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COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA: DISCUTINDO A PRÁTICA
PEDAGÓGICA E A UTILIZAÇÃO DESSES RECURSOS
OLIVEIRA, Marcos de1
ABA - ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA²
RESUMO: O estudo teve como foco a relevância da utilização da comunicação
alternativa na instrução de crianças com limitações, um ponto fundamental para
o sucesso da educação inclusiva. O intuito principal foi analisar como os
métodos de comunicação alternativa contribuem para aprimorar a experiência
educacional desses estudantes. Foi adotada uma estratégia de revisão
bibliográfica, abrangendo diversas fontes para aprofundar o assunto. Os
resultados demonstraram que a comunicação alternativa trouxe benefícios
significativos no processo de comunicação e aprendizado de alunos com
deficiências. No entanto, foram identificados obstáculos relevantes, como a falta
de preparo específico dos professores e a necessidade de ajustes
personalizados nos recursos de comunicação. O estudo ressaltou a
necessidade de oferecer capacitação contínua aos profissionais da área
educacional, visando uma aplicação mais eficaz desses métodos. As
conclusões enfatizaram a importância da comunicação alternativa para a
inclusão e o desenvolvimento pleno das crianças com limitações. Foi destacada
a urgência de estratégias eficazes para superar os desafios encontrados,
realçando a importância da formação adequada dos educadores, adaptações
no currículo e o envolvimento dos responsáveis no processo educativo. Essa
abordagem integrada revelou-se crucial para assegurar que todas as crianças
tivessem acesso a uma educação inclusiva e de excelência,
independentemente de suas habilidades de comunicação.
Palavras-chave: Comunicação Alternativa, Educação Inclusiva,
Desenvolvimento Intantil.
1 Graduado em 1999, pela Universidade Braz Cubas, profco@hotmail.com.
INTRODUÇÃO
O estudo atual intitulado "Comunicação não convencional: Explorando a
prática educativa e a utilização destas ferramentas" busca investigar a aplicação
da Comunicação não convencional, visando compreender quais abordagens e
recursos educacionais que o educador emprega em sala de aula como forma de
auxiliar no processo de aprendizagem dos estudantes com Necessidades
Educacionais Especiais (N.E.E). Esta pesquisa se baseia em revisão de
literatura e trabalho de campo, explorando inicialmente o conceito de Deficiência
e a Comunicação não convencional como estratégia educacional, seguido pela
análise dos dados coletados por meio de observação e entrevista.
A área de Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) está em constante
evolução, ganhando visibilidade nos últimos tempos e sendo impulsionada pelo
avanço das tecnologias de informação e comunicação. Seu foco é desenvolver
recursos e métodos que auxiliem indivíduos com dificuldades de comunicação a
se expressar e interagir. O propósito deste estudo é elucidar o conceito de
Comunicação Alternativa, discutir suas aplicações em ambiente escolar e
apresentar algumas ferramentas tecnológicas disponíveis que podem contribuir
para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, oferecendo novas
oportunidades de integração social, profissional e acadêmica. A pesquisa para a
realização deste trabalho foi embasada na leitura de artigos e publicações em
sites e revistas especializadas, com o intuito de esclarecer esse assunto em
ascensão e sugerir caminhos para que indivíduos que necessitam de formas
alternativas ou ampliadas de comunicação possam se desenvolver plenamente
a partir de sua formação escolar.
DESENVOLVIMENTO
CONCEITUANDO DEFICIÊNCIA
A narrativa revela que as pessoas com deficiência foram
estigmatizadas durante muitos anos, sendo erroneamente associadas a seres
malignos e perigosos. Nem todos compreendem adequadamente o que
significa ser uma pessoa com deficiência. De acordo com Ribas , em torno da
década de 1970, as antigas definições pejorativas como
«ceguinho, louco», entre outras, não eram mais suficientes para descrever a
complexidade das experiências das pessoas com deficiência. Dessa
forma, foi necessária a elaboração da Declaração dos Direitos das Pessoas
com Deficiência.
Portanto, é importante entender que não apenas quem tem deficiência
congênita ou adquirida é considerado deficiente, mas todos nós podemos
passar por momentos de limitação, como um braço quebrado, questões
psicológicas, altura ou peso fora do padrão. No entanto, essa definição não
deve influenciar nossa visão sobre as pessoas com deficiência, pois elas
podem enfrentar limitações, mas não são incapazes.
COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
Manzini & Deliberato (2006) destacam que a comunicação não se resume
apenas à fala, mas engloba gestos, expressões faciais e outros meios não verbais. Para
crianças com deficiência, a Tecnologia Assistiva é uma alternativa importante para
facilitar a comunicação e interação com o ambiente. A Comunicação Aumentativa e
Alternativa (CAA) estuda diferentes formas de linguagem verbais e não verbais,
possibilitando que pessoas com necessidades especiais se comuniquem através de
gestos, expressões e figuras. Avila (2013) descreve a área de Tecnologia Assistiva
como interdisciplinar, abrangendo recursos e métodos para promover a inclusão social
de pessoas com necessidades especiais. A mediação é essencial no processo de
aprendizagem, sendo um elemento intermediário na relação entre indivíduo e
conhecimento. Bersch (2007) categoriza a Tecnologia Assistiva em diversas
modalidades, como assistência para atividades diárias, recursos de acessibilidade para
computadores e Comunicação Aumentativa e Alternativa. Essas modalidades variam de
acordo com a instituição e os autores, mas têm em comum o objetivo de auxiliar na vida
cotidiana e na promoção da inclusão de pessoas com deficiência.. Este recurso
pedagógico facilita a aprendizagem de alunos com deficiência que apresentam
dificuldades de comunicação, seja na fala ou na escrita.
A Comunicação Aumentativa e Alternativa - CAA é uma das
áreas da TA que atende pessoas sem fala ou escrita funcional
ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua
habilidade em falar e/ou escrever. Busca então, através da
valorização de todas as formas expressivas do sujeito e da
construção de recursos próprios desta metodologia, construir
e ampliar sua via de expressão e compreensão. Recursos
como as pranchas de comunicação, construídas com
simbologia gráfica (desenhos representativos de ideias),
letras ou palavras escritas, são utilizados pelo usuário da CAA
para expressar suas questões, desejos, sentimentos,
entendimentos. A alta tecnologia nos permite também a
utilização de vocalizadores (pranchas com produção de voz)
ou do computador, com softwares específicos, garantindo
grande eficiência na função comunicativa. Desta forma, o
aluno com deficiência, ao fazer uso da linguagem, passa de
Criar Educação, Criciúma, v. 6, nº2, julho/novembro 2017.–
PPGE – UNESC uma situação de passividade para outra, a
de ator ou de sujeito do seu processo de desenvolvimento
(BERSCH & SCHIRMER, 2005, p. 90).
A Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) é essencial para
pessoas com dificuldades na comunicação, podendo complementar ou substituir
a fala. Avila (2013) descreve a Aumentativa de várias maneiras, mas sempre
com o mesmo propósito. Ele também define a Comunicação Alternativa (CA)
como um conjunto de técnicas para o desenvolvimento da linguagem em
indivíduos com déficits. Manzini & Deliberato também abordam a CA. como
[...] um conjunto de procedimentos técnicos e metodológicos
direcionado a pessoas acometidas por alguma doença,
deficiência, ou alguma outra situação momentânea que impede
a comunicação com as demais pessoas por meio dos recursos
usualmente utilizados, mais especificamente a fala. (2006, p. 4)
Bersch&Schirmer (2007) afirmam que, em tempos passados, não se dava
importância à comunicação auxiliar, pois acreditava-se que não era necessário
e que o deficiente seria capaz de falar posteriormente. Acreditava-se também
que, se houvesse uma forma alternativa de comunicação, a pessoa perderia a
oportunidade de aprender a falar. No entanto, hoje sabemos que a realidade é
oposta
Há vários motivos pelos quais a comunicação auxiliada pode
realmente melhorar as chances de uma pessoa desenvolver as
habilidades de fala. Quando a fala é experimentada ou
trabalhada isoladamente geralmente produz tensão. Para muitos
indivíduos essa tensão diminui as chances de fala
compreensível, e o resultado é o aumento da sua frustração.
