O documento analisa a obra poética "Alguma Poesia" de Carlos Drummond de Andrade, publicada em 1930. Resume os principais temas, estilos e inovações presentes na obra, incluindo a adoção do verso livre, temas do cotidiano e do conflito existencial, além de contrastar o nacional e o estrangeiro de forma crítica.
1) O poema é uma coleção de poemas curtos que descrevem paisagens e momentos do Brasil, incluindo cidades como Belo Horizonte, Sabará e Caeté em Minas Gerais.
2) Os poemas abordam temas como a vida cotidiana, amor, política e religião de uma perspectiva brasileira.
3) A linguagem é descritiva e evocativa, capturando detalhes visuais e sons para transmitir as atmosferas dos lugares e experiências retratados.
Vinicius de Moraes foi um poeta, letrista e diplomata brasileiro conhecido como "O poetinha". Ele teve grande influência na bossa nova e MPB, compondo músicas com Tom Jobim, Toquinho e outros. Sua música mais famosa foi Garota de Ipanema. Vinicius se casou nove vezes e faleceu em 1980 aos 66 anos de idade.
Questões fechadas sobre o homem, de aluísio azevedoma.no.el.ne.ves
O documento apresenta 10 questões sobre o livro "O homem", de Aluísio Azevedo. As questões abordam temas como a origem e fim da protagonista pautados pela doença, a felicidade no início da obra e a perspectiva literária entrelaçada com uma história clínica. As respostas comentadas fornecem detalhes sobre os acontecimentos e personagens para justificar as alternativas corretas ou incorretas.
O documento resume as principais características estilísticas e temáticas das Liras de Marília de Dirceu de Tomás Antônio Gonzaga. Em especial, destaca-se a presença de elementos neoclássicos e pré-românticos, assim como a descrição da natureza idealizada e da atmosfera bucólica que permeiam as composições.
O documento resume o período do Modernismo brasileiro entre 1930-1945, conhecido como segunda fase. Apresenta características como literatura engajada e denúncia da opressão social, além de interpretes como José Américo de Almeida que abordavam a problemática social do sertão nordestino através de obras realistas. Destaca também estudos sobre a sociedade brasileira de autores como Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda.
O documento resume as principais fases e características da obra do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade. A primeira fase, chamada de "Gauche", é marcada por humor, ironia e linguagem coloquial. A segunda fase, "Social", mostra o poeta preocupado com os problemas sociais do mundo. A terceira fase é mais filosófica e universal, abordando temas como vida e morte. Por fim, a quarta fase é uma síntese das anteriores, com retomada dos temas em forma mais aprofundada. O documento
O documento descreve a segunda fase do modernismo brasileiro na prosa, caracterizada pelo regionalismo. Os principais autores retrataram as regiões do Nordeste e Sul do país, abordando temas como as secas, o cangaço e a paisagem natural. A obra que marcou o início do regionalismo modernista foi "A Bagaceira", de José Américo de Almeida.
O documento apresenta informações sobre a segunda fase do Modernismo brasileiro, com ênfase na poesia. Apresenta características e exemplos da obra de três importantes poetas desta fase: Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles e Vinícius de Moraes. Destaca a preocupação com temas sociais e a liberdade formal nesta fase do Modernismo.
1) O poema é uma coleção de poemas curtos que descrevem paisagens e momentos do Brasil, incluindo cidades como Belo Horizonte, Sabará e Caeté em Minas Gerais.
2) Os poemas abordam temas como a vida cotidiana, amor, política e religião de uma perspectiva brasileira.
3) A linguagem é descritiva e evocativa, capturando detalhes visuais e sons para transmitir as atmosferas dos lugares e experiências retratados.
Vinicius de Moraes foi um poeta, letrista e diplomata brasileiro conhecido como "O poetinha". Ele teve grande influência na bossa nova e MPB, compondo músicas com Tom Jobim, Toquinho e outros. Sua música mais famosa foi Garota de Ipanema. Vinicius se casou nove vezes e faleceu em 1980 aos 66 anos de idade.
