Educação presencial, Educação a distância/online, ou Ensino hibrido?Mariano Pimentel
Qual vai ser o "novo normal" de nossas universidades? Voltaremos a lecionar presencialmente? Lecionaremos online nesse ano e talvez também no seguinte? Migraremos para uma modalidade híbrida?
Seria uma "tecnofobia" o que nos impede realizarmos a educação online? Seria falta de letramento cibercultural?
Escuto, com frequência, o pré-julgamento de que uma aula mediada pelas tecnologias digitais em rede é pior do que uma aula presencial -- mas será que isso é necessariamente verdade? Você acha toda aula presencial é ótima? Será que não podemos ter uma aula online também ótima?
Engraçado que em nossa filosofia ocidental ainda temos um certo preconceito de que tudo que é natural é divino, bom, feliz, independente e livre; e tudo o que é artificial é imperfeito, ruim, injusto, opressor e sem liberdade autêntica. Nesse sentido, uma aula presencial com o "olho no olho", se presupõe, de ante-mão, ser melhor do que uma aula online... será mesmo?
Penso que há muita confusão, muita coisa misturada, muita coisa equivocada, muitas certezas sem experiências de fato, e muitas experiências num tipo de educação massiva-instrucinista e esta NÃO é a única abordagem didático-pedagógica que pode ser realizada na modalidade a distância. Uma coisa é a modalidade, outra coisa é a abordagem educacional... precisamos separar o joio do trigo!
Precisamos conversar sobre isso!
Aprendizagem colaborativa e ambiências computacionais para dinamizar sua aula...Mariano Pimentel
No texto de abertura da série sobre “Princípios da Educação Online” (PIMENTEL; CARVALHO, 2020), apontamos que, na Educação Online, a aprendizagem é em rede, colaborativa. Esse princípio se contrapõe à aprendizagem individualista típica da abordagem instrucionista-massiva frequentemente adotada na Educação a Distância (EAD), na qual o aluno interage predominantemente com os conteúdos da disciplina. Na perspectiva da Educação Online, como aqui temos caracterizado, partimos do reconhecimento de que somos atravessados por processos formativos de múltiplas redes educativas (ALVES, 2017) e do reconhecimento de que aprendemos em rede. Justificamos esse princípio a partir de um ideário pedagógico e de fundamentos nas teorias de aprendizagem.
Aprendizagem Colaborativa para dinamizar o Ensino RemotoMariano Pimentel
A “substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus (COVID-19)” fez emergir o Ensino Remoto, uma modalidade não presencial de educação (diferente de Educação a Distância), em que professores e alunos encontram-se em lugares distintos (“remoto”) e o professor se reúne regularmente com a turma de alunos num horário previamente agendado para a realização de atividades síncronas (no mesmo tempo) por meio de videoconferência e outros sistemas colaborativos. Destacamos que o “estar juntos” em um espaço online possibilitado pelas tecnologias digitais em rede, seja de maneira síncrona ou assíncrona, tem potencial para “proporcionar um espaço para as emoções; possibilitar o aprendiz perceber melhor o outro e sentir-se como parte de um grupo; diminuir a sensação de impessoalidade e isolamento; e despertar o interesse e a motivação para engajamento e continuidade no curso”. Contudo, na Educação a Distância, historicamente tem sido dada ênfase para a apresentação de conteúdos, sendo dada pouca importância para a interatividade, a conversação e a autoria com e entre os alunos. Já no Ensino Remoto, temos visto muitos professores realizarem predominantemente a exposição de conteúdos durante as reuniões síncronas, abrindo o diálogo somente ao final da exposição, transformando a aula em uma espécie de palestra-live. A grande ênfase na exposição de conteúdos - tanto no Ensino Remoto quanto na EAD - pode levar à perda de interesse e da motivação, o que pode provocar a evasão da aula, da disciplina e até mesmo do curso. Recomendamos a Aprendizagem Colaborativa como abordagem didático-pedagógica para promover situações de aprendizagem contextualizadas, significativas, dialógicas e autorais, o que pode tornar a aula remota e a distância mais participativa, dinâmica e interessante para os alunos.
Sobre a conversação síncrona no contexto educacional, seja pelo bate-papo ou por videoconferência, “dentre as potencialidades, identificou-se que:
- proporciona um espaço para as emoções;
- possibilita o aprendiz perceber melhor o outro e
- sentir-se como parte de um grupo;
- diminui a sensação de impessoalidade e isolamento;
- desperta o interesse e a motivação para engajamento e continuidade no curso;
- e favorece a realização de uma educação com abordagem [sócio]construtivista.” (PIMENTEL; FUKS; LUCENA, 2003)
Aprendizagem online é em rede, colaborativa: para o aluno não ficar estudando...Mariano Pimentel
No texto de abertura da série sobre “Princípios da Educação Online” (PIMENTEL; CARVALHO, 2020), apontamos que, na Educação Online, a aprendizagem é em rede, colaborativa. Esse princípio se contrapõe à aprendizagem individualista típica da abordagem instrucionista-massiva frequentemente adotada na Educação a Distância (EAD), na qual o aluno interage predominantemente com os conteúdos da disciplina. Na perspectiva da Educação Online, como aqui temos caracterizado, partimos do reconhecimento de que somos atravessados por processos formativos de múltiplas redes educativas (ALVES, 2017) e do reconhecimento de que aprendemos em rede. Justificamos esse princípio a partir de um ideário pedagógico e de fundamentos nas teorias de aprendizagem.
Educação presencial, Educação a distância/online, ou Ensino hibrido?Mariano Pimentel
Qual vai ser o "novo normal" de nossas universidades? Voltaremos a lecionar presencialmente? Lecionaremos online nesse ano e talvez também no seguinte? Migraremos para uma modalidade híbrida?