Quando o indivíduo é encorajado a verbalizar cada palavra ou
frase, apontando para seu recurso de comunicação, sua fala
torna-se mais relaxada e por isso, mais bem sucedida.
(JOHNSON, 1998, p. 2)
A comunicação alternativa é essencial para incluir alunos com
dificuldades de expressão, permitindo que participem ativamente e compartilhem
suas ideias. Indicada para pessoas de todas as idades com deficiências que
dificultam a fala ou a escrita, a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)
ajuda a preencher a lacuna entre compreensão e expressão, possibilitando a
interação e relacionamento. A CAA engloba o Sistema de Comunicação
Aumentativa e Alternativa, com recursos que podem ser classificados em alta e
baixa tecnologia. A comunicação pode ser feita através do próprio corpo ou com
auxílio externo, como pranchas de comunicação, fichas, fotografias, letras, entre
outros recursos. Os sistemas informáticos são exemplos de alta tecnologia,
enquanto fotos, desenhos e letras são exemplos de baixa tecnologia. Os
recursos de baixa tecnologia incluem objetos reais, miniaturas, fotografias e
símbolos gráficos, podendo ser complementados por gestos, sorrisos e apontar
com o dedo. A Comunicação Apoiada e Comunicação Não Apoiada são divisões
da Comunicação Alternativa, conforme Manzini & Deliberato (2006).
A comunicação suportada abrange diferentes formas de expressão
linguística que ocorrem fora do corpo do usuário, como objetos concretos,
miniaturas, pranchas com imagens e sistemas computadorizados. Alunos que
necessitam de assistência para utilizar esses meios de comunicação precisam
de alguém para manipular os materiais e facilitar a comunicação. Por outro lado,
a comunicação não suportada envolve expressões individuais, como sinais
manuais, expressões faciais e movimentos corporais.
Essas expressões são realizadas pela própria pessoa, sem a necessidade
de auxílio de terceiros. Bersch & Schirmer (2007) mencionam os PCS (Símbolos
de Comunicação Pictórica), desenvolvidos por Roxanna Mayer Johnson em
1980. "Os Símbolos de Comunicação Pictórica (PCS) consistem principalmente
em desenhos de linhas simples" (Johnson, 1998, p. 5). Esses símbolos são
amplamente utilizados por pessoas de todas as idades e são facilmente
reconhecíveis, sendo muito úteis para crianças ou indivíduos com dificuldade em
compreender representações mais abstratas (Bersch & Schirmer, 2007, p. 62).
Johnson (1998, p. 3) ressalta que "O uso de um recurso de baixa tecnologia deve
ser sempre considerado, mesmo que o indivíduo tenha outras formas de
comunicação disponíveis". Ela exemplifica que é importante incentivar o uso de
linguagem de sinais, gestos, fala e tecnologia de alta qualidade. Tais recursos
combinados contribuirão para facilitar a comunicação.
A importância da utilização da tecnologia de baixo custo é destacada ao
exemplificar situações em que é possível responder à mãe com um sorriso,
sendo compreendido, enquanto em um restaurante, é necessário utilizar uma
prancha de comunicação para realizar um pedido e interagir com as pessoas ao
redor.
De acordo com Bersch & Schirmer (2007, p.63), "Em uma prancha de
comunicação são inseridos diversos símbolos gráficos que representam
mensagens. A seleção do vocabulário de símbolos deve ser feita de acordo com
as necessidades comunicativas do usuário". Estas pranchas permitem que a
pessoa expresse seus sentimentos, gostos e desejos. As autoras Bersch &
Schirmer (2007) demonstram métodos de criação e utilização da C.A. com
tecnologia de baixo custo. Eles fornecem exemplos como cartões de
comunicação, amplamente utilizados com crianças que estão começando a
utilizar a C.A., para posteriormente avançarem para pranchas de comunicação;
Mesas com símbolos removíveis; Aventais, utilizados por professores ou pais de
crianças; Pastas de comunicação (semelhantes a um fichário); Porta
documentos/cartões, que facilitam o transporte, por exemplo, durante uma aula
de educação física; Álbuns de fotografias; Agendas e calendários; Livros
elaborados pelos próprios alunos, contendo simbologias da C.A; Livros
adaptados com símbolos da C.A; Jogos elaborados com a C.A; Utilização da
simbologia da C.A em atividades educativas (tapete sensorial, estudo das partes
do corpo, redação sobre passeios, entre outros). O início das atividades com a
C.A. deve ocorrer o mais cedo possível, de acordo com Bersch & Schirmer
(2007), ao se detectar um atraso no desenvolvimento da fala e da escrita,
comparado a outras crianças da mesma faixa etária. Para iniciar o trabalho com
a C.A., é essencial realizar uma "investigação" sobre o aluno e o ambiente social
em que estão inseridos, a fim de que o profissional possa determinar a melhor
abordagem e estratégia para utilizar a C.A.
Conforme Manzini & Deliberato (2006, p.8), "cada necessidade é única e,
portanto, cada caso deve ser examinado com cuidado". O trabalho com a C.A.
não deve ser desvinculado do contexto, ao contrário, o profissional deve sempre
buscar integrar essa metodologia ao ambiente do aluno, de modo que a
interação inicial seja mais eficiente, pois o objetivo das pranchas de
comunicação, por exemplo, é promover a comunicação e não apenas exibir
imagens.
Conforme Bersch&Schirmer (2007) há uma ordem de aprendizado que
facilita a introdução da Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA):
começando com objetos concretos, passando por miniaturas, fotografias,
símbolos e palavras/letras (2007, p.75).
Iniciando com o objeto, Manzini &Deliberato (2006) explicam que esta é a
forma mais tangível, pois é real e, para torná-la ainda mais concreta, a
representação pode ser feita com um objeto semelhante ao real (por exemplo,
frutas ou animais bem trabalhados que se assemelham à realidade).
As miniaturas devem ser o mais realistas possível e as fotografias e
imagens só devem ser usadas quando o aluno reconhece e relaciona com o
objeto real. É importante que todos os envolvidos estejam engajados no
aprendizado do método e adaptar os recursos para uma transmissão adequada
da mensagem. Os materiais como pranchas, fichários e pastas devem ter
tamanhos adequados para cada aluno, personalizando de acordo com as
necessidades individuais. Ao elaborar quadros de comunicação, é essencial
determinar o local de interação do usuário e optar por quadros temáticos. Para
alunos com dificuldades de movimentação, a técnica de varredura pode ser uma
opção ao utilizar os quadros de comunicação.
Neste método, o aluno com deficiência contará com a ajuda de um
assistente para apontar para cada opção no quadro, e quando chegar à
desejada, o aluno fará um som para indicar sua escolha. De maneira semelhante
a Bersch&Schirmer (2007), Johnson (1998) afirma que a técnica de varredura
requer apenas que a pessoa seja capaz de responder de forma controlada.
A técnica da varredura exige somente que a pessoa tenha uma
resposta controlável consistente, como sacudir a cabeça, bater
um pé ou fazer um movimento de cabeça ou olhos. Os recursos
de tecnologia simples necessitam um facilitador para apontar
para os símbolos de maneira sistemática enquanto o usuário
sinalizará quando o símbolo desejado for apontado. Alguns
recursos de alta tecnologia apresentam varredura automática,
dispensando o auxílio de um facilitador. (JOHNSON, 1998, p.15).