Questões fechadas sobre o homem, de aluísio azevedoma.no.el.ne.ves
O documento apresenta 10 questões sobre o livro "O homem", de Aluísio Azevedo. As questões abordam temas como a origem e fim da protagonista pautados pela doença, a felicidade no início da obra e a perspectiva literária entrelaçada com uma história clínica. As respostas comentadas fornecem detalhes sobre os acontecimentos e personagens para justificar as alternativas corretas ou incorretas.
O documento resume as principais características estilísticas e temáticas das Liras de Marília de Dirceu de Tomás Antônio Gonzaga. Em especial, destaca-se a presença de elementos neoclássicos e pré-românticos, assim como a descrição da natureza idealizada e da atmosfera bucólica que permeiam as composições.
O documento resume o período do Modernismo brasileiro entre 1930-1945, conhecido como segunda fase. Apresenta características como literatura engajada e denúncia da opressão social, além de interpretes como José Américo de Almeida que abordavam a problemática social do sertão nordestino através de obras realistas. Destaca também estudos sobre a sociedade brasileira de autores como Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda.
O documento resume as principais fases e características da obra do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade. A primeira fase, chamada de "Gauche", é marcada por humor, ironia e linguagem coloquial. A segunda fase, "Social", mostra o poeta preocupado com os problemas sociais do mundo. A terceira fase é mais filosófica e universal, abordando temas como vida e morte. Por fim, a quarta fase é uma síntese das anteriores, com retomada dos temas em forma mais aprofundada. O documento
O documento descreve a segunda fase do modernismo brasileiro na prosa, caracterizada pelo regionalismo. Os principais autores retrataram as regiões do Nordeste e Sul do país, abordando temas como as secas, o cangaço e a paisagem natural. A obra que marcou o início do regionalismo modernista foi "A Bagaceira", de José Américo de Almeida.
O documento apresenta informações sobre a segunda fase do Modernismo brasileiro, com ênfase na poesia. Apresenta características e exemplos da obra de três importantes poetas desta fase: Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles e Vinícius de Moraes. Destaca a preocupação com temas sociais e a liberdade formal nesta fase do Modernismo.
O documento discute os principais aspectos do romance romântico brasileiro: a idealização, a trama acidentada com suspense para manter o leitor interessado, e o caráter melodramático exagerado em obras como Lucíola de Alencar e Helena de Machado de Assis.
O documento discute a evolução da identidade cultural brasileira ao longo da história. Segundo a autora, no início do século XXI não apenas outros países passaram a reconhecer as múltiplas culturas que compõem o Brasil, mas também os próprios brasileiros desenvolveram maior reconhecimento de sua própria cultura, tanto nos aspectos positivos quanto nos negativos.
O poema descreve a paisagem de Vila Rica no crepúsculo, cobrindo as velhas casas com o ouro do pôr do sol e retratando as cicatrizes das minas que buscavam ouro na terra. O sino toca ao longe enquanto a neblina circula e um verso de Dirceu é ouvido, como que lamentando sobre a triste Ouro Preto enquanto o ouro dos astros desce sobre a cidade.
Florbela Espanca foi uma poetisa portuguesa do século XX que desafiou os papéis de gênero de sua época. Seu poema "Eu" descreve uma alma perdida e incompreendida que passa despercebida pelos outros. O soneto usa recursos como anáfora e esquema rimático para expressar sentimentos de solidão e sofrimento.
Este documento apresenta um soneto de Camões que descreve a admiração do poeta por uma mulher e as qualidades que a tornam superior ao mundo. Em seguida, pede para caracterizar a concepção de mulher no poema e apontar duas características do soneto que o filiam ao Classicismo, explicando-as brevemente.
Morte e Vida Severina - João Cabral de Melo NetoRafael Leite
O poema "Morte e Vida Severina" de João Cabral de Melo Neto descreve a jornada de um retirante chamado Severino através do sertão nordestino até chegar ao Recife. Ao longo da viagem, Severino testemunha muitas mortes e sofrimento, mas ao fim é reconfortado ao presenciar o nascimento de uma criança. O poema captura a dura realidade da vida nos sertões do Nordeste contrastando com a esperança de novos começos.
