1) O documento analisa os discursos sobre o trabalho das domésticas na letra da música "Doméstica" de Eduardo Dusek, utilizando a Análise do Discurso e o Interacionismo Sociodiscursivo.
2) A autora descreve a relação entre linguagem e trabalho, e a necessidade de estudar os discursos sobre as domésticas, que são numericamente significativas no Brasil.
3) Ela analisará os percursos semânticos e oposições na letra para identificar como os discursos representam o trabalho das doméstic
O documento discute a relação entre atividade prática e atividade de linguagem no desenvolvimento humano. Apresenta os princípios das abordagens interacionistas que enfatizam o papel das atividades significativas e da história sócio-cultural no desenvolvimento da cognição. Explora como a linguagem se desenvolve a partir da atividade prática e se torna um instrumento de reflexão sobre essa atividade, contribuindo para o desenvolvimento.
I. O documento discute a relação entre linguística e outras áreas como antropologia cultural e teoria da comunicação, mostrando como a linguística estrutural antecipou formulações dessas áreas.
II. Aborda dois tipos de afasia de acordo com a capacidade de combinação e seleção de unidades linguísticas e os polos metafórico e metonímico.
III. Apresenta três tipos de tradução - intralingual, interlingual e intersemiótica - e aspectos linguísticos relevantes.
OS GÊNEROS DE TEXTO E OS TIPOS DE
DISCURSO COMO FORMATOS DAS
INTERAÇÕES PROPICIADORAS DE
DESENVOLVIMENTO In: BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem,
discurso e desenvolvimento humano. Campinas, SP:
Mercado das Letras, 2006.
Descrição da visão funcionalista da linguagem no século xx txt.4Fernanda Câmara
1) O documento discute a visão funcionalista da linguagem no século XX, comparando as abordagens formalista e funcionalista.
2) A abordagem formalista enfatiza a forma linguística e vê a língua como um objeto autônomo, desconectado do uso comunicativo. A funcionalista vê a língua como um instrumento de comunicação influenciado pelo contexto.
3) O Círculo Lingüístico de Praga teve uma abordagem funcionalista influenciada por Karl Bühler, vendo a intenção do
Este artigo discute três perspectivas para analisar o discurso interacional: 1) analisar os padrões do discurso na interação para entender como a realidade social é construída, 2) ligar esses padrões às condições sociais e históricas da produção do discurso, 3) entender o discurso como forma de ação social inscrita nas condições da interação.
1. O documento discute os gêneros do discurso e como eles refletem diferentes campos da atividade humana. 2. O autor argumenta que há uma grande heterogeneidade de gêneros do discurso, incluindo diálogos cotidianos, cartas, documentos oficiais e obras literárias. 3. Os gêneros do discurso precisam ser estudados para entender a natureza do enunciado e como a linguagem é usada em diferentes contextos.
A perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso e o ensino de línguasDaniela Mittel
Este documento discute a perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso e seu uso no ensino de línguas. Primeiramente, define os conceitos-chave de Bakhtin sobre enunciados e gêneros discursivos. Em seguida, argumenta que os gêneros discursivos devem ser usados como unidades de ensino de línguas, levando os alunos a participar de diferentes situações sociais por meio da linguagem. Por fim, defende que o ensino de línguas deve ser contextualizado e baseado na interação entre
1. O documento discute questões teóricas e metodológicas na análise dos gêneros do discurso a partir da teoria bakhtiniana.
2. A autora defende a opção pela teoria bakhtiniana devido à ênfase nos elementos da situação de produção dos enunciados.
3. Problematiza diferentes leituras do conceito de gênero do discurso e questões metodológicas como a relação do pesquisador com os dados.
O documento discute a relação entre atividade prática e atividade de linguagem no desenvolvimento humano. Apresenta os princípios das abordagens interacionistas que enfatizam o papel das atividades significativas e da história sócio-cultural no desenvolvimento da cognição. Explora como a linguagem se desenvolve a partir da atividade prática e se torna um instrumento de reflexão sobre essa atividade, contribuindo para o desenvolvimento.
I. O documento discute a relação entre linguística e outras áreas como antropologia cultural e teoria da comunicação, mostrando como a linguística estrutural antecipou formulações dessas áreas.
II. Aborda dois tipos de afasia de acordo com a capacidade de combinação e seleção de unidades linguísticas e os polos metafórico e metonímico.
III. Apresenta três tipos de tradução - intralingual, interlingual e intersemiótica - e aspectos linguísticos relevantes.
OS GÊNEROS DE TEXTO E OS TIPOS DE
DISCURSO COMO FORMATOS DAS
INTERAÇÕES PROPICIADORAS DE
DESENVOLVIMENTO In: BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem,
discurso e desenvolvimento humano. Campinas, SP:
Mercado das Letras, 2006.
Descrição da visão funcionalista da linguagem no século xx txt.4Fernanda Câmara
1) O documento discute a visão funcionalista da linguagem no século XX, comparando as abordagens formalista e funcionalista.
2) A abordagem formalista enfatiza a forma linguística e vê a língua como um objeto autônomo, desconectado do uso comunicativo. A funcionalista vê a língua como um instrumento de comunicação influenciado pelo contexto.
3) O Círculo Lingüístico de Praga teve uma abordagem funcionalista influenciada por Karl Bühler, vendo a intenção do
Este artigo discute três perspectivas para analisar o discurso interacional: 1) analisar os padrões do discurso na interação para entender como a realidade social é construída, 2) ligar esses padrões às condições sociais e históricas da produção do discurso, 3) entender o discurso como forma de ação social inscrita nas condições da interação.
1. O documento discute os gêneros do discurso e como eles refletem diferentes campos da atividade humana. 2. O autor argumenta que há uma grande heterogeneidade de gêneros do discurso, incluindo diálogos cotidianos, cartas, documentos oficiais e obras literárias. 3. Os gêneros do discurso precisam ser estudados para entender a natureza do enunciado e como a linguagem é usada em diferentes contextos.
A perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso e o ensino de línguasDaniela Mittel
Este documento discute a perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso e seu uso no ensino de línguas. Primeiramente, define os conceitos-chave de Bakhtin sobre enunciados e gêneros discursivos. Em seguida, argumenta que os gêneros discursivos devem ser usados como unidades de ensino de línguas, levando os alunos a participar de diferentes situações sociais por meio da linguagem. Por fim, defende que o ensino de línguas deve ser contextualizado e baseado na interação entre
1. O documento discute questões teóricas e metodológicas na análise dos gêneros do discurso a partir da teoria bakhtiniana.
2. A autora defende a opção pela teoria bakhtiniana devido à ênfase nos elementos da situação de produção dos enunciados.
3. Problematiza diferentes leituras do conceito de gênero do discurso e questões metodológicas como a relação do pesquisador com os dados.
O documento descreve a evolução histórica dos estudos da linguagem, desde a gramática tradicional na Grécia Antiga até as perspectivas estruturalistas e funcionalistas do século XX. Aborda figuras-chave como William Jones, Franz Bopp, Jacob Grimm, Ferdinand de Saussure e Roman Jakobson e como suas ideias moldaram o campo. Destaca a mudança do foco histórico-comparativo para análises sincrônicas e estruturais da língua como um sistema autônomo.
Este artigo discute como os gêneros discursivos podem contribuir para o ensino da língua portuguesa. A pesquisa é baseada nas teorias de Bakhtin, Halliday, Koch e outros que veem a linguagem como instrumento essencial para a transformação humana. Os gêneros discursivos são aprendidos socialmente e representam padrões comunicativos usados em situações específicas. Marcuschi defende que o ensino deve focar nos gêneros textuais orais e escritos para desenvolver a capacidade de expressão dos al
Slides relativos à discussão sobre Funcionalismo baseada na leitura do texto "Funcionalismo" de Angélica Furtado da Cunha no livro Manual de Linguística de Mário Eduardo Martelotta.
1) O documento discute os gêneros do discurso e define-os como tipos relativamente estáveis de enunciados que são desenvolvidos em cada campo de atividade humana para facilitar a comunicação.
2) Apresenta as diferenças entre enunciados como unidades da comunicação discurso e orações como unidades gramaticais da língua.
3) Discutem-se as peculiaridades constitutivas dos enunciados como alternância de sujeitos do discurso e conclusibilidade.
1) O documento discute a Análise Crítica do Discurso (ACD) como um método de pesquisa social científica.
2) A ACD é vista mais como uma teoria e perspectiva teórica do que um método estrito, enfatizando a linguagem como parte integrante dos processos sociais.
3) O autor descreve a estrutura analítica da ACD, que combina elementos relacionais e dialéticos para diagnosticar problemas sociais e identificar possíveis soluções.
Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologiaAdail Sobral
O documento discute tipos de textos e gêneros discursivos. Apresenta descrições de tipos de texto como descrição, narração e dissertação. Também discute conceitos como tipologia textual, gêneros discursivos e intertextualidade.
1) A Lingüística Textual surgiu como uma reação à Lingüística Estrutural, que se limitava à análise da frase. 2) Os primeiros estudos se concentraram na análise transfrástica, observando fenômenos como a co-referenciação. 3) Posteriormente, surgiram propostas de gramáticas textuais para descrever a competência textual dos falantes.
O documento discute gêneros textuais, definindo-os como entidades sócio-discursivas que refletem a cultura e a vida social. Explica que gêneros textuais evoluem ao longo do tempo e são influenciados por novas tecnologias, embora mantenham bases antigas. Também discute os tipos e origens dos gêneros textuais.
O documento discute as principais visões do funcionalismo linguístico em 3 frases ou menos:
1) O funcionalismo estuda a relação entre a estrutura gramatical das línguas e os contextos comunicativos em que são usadas, enfatizando a função das unidades linguísticas.
2) O funcionalismo inclui várias subteorias que consideram que a língua tem funções cognitivas e sociais que determinam suas estruturas e sistemas gramaticais.
3) Abordagens funcionais como a de Praga, Halliday e a
Este documento discute as contribuições de Roman Jakobson e Lev Vygotsky para o estudo das funções da linguagem. Jakobson propôs um modelo de seis funções da linguagem que inclui a função poética, fática e metalinguística, além das propostas por Karl Bühler. Vygotsky também estudou as funções da linguagem e sua relação com o desenvolvimento psicológico humano. O objetivo é mostrar os paralelos entre as concepções desses autores, reconhecendo a importância de cada um.
O documento discute o sujeito discursivo contemporâneo através do exemplo do sujeito da pichação. Analisa como o Estado individualiza sujeitos capitalistas e como o sujeito pichador, ligado à sociedade da qual faz parte, busca um lugar através de sua escrita nas paredes, resistindo à sua individualização. Questiona até que ponto essas formas de resistência podem afetar a forma histórica do sujeito.
O documento apresenta um resumo sobre o pensamento do filósofo Mikhail Bakhtin. Apresenta sua biografia, obras principais e ideias como o dialogismo, que defende que a linguagem é constituída pelo diálogo entre vozes no discurso. Bakhtin argumenta que todo enunciado absorve discursos anteriores e contém mais de uma voz.
O documento discute a evolução do conceito de gêneros textuais desde a antiguidade clássica até os estudos contemporâneos. Originalmente definidos por Aristóteles como categorias literárias fixas, os estudos modernos enfatizam a natureza dinâmica e socialmente construída dos gêneros. Mikhail Bakhtin contribuiu com a ideia de gêneros como respostas típicas a contextos sociais variáveis. Nos Estados Unidos, diferentes perspectivas analisam a relação entre texto e contexto.
O documento discute a teoria dos gêneros discursivos e literários. Apresenta como Bakhtin viu todos os discursos como textos que carregam significados sobre o mundo dentro de gêneros determinados por contextos socioculturais. Também descreve a definição clássica de Aristóteles para os gêneros lírico, épico e dramático com base no narrador, tempo e relação sujeito-objeto.
Este documento fornece um resumo da Sociolinguística em três frases:
1) A Sociolinguística estuda a relação entre linguagem e sociedade, analisando como fatores sociais influenciam a variação linguística.
2) A variação linguística é inerente às línguas e está relacionada a fatores geográficos, sociais e de estilo/registro.
3) A Sociolinguística busca descrever e interpretar o comportamento linguístico no contexto social, levando em
1. O documento apresenta um capítulo introdutório sobre sociolinguística de um livro escrito pelo professor Benedito Gomes Bezerra.
2. Aborda conceitos fundamentais da sociolinguística como variação linguística, variantes e variáveis.
3. Explica as origens da sociolinguística e seus principais precursores como Meillet, Bernstein e Labov, considerado o pai da área.
1) O documento descreve a biografia de Mikhail Bakhtin e o contexto de publicação de seu livro Marxismo e Filosofia da Linguagem.
2) Bakhtin publicou o livro sob o pseudônimo de V.N. Volochinov devido a restrições políticas na época.
3) O livro aborda as relações entre linguagem e sociedade de uma perspectiva marxista, antecipando debates posteriores sobre o tema.
O documento discute os conceitos-chave da Análise Crítica do Discurso, incluindo definições de discurso, gêneros discursivos, intertextualidade e interdiscursividade. Também aborda as perspectivas de pesquisadores como Fairclough sobre como o discurso é usado para estabelecer e manter relações de poder na sociedade.
O documento discute os conceitos de gêneros do discurso e suportes. Afirma que os gêneros são formas de prática social e fenômenos históricos ligados à cultura e sociedade. Explica que os gêneros textuais podem ser encontrados em diversos suportes físicos ou virtuais, como jornais, revistas e internet, e cada gênero tem uma finalidade específica como reportagens, colunas e classificados.
1) O funcionalismo vê a linguagem como um instrumento de interação social e estuda a relação entre estrutura gramatical e contextos comunicativos.
2) Os funcionalistas concebem que as funções comunicativas influenciam a organização interna da língua.
3) A Escola de Praga foi pioneira no funcionalismo, enfatizando a função das unidades linguísticas na fonologia e na estrutura da sentença.
[1] O documento apresenta uma análise da obra O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry, buscando identificar características da linguagem de autoajuda na constituição do discurso. [2] A análise baseia-se nos estudos de Bakhtin sobre gêneros do discurso e dialogismo e busca interpretar como a linguagem literária agrega elementos da linguagem de autoajuda. [3] O trabalho desenvolve-se por meio de análise composicional, temática e estilística da obra para identificar suas rel
O documento descreve a evolução histórica dos estudos da linguagem, desde a gramática tradicional na Grécia Antiga até as perspectivas estruturalistas e funcionalistas do século XX. Aborda figuras-chave como William Jones, Franz Bopp, Jacob Grimm, Ferdinand de Saussure e Roman Jakobson e como suas ideias moldaram o campo. Destaca a mudança do foco histórico-comparativo para análises sincrônicas e estruturais da língua como um sistema autônomo.
Este artigo discute como os gêneros discursivos podem contribuir para o ensino da língua portuguesa. A pesquisa é baseada nas teorias de Bakhtin, Halliday, Koch e outros que veem a linguagem como instrumento essencial para a transformação humana. Os gêneros discursivos são aprendidos socialmente e representam padrões comunicativos usados em situações específicas. Marcuschi defende que o ensino deve focar nos gêneros textuais orais e escritos para desenvolver a capacidade de expressão dos al
Slides relativos à discussão sobre Funcionalismo baseada na leitura do texto "Funcionalismo" de Angélica Furtado da Cunha no livro Manual de Linguística de Mário Eduardo Martelotta.
1) O documento discute os gêneros do discurso e define-os como tipos relativamente estáveis de enunciados que são desenvolvidos em cada campo de atividade humana para facilitar a comunicação.
2) Apresenta as diferenças entre enunciados como unidades da comunicação discurso e orações como unidades gramaticais da língua.
3) Discutem-se as peculiaridades constitutivas dos enunciados como alternância de sujeitos do discurso e conclusibilidade.
1) O documento discute a Análise Crítica do Discurso (ACD) como um método de pesquisa social científica.
2) A ACD é vista mais como uma teoria e perspectiva teórica do que um método estrito, enfatizando a linguagem como parte integrante dos processos sociais.
3) O autor descreve a estrutura analítica da ACD, que combina elementos relacionais e dialéticos para diagnosticar problemas sociais e identificar possíveis soluções.
Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologiaAdail Sobral
O documento discute tipos de textos e gêneros discursivos. Apresenta descrições de tipos de texto como descrição, narração e dissertação. Também discute conceitos como tipologia textual, gêneros discursivos e intertextualidade.
1) A Lingüística Textual surgiu como uma reação à Lingüística Estrutural, que se limitava à análise da frase. 2) Os primeiros estudos se concentraram na análise transfrástica, observando fenômenos como a co-referenciação. 3) Posteriormente, surgiram propostas de gramáticas textuais para descrever a competência textual dos falantes.
O documento discute gêneros textuais, definindo-os como entidades sócio-discursivas que refletem a cultura e a vida social. Explica que gêneros textuais evoluem ao longo do tempo e são influenciados por novas tecnologias, embora mantenham bases antigas. Também discute os tipos e origens dos gêneros textuais.