A técnica de varredura, assim descrita por Manzini &Deliberato (2006), é
considerada como uma “possibilidade de o professor ou outra pessoa ir
indicando as figuras das linhas até o aluno escolher por meio do olhar (piscar)
ou mesmo de um sorriso. A varredura poderá ser feita pela linha e/ou coluna de
figuras e/ou objetos da pasta e/ou das pranchas.”(2006, p.36).
Os recursos de alta tecnologia são instrumentos que nem todas as
escolas têm e nem todos os alunos deficientes tem em casa também, esses
instrumentos são: Vocalizadores – que são pranchas de comunicação que
possuem Criar Educação, Criciúma, v. 6, nº2, julho/novembro 2017.– PPGE –
UNESC voz.
A escolha da mensagem pode ser direta, que é aquela na qual o aluno
apontará com uma parte do corpo para a prancha, ou indireta quando é acionada
uma luz na prancha que passará de fileira por fileira, para que o aluno possa
emitir um sinal identificando a fila para depois identificar a mensagem;
Computadores – podem ser usados como recursos de comunicação. Para que
isso aconteça, são usados softwares com pranchas dinâmicas, teclados virtuais
e alguns programas de voz. Mas como todos os recursos utilizados pela C.A., o
computador também terá que estar adaptado a cada aluno como, por exemplo,
o mouse ser no pé, o teclado ser maior para haver o toque. Importante destacar
que, assim como em outros recursos, no computador também há o contato direto
e a varredura automática pode ser acionada com um gesto, um sopro, um olhar
etc. O uso do computador como um instrumento de ensino é apontado por
Bersch&Schirmer (2005), o qual caracterizam, dizendo que,
A indicação de um recurso de adaptação do computador, parte da
avaliação do usuário e suas competências. A partir de então,
vamos eleger alternativas que poderão ser, por exemplo, um
simples ajuste nas “opções de acessibilidade” do computador
(onde evitamos repetições de letras, aumentamos tamanho de
fonte ou de cursor, promovemos aderência de teclas - favorecendo
a digitação com uma só mão, utilizamos as teclas numéricas como
alternativa para o mouse), até a indicação de um teclado especial
(expandido ou reduzido) [...] (BERSCH & SCHIRMER, 2005, p. 91).
Bersch & Schirmer (2005) e Johnson (1998) enfatizam a importância da
avaliação profissional para garantir acesso a dispositivos de alta tecnologia para
pessoas com deficiência visual ou física. Recursos de acessibilidade, como
softwares controlados por voz e acionadores por pressão, são classificados em
hardwares, como impressoras braile, e softwares, como teclados virtuais.
Passerino (2010) destaca a relevância das tecnologias no ambiente escolar e
cotidiano, incentivando a interação das crianças para estimular o pensamento
crítico.
Usar as tecnologias como ferramentas do pensamento parte,
portanto, de uma concepção de aprendizagem interacionista, na
qual tanto aluno como professor, sujeitos ativos e aprendentes,
entram em interação valendo-se de recursos e tecnologias para
construir um espaço educativo que promova a aprendizagem
ativa, construtiva, reflexiva, dialógica, intencional e
contextualizada (PASSERINO, 2010, p. 11)
Para uma comunicação eficaz entre educador e estudante, é essencial que o
professor saiba utilizar sua metodologia e domine a tecnologia disponível na
escola. Participar de formações que habilitem o educador a interagir de maneira
mais eficaz com os alunos é fundamental, permitindo uma maior interação com
colegas e professores. Adaptações necessárias possibilitam que os estudantes
acompanhem as atividades em sala de aula de forma mais efetiva.
METODOLOGIA
Realizamos uma pesquisa em uma escola em Suzano para estudar a
interação do professor com alunos deficientes e o uso da Comunicação
Aumentativa e Alternativa, após autorização da direção. O estudo, de
abordagem qualitativa, baseou-se na perspectiva de Lüdke e Bogdam,
enfatizando a importância do ambiente natural como fonte de dados.
Consideramos diversos aspectos para a observação, como materiais de C.A.,
treinamentos para professores, uso da C.A. em casa, adaptação da
comunicação para cada aluno, entre outros. Vygotsky ampliou o conceito de
mediação na interação entre indivíduo e ambiente, levando em conta o uso de
signos. Na educação especial, é crucial garantir o acesso por meio de
instrumentos adequados para cada deficiente. Optamos por observar uma sala
específica com cinco alunos, onde a professora fazia bastante uso da
Comunicação Alternativa, e interagimos com ela sobre suas práticas com os
alunos durante a visita.
Portanto, é através da Comunicação Alternativa que o professor consegue
incluir o aluno com deficiência, possibilitando que ele participe ativamente e se
comunique com todos ao seu redor. Perguntamos à professora como ela
aplicava a Comunicação Alternativa na turma, e ela nos mostrou materiais que
ela mesma havia criado, como: calendários ilustrados (os dias de aula
representados por um lápis e os finais de semana por uma casa, indicando os
dias em casa). Ao analisar esses materiais, percebemos que "A mediação ocorre
por meio de instrumentos simbólicos, como quando alguém faz anotações para
lembrar o que comprar no supermercado" (REILY, 2012, p.19).
Esses recursos didáticos são sinais que auxiliam o aluno com
necessidades especiais a compreender os dias de aula e folga. Uma atividade
relacionada aos períodos do dia é feita diariamente, utilizando um quadro do
tempo e a diferenciação dia/noite para estimular a interação dos alunos.
A professora faz perguntas sobre as condições climáticas, estimulando os
alunos a relatarem como estava o tempo durante o final de semana em casa e o
que era necessário usar ao sair (Guarda-chuva, protetor solar). Também
questiona sobre a necessidade de protetor solar nos dias de sol.
FIGURA 1
Durante a apresentação dos materiais, a educadora explicou que sempre
inicia uma conversa para abordar os temas das datas e do tempo. Ela comentou
que, às vezes, fala sozinha, mas ressalta que os alunos entendem, podendo
surgir alguns sinais de compreensão, como um som ou um piscar de olhos. No
entanto, ela ressaltou a importância de estar atenta às reações individuais de
cada um.
Quando questionada se utilizava pranchas de comunicação, ela afirmou
que prefere não utilizar pranchas prontas, pois as considera pouco eficazes e
sem vida, sem estimular a atenção dos alunos, por isso prefere criar seus
próprios materiais.
Ela mencionou que gosta de trabalhar com fichas, aventais e cartazes
com imagens coloridas, todos feitos por ela mesma. Como exemplo, ela mostrou
fichas com o tema de alimentos, como feijão cru, cozido, feijoada, milho, fubá,
polenta e frutas.
Para executar uma tarefa com essas cartas, é necessário ter um balão
contendo sementes de feijão, arroz, milho, entre outros. Dessa forma, não se
limita apenas à carta, mas ocorre uma interação mais ampla, possibilitando ao
aluno distinguir entre os diferentes grãos. Além disso, é ressaltado que ao
trabalhar com alimentos que não estão dentro do balão, é importante trazer o
alimento cru para exibir, como por exemplo os diferentes formatos de macarrão.
Durante a atividade, a professora vai apresentando os alimentos que
serão servidos no lanche do dia, como por exemplo, a polenta. Ela pergunta ao
aluno se ele gosta de polenta, entregando-lhe o balão para que possa sentir a
textura do milho. Através das perguntas, a professora distribui cartões com
carinhas e as opções de resposta "sim" e "não", sendo uma na cor vermelha e
outra na cor verde (FIGURA III). Com esse recurso, os alunos são encorajados
a indicar suas preferências usando uma parte do corpo. Alternativamente, as
respostas podem ser dadas através de um sistema de varredura, onde a
professora mesma faz a indicação nas placas e espera por um sinal do aluno,
como um sorriso, um piscar de olhos ou até mesmo um resmungo.
