu rostinho estreito, friorento,
/Caminha agora para o seu ensaio. – descrição da mulher amada: olhos
brilhantes e rosto magro
Esta figura feminina quebra a monotonia da pobreza, mas só por instantes
45. “Cristalizações”
E aos outros eu admiro os dorsos, os costados /Como lajões. Os bons
trabalhadores! /Os filhos das lezírias, dos montados: /Os das planícies,
altos, aprumados; /Os das montanhas, baixos, trepadores!
– a frágil figura feminina amada, que quebrou a monotonia da pobreza, é o
contraste em relação ao povo das diferentes regiões do país: ribatejanos,
alentejanos, estremanhos ou transmontanos
46. “Cristalizações”
Nesta composição, o poeta relata a azáfama citadina constatada por ele,
associando-a à injustiça que vitima as classes trabalhadoras
Através de pensamentos expressos em linguagem simbólica, surge a vida
campestre, como denunciadora da exploração dos grandes meios urbanos