O documento discute as principais visões do funcionalismo linguístico em 3 frases ou menos:
1) O funcionalismo estuda a relação entre a estrutura gramatical das línguas e os contextos comunicativos em que são usadas, enfatizando a função das unidades linguísticas.
2) O funcionalismo inclui várias subteorias que consideram que a língua tem funções cognitivas e sociais que determinam suas estruturas e sistemas gramaticais.
3) Abordagens funcionais como a de Praga, Halliday e a
Este documento discute as contribuições de Roman Jakobson e Lev Vygotsky para o estudo das funções da linguagem. Jakobson propôs um modelo de seis funções da linguagem que inclui a função poética, fática e metalinguística, além das propostas por Karl Bühler. Vygotsky também estudou as funções da linguagem e sua relação com o desenvolvimento psicológico humano. O objetivo é mostrar os paralelos entre as concepções desses autores, reconhecendo a importância de cada um.
O documento discute o sujeito discursivo contemporâneo através do exemplo do sujeito da pichação. Analisa como o Estado individualiza sujeitos capitalistas e como o sujeito pichador, ligado à sociedade da qual faz parte, busca um lugar através de sua escrita nas paredes, resistindo à sua individualização. Questiona até que ponto essas formas de resistência podem afetar a forma histórica do sujeito.
O documento apresenta um resumo sobre o pensamento do filósofo Mikhail Bakhtin. Apresenta sua biografia, obras principais e ideias como o dialogismo, que defende que a linguagem é constituída pelo diálogo entre vozes no discurso. Bakhtin argumenta que todo enunciado absorve discursos anteriores e contém mais de uma voz.
O documento discute a evolução do conceito de gêneros textuais desde a antiguidade clássica até os estudos contemporâneos. Originalmente definidos por Aristóteles como categorias literárias fixas, os estudos modernos enfatizam a natureza dinâmica e socialmente construída dos gêneros. Mikhail Bakhtin contribuiu com a ideia de gêneros como respostas típicas a contextos sociais variáveis. Nos Estados Unidos, diferentes perspectivas analisam a relação entre texto e contexto.
O documento discute a teoria dos gêneros discursivos e literários. Apresenta como Bakhtin viu todos os discursos como textos que carregam significados sobre o mundo dentro de gêneros determinados por contextos socioculturais. Também descreve a definição clássica de Aristóteles para os gêneros lírico, épico e dramático com base no narrador, tempo e relação sujeito-objeto.
Este documento fornece um resumo da Sociolinguística em três frases:
1) A Sociolinguística estuda a relação entre linguagem e sociedade, analisando como fatores sociais influenciam a variação linguística.
2) A variação linguística é inerente às línguas e está relacionada a fatores geográficos, sociais e de estilo/registro.
3) A Sociolinguística busca descrever e interpretar o comportamento linguístico no contexto social, levando em
1. O documento apresenta um capítulo introdutório sobre sociolinguística de um livro escrito pelo professor Benedito Gomes Bezerra.
2. Aborda conceitos fundamentais da sociolinguística como variação linguística, variantes e variáveis.
3. Explica as origens da sociolinguística e seus principais precursores como Meillet, Bernstein e Labov, considerado o pai da área.
1) O documento descreve a biografia de Mikhail Bakhtin e o contexto de publicação de seu livro Marxismo e Filosofia da Linguagem.
2) Bakhtin publicou o livro sob o pseudônimo de V.N. Volochinov devido a restrições políticas na época.
3) O livro aborda as relações entre linguagem e sociedade de uma perspectiva marxista, antecipando debates posteriores sobre o tema.
O documento discute os conceitos-chave da Análise Crítica do Discurso, incluindo definições de discurso, gêneros discursivos, intertextualidade e interdiscursividade. Também aborda as perspectivas de pesquisadores como Fairclough sobre como o discurso é usado para estabelecer e manter relações de poder na sociedade.
O documento discute os conceitos de gêneros do discurso e suportes. Afirma que os gêneros são formas de prática social e fenômenos históricos ligados à cultura e sociedade. Explica que os gêneros textuais podem ser encontrados em diversos suportes físicos ou virtuais, como jornais, revistas e internet, e cada gênero tem uma finalidade específica como reportagens, colunas e classificados.
1) O funcionalismo vê a linguagem como um instrumento de interação social e estuda a relação entre estrutura gramatical e contextos comunicativos.
2) Os funcionalistas concebem que as funções comunicativas influenciam a organização interna da língua.
3) A Escola de Praga foi pioneira no funcionalismo, enfatizando a função das unidades linguísticas na fonologia e na estrutura da sentença.
[1] O documento apresenta uma análise da obra O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry, buscando identificar características da linguagem de autoajuda na constituição do discurso. [2] A análise baseia-se nos estudos de Bakhtin sobre gêneros do discurso e dialogismo e busca interpretar como a linguagem literária agrega elementos da linguagem de autoajuda. [3] O trabalho desenvolve-se por meio de análise composicional, temática e estilística da obra para identificar suas rel
(Artigo) lousada, eliane g. a abordagem do interacionismo socio discursivo pa...Mayara Toledo
Este documento apresenta a abordagem do Interacionismo Sociodiscursivo para análise de textos, definindo seus conceitos-chave como gêneros textuais e tipos de discurso. Explica o modelo de análise de Bronckart, que examina o contexto de produção, a infraestrutura global do texto e os mecanismos de textualização e responsabilização enunciativa. Finalmente, propõe analisar uma resenha crítica usando este modelo.
O documento discute a diferença entre gêneros textuais e tipos de texto. Apresenta a noção bakhtiniana de gênero, que inclui textos de comunicação cotidiana, e não apenas literários. Também explica que tipos de texto são categorias teóricas limitadas, enquanto gêneros textuais são realizações sociais ilimitadas. Finalmente, destaca que livros didáticos comumente confundem esses conceitos.
Este documento discute a Análise do Discurso (AD) e suas principais teorias e tipos. Apresenta as origens da AD na França na década de 1960 e conceitos-chave como ideologia e discurso segundo autores como Althusser, Foucault e Lacan. Explica que a AD busca analisar textos levando em conta suas condições de produção e a ideologia subjacente.
O documento discute os conceitos-chave da Análise de Discurso, incluindo suas origens na linguística e desenvolvimento a partir de teóricos como Bakhtin, Saussure e Foucault. A AD busca entender como os discursos são produzidos e circulam na sociedade, considerando fatores linguísticos e extralinguísticos como ideologia e poder.
O documento discute a importância do ensino de gêneros textuais no desenvolvimento da língua portuguesa. Aprender diferentes gêneros textuais ajuda os alunos a se inserirem em práticas sociais de comunicação e desenvolvem sua autonomia intelectual e capacidade de leitura crítica. O documento fornece exemplos de gêneros orais e escritos categorizados por domínios sociais e capacidades linguísticas dominantes, e discute como organizar unidades didáticas focadas em gêneros textuais.
O documento discute os conceitos-chave da análise de discurso, incluindo: (1) A análise de discurso examina como a linguagem é usada em contextos sociais e históricos; (2) Teóricos como Bakhtin, Saussure e Foucault influenciaram o desenvolvimento da análise de discurso ao entender a linguagem como um ato social e discursivo; (3) A escola francesa da análise de discurso procura entender como os discursos são produzidos e circulam na sociedade
O documento discute a visão de Bakhtin sobre análise do discurso. Para Bakhtin, o discurso só pode ser estudado no contexto da interação humana, e não isoladamente. Ele define os gêneros discursivos como tipos de enunciados ligados a situações sociais típicas. O enunciado é a unidade concreta da comunicação, que reflete o contexto social e a individualidade do falante.
1) O documento discute a definição e funcionalidade dos gêneros textuais, definindo-os como fenômenos históricos e sociais que surgem vinculados à vida cultural e social para ordenar atividades comunicativas.
2) Faz a distinção entre tipos textuais, que são construções teóricas definidas por propriedades linguísticas, e gêneros textuais, que são realizações concretas definidas por propriedades sócio-comunicativas.
3) Aponta que novos gêneros
O documento discute como o gênero da canção adquire características particulares quando utilizado em diferentes esferas discursivas, como a artística e a publicitária. O autor analisa os elementos temáticos, estilísticos e composicionais da canção e do jingle em cada esfera, com base na teoria dos gêneros discursivos de Bakhtin. Ele exemplifica sua análise comparando uma canção de Gilberto Gil e seu uso em um jingle publicitário do Itaú.
1) O documento discute a concepção sociointeracionista e discursiva de linguagem e como ela norteia as práticas de ensino de língua portuguesa.
2) Os gêneros textuais são vistos como formas de organização do discurso, legitimadas socialmente, e são o objeto de ensino privilegiado nessa abordagem.