(FIGURA III)
No decorrer do preparo dos alimentos, a educadora incentiva a
exploração dos materiais que são empregados na hora de se alimentar. Nessa
prática (ILUSTRAÇÃO IV), são utilizadas imagens que servem como estímulos
para os estudantes responderem sobre os objetos essenciais para comer
polenta, como por exemplo, "Será que é essencial ter uma colher? E um prato?
E para beber suco, o que é imprescindível? E quando sujamos a boca, qual é o
melhor recurso para limpar?".
(ILUSTRAÇÃO IV),
O uso de frutas (Figura V) foi abordado de forma realista, destacando o
tamanho e cores vibrantes para prender a atenção. No entanto, antes de
trabalhar com as frutas no papel, é necessário apresentá-las de forma real para
os alunos, e somente depois apresentar miniaturas idênticas antes de passar
para o papel.
Outro aspecto de extrema importância em relação às pranchas e fichas é
o tamanho delas. Enquanto as pranchas são pequenas, nas fichas podemos
optar por tamanho maior que seja mais chamativo. Com o intuito de prender a
atenção dos alunos, a professora exemplificou uma atividade que realizou com
eles envolvendo um boné, onde fez uma introdução mostrando bonés de
diversos tamanhos. Após isso, propôs uma atividade em que os alunos deveriam
identificar no papel o boné grande e o pequeno, porém, encontraram dificuldades
pois o papel não transmitia o conceito de tamanho.
(Figura V)
Assim, a introdução a Comunicação Alternativa deve ser feita aos poucos,
a partir da realidade do aluno, de objetos, fotos da família, para em seguida ir
para o papel.
Em relação ao tamanho das figuras, das pranchas, das fichas, a
professora mostrou uma atividade de montar que deve ser adaptada às
dificuldades do aluno (FIGURA VI). A atividade consiste em montar o rosto,
utilizando expressões faciais sendo que o aluno tem várias possibilidades de
montagem, desde o cabelo, os olhos, até um sorriso. Mas esta atividade tem
muitas expressões, por isso é aconselhável se trabalhar uma expressão por vez,
como por exemplo: um dia trabalhar a expressão da boca, outro dia dos olhos e
assim por diante.
(FIGURA VI).
Portanto, é essencial que o professor se familiarize com cada aluno e
adapte as atividades de acordo com suas capacidades individuais. O
envolvimento dos alunos no trabalho individual é fundamental para garantir a
participação ativa de todos e contribuir para o desenvolvimento tanto dos
estudantes quanto do próprio professor. O uso de recursos como quadros pode
facilitar a interação física e auxiliar no direcionamento do processo educativo. A
abordagem mediadora em sala de aula não só impulsiona o progresso dos
alunos, mas também promove o crescimento e aprimoramento do professor no
campo do ensino e da aprendizagem.
Explorando a atividade física, é possível abordar a importância da limpeza
pessoal (ILUSTRAÇÃO VIII) de forma semelhante ao movimento corporal,
estimulando perguntas como: "do que precisamos para cuidar dos dentes? E
para fazer a higiene?" Desta forma, as respostas são colocadas ou apontadas
nas pranchas. Nesta ilustração, é apresentada uma prancha com feltro fixado,
na qual os estudantes podem aderir imagens.
(ILUSTRAÇÃO VIII)
De acordo com a professora, para trabalhar com cores, é recomendado utilizar
apenas uma cor por vez, como mostrado na Figura IX. Uma atividade exemplo
seria escolher uma cor por semana, como o amarelo, e focar em objetos dessa
tonalidade. Trabalhar com duas cores pode ser mais desafiador, pois é
necessário dominar cada cor individualmente, sendo aconselhável começar com
apenas uma cor. Dessa forma, a prancha pode ser exposta na parede,
adicionando uma nova cor a cada semana.
Figura IX
Outro exercício que pode ser realizado é a atividade de localização
(FIGURA X), na qual o aluno é convidado a identificar figuras como a casa, o
ônibus, o sol e a nuvem. A professora faz perguntas como: "Onde você estava
antes de chegar na escola? Quando saiu de casa, você veio de onde para a
escola? Está chovendo?". Dessa forma, é possível adicionar brinquedos, figuras
de alimentos, de banho, para questionar sobre as atividades que ele realizou em
casa antes de ir para a escola, entre outros temas.
(FIGURA X),
A professora destacou a importância da comunicação em casa e como
muitas vezes falta conhecimento, interesse ou conforto nesse aspecto. Apesar
de não haver encontros na APAE para discutir Comunicação Alternativa, ela
buscava os materiais na internet e adaptava as atividades conforme
necessário. Mesmo sem formação formal na área, ela demonstrou habilidade
na utilização de materiais visuais atrativos, como objetos reais, miniaturas,
fotos e palavras, ao invés de fichas padronizadas. Embora a teoria nem sempre
se concretize na prática, ela enfatizou a importância do embasamento teórico.
A abordagem da professora começa com objetos reais e evolui gradualmente
para outras formas de comunicação visual.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa buscou compreender o papel da Comunicação Alternativa na
interação entre educadores e alunos com deficiência física, questionando se os
professores utilizam essa abordagem para auxiliar no aprendizado dos alunos.
A análise dos dados mostrou que a instituição de ensino possui poucos recursos
em Comunicação Alternativa, com os professores confeccionando materiais por
conta própria sem disponibilizá-los na escola. Os docentes se esforçam para
adaptar materiais, iniciando com objetos concretos e avançando para imagens e
palavras, garantindo uma introdução eficaz. A capacidade de se comunicar é
fundamental para o progresso humano e a interação social, sendo essencial para
indivíduos com necessidades especiais. O avanço da tecnologia tem facilitado a
comunicação de pessoas com necessidades especiais, contribuindo para sua
qualidade de vida e desenvolvimento. O estudo destacou a importância de
abordar a Comunicação Alternativa desde a formação acadêmica dos
professores, exigindo investimentos e capacitação para o avanço dessa prática
na Educação Especial.
.
REFERÊNCIAS
AVILA, Barbara Gorziza, et al. Usabilidade em tecnologia assistiva: estudo de caso
num sistema de comunicação alternativa para crianças com autismo. Revista
Latinoamericana de Tecnologia Educativa. v.12. Porto Alegre, 2013.
BERSCH, Rita; SCHIRMER, Carolina R. Tecnologia Assistiva no Processo
Educacional. In: BLANCO, Rosa, et al.Ensaios Pedagógicos: Construindo Escolas
Inclusivas. Brasília: MEC/SEESP, 2005.
BERSCH, Rita. Tecnologia Assistiva – TA. In: SCHIRMER, Carolina R., et al.
Atendimento Educacional Especializado: Deficiência Física. São Paulo:
MEC/SEESP, 2007. BERSCH, Rita; SCHIRMER, Carolina R. Comunicação
Aumentativa e Alternativa – CAA. In: SCHIRMER, Carolina R., et al. Atendimento
Educacional Especializado: Deficiência Física. São Paulo: MEC/SEESP, 2007.
COLE, Michael (Org.) et al, A formação social da mente: VYGOTSKI, L. S. 4. Ed.
São Paulo – SP:Livraria Martins Fontes, 1991. JOHNSON, Roxanna. Guia de
Símbolos de Comunicação Pictórica. Porto Alegre: Clik, 1998
LÜDKE, Menga. Abordagens qualitativas de pesquisa: a pesquisa etnográfica e o
estudo de caso. In: Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo:
EPU, 1986.