O documento resume a vida e obra do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade. Dividiu sua carreira poética em quatro fases, cada uma caracterizada por temas e visões de mundo diferentes. A primeira fase é marcada por pessimismo e individualismo, enquanto a segunda aborda temas sociais. A terceira fase é mais metafísica e a quarta incorpora elementos materiais da linguagem.
O documento descreve a poesia de Carlos Drummond de Andrade, poeta da segunda geração do modernismo brasileiro. Suas obras se caracterizam pela ironia, preocupação filosófica e social, e elaboração linguística. Poemas como "Cidadezinha Qualquer" e "Sentimento do Mundo" apresentam uma visão crítica e irônica do mundo através do lirismo e da descrição aguda do cotidiano.
O Romanceiro da Inconfidência foi uma obra poética de Cecília Meireles que recontou os episódios da Inconfidência Mineira de forma não convencional, misturando gêneros literários. A obra não seguiu regras métricas rígidas e foi influenciada pelo movimento modernista brasileiro.
O documento descreve o contexto histórico e literário do período de 1930 a 1945 no Brasil, apresentando os principais autores e suas obras, como Graciliano Ramos, Érico Veríssimo e Jorge Amado. Também aborda a poesia modernista de autores como Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade.
Machado de Assis foi um autor universal brasileiro que se destacou por seu realismo psicológico. Sua obra incluiu centenas de crônicas, contos e romances que exploraram temas como a condição humana e a sociedade brasileira de forma inovadora. Seu estilo evoluiu do Romantismo para um realismo irônico e metafísico que o tornou um dos maiores nomes da literatura brasileira e mundial.
O documento descreve o período de transição entre 1808-1836 no Brasil, marcado pela chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808 e o início do processo de independência. A literatura passou a ser influenciada pelos modelos europeus trazidos pela corte, ao mesmo tempo em que crescia o sentimento de nacionalidade no país.
O documento resume a vida e obra do escritor brasileiro Jorge Amado. Ele é conhecido por obras como Gabriela, Cravo e Canela e Capitães da Areia, que se tornaram sucessos internacionais e ajudaram a mostrar o Brasil para o mundo. Suas histórias retratam personagens e aspectos da cultura brasileira de forma colorida e envolvente. Jorge Amado sofreu perseguição política durante a ditadura militar brasileira, mas suas obras continuam sendo adaptadas para o cinema e TV até hoje.
❖ O documento descreve a vida e obra da escritora brasileira Carolina Maria de Jesus, uma mulher negra e pobre que viveu na favela de Canindé em São Paulo. Ela escreveu diários sobre sua vida cotidiana lutando pela sobrevivência, que foram publicados em livro e se tornaram um sucesso internacional.
Dom Casmurro conta a história de Bento Santiago, um homem idoso que decide escrever um livro relembrando sua juventude e seu primeiro amor, Capitu. Ele suspeita que Capitu e seu melhor amigo Escobar o traíram e que seu filho na verdade é filho de Escobar. Ao longo da narrativa, Bento revela seus ciúmes e desconfianças que o levaram a se isolar e se tornar um homem solitário e amargurado, o "Casmurro".
O documento descreve a escritora brasileira Rachel de Queiroz, a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras. Seu primeiro romance "O Quinze" é considerado um marco do regionalismo nordestino, retratando a seca no Ceará em 1915 através de personagens como o vaqueiro Chico Bento.
Carlos Drummond de Andrade foi um dos maiores poetas brasileiros do século XX. Sua carreira poética pode ser dividida em quatro fases, cada uma explorando temas diferentes sobre o indivíduo, a família e a sociedade. Sua poesia é marcada pelo humor, ironia e profunda reflexão sobre a vida e o mundo.
O livro descreve a jornada de uma família nordestina fugindo da seca. Eles encontram trabalho em uma fazenda, mas sofrem com a exploração e opressão. Após a segunda seca, são forçados a fugir novamente, indo em direção ao sul em busca de uma vida melhor, porém sem esperança. O livro critica as condições de pobreza e desigualdade social no Nordeste brasileiro na época retratada.