3) As capacidades de linguagem envolvem a escolha adequada do gênero textual considerando contexto e intenções comunicativas, a apropriação de modelos textuais e a sele
A diminuição da maioridade penal discursivizada em cartuns de AngeliVidioas
1. O artigo estuda três cartuns do cartunista Angeli publicados em 2007 que criticam a proposta de redução da maioridade penal no Brasil.
2. Os cartuns são analisados usando os conceitos de dialogismo, intertextualidade e polifonia de Bakhtin e a teoria da Análise do Discurso francesa.
3. A análise aponta que os cartuns emergem como espaços de ruptura que contestam os sentidos dominantes sobre a redução da maioridade penal no país.
O documento discute a importância do trabalho com diferentes gêneros textuais no ensino da alfabetização. Aborda conceitos como língua, linguagem e sociedade segundo Vygotsky, compreensão sobre o fenômeno da língua por Chomsky, Saussure, Bakhtin e Benveniste. Também define o que é gênero textual segundo Bakhtin e discute funções dos gêneros textuais, diferenças entre tipos textuais e gêneros textuais, diversidade e escolha dos gêneros a serem trabalhados.
Este documento apresenta um livro introdutório sobre Análise de Discurso Crítica (ADC). O livro discute os conceitos centrais da ADC, sua constituição a partir de influências teóricas como Bakhtin e Foucault, e aborda o modelo tridimensional e categorias analíticas propostos por Norman Fairclough. O livro também fornece exemplos de análises discursivas realizadas pelas autoras para ilustrar a aplicação dos arcabouços teórico-metodológicos da ADC.
A Sociolinguística - uma nova maneira de ler o mundo BORTONI-RICARDO (2014).pdfThiagoAmorim82
1) O documento descreve os antecedentes e o desenvolvimento da Sociolinguística como disciplina acadêmica, desde suas origens no século XX até se tornar uma área central de estudos nas ciências sociais.
2) A Sociolinguística emergiu como campo interdisciplinar a partir de 1950, embora alguns linguistas já estudassem questões socioculturais antes disso. William Labov e outros pioneiros nos EUA conduziram pesquisas influentes na década de 1960.
3) O documento discute conceitos-chave como relativismo cultural,
Este documento discute a representação da mulher e da violência contra a mulher nas canções populares brasileiras entre 1930-1945. Analisa como as letras de música frequentemente retratavam as mulheres de forma estereotipada e machista, justificando a violência doméstica e a inferioridade feminina. Também explora como a cultura do "malandro" influenciou essas representações, normalizando a agressão contra as parceiras.
Este documento apresenta um modelo de análise para identificar os valores da educação e crenças nos discursos pedagógicos oficiais de governos portugueses. Os resultados sugerem que os valores da educação perderam importância na definição da política educativa, dando menos ênfase aos fins e meios da ação educativa.
O documento discute a linguagem como instrumento constitutivo do pensamento de acordo com Vygotski. A linguagem é vista como uma atividade funcional que permite a interação entre indivíduos, não apenas como estrutura semântica. Ela é considerada um instrumento social que usa signos para comunicação e possibilita a apropriação de concepções históricas e culturais.
Este documento fornece um resumo de três cenas de um minicurso sobre gêneros textuais e hipertextuais a partir de uma perspectiva bakhtiniana. A Cena 1 discute a teoria bakhtiniana e seus desdobramentos pedagógicos. A Cena 2 analisa a apropriação dos gêneros discursivos por autores brasileiros. A Cena 3 aborda a internet e os gêneros textuais/hipertextuais, incluindo memes e postagens.
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Este documento apresenta uma pesquisa sobre cláusulas de saúde do trabalhador negociadas em acordos e convenções coletivas no Brasil entre 2010-2012. Analisou-se 9.492 cláusulas sobre saúde, que representam cerca de 20% do total. A pesquisa mostra que as negociações abordam riscos físicos, mas também questões organizacionais, como ritmo e intensidade do trabalho, que impactam a saúde dos trabalhadores. A análise qualitativa fornece referências sobre conquistas nas negociações co
Transições da escola para o mercado de trabalho de mulheres e homens jovens n...LinTrab
Venturi, Gustavo e Torini, Danilo
Transições do mercado de trabalho de mulheres e homens jovens no Brasil
/ Gustavo Venturi e Danilo Torini;
Organização Internacional do Trabalho. - Genebra: OIT, 2014 Work4Youth Publication Series; No 25, ISSN: 2309-6780 ; 2309-6799 (web pdf ) International Labour Office
Disponível em http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---dgreports/---dcomm/documents/publication/wcms_326892.pdf
Acesso em 18 jul. 2015
Sistema Nacional de Educação: diversos olhares 80 anos após o ManifestoLinTrab
O documento discute o Sistema Nacional de Educação oitenta anos após o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932. Apresenta nove capítulos escritos por especialistas que refletem sobre o tema, analisando o Manifesto e propondo caminhos para a construção de um sistema nacional. O ministro da educação enfatiza a importância do debate para honrar a memória dos pioneiros e encontrar um modelo orgânico para a educação nacional.
1. O documento apresenta informações sobre o crime de trabalho escravo contemporâneo no Brasil, incluindo sua definição, características, aspectos legais e instituições envolvidas no combate.
2. São abordados temas como o que constitui trabalho escravo e trabalho em condições degradantes, como se caracteriza o trabalho escravo no Brasil, quais os direitos trabalhistas garantidos pela Constituição, crimes relacionados e a definição internacional de trabalho forçado.
3. O documento tem o objetivo de esclarecer a
Nota tecnica141/2014-DIEESE - Transformações recentes no perfil do docente da...LinTrab
Nota Técnica 141/2014, produzida pelo DIEESE.
Fonte: DIEESE
http://www.dieese.org.br/sitio/buscaDirigida?tipoBusca=tipo&valorBusca=nota+t%E9cnica
Acesso em 20 dez. 2014
O documento descreve a estrutura e o funcionamento do Poder Legislativo brasileiro, explicando que ele é composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Detalha as funções do Legislativo, como legislar, fiscalizar o Executivo e representar a população, e apresenta os processos e etapas para tramitação de proposições legislativas.
Guia de livros didáticos - PNLD/2015 - Português.
Disponível em http://www.fnde.gov.br/programas/livro-didatico/escolha-pnld-2015 > acesso em 05/08/2014.
Guia de livros didáticos : PNLD 2015 : língua portuguesa : ensino médio. – Brasília :
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2014.
104p. : il.
ISBN: 978-85-7783-166-1
1. Livro didático. 2. Programa Nacional do Livro Didático. 3. Língua portuguesa. I. Brasil.
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
CDU 371.671
Cartilha Eleições Gerais 2014: orientação a candidatos e eleitoresLinTrab
Este documento fornece orientações sobre as eleições gerais de 2014 no Brasil. Ele discute tópicos como planejamento de campanha, financiamento, propaganda, marketing, combate à corrupção, voto consciente e funções dos cargos eletivos. O objetivo é incentivar a participação política ética e a escolha de candidatos comprometidos com os interesses da população.
Rotatividade e políticas públicas para o mercado de trabalhoLinTrab
Dando continuidade aos estudos referentes à rotatividade no mercado de trabalho, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) lança o livro Rotatividade e políticas públicas para o mercado de trabalho.
Segundo o DIEESE, a expectativa, com a publicação, “é ampliar as discussões sobre os temas aqui abordados, suscitando uma ação e um debate conjuntos de vários setores da sociedade. Para o DIEESE e o MTE, o combate à rotatividade e o aprimoramento do Sistema Público de Emprego, para dar resposta também a outras diversas questões do mercado de trabalho, são temas que devem ser tratados por meio de diálogo social.”.
Fonte: http://www.dieese.org.br/ Acesso em 04/04/2014.
Este documento discute a participação política das mulheres no Brasil ao longo da história, desde as primeiras conquistas do movimento feminista até os dias atuais. Ele destaca figuras pioneiras que lutaram pelo direito ao voto feminino no país e ressalta que, apesar dos avanços, as mulheres ainda estão subrepresentadas nos espaços de poder político. O texto também menciona resoluções internacionais que defendem maior participação feminina e a necessidade de reformas políticas no Brasil para garantir a igualdade de gênero na política.
Boletim Especial publicado pelo DIEESE: Os negros no trabalhoLinTrab
A desigualdade no acesso a uma ocupação e a disparidade nas condições de trabalho creditadas às diferenças de cor têm ocupado papel de destaque nas agendas de pesquisas e estudos de diversas instituições. A centralidade dada a esta relação é compreensível.