Seria uma "tecnofobia" o que nos impede realizarmos a educação online? Seria falta de letramento cibercultural?
Escuto, com frequência, o pré-julgamento de que uma aula mediada pelas tecnologias digitais em rede é pior do que uma aula presencial -- mas será que isso é necessariamente verdade? Você acha toda aula presencial é ótima? Será que não podemos ter uma aula online também ótima?
Engraçado que em nossa filosofia ocidental ainda temos um certo preconceito de que tudo que é natural é divino, bom, feliz, independente e livre; e tudo o que é artificial é imperfeito, ruim, injusto, opressor e sem liberdade autêntica. Nesse sentido, uma aula presencial com o "olho no olho", se presupõe, de ante-mão, ser melhor do que uma aula online... será mesmo?
Penso que há muita confusão, muita coisa misturada, muita coisa equivocada, muitas certezas sem experiências de fato, e muitas experiências num tipo de educação massiva-instrucinista e esta NÃO é a única abordagem didático-pedagógica que pode ser realizada na modalidade a distância. Uma coisa é a modalidade, outra coisa é a abordagem educacional... precisamos separar o joio do trigo!
Precisamos conversar sobre isso!
Aprendizagem colaborativa e ambiências computacionais para dinamizar sua aula...Mariano Pimentel
No texto de abertura da série sobre “Princípios da Educação Online” (PIMENTEL; CARVALHO, 2020), apontamos que, na Educação Online, a aprendizagem é em rede, colaborativa. Esse princípio se contrapõe à aprendizagem individualista típica da abordagem instrucionista-massiva frequentemente adotada na Educação a Distância (EAD), na qual o aluno interage predominantemente com os conteúdos da disciplina. Na perspectiva da Educação Online, como aqui temos caracterizado, partimos do reconhecimento de que somos atravessados por processos formativos de múltiplas redes educativas (ALVES, 2017) e do reconhecimento de que aprendemos em rede. Justificamos esse princípio a partir de um ideário pedagógico e de fundamentos nas teorias de aprendizagem.
Aprendizagem Colaborativa para dinamizar o Ensino RemotoMariano Pimentel
A “substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus (COVID-19)” fez emergir o Ensino Remoto, uma modalidade não presencial de educação (diferente de Educação a Distância), em que professores e alunos encontram-se em lugares distintos (“remoto”) e o professor se reúne regularmente com a turma de alunos num horário previamente agendado para a realização de atividades síncronas (no mesmo tempo) por meio de videoconferência e outros sistemas colaborativos. Destacamos que o “estar juntos” em um espaço online possibilitado pelas tecnologias digitais em rede, seja de maneira síncrona ou assíncrona, tem potencial para “proporcionar um espaço para as emoções; possibilitar o aprendiz perceber melhor o outro e sentir-se como parte de um grupo; diminuir a sensação de impessoalidade e isolamento; e despertar o interesse e a motivação para engajamento e continuidade no curso”. Contudo, na Educação a Distância, historicamente tem sido dada ênfase para a apresentação de conteúdos, sendo dada pouca importância para a interatividade, a conversação e a autoria com e entre os alunos. Já no Ensino Remoto, temos visto muitos professores realizarem predominantemente a exposição de conteúdos durante as reuniões síncronas, abrindo o diálogo somente ao final da exposição, transformando a aula em uma espécie de palestra-live. A grande ênfase na exposição de conteúdos - tanto no Ensino Remoto quanto na EAD - pode levar à perda de interesse e da motivação, o que pode provocar a evasão da aula, da disciplina e até mesmo do curso. Recomendamos a Aprendizagem Colaborativa como abordagem didático-pedagógica para promover situações de aprendizagem contextualizadas, significativas, dialógicas e autorais, o que pode tornar a aula remota e a distância mais participativa, dinâmica e interessante para os alunos.
Sobre a conversação síncrona no contexto educacional, seja pelo bate-papo ou por videoconferência, “dentre as potencialidades, identificou-se que:
- proporciona um espaço para as emoções;
- possibilita o aprendiz perceber melhor o outro e
- sentir-se como parte de um grupo;
- diminui a sensação de impessoalidade e isolamento;
- desperta o interesse e a motivação para engajamento e continuidade no curso;
- e favorece a realização de uma educação com abordagem [sócio]construtivista.” (PIMENTEL; FUKS; LUCENA, 2003)
Aprendizagem online é em rede, colaborativa: para o aluno não ficar estudando...Mariano Pimentel
No texto de abertura da série sobre “Princípios da Educação Online” (PIMENTEL; CARVALHO, 2020), apontamos que, na Educação Online, a aprendizagem é em rede, colaborativa. Esse princípio se contrapõe à aprendizagem individualista típica da abordagem instrucionista-massiva frequentemente adotada na Educação a Distância (EAD), na qual o aluno interage predominantemente com os conteúdos da disciplina. Na perspectiva da Educação Online, como aqui temos caracterizado, partimos do reconhecimento de que somos atravessados por processos formativos de múltiplas redes educativas (ALVES, 2017) e do reconhecimento de que aprendemos em rede. Justificamos esse princípio a partir de um ideário pedagógico e de fundamentos nas teorias de aprendizagem.
A utilização das redes sociais como plataformas de ensino é uma opção para a construção do relacionamento entre os alunos e professores. Sendo assim, esses professores e alunos usam algumas redes para trocar experiências, avaliações e conteúdos com informações de aprendizagem em todos os níveis de estudos. As redes sociais têm sido utilizadas por professores como plataforma de intercâmbio de informação e comunicação.
