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NOÇÕES DE HIDROLOGIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
ARACAJU - MARÇO 2011
Antenor de Oliveira Aguiar Netto
Se não gerenciar a água, não vai conseguir governar o país.
(Provérbio chinês)
CICLO HIDROLÓGICO
O comportamento natural da água quanto à sua
ocorrência, transformações de estado e relações com a
vida humana é bem caracterizado por meio do ciclo
hidrológico. O ciclo hidrológico pode ser considerado
como composto de duas fases principais: uma
atmosférica e outra terrestre.
atmosférica e outra terrestre.
 Armazenamento temporário de água;
 transporte;
 mudança de estado
CICLO HIDROLÓGICO
CICLO HIDROLÓGICO
Bacias hidrográficas são áreas definidas e fechadas
topograficamente cuja principal entrada de água é a
precipitação pluvial, e a saída é o volume de água
escoado superficialmente, considerando-se como
perdas intermediárias os volumes de água
evapotranspirados e os perdidos por percolação
evapotranspirados e os perdidos por percolação
profunda.
CICLO HIDROLÓGICO
Modelo de sistema hidrológico simples
PRECIPITAÇÃO PLUVIAL
A precipitação é entendida em hidrologia como o
conjunto de águas originadas do vapor d’água
atmosférico que atinge a superfície terrestre. O
conceito engloba a chuva, a neblina, a saraiva, o
orvalho, a geada e a neve. A chuva ou precipitação
pluvial é o tipo mais importante para a Hidrologia por
sua capacidade para produzir escoamento superficial
sua capacidade para produzir escoamento superficial
(contribuindo para a vazão dos rios), por ser de fácil
medida e por ser a forma mais comum nas condições
brasileiras.
 Frontais ou ciclônicas;
 Orográficas;
 Convectivas
PRECIPITAÇÃO PLUVIAL
Mecanismos de formação da
precipitação pluvial no nordeste brasileiro
PRECIPITAÇÃO PLUVIAL
Pluviômetro
PRECIPITAÇÃO PLUVIAL
Para calcular a precipitação média numa superfície
qualquer, faz-se necessário utilizar as observações
dentro dessa superfície e nas suas vizinhanças. Aceita-
se a precipitação média como sendo uma lâmina de
água de altura uniforme sobre toda a área considerada,
associada a um período de tempo dado.
associada a um período de tempo dado.
 Método da média aritmética;
 Método de Thiessen;
 Método das isoietas
PRECIPITAÇÃO PLUVIAL
Normal de Precipitação Anual da
Sub-bacia Hidrográfica do Riacho Jacaré
INFILTRAÇÃO
A infiltração é o nome dado ao processo pelo qual
a água penetra no solo, através de sua superfície.
A infiltração determina o balanço de água na zona
das raízes e, por isso, o conhecimento do
processo e suas relações com as propriedades do
solo é de fundamental importância para o eficiente
solo é de fundamental importância para o eficiente
manejo do solo e da água.
 Capacidade de infiltração;
 Velocidade de infiltração;
 Infiltração acumulada.
INFILTRAÇÃO
Cilindro Infiltrômetro no Perímetro Irrigado Califórnia
INFILTRAÇÃO
Muitos modelos matemáticos têm sido
desenvolvidos para descrever o fluxo de água nos
solos particularmente, a infiltração vertical.
Existem os modelos baseados em relações gerais
para fluxos em meio porosos, que são aqueles
derivados das equações de Darcy e Richards.
derivados das equações de Darcy e Richards.
Equações empíricas são baseadas no ajuste
matemático de dados experimentais de
infiltrações à funções explícitas dependentes do
tempo. Na irrigação é bastante utilizado o modelo
potencial de Kostiakov.
VI = aTn
INFILTRAÇÃO
Curvas típicas de velocidade de infiltração e infiltração
acumulada de um Neossolo flúvico no
perímetro irrigado Jabiberi-Se
A evaporação é a passagem da água do estado líquido
para o gasoso, necessitando de 2450 kJ/kg à 20 ºC. Na
hidrologia inclui dois processos distintos: a
evaporação do solo, barragens, canais, entre outros e a
transpiração por meio dos estômatos dos vegetais.