Para a maioria da população, o mercado de trabalho constitui meio primordial de acesso à renda. Em troca do exercício profissional disponibilizado a um empregador ou através da produção de bens ou serviços do trabalho independente, um amplo contingente de pessoas busca suprir as necessidades materiais da existência, própria e de suas famílias. Essencial na compreensão das estruturas produtivas e de distribuição, esta noção-núcleo pode e deve ser substantivamente alargada para o entendimento das sociedades contemporâneas. O mercado de trabalho também abriga outras dimensões sociológicas e culturais que influenciam a inserção de indivíduos na estrutura das comunidades, associadas ao prestígio social decorrente das diferentes ocupações e da efetiva possibilidade de participação organizada na sociedade sob a forma de grupos de interesses ou classes sociais.
Fonte: DIEESE: http://www.dieese.org.br/analiseped/negros.html
Contribuições da semântica da enunciação para análises discursivasLinTrab
1) O documento discute as contribuições da semântica da enunciação para análises discursivas.
2) A autora pretende estudar representações sobre o trabalho doméstico usando a semântica da enunciação e análise do discurso.
3) O documento revisa estudos sobre semântica da enunciação e como ela pode ajudar a entender a relação entre linguagem e trabalho doméstico.
Análise linguística de discursos sobre o trabalho feminino em "Quarto de empr...LinTrab
Este documento apresenta uma introdução a uma pesquisa de doutorado sobre representações sociais do trabalho feminino no Brasil, com foco nas trabalhadoras domésticas. O autor analisará discursos sobre domésticas em obras literárias, canções e textos legais. Como exemplo inicial, analisará a peça teatral "Quarto de empregada" usando a metodologia de Faria para identificar percursos semânticos e oposições nos discursos.
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Loteria - Adição, subtração, multiplicação e divisão.Mary Alvarenga
Os jogos utilizados como ferramenta de ensino para o estudo da matemática são de suma importância, tendo em vista que podem proporcionar melhor desempenho no aprendizado dos conteúdos, além de estimular o interesse, o entusiasmo e o prazer de estudar.
LITERATURA INDÍGENA BRASILEIRA: elementos constitutivos.pptEdimaresSilvestre
Produz reflexões sobre a Literatura Indígena Brasileira. Compara a literatura indígena brasileira com as demais dos países americanos. Analisa se a literatura indígena é uma vertente exclusiva e com características próprias ou se faz parte da literatura brasileira.
Na sequência das Eleições Europeias realizadas em 09 de junho de 2024, Portugal voltou a eleger 21 eurodeputados ao Parlamento Europeu para um mandato de cinco ano (2024-2029).
Para saber mais, consulte o portal Eurocid em:
- https://eurocid.mne.gov.pt/eleicoes-europeias-2024-2029
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=56528&img=11604
Data: junho 2024.
Conheça também outros recursos sobre as Eleições Europeias 2024-2029 desenvolvidos pelo CIEJD:
Infografias (resultados e geral)
- https://pt.slideshare.net/slideshow/infografia-resultados-das-eleicoes-europeias-2024-2029-cf00/269810513
- https://pt.slideshare.net/slideshow/infografia-eleies-europeias-20242029/266850232
Quiz
- https://pt.slideshare.net/slideshows/quiz-eleies-europeias-20242029-parlamento-europeu/266850605
Sopa de letras
- https://pt.slideshare.net/slideshows/sopa-de-letras-eleies-europeias-20242029/266849887
Apresentação
- https://pt.slideshare.net/slideshow/apresentao-eleies-europeias-20242029/267335015
O átomo de Bohr
O modelo atómico, proposto em 1913 pelo físico Niels Bohr, pode ser considerado um aperfeiçoamento do modelo planetário apresentado em 1911 pelo físico Ernest Rutherford. Este modelo referia que o átomo era constituído de uma região central de carga positiva e relativamente pequena, o núcleo, em volta do qual os electrões (de carga negativa) giravam, ocupando uma grande região conhecida como electrosfera.
Bohr utilizou a ideia de Planck, segundo a qual a energia não seria emitida continuamente, mas em pequenos “pacotes”, cada um dos quais denominado quantum. Existiriam, de acordo com Bohr, níveis de energia ou estados de energia do electrão que se representam por úmeros inteiros: n=1, n=2, n=3 …. Denominou Estado fundamental, o menor nível de energia no qual o electrão não emitiria energia. E estado excitado os níveis de energia sopriores ao estado fundamental (n>1) e seria possível o salto desde que o electrão absorvesse energia, numa quantidade bem definida para isso. Quando retornasse ao nível inicial (estado fundamental), o electrão emitiria a energia, na quantidade antes absorvida. A figura abaixo indica essa absorção e posterior
emissão da energia entre dois estados estacionários.
Transição do electrão
Sempre que há absorção de energia, um ou mais electrões “saltam” para orbitas mais externas. Porem, toda acção que acumula energia, se for revertida, terá de emitir essa mesma energia, isto é, quando o electrão retorna à sua orbita original ele deve libertar a mesma quantidade de energia absorvida sob forma de energia luminosa (fotões). A sequência das figuras A e B acima, o electrão absorve saltando do estado fundamental para um estado excitado figura A. Mas, na sua nova órbita, está fora da sua posição de equilíbrio. E como a natureza busca sempre manter o equilíbrio, o electrão salta novamente para a sua orbita original libertando energia na forma de fotões figura B.
Como a energia dos fotões só se encontra na natureza em forma de pacotes quantizados e de valores determinados, fornecidos por E = h.f, o electrão só pode transferir energia para órbitas determinadas. Se o electrão mudar de um estado estacionário para outro, de energia diferente haverá a absorção ou emissão de energia, a sua frequência ou comprimento de onda serão dados pela seguinte relação:
|∆E|=|E_final-E_Inicial |=h∙f=(f∙c)/λ
Se ∆E>0 há absorção de energia- excitação.
Se ∆E>0 há absorção de energia- “desexcitção”
Se a energia de radiação for inferior ou superior à energia necessária para provocar uma transição, o electrão não absorve a radiação e não é excitado.
Para o átomo de hidrogénio, a equação de Bohr, que permite calcular o nível energético de cada órbita n, é expressa por:
E_n=-(13.6 eV)/n^2
Espectro de emissão do átomo de hidrogénio
E comum representar os níveis de energia por uma série de linhas horizontais, para além das horizontais, no espectro de emissão de hidrogénio um conjunto de riscas na zona do ultravioleta, na
UFCD_7211_Os sistemas do corpo humano_ imunitário, circulatório, respiratório...Manuais Formação
Manual da UFCD_7211_Os sistemas do corpo humano_ imunitário, circulatório, respiratório, nervoso e músculo-esquelético_pronto para envio, via email e formato editável.
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Análise Linguística de Discurso sobre o Trabalho Feminino na Canção "Doméstica"
1. 1
ANÁLISE LINGUÍSTICA DE DISCURSOS SOBRE O TRABALHO FEMININO NA
CANÇÃO “DOMÉSTICA”
Priscila Lopes VIANA
Universidade Federal de Minas Gerais
priscilalviana@gmail.com
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar linguisticamente os discursos relacionados ao
trabalho da doméstica na letra da canção “Doméstica”, de Eduardo Dusek. Para isso,
buscamos contribuições da Análise do Discurso e do Interacionismo Sociodiscursivo (Apoio
CNPq – Processo 142704/2009-1).
Palavras-chave: Discurso; linguagem; trabalho; doméstica.
1. Introdução
Um dentre os novos desafios para a linguística é a análise de discursos relacionados ao
trabalho. Sabe-se que toda atividade humana é mediada pela linguagem; assim, o trabalho o é
de uma maneira especial, pois, além de envolver um intenso, contínuo e potencialmente
conflituoso conjunto de interações, trata-se de um agir que, de certa maneira, ocupa uma parte
considerável da vida dos seres humanos.
Souza-e-Silva (2002: 155) atribui a emergência desse desafio ao fato de que estudiosos
de diversas áreas (filósofos, psicólogos, antropólogos, sociólogos etc.) têm enfatizado a
crescente relevância da linguagem nas diversas formas de organização das sociedades
humanas, ao mesmo tempo em que têm atribuído um grande valor às atividades linguísticas
discursivas que tecem o dia a dia do mundo do trabalho. Nesse contexto e para a realização
dessa tarefa tornam-se imprescindíveis a presença e a intervenção da análise linguística.
A autora ressalta que, atualmente, com a informatização, a automatização e a
robotização dos meios de produção de riqueza, as atividades simbólicas têm se tornado cada
vez mais centrais para a gestão e o funcionamento rotineiro das diferentes organizações de
trabalho, uma vez que as atividades desenvolvidas pelos trabalhadores dependem de
manipulações cada vez mais complexas de signos de linguagem.