Palestra para discutir que os ambientes de interação e discussão, tais como fórum de discussão ou bate-papo, nem sempre promovem a colaboração entre os estudantes. Pode ocorrer uma conversação burocrática, ou mesmo o professor se tornar o centro da conversação.
Apresentação.
Problematizando a realidade
Opinião dos docentes pesquisados
Conceitos de Teletrabalho e de Presença
Ensino remoto, físico, EAD, Híbrido
Evidências científicas
Resultados pesquisa teletrabalho docente e qualidade da aprendizagem 2021
Possibilidades e impactos sociais
Ações já em curso na UE e Brasil: Plano de Ação para a Educação Digital; Diretrizes Gerais sobre Aprendizagem Híbrida; Teletrabalho Docente no Plano de Gestão da Rede Federal de educação
Palestra ministrada no 28º Congresso do Sinpeem - https://www.sinpeem.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=10870&friurl=_-25102017---28o-Congresso-do-SINPEEM:-delegados-participamda-primeira-plenaria-e-de-grupos-de-interesse-_
Leitura internacional da América Latina no Brasil 2019fabiolamore
Adriana Hoffmann Fernandes faz parte de um Rede de Formação Docente: narrativas e experiências (Rede Formad) - rede constituída por diferentes grupos e coletivos de docentes e estudantes, vinculados a universidade ou a escola básica, de diferentes cidades e estados brasileiros. Apostamos em ações de formação-investigação onde a alteridade, as diferenças, a horizontalidade, narrativas, experiências e a prática educativa como exercício da liberdade são princípios constitutivos.
A ESCOLA E OS NOVOS DESAFIOS: A Escola, o Digital e o ProfessorLuis Borges Gouveia
A ESCOLA E OS NOVOS DESAFIOS
A Escola, o Digital e o Professor - um triângulo amoroso -Luis Borges Gouveia@lbgouveia | lmbg@ufp.edu.pt
Think 2010
Agrupamento de Escolas Fajões
26 de Abril de 2010
A utilização das redes sociais como plataformas de ensino é uma opção para a construção do relacionamento entre os alunos e professores. Sendo assim, esses professores e alunos usam algumas redes para trocar experiências, avaliações e conteúdos com informações de aprendizagem em todos os níveis de estudos. As redes sociais têm sido utilizadas por professores como plataforma de intercâmbio de informação e comunicação.
Palestra para discutir que os ambientes de interação e discussão, tais como fórum de discussão ou bate-papo, nem sempre promovem a colaboração entre os estudantes. Pode ocorrer uma conversação burocrática, ou mesmo o professor se tornar o centro da conversação.
Apresentação.
Problematizando a realidade
Opinião dos docentes pesquisados
Conceitos de Teletrabalho e de Presença
Ensino remoto, físico, EAD, Híbrido
Evidências científicas
Resultados pesquisa teletrabalho docente e qualidade da aprendizagem 2021
Possibilidades e impactos sociais
Ações já em curso na UE e Brasil: Plano de Ação para a Educação Digital; Diretrizes Gerais sobre Aprendizagem Híbrida; Teletrabalho Docente no Plano de Gestão da Rede Federal de educação
Palestra ministrada no 28º Congresso do Sinpeem - https://www.sinpeem.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=10870&friurl=_-25102017---28o-Congresso-do-SINPEEM:-delegados-participamda-primeira-plenaria-e-de-grupos-de-interesse-_
Leitura internacional da América Latina no Brasil 2019fabiolamore
Adriana Hoffmann Fernandes faz parte de um Rede de Formação Docente: narrativas e experiências (Rede Formad) - rede constituída por diferentes grupos e coletivos de docentes e estudantes, vinculados a universidade ou a escola básica, de diferentes cidades e estados brasileiros. Apostamos em ações de formação-investigação onde a alteridade, as diferenças, a horizontalidade, narrativas, experiências e a prática educativa como exercício da liberdade são princípios constitutivos.
A ESCOLA E OS NOVOS DESAFIOS: A Escola, o Digital e o ProfessorLuis Borges Gouveia
A ESCOLA E OS NOVOS DESAFIOS
A Escola, o Digital e o Professor - um triângulo amoroso -Luis Borges Gouveia@lbgouveia | lmbg@ufp.edu.pt
Think 2010
Agrupamento de Escolas Fajões
26 de Abril de 2010
Crise de Interesse das/os estudantes de ComputaçãoMariano Pimentel
Crise de interesse de estudantes nos cursos de Computação: possíveis causas/soluções e alguns desafios
A popularização dos computadores em rede está provocando uma revolução em todos os setores da sociedade e o sistema educacional tradicional, que já vinha sendo criticado desde o século passado, está sendo pressionado a mudar. Aulas expositivas com atividades repetitivas e descontextualizadas estão sendo substituídas por videoaulas e atividades corrigidas automaticamente, efetivando uma “arte de ensinar sem professores” que vem sendo praticada em muitos cursos a distância (mas que não se restringe a esses), um movimento denominado tecnicismo digital ou cibertecnicismo. De acordo com os dados do censo de educação superior, no ano de 2020 matricularam-se mais alunos em cursos a distância do que nos cursos presenciais, e a projeção dos dados aponta para uma inversão neste ano de 2022, quando teremos mais graduandos na modalidade a distância do que nos cursos presenciais -- o sistema educacional superior brasileiro se tornará majoritariamente a distância. Nessa modalidade, os professores universitários estão sendo substituídos por conteúdos online e testes automáticos em plataformas educacionais, com a atuação de tutores sobrecarregados que realizam a supervisão de centenas de estudantes. Seria esta a reconfiguração do ensino superior? Nós, professoras/es que ainda conseguimos espaço para atuar, precisamos estar alertas. Alguns/mas de nós acusamos os/as estudantes pela “falta de interesse” e “falta de dedicação”– não só nos cursos de Computação –; contudo, reconhecendo que é assimétrica a relação de poder-saber entre professor/a-aluno/a, devemos nos questionar o que nós, professoras/es, podemos fazer para valorizar a docência humana, como tornar as nossas aulas mais interessantes para as/os estudantes? Recuso-me a acreditar que uma solução para a “crise de interesse dos alunos” seja retirar o professor do sistema educacional. Precisamos é inventar e operacionalizar novas posturas e práticas pedagógicas, bem como repensar o currículo e suas organização disciplinar. Nesta palestra, compartilho algumas iniciativas/movimentos/experiências que venho realizando em um curso de Computação (Sistemas de Informação) para tentar promover mais interesse dos alunos, entre elas destaco: autoria, ludicidade, projetos de aprendizagem, projeto integrador, currículo baseado em projetos, metodologia interativa, formação em humanidades (design/sociedade/cultura/ética) e investimentos na formação de professores. Precisamos mudar o sistema educacional, efetivar mudanças paradigmáticas didático-curriculares, ou então pereceremos.
