Políticas de Participação no Design de InteraçãoUTFPR
Atendendo a demandas de mercado, pesquisadores e praticantes em Design de Interação estão
experimentando novas formas de promover a participação de usuários no projeto de sistemas de
informação. Porém, a própria conceitualização do participante como usuário já reduz suas possibilidades
de participação. O usuário não é capaz de projetar, por isso, justifica-se a necessidade de especialistas
que traduzam seus anseios em definições de projetos. Por mais que se promovam exercícios de design
participativo envolvendo usuários, o objetivo não é autonomizar os participantes ao desenvolvimento de
novas tecnologias e sim gerar representações dos usuários para melhor direcionar novos produtos. Trata-
se de uma inclusão abstrata e exclusão concreta, que legitima a dependência tecnológica de um
determinado grupo social. O Design Participativo na vertente escandinava propõe que esta lógica
perversa seja questionada no próprio processo de design, com o objetivo de gerar alternativas que de fato
promovam o desenvolvimento social dos participantes. Esta abordagem participativa pode ser um
caminho para o Design de Interação superar o foco nas microestruturas da interação: interfaces, técnicas,
tarefas e outros detalhes intrínsecos que não dão conta sozinhos da densidade cultural do processo.
Políticas de Participação no Design de InteraçãoUTFPR
Atendendo a demandas de mercado, pesquisadores e praticantes em Design de Interação estão
experimentando novas formas de promover a participação de usuários no projeto de sistemas de
informação. Porém, a própria conceitualização do participante como usuário já reduz suas possibilidades
de participação. O usuário não é capaz de projetar, por isso, justifica-se a necessidade de especialistas
que traduzam seus anseios em definições de projetos. Por mais que se promovam exercícios de design
participativo envolvendo usuários, o objetivo não é autonomizar os participantes ao desenvolvimento de
novas tecnologias e sim gerar representações dos usuários para melhor direcionar novos produtos. Trata-
se de uma inclusão abstrata e exclusão concreta, que legitima a dependência tecnológica de um
determinado grupo social. O Design Participativo na vertente escandinava propõe que esta lógica
perversa seja questionada no próprio processo de design, com o objetivo de gerar alternativas que de fato
promovam o desenvolvimento social dos participantes. Esta abordagem participativa pode ser um
caminho para o Design de Interação superar o foco nas microestruturas da interação: interfaces, técnicas,
tarefas e outros detalhes intrínsecos que não dão conta sozinhos da densidade cultural do processo.