MANZINI, Eduardo José. Tecnologia Assistiva para a educação: recursos
pedagógicos adaptados. In: BLANCO, Rosa, et al.Ensaios Pedagógicos:
Construindo Escolas Inclusivas. Brasília: MEC/SEESP, 2005.
MANZINI, Eduardo José; DELIBERATO, Débora. Portal de ajudas técnicas para
educação : equipamento e material pedagógico especial para educação,
capacitação e recreação da pessoa com deficiência física : recursos para
comunicação alternativa. 2. ed. Brasília : MEC/SE
OLIVEIRA, Marta Kohl. Vygotsky. Aprendizado e Desenvolvimento. Um processo
sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1993.

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  • 1. COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA: DISCUTINDO A PRÁTICA PEDAGÓGICA E A UTILIZAÇÃO DESSES RECURSOS OLIVEIRA, Marcos de1 ABA - ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA² RESUMO: O estudo teve como foco a relevância da utilização da comunicação alternativa na instrução de crianças com limitações, um ponto fundamental para o sucesso da educação inclusiva. O intuito principal foi analisar como os métodos de comunicação alternativa contribuem para aprimorar a experiência educacional desses estudantes. Foi adotada uma estratégia de revisão bibliográfica, abrangendo diversas fontes para aprofundar o assunto. Os resultados demonstraram que a comunicação alternativa trouxe benefícios significativos no processo de comunicação e aprendizado de alunos com deficiências. No entanto, foram identificados obstáculos relevantes, como a falta de preparo específico dos professores e a necessidade de ajustes personalizados nos recursos de comunicação. O estudo ressaltou a necessidade de oferecer capacitação contínua aos profissionais da área educacional, visando uma aplicação mais eficaz desses métodos. As conclusões enfatizaram a importância da comunicação alternativa para a inclusão e o desenvolvimento pleno das crianças com limitações. Foi destacada a urgência de estratégias eficazes para superar os desafios encontrados, realçando a importância da formação adequada dos educadores, adaptações no currículo e o envolvimento dos responsáveis no processo educativo. Essa abordagem integrada revelou-se crucial para assegurar que todas as crianças tivessem acesso a uma educação inclusiva e de excelência, independentemente de suas habilidades de comunicação. Palavras-chave: Comunicação Alternativa, Educação Inclusiva, Desenvolvimento Intantil. 1 Graduado em 1999, pela Universidade Braz Cubas, profco@hotmail.com.
  • 2. INTRODUÇÃO O estudo atual intitulado "Comunicação não convencional: Explorando a prática educativa e a utilização destas ferramentas" busca investigar a aplicação da Comunicação não convencional, visando compreender quais abordagens e recursos educacionais que o educador emprega em sala de aula como forma de auxiliar no processo de aprendizagem dos estudantes com Necessidades Educacionais Especiais (N.E.E). Esta pesquisa se baseia em revisão de literatura e trabalho de campo, explorando inicialmente o conceito de Deficiência e a Comunicação não convencional como estratégia educacional, seguido pela análise dos dados coletados por meio de observação e entrevista. A área de Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) está em constante evolução, ganhando visibilidade nos últimos tempos e sendo impulsionada pelo avanço das tecnologias de informação e comunicação. Seu foco é desenvolver recursos e métodos que auxiliem indivíduos com dificuldades de comunicação a se expressar e interagir. O propósito deste estudo é elucidar o conceito de Comunicação Alternativa, discutir suas aplicações em ambiente escolar e apresentar algumas ferramentas tecnológicas disponíveis que podem contribuir para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, oferecendo novas oportunidades de integração social, profissional e acadêmica. A pesquisa para a realização deste trabalho foi embasada na leitura de artigos e publicações em sites e revistas especializadas, com o intuito de esclarecer esse assunto em ascensão e sugerir caminhos para que indivíduos que necessitam de formas alternativas ou ampliadas de comunicação possam se desenvolver plenamente a partir de sua formação escolar.
  • 3. DESENVOLVIMENTO CONCEITUANDO DEFICIÊNCIA A narrativa revela que as pessoas com deficiência foram estigmatizadas durante muitos anos, sendo erroneamente associadas a seres malignos e perigosos. Nem todos compreendem adequadamente o que significa ser uma pessoa com deficiência. De acordo com Ribas , em torno da década de 1970, as antigas definições pejorativas como «ceguinho, louco», entre outras, não eram mais suficientes para descrever a complexidade das experiências das pessoas com deficiência. Dessa forma, foi necessária a elaboração da Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Portanto, é importante entender que não apenas quem tem deficiência congênita ou adquirida é considerado deficiente, mas todos nós podemos passar por momentos de limitação, como um braço quebrado, questões psicológicas, altura ou peso fora do padrão. No entanto, essa definição não deve influenciar nossa visão sobre as pessoas com deficiência, pois elas podem enfrentar limitações, mas não são incapazes. COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA Manzini & Deliberato (2006) destacam que a comunicação não se resume apenas à fala, mas engloba gestos, expressões faciais e outros meios não verbais. Para crianças com deficiência, a Tecnologia Assistiva é uma alternativa importante para facilitar a comunicação e interação com o ambiente. A Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) estuda diferentes formas de linguagem verbais e não verbais, possibilitando que pessoas com necessidades especiais se comuniquem através de gestos, expressões e figuras. Avila (2013) descreve a área de Tecnologia Assistiva como interdisciplinar, abrangendo recursos e métodos para promover a inclusão social de pessoas com necessidades especiais. A mediação é essencial no processo de aprendizagem, sendo um elemento intermediário na relação entre indivíduo e conhecimento. Bersch (2007) categoriza a Tecnologia Assistiva em diversas modalidades, como assistência para atividades diárias, recursos de acessibilidade para
  • 4. computadores e Comunicação Aumentativa e Alternativa. Essas modalidades variam de acordo com a instituição e os autores, mas têm em comum o objetivo de auxiliar na vida cotidiana e na promoção da inclusão de pessoas com deficiência.. Este recurso pedagógico facilita a aprendizagem de alunos com deficiência que apresentam dificuldades de comunicação, seja na fala ou na escrita. A Comunicação Aumentativa e Alternativa - CAA é uma das áreas da TA que atende pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever. Busca então, através da valorização de todas as formas expressivas do sujeito e da construção de recursos próprios desta metodologia, construir e ampliar sua via de expressão e compreensão. Recursos como as pranchas de comunicação, construídas com simbologia gráfica (desenhos representativos de ideias), letras ou palavras escritas, são utilizados pelo usuário da CAA para expressar suas questões, desejos, sentimentos, entendimentos. A alta tecnologia nos permite também a utilização de vocalizadores (pranchas com produção de voz) ou do computador, com softwares específicos, garantindo grande eficiência na função comunicativa. Desta forma, o aluno com deficiência, ao fazer uso da linguagem, passa de Criar Educação, Criciúma, v. 6, nº2, julho/novembro 2017.– PPGE – UNESC uma situação de passividade para outra, a de ator ou de sujeito do seu processo de desenvolvimento (BERSCH & SCHIRMER, 2005, p. 90). A Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) é essencial para pessoas com dificuldades na comunicação, podendo complementar ou substituir a fala. Avila (2013) descreve a Aumentativa de várias maneiras, mas sempre com o mesmo propósito. Ele também define a Comunicação Alternativa (CA) como um conjunto de técnicas para o desenvolvimento da linguagem em indivíduos com déficits. Manzini & Deliberato também abordam a CA. como [...] um conjunto de procedimentos técnicos e metodológicos direcionado a pessoas acometidas por alguma doença, deficiência, ou alguma outra situação momentânea que impede a comunicação com as demais pessoas por meio dos recursos usualmente utilizados, mais especificamente a fala. (2006, p. 4) Bersch&Schirmer (2007) afirmam que, em tempos passados, não se dava importância à comunicação auxiliar, pois acreditava-se que não era necessário e que o deficiente seria capaz de falar posteriormente. Acreditava-se também que, se houvesse uma forma alternativa de comunicação, a pessoa perderia a