Práticas didático-pedagógicas no período de pós-pandemia e a formação de prof...Mariano Pimentel
Ao lecionar na modalidade a distância, precisamos nos questionar: que abordagem pedagógica empregar?, que tecnologias utilizar?, com que conteúdos trabalhar?, como conversar com os alunos?, que situações de aprendizagem realizar?, como realizar a mediação docente?, como avaliar online? Para cada uma dessas perguntas, que acreditamos serem as mais importantes para pensarfazer a educação em tempos de cibercultura, queremos apresentar as reflexões que fomos tecendo ao longo de nossos anos de prática e pesquisa na modalidade a distância empregando a abordagem da educação online. Organizamos em “princípios” as lições aprendidas até agora. Nesta palestra, abordo: ambiências computacionais, conteúdos online, atividades autorais, conversação e mediação online, interatividade e colaboração, avaliação online, entre outros elementos fundamentais do processo formativo que precisam ser considerados no desenho didático online.
É possível inter-relacionar o desenvolvimento de um artefato com a produção de conhecimento teórico-científico, sendo Design Science Research (DSR) uma abordagem para a realização de pesquisas científicas atreladas ao desenvolvimento de artefatos. Nessa abordagem, objetiva-se projetar uma realidade diferente, modificada por artefatos desenvolvidos para resolver problemas em determinados contextos, sendo o conhecimento científico resultado da investigação do uso do artefato numa determinada situação e de sua teorização. A DSR é uma abordagem ainda em discussão; e nosso grupo de pesquisa tem se apropriado de DSR de um modo particular, resultando no Modelo-DSR em que sintetizamos as principais lições aprendidas por nosso grupo. Para exemplificar o uso do Modelo-DSR, apresentamos algumas pesquisas do grupo. Consideramos que o Modelo-DSR tem ajudado a tornar as pesquisas de nosso grupo mais rigorosas em termos teórico-epistemológico-metodológico e, assim, mais relevantes em termos científicos. Apresentamos esse modelo por considera-lo um instrumento útil para apoiar outros pesquisadores que desejam pensar-fazer DSR.
O que não pode faltar na educação não presencial neste momento de crise/oport...Mariano Pimentel
Diálogos e Trocas sobre Educação na Era Digital
PUC-Rio, 03/04/2020
https://zoom.us/j/880503952
O fechamento de escolas e universidades de maneira repentina, uma decisão tomada pelos governos do Brasil e de vários países afetados pela COVID-19, pegou de surpresa muitas professoras e professores que, em caráter de urgência, precisaram construir saberes pedagógicos específicos sobre a docência em modalidades não presenciais de educação. Nos questionaram: o que não pode faltar numa disciplina a ser realizada de maneira não presencial? Nesta apresentação, buscamos refletir sobre essa questão e apresentar uma possível resposta: a conversação.
Design Science Research para pensar-fazer pesquisas científicas em Sistemas d...Mariano Pimentel
Pesquisas na área de Sistemas de Informação objetivam produzir conhecimentos que possibilitem o desenvolvimento de soluções baseadas em tecnologias computacionais para problemas relevantes de organizações e da sociedade (HEVNER et al., 2004). Muitas pesquisas nessa área envolvem o desenvolvimento de algum artefato, contudo, "algumas vezes, dissertações e teses em computação, bem como artigos científicos, ainda são fortemente caracterizados como apresentações meramente tecnológicas: sistemas, protótipos, frameworks, arquiteturas, modelos, processos, todas essas construções são técnicas, e não necessariamente ciência" (WAZLAWICK, 2008). Essa situação é ainda mais agravada pelo fato dos métodos tradicionais de pesquisa científica, como Experimento e Estudo de Caso, não pressuporem o desenvolvimento de um artefato, o que gera muitas dúvidas em pesquisadores(as) e contribui para que algumas pesquisas nessa área sejam confusas e com baixo rigor teórico-metodológico. É em Design Science Research que são encontrados fundamentos que legitimam o desenvolvimento de artefatos como um meio para a produção de conhecimentos científicos do ponto de vista epistemológico e filosófico, principalmente a partir da obra de Hebert Simon (1969) sobre “As Ciências do Artificial”. Esse paradigma epistemológico tem se popularizado muito na área de Sistemas de Informação, principalmente a partir da década de 1990. Nesta Master-Class (SBSI 2019), irei discutir a relevância de DSR para garantir o rigor teórico e epistemológico-metodológico esperado das pesquisas científicas em Sistemas de Informação que envolvem o desenvolvimento de artefatos. Também irei exemplificar como nos apropriamos dessa abordagem para pensar-fazer as pesquisas no grupo que coordeno, especialmente a partir do exemplo da premiada pesquisa sobre “Tapetes Musicais Inteligentes” <http://metodologia.ceie-br.org/wp-content/uploads/2018/10/cap1_5.pdf>.