Nesse sentido, a relação entre as ciências do trabalho e as ciências da linguagem tem
convergido para um estudo interdisciplinar. Em outras palavras, a linguística vem alargando
seu campo de estudos, e as ciências do trabalho estão começando a perceber a dimensão da
linguagem nas atividades de produção e a conceber as organizações de trabalho como
produtoras de sentido.
Pensando nessa relação entre linguagem e trabalho, constatamos a necessidade de
realizar um estudo pormenorizado sobre a categoria das trabalhadoras domésticas, que é
numericamente significativa e socialmente importante no Brasil. Por isso, pretendemos
analisar linguisticamente alguns conjuntos de discursos relacionados ao trabalho da
doméstica: discursos dos sindicatos das domésticas e dos sindicatos das patroas/patrões,
discursos jornalísticos que tematizem o trabalho da doméstica, discursos legislativos
(sobretudo a constituição brasileira) e os discursos literários (com suas representações sobre
aquelas trabalhadoras em letras de canções, poemas, contos, romances e peças teatrais).
Neste artigo, especificamente, analisamos, através das contribuições da Análise do
Discurso e do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), os discursos relacionados ao trabalho da
doméstica na letra da canção “Doméstica” (em anexo), de Eduardo Dusek.
2. Fundamentação teórica
2. 2
Para a análise da letra da canção Doméstica, de Dusek, utilizaremos a metodologia
utilizada por Faria (1999; 2000; 2001a; 2001b; 2002; 2005) para a compreensão da linguagem
(inclusive a ficcional) como discurso e o aparato conceitual do ISD
Estudos realizados por Faria (1999; 2000; 2001a; 2001b; 2002; 2005) têm buscado
contribuições da Análise do Discurso para a compreensão da linguagem ficcional (e outras
linguagens) que, por sua vez, sendo constitutiva da linguagem humana, torna-se um
instrumento revelador das atividades discursivas e não-discursivas humanas.
A metodologia utilizada pelo autor - que se vale tanto de noções greimasianas quanto
de conceitos desenvolvidos por Maingueneau (1984/2005), Fiorin (1989), Fiorin e Savioli
(1996), entre outros - inclui as seguintes categorias analíticas, com as quais também
pretendemos realizar a análise da letra da canção selecionada para o córpus deste artigo:
1. do intradiscurso, isto é, dos textos que materializam o discurso, identificam-se
os percursos semânticos, que englobam dois conjuntos de elementos
semânticos: o percurso temático e o figurativo – o primeiro mais abstrato e o
segundo mais concreto e
2. do interdiscurso, a categoria de oposição.
Dessa forma, os passos metodológicos para a análise da letra da canção serão,
primeiramente, a identificação dos percursos semânticos do intradiscurso; a seguir, a
identificação dos traços distintivos subjacentes aos percursos semânticos intradiscursivos;
posteriormente, a identificação das correspondentes oposições constitutivas do interdiscurso,
a partir dos já identificados traços distintivos subjacentes aos percursos semânticos do
intradiscurso; e, por último, o estabelecimento das relações entre os percursos semânticos
intradiscursivos e as oposições interdiscursivas.
Para a realização de suas análises, Faria (1999; 2000) investiga os implícitos e os
explícitos presentes nos textos, tanto em relação à identificação das personagens, tempo e
espaço quanto em relação aos elementos semânticos tema e figura. Para isso, o autor toma
como base as abordagens de Fiorin e Savioli (1996) e Ducrot (1987).
Já Bronckart (1999: 12-13) e seu grupo de estudos aderem a proposições teóricas
derivadas de uma “psicologia da linguagem” guiadas pelos princípios epistemológicos do
“interacionismo social”. O autor toma as unidades linguísticas (sejam fonemas ou textos)
como representações das condutas (ou das propriedades das condutas) humanas. Nesse
sentido, objetivando estudar as condições de funcionamento e de aquisição das condutas
humanas, exploram-se descrições e interpretações dessas unidades linguísticas propostas pelas
ciências dos textos e/ou dos discursos.
Analisam-se as condutas humanas através do quadro interacionista-social como “ações
significantes” (ou “ações situadas”), cujas propriedades estruturais e funcionais são
consideradas como produto da socialização. Por meio de uma perspectiva herdada de
trabalhos de Vygotsky (1991) e, também, de filósofos e sociólogos como Habermas (1987) e
Ricoeur (1986), acredita-se que as ações imputáveis a agentes singulares fundam-se no
contexto da “atividade” em funcionamento nas formações sociais. Em relação às capacidades
mentais e consciência desses mesmos agentes humanos, acredita-se que são elaboradas no
quadro estrutural das ações. Portanto, concebem-se as condutas verbais como formas de ação
ao mesmo tempo específicas (por serem semióticas) e interdependentes das ações não verbais.
A adesão a uma psicologia interacionista-social levou Bronckart (1999: 14) a abordar
o estudo da linguagem em suas dimensões textuais e/ou discursivas, pois, por um lado, o autor
compreende que as ações de linguagem humanas são somente e empiricamente observáveis
nos textos e/ou discursos (a língua seria apenas um construto e as frases e morfemas seriam
apenas “recortes abstratos”); por outro lado, as relações de interdependência entre as
3. 3
produções de linguagem e seu contexto acional e social manifestam-se de forma mais nítida
no nível dessas unidades globais.
As razões que levaram o autor e seu grupo à inscrição de suas abordagens no quadro
epistemológico geral do interacionismo social são apresentadas por ele da seguinte maneira:
inicialmente, ele explica que diversas correntes da filosofia e das ciências humanas podem ser
reconhecidas por essa posição epistemológica, de forma que, mesmo apresentando
questionamentos disciplinares particulares de suas especificidades e enfatizando teorias e
orientações metodológicas diversas, essas correntes aderem à tese de que “as propriedades
específicas das condutas humanas são o resultado de um processo histórico de socialização,
possibilitado especialmente pela emergência e pelo desenvolvimento dos instrumentos
semióticos” (BRONCKART, 1999: 21, grifos do autor).
A postura interacionista releva a historicidade do homem e, por isso, em uma
investigação, interessa-se primeiramente pelas condições sob as quais se desenvolveram
formas particulares de organizações sociais na espécie humana juntamente às (ou sob o efeito
de) formas de interação de caráter semiótico. A seguir, volta-se para o desenvolvimento de
uma análise aprofundada das características estruturais e funcionais dessas organizações
sociais bem como dessas formas de interação semiótica.
É importante ressaltar também que o interacionismo inscreve-se, em relação aos
problemas de hominização, na problemática introduzida pela Fenomenologia do espírito, de
Hegel (2000). Desta, ele conserva a compreensão de que o desenvolvimento da atividade e o
psiquismo humano são de caráter fundamentalmente dialético, e engloba ideias de Marx e
Engels referentes ao papel desempenhado pelos instrumentos – linguagem e
trabalho/cooperação social – na formação da consciência. Ainda há compatibilidade do
interacionismo com algumas posições sustentadas posteriormente pela corrente neokantiana,
especialmente com as teses desenvolvidas em A filosofia das formas simbólicas por Cassirer
(2001). Enfim, há contribuições mais recentes da antropologia (LEROI-GOURHAN, 1964;
1965), da socioantropologia (MORIN, 2002-2005) e, sobretudo, das abordagens
sociofilosóficas de Habermas (1987) e de Ricoeur (1986) que revitalizaram o interacionismo.
A análise das estruturas e dos modos de funcionamento sociais é feita pelos
interacionistas com base na teoria original dos fatos sociais de Durkheim (1898, apud
BRONCKART, 1999), cuja proposta é de articular representações individuais, sociais e
coletivas e, consequentemente, em trabalhos inscritos nessa linha (BOURDIEU, 1980;
MOSCOVICI, 1961).
Já para a análise dos sistemas semióticos, o interacionismo utiliza abordagens que
consideram os fatos de linguagem como traços de condutas humanas socialmente
contextualizadas, isto é, o interacionismo se refere preferencialmente aos trabalhos que
integram dimensões psicossociais. Trata-se de trabalhos centrados na interação verbal e,
sobretudo no estudo e análise dos gêneros e tipos textuais provenientes de Bakhtin (2000) e
na análise das formações sociais de Foucault (2004). De acordo com Bronckart (1999), essas
proposições expandem a concepção das interações entre “formas de vida e jogos de
linguagem” desenvolvida por Wittgenstein (1961; 1975). Bronckart (op. cit.) sustenta ainda a
contribuição teórica imprescindível da análise de Saussure (1994) sobre a arbitrariedade do
signo linguístico para que se compreenda o estatuto das relações interdependentes entre a
linguagem, as línguas e o pensamento humano.