  • 5. oportunidade de aprender a falar. No entanto, hoje sabemos que a realidade é oposta Há vários motivos pelos quais a comunicação auxiliada pode realmente melhorar as chances de uma pessoa desenvolver as habilidades de fala. Quando a fala é experimentada ou trabalhada isoladamente geralmente produz tensão. Para muitos indivíduos essa tensão diminui as chances de fala compreensível, e o resultado é o aumento da sua frustração. Quando o indivíduo é encorajado a verbalizar cada palavra ou frase, apontando para seu recurso de comunicação, sua fala torna-se mais relaxada e por isso, mais bem sucedida. (JOHNSON, 1998, p. 2) A comunicação alternativa é essencial para incluir alunos com dificuldades de expressão, permitindo que participem ativamente e compartilhem suas ideias. Indicada para pessoas de todas as idades com deficiências que dificultam a fala ou a escrita, a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) ajuda a preencher a lacuna entre compreensão e expressão, possibilitando a interação e relacionamento. A CAA engloba o Sistema de Comunicação Aumentativa e Alternativa, com recursos que podem ser classificados em alta e baixa tecnologia. A comunicação pode ser feita através do próprio corpo ou com auxílio externo, como pranchas de comunicação, fichas, fotografias, letras, entre outros recursos. Os sistemas informáticos são exemplos de alta tecnologia, enquanto fotos, desenhos e letras são exemplos de baixa tecnologia. Os recursos de baixa tecnologia incluem objetos reais, miniaturas, fotografias e símbolos gráficos, podendo ser complementados por gestos, sorrisos e apontar com o dedo. A Comunicação Apoiada e Comunicação Não Apoiada são divisões da Comunicação Alternativa, conforme Manzini & Deliberato (2006). A comunicação suportada abrange diferentes formas de expressão linguística que ocorrem fora do corpo do usuário, como objetos concretos, miniaturas, pranchas com imagens e sistemas computadorizados. Alunos que necessitam de assistência para utilizar esses meios de comunicação precisam de alguém para manipular os materiais e facilitar a comunicação. Por outro lado, a comunicação não suportada envolve expressões individuais, como sinais manuais, expressões faciais e movimentos corporais. Essas expressões são realizadas pela própria pessoa, sem a necessidade de auxílio de terceiros. Bersch & Schirmer (2007) mencionam os PCS (Símbolos de Comunicação Pictórica), desenvolvidos por Roxanna Mayer Johnson em
  • 6. 1980. "Os Símbolos de Comunicação Pictórica (PCS) consistem principalmente em desenhos de linhas simples" (Johnson, 1998, p. 5). Esses símbolos são amplamente utilizados por pessoas de todas as idades e são facilmente reconhecíveis, sendo muito úteis para crianças ou indivíduos com dificuldade em compreender representações mais abstratas (Bersch & Schirmer, 2007, p. 62). Johnson (1998, p. 3) ressalta que "O uso de um recurso de baixa tecnologia deve ser sempre considerado, mesmo que o indivíduo tenha outras formas de comunicação disponíveis". Ela exemplifica que é importante incentivar o uso de linguagem de sinais, gestos, fala e tecnologia de alta qualidade. Tais recursos combinados contribuirão para facilitar a comunicação. A importância da utilização da tecnologia de baixo custo é destacada ao exemplificar situações em que é possível responder à mãe com um sorriso, sendo compreendido, enquanto em um restaurante, é necessário utilizar uma prancha de comunicação para realizar um pedido e interagir com as pessoas ao redor. De acordo com Bersch & Schirmer (2007, p.63), "Em uma prancha de comunicação são inseridos diversos símbolos gráficos que representam mensagens. A seleção do vocabulário de símbolos deve ser feita de acordo com as necessidades comunicativas do usuário". Estas pranchas permitem que a pessoa expresse seus sentimentos, gostos e desejos. As autoras Bersch & Schirmer (2007) demonstram métodos de criação e utilização da C.A. com tecnologia de baixo custo. Eles fornecem exemplos como cartões de comunicação, amplamente utilizados com crianças que estão começando a utilizar a C.A., para posteriormente avançarem para pranchas de comunicação; Mesas com símbolos removíveis; Aventais, utilizados por professores ou pais de crianças; Pastas de comunicação (semelhantes a um fichário); Porta documentos/cartões, que facilitam o transporte, por exemplo, durante uma aula de educação física; Álbuns de fotografias; Agendas e calendários; Livros elaborados pelos próprios alunos, contendo simbologias da C.A; Livros adaptados com símbolos da C.A; Jogos elaborados com a C.A; Utilização da simbologia da C.A em atividades educativas (tapete sensorial, estudo das partes do corpo, redação sobre passeios, entre outros). O início das atividades com a C.A. deve ocorrer o mais cedo possível, de acordo com Bersch & Schirmer (2007), ao se detectar um atraso no desenvolvimento da fala e da escrita,
  • 7. comparado a outras crianças da mesma faixa etária. Para iniciar o trabalho com a C.A., é essencial realizar uma "investigação" sobre o aluno e o ambiente social em que estão inseridos, a fim de que o profissional possa determinar a melhor abordagem e estratégia para utilizar a C.A. Conforme Manzini & Deliberato (2006, p.8), "cada necessidade é única e, portanto, cada caso deve ser examinado com cuidado". O trabalho com a C.A. não deve ser desvinculado do contexto, ao contrário, o profissional deve sempre buscar integrar essa metodologia ao ambiente do aluno, de modo que a interação inicial seja mais eficiente, pois o objetivo das pranchas de comunicação, por exemplo, é promover a comunicação e não apenas exibir imagens. Conforme Bersch&Schirmer (2007) há uma ordem de aprendizado que facilita a introdução da Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA): começando com objetos concretos, passando por miniaturas, fotografias, símbolos e palavras/letras (2007, p.75). Iniciando com o objeto, Manzini &Deliberato (2006) explicam que esta é a forma mais tangível, pois é real e, para torná-la ainda mais concreta, a representação pode ser feita com um objeto semelhante ao real (por exemplo, frutas ou animais bem trabalhados que se assemelham à realidade). As miniaturas devem ser o mais realistas possível e as fotografias e imagens só devem ser usadas quando o aluno reconhece e relaciona com o objeto real. É importante que todos os envolvidos estejam engajados no aprendizado do método e adaptar os recursos para uma transmissão adequada da mensagem. Os materiais como pranchas, fichários e pastas devem ter tamanhos adequados para cada aluno, personalizando de acordo com as necessidades individuais. Ao elaborar quadros de comunicação, é essencial determinar o local de interação do usuário e optar por quadros temáticos. Para alunos com dificuldades de movimentação, a técnica de varredura pode ser uma opção ao utilizar os quadros de comunicação. Neste método, o aluno com deficiência contará com a ajuda de um assistente para apontar para cada opção no quadro, e quando chegar à desejada, o aluno fará um som para indicar sua escolha. De maneira semelhante a Bersch&Schirmer (2007), Johnson (1998) afirma que a técnica de varredura requer apenas que a pessoa seja capaz de responder de forma controlada.
