2. A Era do Imperialismo
. No século XIX, Portugal, Espanha, França e Inglaterra já possuíam antigas
possessões coloniais.
. Mas nas últimas três décadas do século XIX uma nova corrida
expansionista irá reconfigurar todo o mapa do colonialismo no Mundo.
Esse fenômeno foi chamado de Neocolonialismo.
. A corrida imperialista levou os europeus a exercerem o controle de vastas
extensões de terras, seus recursos e seus habitantes. Em meados do século
XIX, a Europa controlava pouco mais de 30% do Globo; no início do século
XX as potências europeias detinham o controle de 80% das terras do
planeta.
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4. Colônias: uma forma de superar as crises
. O empreendimento colonial chegou a ser tratado com algum desdém pelos
governantes europeus. Mas a recessão econômica entre os países
industrializados da Europa alterou esse quadro.
. As potências europeias perceberam que a expansão colonial traria prestígio e
divisas ao país. Explorar as riquezas das colônias ajudaria a superar as crises
econômicas dos países imperialistas.
. Para tanto, as potências europeias recorreram a agentes privados,
companhias de comércio e associações que financiavam equipes de exploração
e exércitos coloniais de particulares. O caso da Bélgica é emblemático, no qual o
rei Leopoldo II criou uma associação privada para explorar o Congo. Havia
também as expedições organizadas pelos Estados, com agentes a serviço dos
governos coloniais.
5. Rei Leopoldo II (1835-1909), da Bélgica.
. O Congo Belga foi um território africano
explorado por Leopoldo. Ele extraía os recursos
naturais, como o marfim, ouro e látex
explorando a mão de obra nativa..
. Leopoldo lucro pessoalmente cerca de 220
milhões de francos na época. Ficou conhecido
como “o construtor”, pois aplicou parte do
dinheiro na modernização da cidade de
Bruxelas.
. No Congo Belga exigia-se dos trabalhadores
que cumprissem cotas na extração do látex. Os
nativos que não cumpriam as cotas tinham os
membros decepados pelos mercenários que
trabalhavam para o Rei Belga.
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8. A Conferência de Berlim
. Com a exploração e ocupação dos territórios africanos pelas potências
europeias houve acirramento entre os países, os quais buscavam expandir
seus domínios coloniais. Isto gerou aumento da tensão internacional,
conflitos e rivalidades.
. Nesse sentido, foi realizada a Conferência de Berlim (1883-1884) numa
tentativa de regular a ocupação da África. Nenhum representante africano
foi convocado.
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11. O fardo do Homem branco
. O projeto expansionista europeu foi legitimado pelos argumentos
civilizatório e missionário. Cabia ao homem branco, no concerto das raças,
levar aos povos “atrasados” a civilização e seus benefícios.
. Logo, a colonização da África e também da Ásia pelos europeus seria algo
benéfico para os povos atrasados das regiões colonizadas, uma vez que
eles seriam convertidos ao cristianismo e educados segundo os costumes e
valores da civilização europeia.
. Argumento científico: darwinismo social. O homem branco é uma raça
superior aos homens de cor, logo cabe ao mais forte dominar e exercer a
hegemonia.
16. Impactos do Neocolonialismo nas regiões colonizadas
. Estabelecimento de fronteiras arbitrárias nas regiões de colonização.
. Separação de grupos linguísticos e culturais e reunião, numa mesma área,
de grupos rivais.
. Desarticulação da estrutura social tradicional dos povos africanos devido
a intervenção europeia.
. Cooptação de lideranças nativas para facilitar o projeto colonizador
europeu.
. Prática recorrente da violência, do racismo, do trabalho forçado e da
tortura contra os africanos e asiáticos.
.
17. “Colônias africanas não passavam de criações
artificiais, linhas traçadas sobre mapas para satisfazer
as potências coloniais. Elas não levavam em conta as
histórias e culturas locais, e qualquer resistência local
à colonização era invariavelmente abafada por meios
militares”.
(O livro da história. p. 259).
18. Impactos do Neocolonialismo na Europa
. Abertura de novos postos de trabalho.
. Fortalecimento das economias das potências imperialistas europeias.
. Belle époque (1871-1914) - transformações culturais, artísticas e
tecnológicas.
. Acesso a novos mercados e fontes de matérias-primas.
. Formação de ampla e lucrativa rede de comércio.
. Crença na superioridade racial do Homem branco.
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23. Personalidades: Cecil Rhodes (1853-1902)
. Expoente do domínio imperial britânico.
. Foi financista, estadista e imperialista
incansável.
. Vislumbrava colônias britânicas indo do
norte ao sul da África.
. Enriqueceu com a venda de diamantes,
explorados nas minas da África do Sul.
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25. O fardo do homem branco (1898), Rudyard Kipling
Tomai o fardo do Homem Branco
Envia teus melhores filhos
Vão, condenem seus filhos ao exílio
Para servirem aos seus cativos;
Para esperar, com arreios
Com agitadores e selváticos
Seus cativos, servos obstinados,
Metade demônio, metade criança.
Tomai o fardo do Homem Branco
Continua pacientemente
Encubra-se o terror ameaçador
E veja o espetáculo do orgulho;
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28. Bibliografia
MARQUES, A. M et al. História contemporânea através de textos. São Paulo:
Contexto, 2021.
MORAES, L. E. História contemporânea: da Revolução Francesa à Primeira Guerra
Mundial. São Paulo: Contexto, 2017.
O livro da história. São Paulo: GloboLivros, 2017.