Enfim, em relação aos processos de construção do psicológico, ou seja, da pessoa
dotada de capacidades psíquicas e de consciência, o interacionismo faz uma releitura crítica
de Piaget (1975; 1987; 1996). E é exatamente nesse ponto que a abordagem do grupo de
Bronckart (1999: 24) ganha sua especificidade, pois o autor adota os fundamentos
interacionistas de Vygotsky (1999) por serem, na visão do autor, mais radicais e articularem-
se mais precisamente à abordagem de seu grupo.
4. 4
Assim, Bronckart (1999) concebe que uma psicologia interacionista deve integrar
primeiramente a dimensão discursiva da linguagem, contribuindo para a descrição das
organizações textuais e/ou discursivas e, sobretudo, clarificando as relações sincrônicas
existentes entre as ações do homem e as ações de linguagem. Deve ainda, historicamente,
tentar identificar as maneiras pelas quais a atividade de linguagem, ao mesmo tempo em que
constitui o social, contribui para delimitar as ações das pessoas moldando-as no conjunto de
suas capacidades propriamente psicológicas.
Percebe-se que ao mesmo tempo em que o autor inscreve sua abordagem no quadro
epistemológico geral do interacionismo social, ele defende uma versão mais específica desse
quadro na qual se rejeitam os postulados epistemológicos e as restrições metodologias do
positivismo para investigar as ações do homem em suas dimensões sociais e discursivas
constitutivas. O autor denomina esta versão de “interacionismo sociodiscursivo” (ISD).
Portanto, evidenciado o caráter “indissociável” dos processos de organização social
das atividades, de suas regulações pelas atividades de linguagem e de desenvolvimento das
capacidades cognitivas humanas, o ISD propõe uma compreensão do funcionamento
psicológico humano implicado na organização das atividades e das produções verbais
coletivas no âmbito da “história das interações humanas”.
Paralelamente ao desenvolvimento do próprio quadro do ISD, Bronckart (1999; 2008)
volta uma atenção especial para as questões metodológicas de pesquisa, para que
metodologias propostas e utilizadas estejam sempre coerentes com as proposições
epistemológicas adotadas. Assim, há uma clara opção para um método preferencialmente
descendente que envolve as três seguintes etapas:
1. análise dos componentes fundamentais dos pré-construídos específicos do ambiente
humano: (a) as atividades coletivas, (b) as formações sociais, (c) os textos e (d) os
mundos formais de conhecimento;
2. estudo dos processos de mediação sociossemióticos pelos quais os seres humanos
apropriam-se de certos aspectos desses pré-construídos; e
3. análise das implicações dos processos de mediação e de apropriação na formação da
pessoa dotada de pensamento consciente e, também, no seu desenvolvimento durante
a vida.
Bronckart (2008) afirma que um dos objetivos para se ter uma abordagem descendente
é o de destacar a fundamental primazia da influência dos pré-construídos histórico-culturais.
Todavia, o autor ressalta que – na concepção do ISD – não há um determinismo unilateral do
sócio-histórico sobre o individual, ou seja, o desenvolvimento humano não se reduz a um
movimento descendente.
Dessa forma, a relação entre as três etapas acima é concebida como níveis inseridos
em um movimento dialético permanente. Bronckart (2008) admite, então, que se o
desenvolvimento das pessoas é orientado pelos pré-construídos humanos mediatizados, as
pessoas, por sua vez, possuidoras de um conjunto de propriedades ativas, são as responsáveis
pela manutenção, contestação, desenvolvimento ou transformação dos pré-construídos
coletivos.
Vale lembrar que no modelo de análise textual do ISD, Bronckart (1999: 119) propõe
que todo texto é organizado em três níveis (camadas) superpostos, e em parte interativos, que
constituem o “folhado textual”: (1) a arquitetura interna dos textos, (2) os mecanismos de
textualização e (3) os mecanismos enunciativos. Essa divisão de níveis de análise é concebida
pelo autor como necessidade metodológica para se desvendar a complexidade da organização
textual.
Na hierarquia do autor, a arquitetura interna dos textos seria o nível mais profundo.
Constitui-se pelo plano geral do texto, pelos tipos de discurso, pelas modalidades de
articulação entre seus tipos de discurso e pelas sequências que casualmente aparecem no
5. 5
plano geral do texto. No nível intermediário, estariam os mecanismos de textualização,
constituídos pela conexão, coesão nominal e pela coesão verbal. No último nível - o mais
“superficial” - estariam os mecanismos de responsabilização enunciativa, os quais cooperam
mais para o estabelecimento da coerência pragmática (ou interativa) do texto, pois, além de
contribuírem para o esclarecimento dos posicionamentos enunciativos, traduzem as várias
avaliações em relação ao conteúdo temático.
3. A análise
A letra da canção Doméstica, de Eduardo Dusek, apresenta a história de uma
doméstica que sai do interior para trabalhar na casa de gringos, como nos mostram os versos
da primeira estrofe da letra da canção: “Foi trabalhar / Recomendada pra dois gringos / Logo
assim / Que chegou do interior”. A personagem doméstica é, portanto, explícita (desde o
título da letra da canção), bem como as personagens patrões (“gringos”).
O tipo de discurso predominante é o narrativo. No âmbito das operações psicológicas,
esse tipo de discurso cria um mundo discursivo cujas coordenadas gerais são disjuntas das
coordenadas do mundo ordinário do agente-produtor e dos agentes-leitores. Além disso, não
há implicação dos parâmetros físicos da ação de linguagem em curso e não se faz referência
direta ao agente-produtor, como podemos observar pela ausência de pronomes de primeira e
segunda pessoas do singular e do plural, ou seja, não há remissões linguísticas diretas ao
agente-produtor do texto ou dos agentes-leitores.
O uso do subsistema dos tempos verbais da “história” ou “narrativos” (“foi”, “era”,
“chegou”, “baixava” etc.), assim como os organizadores temporais (“Logo assim
Que chegou do interior”, “Quando a coisa tava errada”, “Nunca notou”, “Até que um dia”)
também são elementos que caracterizam o tipo de discurso narração.
O título da letra da canção – “Doméstica” – explicita a personagem principal da
narrativa, bem como inicia implicitamente (pressuposto) a temática do trabalho doméstico,
principal percurso semântico da letra da canção. Essa temática, desenvolvida em toda a
narrativa, é explicitada no primeiro verso da primeira estrofe da letra da canção: “Foi
trabalhar”. Nessa mesma estrofe, há os versos “Logo assim / Que chegou do interior”, que
trazem consigo a temática explícita do problema social da emigração de populações do
interior do país para as capitais em busca de trabalho.
No caso das trabalhadoras domésticas, a mudança do interior para as capitais pode
provocar a necessidade de essas trabalhadoras morarem nas casas dos patrões. Apesar de a
letra da canção de Eduardo Dusek não explicitar que a trabalhadora mora na casa dos patrões,
a condição de emigrante permite ao leitor (ou ouvinte) subentender que a personagem
apresentada pela letra dessa canção, provavelmente, estabeleceu moradia em um quarto de
empregada das personagens apresentadas como “gringos”.
Os últimos versos da primeira estrofe iniciam a construção da representação sobre os
patrões “Era um casal / Tipo metido a granfino / Mas o salário / Era tipo, um horror...”.
Percebe-se que há uma representação negativa dos patrões que seriam “metidos a granfinos”,
ou seja, buscariam um status social maior do que o de fato teriam. Além disso, o marcador
discursivo “mas”, que inicia o penúltimo verso da primeira estrofe, deixa implícita
(pressuposta) a ideia de que, sendo “metidos a granfinos”, poderiam (ou deveriam) pagar um
bom salário à doméstica.
Os temas dos direitos trabalhistas e da precária vida das trabalhadoras domésticas
iniciam-se, portanto, desde a primeira estrofe da letra da canção “Doméstica”, de Eduardo
Dusek. Por um lado, o elemento lexical “salário” é uma importante figura dos direitos
trabalhistas; por outro lado, a modalização apreciativa “horror” caracteriza a precariedade
econômica da doméstica.
6. 6
A segunda estrofe da letra da canção compõe-se por cinco versos que tematizam
explicitamente a violência sofrida pela personagem doméstica: “A tal da madame tinha mania
/ Esquisitona de bater / E baixava a porrada / Quando a coisa tava errada / Não queria nem
saber...”. A agressão física sofrida pela personagem remete-nos, implicitamente, aos direitos
que os senhores de escravos possuíam sobre estes. Assim, o senhor possuía o direito de
decidir sobre a vida e a morte do escravo, sendo-lhe lícito açoitá-lo até a morte se assim o
desejasse.