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
transpiração por meio dos estômatos dos vegetais.
Fisicamente a evaporação é um processo difusivo,
parte turbulento e parte molecular. O processo
turbulento é o mecanismo dominante na atmosfera,
exceto na subcamada laminar, na proximidade da
superfície onde é predominantemente molecular. A
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
superfície onde é predominantemente molecular. A
chave do processo de evaporação é o movimento do
vapor de água adjacente à superfície do líquido para a
atmosfera.
A transpiração é um processo difusivo e pode ser
analisado em termos de resistência à difusão e
transporte turbulento de vapor no ar atmosférico.
Transpiração é uma especializada situação da
evaporação na qual a vaporização da água ocorre
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
evaporação na qual a vaporização da água ocorre
dentro da folha. O caminho para a difusão do vapor da
água é mais complexo, pois vai do local de vaporização
dentro da folha, através do estômato, da camada limite
da folha e do dossel até a atmosfera.
A evapotranspiração de referência (ETo)
 A evapotranspiração real (ETr)
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
 A evapotranspiração real (ETr)
A evapotranspiração de referência (ETo) deve ser
considerada como a perda de água de uma cultura
hipotética com os seguintes parâmetros fixados: altura
(12 cm), resistência do dossel (69 s/m) e albedo (0,23).
Esta evapotranspiração assemelha-se com a de uma
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Esta evapotranspiração assemelha-se com a de uma
superfície revestida de grama verde de altura uniforme,
em crescimento ativo, completamente sombreado o
chão e sem restrição hídrica.
A evapotranspiração real é aquela que ocorre numa
superfície vegetada, independente de sua área, de seu
porte e das condições de umidade do solo. Portanto,
evapotranspiração real é a que ocorre em quaisquer
circunstâncias, sem imposição de qualquer condição
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
circunstâncias, sem imposição de qualquer condição
de contorno. Logo, evapotranspiração real pode
assumir tanto o valor potencial como o de oásis, ou
outro qualquer.
Métodos de estimativa: ETo
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Estação agrometeorológica automática
ETo = evapotranspiração de referência, mm/dia Penman-
Monteith
δ
δ
δ
δ = inclinação da curva pressão vapor versus
temperatura do ar, kPa.oC-1
γ
γ
γ
γ* = constante psicrométrica modificada, kPa/oC
( )
( )
( )
ETo Rn G
T
U e e
a d
=
+
− +
+ +
−
δ
δ γ λ
γ
δ γ
* *
1 900
275 2
γ
γ
γ
γ* = constante psicrométrica modificada, kPa/oC
Rn = radiação líquida na superfície da cultura,
MJ/m2.dia
G = fluxo de calor no solo, MJ/m2.dia
ETo = evapotranspiração de referência, mm/dia Penman-
Monteith
λ
λ
λ
λ = calor latente de vaporização, Mj/kg
γ
γ
γ
γ = constante psicrométrica, kPa/oC
( )
( )
( )
ETo Rn G
T
U e e
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− +
+ +
−
δ
δ γ λ
γ
δ γ
* *
1 900
275 2
γ
γ
γ
γ = constante psicrométrica, kPa/oC
900 = kgK/kJ
T = temperatura média do ar, C
U2 = velocidade do vento medida a dois metros de
altura, m/s
(ea - ed) = défice de pressão de vapor, kPa
2
3
4
5
6
7
Eto (Itabaiana)
Eto (Ribeira)
Eto (Jacarecica)
0
1
2
Evapotranspiração de referência para os municípios de
Itabaiana e nos Perímetros irrigados Porção da Ribeira
e Jacarecica-SE
Cultivo
Irrigado
Vegetação
rala
Foz Rio São
Francisco
Imagens de satelite obtidas para bacia hidrográfica
do rio Jacaré para 1999 (A) e 2006 (B).