Teoria-Epistemologia-Metodologia em pesquisas de Sistemas de InformaçãoMariano Pimentel
Pesquisas na área de Sistemas de Informação objetivam produzir conhecimentos que possibilitem o desenvolvimento de soluções baseadas em tecnologias computacionais para problemas relevantes de organizações e da sociedade (HEVNER et al., 2004). Muitas pesquisas nessa área envolvem o desenvolvimento de algum artefato, contudo, "algumas vezes, dissertações e teses em computação, bem como artigos científicos, ainda são fortemente caracterizados como apresentações meramente tecnológicas: sistemas, protótipos, frameworks, arquiteturas, modelos, processos, todas essas construções são técnicas, e não necessariamente ciência" (WAZLAWICK, 2008). Essa situação é ainda mais agravada pelo fato dos métodos tradicionais de pesquisa científica, como Experimento e Estudo de Caso, não pressuporem o desenvolvimento de um artefato, o que gera muitas dúvidas em pesquisadores(as) e contribui para que algumas pesquisas nessa área sejam confusas e com baixo rigor teórico-metodológico. É em Design Science Research que são encontrados fundamentos que legitimam o desenvolvimento de artefatos como um meio para a produção de conhecimentos científicos do ponto de vista epistemológico e filosófico, principalmente a partir da obra de Hebert Simon (1969) sobre “As Ciências do Artificial”. Esse paradigma epistemológico tem se popularizado muito na área de Sistemas de Informação, principalmente a partir da década de 1990. Neste Painel (WQPSI / SBSI 2019), irei discutir a relevância de DSR para garantir o rigor teórico e epistemológico-metodológico esperado das pesquisas científicas em Sistemas de Informação que envolvem o desenvolvimento de artefatos.
Pesquisas científicas rigorosas com o desenvolvimento de artefatos: Design Sc...Mariano Pimentel
Abordagens epsitemológicas-metodológicas como Pesquisa-ação, Pesquisa-formação e Design Science Research possibilitam a produção de conhecimento científico atrelado ao desenvolvimento de artefatos.
Educação e a 3a era da computação: Internet das Coisas, Objetos Inteligentes ...Mariano Pimentel
Quais as possibilidades/potencialidades e os problemas/desafios que as tecnologias da 3a era da computação trazem para o campo da Educação? Como re-pensar a sala de aula do nosso século 21?
Pré-lançamento no CBIE 2018 dos livros online sobre metodologia de pesquisa c...Mariano Pimentel
O objetivo da série de livros “Metodologia de Pesquisa Científica em Informática na Educação” é disponibilizar, para pesquisadores e estudantes de pós-graduação em Informática na Educação no Brasil, conteúdos online sobre os fundamentos teóricos-epistemológicos-metodológicos das pesquisas científicas na área de Informática na Educação. Os livros dessa série abordam diferentes métodos de pesquisa científica e as principais técnicas de coleta e análise de dados, ilustrados com pesquisas realizadas na área de Informática na Educação. A série visa apresentar um panorama geral sobre as possibilidades para a realização de uma pesquisa científica, e apontar caminhos para o leitor poder aprofundar os conhecimentos introdutórios apresentados em cada capítulo. Pretendemos, por meio da série de livros, formar melhores os estudantes de pós-graduação em Computação que estão iniciando a carreira nessa área, e assim esperamos promover uma melhoria na qualidade das pesquisas realizadas em Informática na Educação no Brasil.
A série “Informática na Educação” é uma série de livros-texto voltados para a disciplina homônima, geralmente ofertada como disciplina optativa nos cursos de Computação no Brasil (Licenciatura em Computação, Bacharelado em Sistemas de Informação, Ciência da Computação, Engenharia de Computação, Engenharia de Software, e Cursos de Tecnologia). A série tem por objetivo a produção de livros temáticos sobre Informática na Educação.
Objetos inteligentes e Humanos ciborgues: potencialidades e desafios para a ...Mariano Pimentel
As tecnologias contemporâneas estão promovendo a emergência de objetos inteligentes e possibilitando que nós, humanos, nos tornemos cada vez mais ciborgues. Como isso afetará a educação? Como podemos (re)pensar nossas práticas pedagógicas para fazer uso de objetos inteligentes em nosso cotidiano? O que muda quando consideramos que nossos alunos são ciborgues? E nós, professores, já estamos prontos para lidar com esse novo cenário sócio-técnico?
Rede Social Tagarelas: bate-papo online em contexto educacional - torne sua a...Mariano Pimentel
A necessidade de mudança na prática pedagógica hegemônica, dita “tradicional”, não é uma reinvindicação atual no campo da Educação; já vem sendo (d)enunciada há décadas. Contudo, como ressalta Marco Silva (2017), diferentemente da época em que viveram pensadores clássicos como Vygotsky, Dewey e Freire, hoje vivemos em um cenário sociotécnico propício a essa mudança:
• O social. Há um novo espectador, menos passivo diante da mensagem mais aberta à sua intervenção. Ele migra do controle remoto da tv para a tela tátil, imersiva, em rede conversacional, que lhe permite adentramento, autoria, colaboração e o gesto instaurador que cria e alimenta sua experiência comunicacional.
• O tecnológico. As telas do tablet, do laptop e do celular não são espaços de transmissão, mas ambientes de imersão, manipulação e interlocução, com janelas, ícones e aplicativos móveis abertos a múltiplas conexões offline e online, que permitem intervenções e modificações autorais e colaborativas nos conteúdos e na comunicação.