Nessa mesma estrofe, podemos observar ainda a continuidade de uma representação
negativa da classe dos patrões. O substantivo “tal” pode ser compreendido com um sentido
pejorativo dado à “madame”. Já o substantivo “mania”, por si só, é carregado por uma
conotação negativa de loucura ou desejo imoderado. Contudo, esse vocábulo vem
acompanhado pela expressão adjetiva “esquisitona”, o que explicita o posicionamento do
narrador contra a atitude da personagem “madame” (a patroa).
A terceira estrofe, por sua vez, traz uma representação um pouco negativa da
trabalhadora doméstica. Trata-se de uma representação menos negativa do que a dos patrões
devido ao fato de a personagem doméstica se apresentar inocente (ou ignorante) no meio em
que vivia (que é exposto na quarta estrofe). Essa inocência (ou ignorância) é posta
explicitamente pelos quarto e quinto versos dessa estrofe da letra da canção, nos quais se
afirma: “Sem carteira assinada / Só caía em cilada”. É possível subentender que a doméstica
desconhece, até mesmo, o seu direito do registro em carteira.
A temática da inocência, ignorância da doméstica é continuada explicitamente na
quarta estrofe: “Nunca notou”, “Não reparou” e “Não perguntou”. Podemos afirmar que há
uma oposição interdiscursiva entre a inocência, a ignorância da doméstica versus a maldade, a
ciência da patroa. Nessa estrofe, temos também a temática do tráfico de drogas explícito na
figura do “papelote”, da “mesa espelhada” e dos “giletes”, utilizados na preparação da droga,
bem como o tema da prisão na figura do “camburão”.
O tema da prisão é desenvolvido na quinta estrofe explicitamente na figura da
“delegacia” presente em seu primeiro verso. Podemos extrair, ainda do intradiscurso, o verso
“ameaçar”, conjugado no pretérito perfeito do indicativo – “ameaçou” -, que explicita a
construção negativa da imagem da patroa pelo narrador da letra da canção.
A temática do classismo também fica em evidência na quinta estrofe quando, nos
terceiro e quarto versos coloca-se um discurso direto da personagem “patroa americana”:
“Lembra-se que eu sou / Uma milionária”. A figura no intradiscurso do dinheiro revela as
relações de poder de uma classe sobre a outra. A classe dos patrões aparece subjugando a
classe das trabalhadoras domésticas explicitamente por meio do léxico “otária” que é usado
pela personagem patroa para ofender e ameaçar a personagem doméstica.
As sexta e sétima estrofes tematizam explicitamente a personagem doméstica
cumprindo pena na cadeia por culpa dos patrões. É interessante notar nos primeiros versos da
sétima estrofe que, na prisão, a doméstica aprende a “se dar bem”. Vemos, implicitamente,
uma crítica ao sistema carcerário do Brasil que, ao invés de recuperar e inserir o indivíduo na
sociedade, o corrompe.
Essa corrupção do caráter da personagem doméstica surge na oitava estrofe com seu
desejo de vingar a “raça das domésticas”, bem como, na nona estrofe, sua aceitação em se
tornar prostituta com o objetivo de se casar com um estrangeiro. Vê-se que a há também uma
oposição interdiscursiva da inocência versus a ciência entre o bem e o mal da própria
doméstica no decorrer da narrativa.
O tema da prostituição é o foco, além da oitava estrofe, da nona e da décima estrofes.
Já na décima primeira, décima segunda e décima terceira estrofes, a vida de casada e o novo
status da doméstica como “baronesa” são tematizados. A personagem doméstica se vê na
7. 7
posição de patroa e coloca, na décima quarta estrofe, um anúncio em jornal a procura de uma
babá. A conclusão da vingança é ter a americana, outrora patroa, como empregada doméstica.
É interessante notar no intradiscurso da letra da canção as referências à
afrodescendência da personagem doméstica: “mulata” (7º verso da 7ª estrofe) e “nêga” (3º
verso da 14ª estrofe). Ressalta-se, também, a afrodescendência do filho dessa personagem:
“mulatinho” (5º verso da 12ª estrofe), bem como, no juramento da personagem ao sair da
prisão em vingar a “raça das domésticas” (6º verso da 8ª estrofe). Essas referências devem ser
apontadas pela associação explícita, sobretudo na expressão “raça das domésticas”, entre a
categoria de trabalhadoras domésticas do Brasil e os afrodescententes brasileiros.
Já em Stuttgart, cidade alemã citada no segundo verso da décima segunda estrofe, a
categoria das trabalhadoras domésticas é representada na letra da canção por uma “loira meio
brega”. Percebe-se que a personagem doméstica vinga uma “raça” e não a categoria das
domésticas na medida em que fica implícito subentendido que, agora como patroa, a ex-
doméstica revidará os maus-tratos que sofreu em sua doméstica, sua antiga patroa “loira”.
4. Considerações finais
Apesar de a letra da canção Doméstica, de Eduardo Dusek, ser uma narrativa fictícia,
valores e crenças socioculturais podem ser apreendidos de seu intra e interdiscursivo. O
desfecho da narrativa pode ser compreendido por uma moral, ou seja, “não fazer com os
outros aquilo que não gostaria que fizesse com você” na medida em que a posição de patroa e
empregada é modificada e esta terá a oportunidade de se vingar da primeira. A compreensão
dessa moral pode apontar para uma posição do agente-produtor da letra da canção em favor da
categoria das trabalhadoras domésticas.
A letra dessa canção caracteriza, como vimos, explicitamente no intradiscurso a
afrodescendência das trabalhadoras domésticas do Brasil (“mulata”, “nêga”), a situação
salarial (“um horror”), o descumprimento de seus direitos legais (“Sem carteira assinada”) e a
subjugação física da doméstica para com a patroa (“baixava a porrada”).
A oposição interdiscursiva entre o conhecimento e o desconhecimento, sejam eles em
um sentido pejorativo ou não, são passíveis de apreensão. Embora a instância de produção do
texto tenha uma tendência para se posicionar a favor da trabalhadora doméstica, colocando o
seu desconhecimento como uma característica de pureza, inocência, ele acaba sendo negativo
à personagem doméstica devido ao fato de esta ter sido presa.
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Anexo
“Doméstica”
Composição: Eduardo Dusek
1
Foi trabalhar
Recomendada prá dois gringos
Logo assim
Que chegou do interior
Era um casal
Tipo metido a granfino
Mas o salário
Era tipo, um horror...
2
A tal da madame tinha mania
Esquisitona de bater
E baixava a porrada
Quando a coisa tava errada
Não queria nem saber...
3
Doméstica!
Ela era
Doméstica!
Sem carteira assinada
Só caía em cilada
Era empregada
Doméstica!...
4
Nunca notou
A quantidade de giletes
Não reparou
A mesa espelhada no salão
Não perguntou
10. 10
O quê que era um papelote
Baixou "os home"
Ela entrou no camburão...
5
Na delegacia
Sua patroa americana ameaçou:
"Lembra que eu sou
Uma milionária,
Eu fungava, de gripada
Não seja otária, por favor"...
6
Doméstica!
Traficante disfarçada
De doméstica
Era manchete nos jornais
O casal lhe deu prá trás
Sujando brabo prá doméstica...
7
No presídio aprendeu
Com as companheiras
A ser dar bem
A descolar, como ninguém
Ficou famosa
No ambiente carcerário
Como a mulata
Que nasceu prá ser alguém...
8
Pois não é que a
Doméstica!
Conseguiu uma prisão, doméstica
Saiu por bom comportamento
Mas jurou nesse momento
Vingar a raça das domésticas...
9
Então alguém
Lhe aconselhou logo de cara
"Dá um passeio
Vê se arranja um barão"
Porque melhor
Que o interior ou que uma cela
É ter turista e faturar
No calçadão...
10
Até que um dia
11. 11
Um Mercedinho prateado buzinou
Era um louro alemão
Que lhe abriu a porta do carro
E lhe tacou um bofetão...
11
Doméstica!
Virou uma baronesa
Doméstica!
Mesmo com as taras do barão
Segurou a situação
Levando uma vida doméstica...
12
Realizada em sua mansão
Em Stuttgart
Ouvindo Mozart a Beethoven de montão
Com um pivete
Mulatinho pela casa
Que era herdeiro
De olho azul como o barão...
13
Precisou de uma babá
Botou um anúncio
Bilíngue no jornal
Seu mordomo abriu a porta
Uma loira meio brega
Uma yankee de quintal...
14
Doméstica!
Era a americana, de doméstica
A nêga deu uma gargalhada
Disse:
"Agora tô vingada
Tu vai ser minha
Doméstica "! ...(2x)