Mata
atlântica
Mapas de Evapotranspiração real (mm.dia-1) obtidas
para bacia hidrográfica do rio Jacaré para 1999 (A), e
2006 (B).
ESCOAMENTO SUPERFICIAL
O escoamento superficial é a fase do ciclo hidrológico
que trata do conjunto das águas que, por efeito da
gravidade, se desloca na superfície da terra. Possui
grande importância para a Engenharia, pois a maioria
dos estudos hidrológicos está ligada ao aproveitamento
da água superficial e à proteção contra os fenômenos
da água superficial e à proteção contra os fenômenos
provocados pelo seu deslocamento.
 Vazão;
 Nível d’água;
ESCOAMENTO SUPERFICIAL
Sub-bacia hidrográfica do rio Poxim
ESCOAMENTO SUPERFICIAL
Medição de vazão através do molinete hidráulico
ESCOAMENTO SUPERFICIAL
Medição de vazão através do molinete hidráulico
ESCOAMENTO SUPERFICIAL
v
A
Q ×
=
b
an
v +
=
ESCOAMENTO SUPERFICIAL
Medição de vazão através do molinete hidráulico, no riacho Timbó
(Sub-bacia hidrográfica do Poxim)
ESCOAMENTO SUPERFICIAL
Medição de vazão através do molinete hidráulico, no riacho Timbó
(Sub-bacia hidrográfica do rio Poxim)
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Medição de vazão através do molinete hidráulico, no riacho Timbó
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ESCOAMENTO SUPERFICIAL
Régua liminimétrica no rio Japaratuba CPRM/SRH
ESCOAMENTO SUPERFICIAL
Estações fluviométricas no Estado de Sergipe
MONITORAMENTO AMBIENTAL
Estação flupluviométrica no rio Siriri-SE
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Estação flupluviométrica no rio Poxim-Açu-SE
MONITORAMENTO AMBIENTAL
Estação flupluviométrica no rio Siriri-SE
MONITORAMENTO AMBIENTAL
MONITORAMENTO AMBIENTAL
Coleta de dados na Estação flupluviométrica em Sergipe
MONITORAMENTO AMBIENTAL
Programa Computacional Global Water
MONITORAMENTO AMBIENTAL
Coleta de dados na Estação flupluviométrica em Sergipe
http://sites.ufs.br/antigos/grupos/acqua/
Antenor Aguiar
e-mail: antenor.ufs@gmail.com

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  • 1. NOÇÕES DE HIDROLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ARACAJU - MARÇO 2011 Antenor de Oliveira Aguiar Netto
  • 2. Se não gerenciar a água, não vai conseguir governar o país. (Provérbio chinês)
  • 3. CICLO HIDROLÓGICO O comportamento natural da água quanto à sua ocorrência, transformações de estado e relações com a vida humana é bem caracterizado por meio do ciclo hidrológico. O ciclo hidrológico pode ser considerado como composto de duas fases principais: uma atmosférica e outra terrestre. atmosférica e outra terrestre. Armazenamento temporário de água; transporte; mudança de estado
  • 5. CICLO HIDROLÓGICO Bacias hidrográficas são áreas definidas e fechadas topograficamente cuja principal entrada de água é a precipitação pluvial, e a saída é o volume de água escoado superficialmente, considerando-se como perdas intermediárias os volumes de água evapotranspirados e os perdidos por percolação evapotranspirados e os perdidos por percolação profunda.