  • 8. A técnica da varredura exige somente que a pessoa tenha uma resposta controlável consistente, como sacudir a cabeça, bater um pé ou fazer um movimento de cabeça ou olhos. Os recursos de tecnologia simples necessitam um facilitador para apontar para os símbolos de maneira sistemática enquanto o usuário sinalizará quando o símbolo desejado for apontado. Alguns recursos de alta tecnologia apresentam varredura automática, dispensando o auxílio de um facilitador. (JOHNSON, 1998, p.15). A técnica de varredura, assim descrita por Manzini &Deliberato (2006), é considerada como uma “possibilidade de o professor ou outra pessoa ir indicando as figuras das linhas até o aluno escolher por meio do olhar (piscar) ou mesmo de um sorriso. A varredura poderá ser feita pela linha e/ou coluna de figuras e/ou objetos da pasta e/ou das pranchas.”(2006, p.36). Os recursos de alta tecnologia são instrumentos que nem todas as escolas têm e nem todos os alunos deficientes tem em casa também, esses instrumentos são: Vocalizadores – que são pranchas de comunicação que possuem Criar Educação, Criciúma, v. 6, nº2, julho/novembro 2017.– PPGE – UNESC voz. A escolha da mensagem pode ser direta, que é aquela na qual o aluno apontará com uma parte do corpo para a prancha, ou indireta quando é acionada uma luz na prancha que passará de fileira por fileira, para que o aluno possa emitir um sinal identificando a fila para depois identificar a mensagem; Computadores – podem ser usados como recursos de comunicação. Para que isso aconteça, são usados softwares com pranchas dinâmicas, teclados virtuais e alguns programas de voz. Mas como todos os recursos utilizados pela C.A., o computador também terá que estar adaptado a cada aluno como, por exemplo, o mouse ser no pé, o teclado ser maior para haver o toque. Importante destacar que, assim como em outros recursos, no computador também há o contato direto e a varredura automática pode ser acionada com um gesto, um sopro, um olhar etc. O uso do computador como um instrumento de ensino é apontado por Bersch&Schirmer (2005), o qual caracterizam, dizendo que, A indicação de um recurso de adaptação do computador, parte da avaliação do usuário e suas competências. A partir de então, vamos eleger alternativas que poderão ser, por exemplo, um simples ajuste nas “opções de acessibilidade” do computador (onde evitamos repetições de letras, aumentamos tamanho de fonte ou de cursor, promovemos aderência de teclas - favorecendo
  • 9. a digitação com uma só mão, utilizamos as teclas numéricas como alternativa para o mouse), até a indicação de um teclado especial (expandido ou reduzido) [...] (BERSCH & SCHIRMER, 2005, p. 91). Bersch & Schirmer (2005) e Johnson (1998) enfatizam a importância da avaliação profissional para garantir acesso a dispositivos de alta tecnologia para pessoas com deficiência visual ou física. Recursos de acessibilidade, como softwares controlados por voz e acionadores por pressão, são classificados em hardwares, como impressoras braile, e softwares, como teclados virtuais. Passerino (2010) destaca a relevância das tecnologias no ambiente escolar e cotidiano, incentivando a interação das crianças para estimular o pensamento crítico. Usar as tecnologias como ferramentas do pensamento parte, portanto, de uma concepção de aprendizagem interacionista, na qual tanto aluno como professor, sujeitos ativos e aprendentes, entram em interação valendo-se de recursos e tecnologias para construir um espaço educativo que promova a aprendizagem ativa, construtiva, reflexiva, dialógica, intencional e contextualizada (PASSERINO, 2010, p. 11) Para uma comunicação eficaz entre educador e estudante, é essencial que o professor saiba utilizar sua metodologia e domine a tecnologia disponível na escola. Participar de formações que habilitem o educador a interagir de maneira mais eficaz com os alunos é fundamental, permitindo uma maior interação com colegas e professores. Adaptações necessárias possibilitam que os estudantes acompanhem as atividades em sala de aula de forma mais efetiva.
  • 10. METODOLOGIA Realizamos uma pesquisa em uma escola em Suzano para estudar a interação do professor com alunos deficientes e o uso da Comunicação Aumentativa e Alternativa, após autorização da direção. O estudo, de abordagem qualitativa, baseou-se na perspectiva de Lüdke e Bogdam, enfatizando a importância do ambiente natural como fonte de dados. Consideramos diversos aspectos para a observação, como materiais de C.A., treinamentos para professores, uso da C.A. em casa, adaptação da comunicação para cada aluno, entre outros. Vygotsky ampliou o conceito de mediação na interação entre indivíduo e ambiente, levando em conta o uso de signos. Na educação especial, é crucial garantir o acesso por meio de instrumentos adequados para cada deficiente. Optamos por observar uma sala específica com cinco alunos, onde a professora fazia bastante uso da Comunicação Alternativa, e interagimos com ela sobre suas práticas com os alunos durante a visita.
  • 11. Portanto, é através da Comunicação Alternativa que o professor consegue incluir o aluno com deficiência, possibilitando que ele participe ativamente e se comunique com todos ao seu redor. Perguntamos à professora como ela aplicava a Comunicação Alternativa na turma, e ela nos mostrou materiais que ela mesma havia criado, como: calendários ilustrados (os dias de aula representados por um lápis e os finais de semana por uma casa, indicando os dias em casa). Ao analisar esses materiais, percebemos que "A mediação ocorre por meio de instrumentos simbólicos, como quando alguém faz anotações para lembrar o que comprar no supermercado" (REILY, 2012, p.19). Esses recursos didáticos são sinais que auxiliam o aluno com necessidades especiais a compreender os dias de aula e folga. Uma atividade relacionada aos períodos do dia é feita diariamente, utilizando um quadro do tempo e a diferenciação dia/noite para estimular a interação dos alunos. A professora faz perguntas sobre as condições climáticas, estimulando os alunos a relatarem como estava o tempo durante o final de semana em casa e o que era necessário usar ao sair (Guarda-chuva, protetor solar). Também questiona sobre a necessidade de protetor solar nos dias de sol. FIGURA 1 Durante a apresentação dos materiais, a educadora explicou que sempre inicia uma conversa para abordar os temas das datas e do tempo. Ela comentou que, às vezes, fala sozinha, mas ressalta que os alunos entendem, podendo surgir alguns sinais de compreensão, como um som ou um piscar de olhos. No entanto, ela ressaltou a importância de estar atenta às reações individuais de cada um.
  • 12. Quando questionada se utilizava pranchas de comunicação, ela afirmou que prefere não utilizar pranchas prontas, pois as considera pouco eficazes e sem vida, sem estimular a atenção dos alunos, por isso prefere criar seus próprios materiais. Ela mencionou que gosta de trabalhar com fichas, aventais e cartazes com imagens coloridas, todos feitos por ela mesma. Como exemplo, ela mostrou fichas com o tema de alimentos, como feijão cru, cozido, feijoada, milho, fubá, polenta e frutas. Para executar uma tarefa com essas cartas, é necessário ter um balão contendo sementes de feijão, arroz, milho, entre outros. Dessa forma, não se limita apenas à carta, mas ocorre uma interação mais ampla, possibilitando ao aluno distinguir entre os diferentes grãos. Além disso, é ressaltado que ao trabalhar com alimentos que não estão dentro do balão, é importante trazer o alimento cru para exibir, como por exemplo os diferentes formatos de macarrão. Durante a atividade, a professora vai apresentando os alimentos que serão servidos no lanche do dia, como por exemplo, a polenta. Ela pergunta ao aluno se ele gosta de polenta, entregando-lhe o balão para que possa sentir a textura do milho. Através das perguntas, a professora distribui cartões com carinhas e as opções de resposta "sim" e "não", sendo uma na cor vermelha e outra na cor verde (FIGURA III). Com esse recurso, os alunos são encorajados a indicar suas preferências usando uma parte do corpo. Alternativamente, as respostas podem ser dadas através de um sistema de varredura, onde a professora mesma faz a indicação nas placas e espera por um sinal do aluno, como um sorriso, um piscar de olhos ou até mesmo um resmungo. (FIGURA III)
  • 13. No decorrer do preparo dos alimentos, a educadora incentiva a exploração dos materiais que são empregados na hora de se alimentar. Nessa prática (ILUSTRAÇÃO IV), são utilizadas imagens que servem como estímulos para os estudantes responderem sobre os objetos essenciais para comer polenta, como por exemplo, "Será que é essencial ter uma colher? E um prato? E para beber suco, o que é imprescindível? E quando sujamos a boca, qual é o melhor recurso para limpar?". (ILUSTRAÇÃO IV), O uso de frutas (Figura V) foi abordado de forma realista, destacando o tamanho e cores vibrantes para prender a atenção. No entanto, antes de trabalhar com as frutas no papel, é necessário apresentá-las de forma real para os alunos, e somente depois apresentar miniaturas idênticas antes de passar para o papel.