Em tempos de cibercultura (LEVY, 1999), eu, enquanto professor de Informática, me sinto especialmente desafiado a repensar continuamente minha prática pedagógica considerando as mudanças sociotécnicas advindas com as tecnologias digitais em rede. Em meu movimento por busca de alternativas ao “ensino tradicional”, venho apostando em projetos de aprendizagem (FAGUNDES; SATO; LAURINO, 1999) que possibilitam o aprender-fazendo com autoria (AMARAL, 2016), e na colaboração (FUKS et al., 2011), que propicia a aprendizagem colaborativa (TORRES, 2014) e em rede (SIEMENS, 2008). Nessa aposta, o diálogo com e entre os alunos (e não a transmissão de informações) é estruturante de minha prática docente. Seja para evitar a opressão, seja para alinhar a educação ao espírito de nosso tempo, são vários os pesquisadores em educação que, como eu, propõem o diálogo, a autoria e a colaboração como alternativas à exposição de conteúdos.
Conversação Mediada por Computador e os Diálogos na Educação OnlineMariano Pimentel
Exposição de conteúdos é a abordagem pedagógica predominante nos cursos na modalidade a distância. Contudo, em tempos de redes sociais, praticamos o diálogo intensivamente em nossas práticas cotidianas, e esta nossa cultura é o que fundamenta a Educação Online, um fenômeno da cibercultura. Venho investigando especificamente o uso de bate-papo na educação online, numa perspectiva de um pesquisador-desenvolvedor de sistemas computacionais.
Projeto de Aprendizagem para o desenvolvimento do Pensamento Computacional com a linguagem Scratch.
Desafio desenvolvido para a disciplina "Técnicas de Programação 1" do curso de "Bacharelado em Sistemas de Informação" da UNIRIO.
Design Science Research: fazendo pesquisa científica com o desenvolvimento de...Mariano Pimentel
Palestra para o evento "Interações" do Grupo Onda Digital da UFBA: <http://www.interacoes.ufba.br/>
Muitas pesquisas em Computação são realizadas a partir do desenvolvimento de algum artefato: um sistema computacional, um método, um dispositivo eletrônico. Contudo, "(...) observa-se que, algumas vezes, dissertações e teses em computação, bem como artigos científicos, ainda são fortemente caracterizados como apresentações meramente tecnológicas: sistemas, protótipos, frameworks, arquiteturas, modelos, processos, todas essas construções são técnicas, e não necessariamente ciência." (Wazlawick, 2008). Essa situação é agravada, ainda, pelo fato dos métodos tradicionais de pesquisa científica, como Experimento e Estudo de Caso, não estabelecerem uma etapa para o desenvolvimento de um artefato. Como resultado, em algumas dissertações e teses são apresentadas avaliações das qualidades do artefato sem com isso apresentar uma contribuição para a base de conhecimento científico. É em Design Science Research (DSR) que são encontrados fundamentos que legitimam o desenvolvimento de artefatos como um meio para a produção de conhecimentos científicos do ponto de vista epistemológico e filosófico, principalmente a partir da obra de Hebert Simon (1969) sobre as Ciências do Artificial. Esse novo paradigma de fazer ciência tem se popularizado na área da Computação, principalmente em Sistemas de Informação. Nesta palestra, irei discutir a relevância de DSR do ponto de vista epistemológico-filosófico; sua diferenciação de outras abordagens de pesquisa científica, e a profusão dos métodos de pesquisa derivados dessa abordagem.
Inovação e Pesquisa Científica: Design Science Research para o desenvolviment...Mariano Pimentel
"Em computação, os termos ciência e tecnologia quase sempre andam tão juntos que muitas pessoas têm dificuldade em distingui-los. (...) Observa-se que, algumas vezes, dissertações e teses em computação, bem como artigos científicos,ainda são fortemente caracterizados como apresentações meramente tecnológicas: sistemas, protótipos, frameworks, arquiteturas, modelos, processos, todas essas construções são técnicas, e não necessariamente ciência." (Wazlawick, 2008)
Nessa palestra, discuto a possibilidade de desenvolvimento de artefatos aliado à Pesquisa Científica, uma combinação não óbvia.
Em tempos de cibercultura, como nós, professores-pesquisadores-autores devemos produzir “livros” para esses praticantes? Já deve estar claro o meu posicionamento: livro impresso, aquele com apenas textos (como estamos mais acostumados a produzir), não faz mais sentido para os meus estudantes. Preciso experimentar outros formatos para produzir conhecimento para os praticantes da cibercultura. Entendo que preciso me expressar, também, por meio de imagens, esquemas, ilustrações, animações, vídeos. Meu texto precisa estar interconectado, tramado com outros textos. Meu texto é acadêmico, mas espero também conseguir fazê-lo dialogar com textos literários, com as artes, filmes e outras produções culturais do cotidiano do meu aluno. Não espero mais que meu livro esteja impresso, um bloco de texto acabado, morto. Já publiquei livro impresso, que até ganhou Prêmio Jabuti, mas tenho preferido outros formatos. Quero que meu livro esteja online, ubíquo, gratuito, em hipertexto, multilinguagem e multirreferencial, que seja dialógico. Espero que o leitor também se torne autor de meus textos deixando comentários, que dialogue comigo e com outros leitores. Esta tem sido minha aposta como professor-pesquisador-autor na Cibercultura, a produção do que tenho chamado de weblivro-social: textos em formato de website, em hipertexto-multilinguagem como a Wikipédia, mas com a possibilidade de estabelecer a conversação com os leitores, como nos blogs e nas redes sociais.