  • 6. CICLO HIDROLÓGICO Modelo de sistema hidrológico simples
  • 7. PRECIPITAÇÃO PLUVIAL A precipitação é entendida em hidrologia como o conjunto de águas originadas do vapor d’água atmosférico que atinge a superfície terrestre. O conceito engloba a chuva, a neblina, a saraiva, o orvalho, a geada e a neve. A chuva ou precipitação pluvial é o tipo mais importante para a Hidrologia por sua capacidade para produzir escoamento superficial sua capacidade para produzir escoamento superficial (contribuindo para a vazão dos rios), por ser de fácil medida e por ser a forma mais comum nas condições brasileiras. Frontais ou ciclônicas; Orográficas; Convectivas
  • 8. PRECIPITAÇÃO PLUVIAL Mecanismos de formação da precipitação pluvial no nordeste brasileiro
  • 10. PRECIPITAÇÃO PLUVIAL Para calcular a precipitação média numa superfície qualquer, faz-se necessário utilizar as observações dentro dessa superfície e nas suas vizinhanças. Aceita- se a precipitação média como sendo uma lâmina de água de altura uniforme sobre toda a área considerada, associada a um período de tempo dado. associada a um período de tempo dado. Método da média aritmética; Método de Thiessen; Método das isoietas
  • 11. PRECIPITAÇÃO PLUVIAL Normal de Precipitação Anual da Sub-bacia Hidrográfica do Riacho Jacaré
  • 12. INFILTRAÇÃO A infiltração é o nome dado ao processo pelo qual a água penetra no solo, através de sua superfície. A infiltração determina o balanço de água na zona das raízes e, por isso, o conhecimento do processo e suas relações com as propriedades do solo é de fundamental importância para o eficiente solo é de fundamental importância para o eficiente manejo do solo e da água. Capacidade de infiltração; Velocidade de infiltração; Infiltração acumulada.
  • 13. INFILTRAÇÃO Cilindro Infiltrômetro no Perímetro Irrigado Califórnia
  • 14. INFILTRAÇÃO Muitos modelos matemáticos têm sido desenvolvidos para descrever o fluxo de água nos solos particularmente, a infiltração vertical. Existem os modelos baseados em relações gerais para fluxos em meio porosos, que são aqueles derivados das equações de Darcy e Richards. derivados das equações de Darcy e Richards. Equações empíricas são baseadas no ajuste matemático de dados experimentais de infiltrações à funções explícitas dependentes do tempo. Na irrigação é bastante utilizado o modelo potencial de Kostiakov. VI = aTn
  • 15. INFILTRAÇÃO Curvas típicas de velocidade de infiltração e infiltração acumulada de um Neossolo flúvico no perímetro irrigado Jabiberi-Se
  • 16. A evaporação é a passagem da água do estado líquido para o gasoso, necessitando de 2450 kJ/kg à 20 ºC. Na hidrologia inclui dois processos distintos: a evaporação do solo, barragens, canais, entre outros e a transpiração por meio dos estômatos dos vegetais. EVAPOTRANSPIRAÇÃO transpiração por meio dos estômatos dos vegetais.
  • 17. Fisicamente a evaporação é um processo difusivo, parte turbulento e parte molecular. O processo turbulento é o mecanismo dominante na atmosfera, exceto na subcamada laminar, na proximidade da superfície onde é predominantemente molecular. A EVAPOTRANSPIRAÇÃO superfície onde é predominantemente molecular. A chave do processo de evaporação é o movimento do vapor de água adjacente à superfície do líquido para a atmosfera.
  • 18. A transpiração é um processo difusivo e pode ser analisado em termos de resistência à difusão e transporte turbulento de vapor no ar atmosférico. Transpiração é uma especializada situação da evaporação na qual a vaporização da água ocorre EVAPOTRANSPIRAÇÃO evaporação na qual a vaporização da água ocorre dentro da folha. O caminho para a difusão do vapor da água é mais complexo, pois vai do local de vaporização dentro da folha, através do estômato, da camada limite da folha e do dossel até a atmosfera.
  • 19. A evapotranspiração de referência (ETo) A evapotranspiração real (ETr) EVAPOTRANSPIRAÇÃO A evapotranspiração real (ETr)
  • 20. A evapotranspiração de referência (ETo) deve ser considerada como a perda de água de uma cultura hipotética com os seguintes parâmetros fixados: altura (12 cm), resistência do dossel (69 s/m) e albedo (0,23). Esta evapotranspiração assemelha-se com a de uma EVAPOTRANSPIRAÇÃO Esta evapotranspiração assemelha-se com a de uma superfície revestida de grama verde de altura uniforme, em crescimento ativo, completamente sombreado o chão e sem restrição hídrica.