  • 14. Outro aspecto de extrema importância em relação às pranchas e fichas é o tamanho delas. Enquanto as pranchas são pequenas, nas fichas podemos optar por tamanho maior que seja mais chamativo. Com o intuito de prender a atenção dos alunos, a professora exemplificou uma atividade que realizou com eles envolvendo um boné, onde fez uma introdução mostrando bonés de diversos tamanhos. Após isso, propôs uma atividade em que os alunos deveriam identificar no papel o boné grande e o pequeno, porém, encontraram dificuldades pois o papel não transmitia o conceito de tamanho. (Figura V) Assim, a introdução a Comunicação Alternativa deve ser feita aos poucos, a partir da realidade do aluno, de objetos, fotos da família, para em seguida ir para o papel. Em relação ao tamanho das figuras, das pranchas, das fichas, a professora mostrou uma atividade de montar que deve ser adaptada às dificuldades do aluno (FIGURA VI). A atividade consiste em montar o rosto, utilizando expressões faciais sendo que o aluno tem várias possibilidades de montagem, desde o cabelo, os olhos, até um sorriso. Mas esta atividade tem muitas expressões, por isso é aconselhável se trabalhar uma expressão por vez, como por exemplo: um dia trabalhar a expressão da boca, outro dia dos olhos e assim por diante.
  • 15. (FIGURA VI). Portanto, é essencial que o professor se familiarize com cada aluno e adapte as atividades de acordo com suas capacidades individuais. O envolvimento dos alunos no trabalho individual é fundamental para garantir a participação ativa de todos e contribuir para o desenvolvimento tanto dos estudantes quanto do próprio professor. O uso de recursos como quadros pode facilitar a interação física e auxiliar no direcionamento do processo educativo. A abordagem mediadora em sala de aula não só impulsiona o progresso dos alunos, mas também promove o crescimento e aprimoramento do professor no campo do ensino e da aprendizagem. Explorando a atividade física, é possível abordar a importância da limpeza pessoal (ILUSTRAÇÃO VIII) de forma semelhante ao movimento corporal, estimulando perguntas como: "do que precisamos para cuidar dos dentes? E para fazer a higiene?" Desta forma, as respostas são colocadas ou apontadas nas pranchas. Nesta ilustração, é apresentada uma prancha com feltro fixado, na qual os estudantes podem aderir imagens. (ILUSTRAÇÃO VIII)
  • 16. De acordo com a professora, para trabalhar com cores, é recomendado utilizar apenas uma cor por vez, como mostrado na Figura IX. Uma atividade exemplo seria escolher uma cor por semana, como o amarelo, e focar em objetos dessa tonalidade. Trabalhar com duas cores pode ser mais desafiador, pois é necessário dominar cada cor individualmente, sendo aconselhável começar com apenas uma cor. Dessa forma, a prancha pode ser exposta na parede, adicionando uma nova cor a cada semana. Figura IX Outro exercício que pode ser realizado é a atividade de localização (FIGURA X), na qual o aluno é convidado a identificar figuras como a casa, o ônibus, o sol e a nuvem. A professora faz perguntas como: "Onde você estava antes de chegar na escola? Quando saiu de casa, você veio de onde para a escola? Está chovendo?". Dessa forma, é possível adicionar brinquedos, figuras de alimentos, de banho, para questionar sobre as atividades que ele realizou em casa antes de ir para a escola, entre outros temas. (FIGURA X), A professora destacou a importância da comunicação em casa e como muitas vezes falta conhecimento, interesse ou conforto nesse aspecto. Apesar de não haver encontros na APAE para discutir Comunicação Alternativa, ela
  • 17. buscava os materiais na internet e adaptava as atividades conforme necessário. Mesmo sem formação formal na área, ela demonstrou habilidade na utilização de materiais visuais atrativos, como objetos reais, miniaturas, fotos e palavras, ao invés de fichas padronizadas. Embora a teoria nem sempre se concretize na prática, ela enfatizou a importância do embasamento teórico. A abordagem da professora começa com objetos reais e evolui gradualmente para outras formas de comunicação visual. CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa buscou compreender o papel da Comunicação Alternativa na interação entre educadores e alunos com deficiência física, questionando se os professores utilizam essa abordagem para auxiliar no aprendizado dos alunos. A análise dos dados mostrou que a instituição de ensino possui poucos recursos em Comunicação Alternativa, com os professores confeccionando materiais por conta própria sem disponibilizá-los na escola. Os docentes se esforçam para adaptar materiais, iniciando com objetos concretos e avançando para imagens e palavras, garantindo uma introdução eficaz. A capacidade de se comunicar é fundamental para o progresso humano e a interação social, sendo essencial para indivíduos com necessidades especiais. O avanço da tecnologia tem facilitado a comunicação de pessoas com necessidades especiais, contribuindo para sua qualidade de vida e desenvolvimento. O estudo destacou a importância de abordar a Comunicação Alternativa desde a formação acadêmica dos professores, exigindo investimentos e capacitação para o avanço dessa prática na Educação Especial. .
  • 18. REFERÊNCIAS AVILA, Barbara Gorziza, et al. Usabilidade em tecnologia assistiva: estudo de caso num sistema de comunicação alternativa para crianças com autismo. Revista Latinoamericana de Tecnologia Educativa. v.12. Porto Alegre, 2013. BERSCH, Rita; SCHIRMER, Carolina R. Tecnologia Assistiva no Processo Educacional. In: BLANCO, Rosa, et al.Ensaios Pedagógicos: Construindo Escolas Inclusivas. Brasília: MEC/SEESP, 2005. BERSCH, Rita. Tecnologia Assistiva – TA. In: SCHIRMER, Carolina R., et al. Atendimento Educacional Especializado: Deficiência Física. São Paulo: MEC/SEESP, 2007. BERSCH, Rita; SCHIRMER, Carolina R. Comunicação Aumentativa e Alternativa – CAA. In: SCHIRMER, Carolina R., et al. Atendimento Educacional Especializado: Deficiência Física. São Paulo: MEC/SEESP, 2007. COLE, Michael (Org.) et al, A formação social da mente: VYGOTSKI, L. S. 4. Ed. São Paulo – SP:Livraria Martins Fontes, 1991. JOHNSON, Roxanna. Guia de Símbolos de Comunicação Pictórica. Porto Alegre: Clik, 1998 LÜDKE, Menga. Abordagens qualitativas de pesquisa: a pesquisa etnográfica e o estudo de caso. In: Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. MANZINI, Eduardo José. Tecnologia Assistiva para a educação: recursos pedagógicos adaptados. In: BLANCO, Rosa, et al.Ensaios Pedagógicos: Construindo Escolas Inclusivas. Brasília: MEC/SEESP, 2005. MANZINI, Eduardo José; DELIBERATO, Débora. Portal de ajudas técnicas para educação : equipamento e material pedagógico especial para educação, capacitação e recreação da pessoa com deficiência física : recursos para comunicação alternativa. 2. ed. Brasília : MEC/SE OLIVEIRA, Marta Kohl. Vygotsky. Aprendizado e Desenvolvimento. Um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1993.