Caracterização da Participação dos Usuários em Sessões Educacionais de Bate-papoMariano Pimentel
As matrículas na graduação na modalidade a distância representavam 23,5% do total em 2014. São mais de 727 mil alunos nessa modalidade. Entre os meios computacionais mais utilizados para a EaD estão o fórum e o bate-papo. Meios síncronos de comunicação, como o bate-papo, proporcionam um ambiente descontraído, estimulam a participação e o sentimento de pertencimento ao grupo. Saber se em uma sessão de bate-papo podem participar 30 ou 300 alunos é a questão de pesquisa a que se deseja responder. Por meio do método científico Modelagem Matemática, foram propostas três soluções possíveis para responder à questão de pesquisa onde o modelo analítico apresentou-se como a solução mais adequada.
Caracterização da Participação dos Usuários em Sessões Educacionais de Bate-papo
Como superar o pensamento booliano em desenvolvimentos e pesquisas com TI?
1. Como superar o pensamento
booliano em desenvolvimentos e
pesquisas com TI?
BOM / RUIM
1 / 0
SIM / NAO
SATISFAZ / NAO-SATISFAZ
E / NAO-E
TEM / NAO-TEM
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´ ´ Pimentel
/pimentel.mariano
pimentel@uniriotec.br
SBTI – 7/12/2020 - http://nepsi.ufpe.br/sbti2020/
2. Como superar o pensamento booliano
nos desenvolvimentos e nas pesquisas com TI?
Eu entendi que o sistema computacional que
voces desenvolveram/pesquisaram e
MA-RA-VI-LHO-SO...
...MAS nao ha nada de ruim para contar?
^
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3. Você tem feito esforço para superar o pensamento booliano
em seus desenvolvimentos e pesquisas com TI?
O seu artigo reflete isso?
BOM / RUIM
1 / 0
SIM / NAO
SATISFAZ / NAO-SATISFAZ
E / NAO-E
TEM / NAO-TEM
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14. Ex.3: Influenciador digital...
Fonte: https://www.facebook.com/spartakusvlog/videos/438520037533919
Spartakus Santiago
Depressão
Burnout
Liberdade de expressão
fama
Recompensas financeiras
15. Princípios da Cibercultura
Fonte: https://youtu.be/hCFXsKeIs0w?t=73
Fonte: Lemos (2007, 2009)
1) Liberacao do polo de emissao
2) Conexao generalizada
3) Reconfiguracao da cultura~
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...até a década de 2000
André Lemos
16. 1) Liberacao do polo de emissao
2) Conexao generalizada
3) Reconfiguracao da cultura
A Internet em crise
Fonte: https://www.academia.edu/43646766/A_internet_em_crise_sergioamadeu
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1) Crise do ideal de participacao
2) Crise das estruturas distribuidas
3) Crise do livre fluxo de dados
...na década de 2010
Sergio Amadeu
19. Tecnofobia na educação
Serão os professores substituídos por computadores?
Máquina de Ensinar (Skynner, ~1960)
Fonte: (PIMENTEL; CARVALHO, 2020) adaptada de (PRATES, 2011)
20. Tecnofobia na filosofia
NATURAL ARTIFICIAL
Divino
Bom
Feliz
Independente
Livre
Imperfeito
Ruim
Infeliz
Injusto, opressor
Sem liberdade autêntica
Aula presencial, olho no olho Aula mediada pelas tecnologias
21. Tecnofobia em nossa cultura
“Rossum’ Universal Roborts” (1920): Operários na linha de montagem são substituídos
e exterminados por máquinas humanoides mais eficientes
“Metropolis” (1927), operários vivem
na miséria explorados por máquinas.https://www.netflix.com/title/81116168
22. Humanos e Computadores: medos e desejos
Cérebro Eletrônico (Gilberto Gil)
O cérebro eletrônico faz tudo
Faz quase tudo
Faz quase tudo
Mas ele é mudo
O cérebro eletrônico comanda
Manda e desmanda
Ele é quem manda
Mas ele não anda
Só eu posso pensar
Se Deus existe
Só eu
Só eu posso chorar
Quando estou triste
Só eu
Eu cá com meus botões
De carne e osso
Eu falo e ouço. Hum
Eu penso e posso
Eu posso decidir
Se vivo ou morro por que
Porque sou vivo
Vivo pra cachorro e sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
No meu caminho inevitável para a morte
Porque sou vivo
Sou muito vivo e sei
Que a morte é nosso impulso primitivo e sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
Com seus botões de ferro e seus
Olhos de vidro
24. Trabalho/Ensino Remoto
(sist. videoconferência)
• Evita custos de deslocamento: economiza dinheiro, tempo e
esforço para estar no lugar
• Rápido: a aula e trabalho começa e termina assim que
ligamos/desligamos a videoconferência, sem nenhum
desperdício de recursos;
• Barato: é mais barato para todos terem um computador com
acesso à internet, do que ter um lugar específico para realizar
as reuniões e todos os gastos que envolvem para as pessoas
se encontrarem presencialmente.
• Maior potencial informacional e comunicacional: pois todos
estão à frente de um computador com acesso à internet e
todas as informações/pessoas/sistemas acessíveis por ela
• Maior interatividade: facilita realizar dinâmicas interativas,
potencial para superar a lógica da transmissão de informação
professor-aluno
• Aprendizagem/Trabalho Colaborativo: facilita a
troca/aprendizado entre todos, com mais horizontalidade,
todos se veem e podem falar com todos, menor assimetria
entre professor-aluno (chefe-subordinado)
• Local inapropriado para trabalhar/estudar (na própria casa
da pessoa - aluno/funcionário): em geral a casa não foi
pensada para aquela finalidade (exceto se tiver sido planejado
um home-office)
• Invasão/Reconfiguração da casa: ocupação/apropriação/uso-
indevido da casa para o trabalho/estudo
• Invasão de privacidade: exposição de familiares e de
ambientes da casa
• Custos arcados pelo trabalhador/aluno: precisa pagar para
manter um computador, ar condicionado, luz, programas...