  • 21. A evapotranspiração real é aquela que ocorre numa superfície vegetada, independente de sua área, de seu porte e das condições de umidade do solo. Portanto, evapotranspiração real é a que ocorre em quaisquer circunstâncias, sem imposição de qualquer condição EVAPOTRANSPIRAÇÃO circunstâncias, sem imposição de qualquer condição de contorno. Logo, evapotranspiração real pode assumir tanto o valor potencial como o de oásis, ou outro qualquer.
  • 22. Métodos de estimativa: ETo EVAPOTRANSPIRAÇÃO
  • 24. ETo = evapotranspiração de referência, mm/dia Penman- Monteith δ δ δ δ = inclinação da curva pressão vapor versus temperatura do ar, kPa.oC-1 γ γ γ γ* = constante psicrométrica modificada, kPa/oC ( ) ( ) ( ) ETo Rn G T U e e a d = + − + + + − δ δ γ λ γ δ γ * * 1 900 275 2 γ γ γ γ* = constante psicrométrica modificada, kPa/oC Rn = radiação líquida na superfície da cultura, MJ/m2.dia G = fluxo de calor no solo, MJ/m2.dia
  • 25. ETo = evapotranspiração de referência, mm/dia Penman- Monteith λ λ λ λ = calor latente de vaporização, Mj/kg γ γ γ γ = constante psicrométrica, kPa/oC ( ) ( ) ( ) ETo Rn G T U e e a d = + − + + + − δ δ γ λ γ δ γ * * 1 900 275 2 γ γ γ γ = constante psicrométrica, kPa/oC 900 = kgK/kJ T = temperatura média do ar, C U2 = velocidade do vento medida a dois metros de altura, m/s (ea - ed) = défice de pressão de vapor, kPa
  • 26. 2 3 4 5 6 7 Eto (Itabaiana) Eto (Ribeira) Eto (Jacarecica) 0 1 2 Evapotranspiração de referência para os municípios de Itabaiana e nos Perímetros irrigados Porção da Ribeira e Jacarecica-SE
  • 27. Cultivo Irrigado Vegetação rala Foz Rio São Francisco Imagens de satelite obtidas para bacia hidrográfica do rio Jacaré para 1999 (A) e 2006 (B). Mata atlântica
  • 28. Mapas de Evapotranspiração real (mm.dia-1) obtidas para bacia hidrográfica do rio Jacaré para 1999 (A), e 2006 (B).
  • 29. ESCOAMENTO SUPERFICIAL O escoamento superficial é a fase do ciclo hidrológico que trata do conjunto das águas que, por efeito da gravidade, se desloca na superfície da terra. Possui grande importância para a Engenharia, pois a maioria dos estudos hidrológicos está ligada ao aproveitamento da água superficial e à proteção contra os fenômenos da água superficial e à proteção contra os fenômenos provocados pelo seu deslocamento. Vazão; Nível d’água;
  • 31. ESCOAMENTO SUPERFICIAL Medição de vazão através do molinete hidráulico
  • 32. ESCOAMENTO SUPERFICIAL Medição de vazão através do molinete hidráulico
  • 34. ESCOAMENTO SUPERFICIAL Medição de vazão através do molinete hidráulico, no riacho Timbó (Sub-bacia hidrográfica do Poxim)
  • 35. ESCOAMENTO SUPERFICIAL Medição de vazão através do molinete hidráulico, no riacho Timbó (Sub-bacia hidrográfica do rio Poxim)
  • 36. ESCOAMENTO SUPERFICIAL Medição de vazão através do molinete hidráulico, no riacho Timbó (Sub-bacia hidrográfica do rio Poxim)
  • 37. ESCOAMENTO SUPERFICIAL Régua liminimétrica no rio Japaratuba CPRM/SRH
  • 43. MONITORAMENTO AMBIENTAL Coleta de dados na Estação flupluviométrica em Sergipe
  • 45. MONITORAMENTO AMBIENTAL Coleta de dados na Estação flupluviométrica em Sergipe