• Dificuldades de interação: áudio e vídeo com menos
qualidade do que a interação face-a-face
• Desumanização: maior dificuldade para estabelecemos laços
fortes de amizade, pois a interação mediada por computador
promove menos empatia, menos solidariedade e
engajamento
• Aprendizagem/Trabalho Individualista: promove mais
isolamento do aluno que já se encontra isolado em sua
própria casa
25. Revolução... ou: estamos sendo muito Pollyana?
“Para Peters, a EaD implica a divisão
do trabalho de ensinar, com a
mecanização e automação da
metodologia de ensino (...) pode ser
mais bem entendida a partir de
princípios que regem a produção
industrial, especialmente os de
produtividade, divisão do trabalho e
produção em massa” (BELLONI, 1999)
A disseminação do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) tem
padronizado o entendimento do trabalho docente na educação a
distancia (EaD), a partir de uma concepção dessa modalidade de ensino
que preconiza uma educação de massa e a redução do trabalho
docente. (...) Tal precarização do trabalho docente se desdobra, na
prática, entre outras coisas, por meio da baixa remuneração, que exclui
profissionais qualificados, e da falta de reconhecimento profissional.
Complementarmente, configura-se a implantação de uma política
pública nacional, que define o papel dos tutores como não docentes. A
conclusão é que essa política padroniza os projetos de cursos pela EaD
e não acolhe propostas com outras concepções, eliminando, assim, a
possibilidade de reconhecimento do trabalho profissional do professor
na modalidade a distância” (LAPA; PRETTO, 2010)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pollyanna
31. Separando o Joio do Trigo
Fonte: (NICOLACI-DA-COSTA, 2008, p.2)
Nicolaci-da-Costa
...até durante a
década de 2000
A interatividade online, ao mesmo tempo em que
conquistou muitos adeptos, gerou muito medo
de que as interações mediadas por
computadores viessem a substituir os
relacionamentos face a face, o toque, o cheiro. Já
a exploração do novo espaço virtual que, naquela
época de conexões discadas e lentas, consumia
muitas horas online foi rapidamente encarada
como uma nova forma de vício (temor não
completamente extinto até os dias de hoje!).
Enquanto isso, outros medos como o da invasão
da privacidade, do roubo de identidade, do
controle, da pedofilia, invadiam as páginas dos
jornais, as telas de cinema, os livros e o
imaginário de grandes parcelas da população
mundial. Apesar de todos esses obstáculos e
preconceitos, a grande curiosidade despertada
por algo tão novo e poderoso fez com que
milhões de usuários brasileiros, tal como outros
milhões de usuários ao redor do mundo,
mergulhassem de cabeça no que passou a ser
conhecido como “ciberespaço”.
32. Separando o joio do trigo...
exclusão digital/cibercultural
sobrecarga de informação
vício da internet
sexo virtual (como degradante)
isolamento social
falta de privacidade
vigilância e controle
flaming
discurso do ódio
fakenews/hoax
cyberbullying
é preciso criar políticas de acesso!
a produção de conhecimento sempre foi exponencial
sentido de gostar muito (NICOLACI-DA-COSTA, 2002)
novas sexualidades (NICOLACI-DA-COSTA, 2002)
novas sociabilidades (NICOLACI-DA-COSTA, 2005)
extimidade, “O Show do Eu: a intimidade como espetáculo” (SIBILIA, 2016)
mas também traz benefícios...
mais diálogo entre as diferenças
liberação do polo de emissão
ameaça de indivíduos à democracia!
...
Inclusive para os odientos, e nos chocamos com as violências simbólicas
Uso desmedido dos computadores não é um problema clínico, mas sim educativo (DELGADO, 2018)
Já no século III e IV aC, as pessoas desaprovavam a sobrecarga de informação... (WIKIPÉDIA)
Acesso à Internet como direito universal (ONU, 2011) / Lei do Marco Civl (BRASIL, 2014)
Dromocracia cibercultural (TRIVINHO, 2005)
34. O pensamento booliano nas pesquisas com TI...
Veja, aqui o usuário está
dizendo que não gostou
do sistema!
Não, ele é que não
entendeu e não sabe usar!
O usuário é burro.
O sistema é ótimo!
Orientando
negacionista
35. O pensamento booliano nas pesquisas com TI...
Eu desenvolvi
um bom sistema
para um objetivo
específico
O sistema construído é
nocivo porque visa a
controlar os usuários,
vigiar e punir
Orientando
desconstrucinista
36. Superando o pensamento booliano
nas pesquisas com TI...
Sim, a TI é ótima,
olha quanta coisa boa
proporcionou...
Não, nem tudo pode
ter sido bom. Procure
os (novos) problemas
causados...
Fonte: Ilustração adaptada de (SILVA; SANTOS; OMAR; BRAGA, 2020)
37. Reconheça os dois/vários lados da mesma moeda
(ultrapassar o pensamento booliano, único)
• Pensamento complexo, sistêmico
• Pensamento ambivalente
• Pensamento dualista / dialética
• Pensamento crítico-reflexivo
• Pensamento criativo, “fora da caixinha”
38. Levantamento de diferentes pontos de vista,
procurando argumentos positivos e negativos
+ -+-
+
-
-+ -
-
+ +
+ -
-
+
Fonte: Ilustração adaptada de (CASTRO; MENEZES, 2011)
39. Você tem feito esforço para superar o pensamento booliano
em seus desenvolvimentos e pesquisas com TI?
O seu artigo reflete isso?
BOM / RUIM
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SIM / NAO
SATISFAZ / NAO-SATISFAZ
E / NAO-E
TEM / NAO-TEM
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