O documento discute o Romantismo brasileiro na prosa, mencionando o surgimento do romance no Brasil devido à urbanização do Rio de Janeiro e ao crescimento da imprensa. Apresenta os principais gêneros românticos como o indianista, urbano e regionalista. Destaca José de Alencar como principal autor do período e resume algumas de suas obras mais importantes como O Guarani, Iracema e Memórias de um Sargento de Milícias.
O documento resume a segunda fase do Modernismo Brasileiro na prosa, entre 1930 e 1945. Apresenta os principais autores do período como Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos e Jorge Amado, e características como o engajamento político e a denúncia social. Também discute obras individuais como O Quinze de Rachel de Queiroz e Memórias de um Cárcere de Graciliano Ramos.
[1] Carlos Drummond de Andrade foi um dos maiores poetas brasileiros do século XX, reconhecido por sua poesia modernista. [2] Sua obra pode ser dividida em quatro fases que acompanham a evolução do Modernismo no Brasil. [3] Drummond manteve uma carreira discreta como funcionário público, mas também escreveu poemas eróticos de forma privada.
O documento apresenta informações biográficas sobre o poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade. Destaca sua importância para a literatura nacional, tendo recebido reconhecimento único em vida, como capas de revistas e enredo de escola de samba. Sua morte causou comoção nacional. Também resume as principais fases de sua obra poética ao longo da vida, desde a influência do Modernismo até poemas mais reflexivos e eróticos em suas últimas fases.
O documento discute os principais aspectos do romance romântico brasileiro: a idealização, a trama acidentada com suspense para manter o leitor interessado, e o caráter melodramático exagerado em obras como Lucíola de Alencar e Helena de Machado de Assis.
O documento discute a evolução da identidade cultural brasileira ao longo da história. Segundo a autora, no início do século XXI não apenas outros países passaram a reconhecer as múltiplas culturas que compõem o Brasil, mas também os próprios brasileiros desenvolveram maior reconhecimento de sua própria cultura, tanto nos aspectos positivos quanto nos negativos.
O poema descreve a paisagem de Vila Rica no crepúsculo, cobrindo as velhas casas com o ouro do pôr do sol e retratando as cicatrizes das minas que buscavam ouro na terra. O sino toca ao longe enquanto a neblina circula e um verso de Dirceu é ouvido, como que lamentando sobre a triste Ouro Preto enquanto o ouro dos astros desce sobre a cidade.
Florbela Espanca foi uma poetisa portuguesa do século XX que desafiou os papéis de gênero de sua época. Seu poema "Eu" descreve uma alma perdida e incompreendida que passa despercebida pelos outros. O soneto usa recursos como anáfora e esquema rimático para expressar sentimentos de solidão e sofrimento.
Este documento apresenta um soneto de Camões que descreve a admiração do poeta por uma mulher e as qualidades que a tornam superior ao mundo. Em seguida, pede para caracterizar a concepção de mulher no poema e apontar duas características do soneto que o filiam ao Classicismo, explicando-as brevemente.
Morte e Vida Severina - João Cabral de Melo NetoRafael Leite
O poema "Morte e Vida Severina" de João Cabral de Melo Neto descreve a jornada de um retirante chamado Severino através do sertão nordestino até chegar ao Recife. Ao longo da viagem, Severino testemunha muitas mortes e sofrimento, mas ao fim é reconfortado ao presenciar o nascimento de uma criança. O poema captura a dura realidade da vida nos sertões do Nordeste contrastando com a esperança de novos começos.
O documento resume a vida e obra do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade. Dividiu sua carreira poética em quatro fases, cada uma caracterizada por temas e visões de mundo diferentes. A primeira fase é marcada por pessimismo e individualismo, enquanto a segunda aborda temas sociais. A terceira fase é mais metafísica e a quarta incorpora elementos materiais da linguagem.
O documento descreve a poesia de Carlos Drummond de Andrade, poeta da segunda geração do modernismo brasileiro. Suas obras se caracterizam pela ironia, preocupação filosófica e social, e elaboração linguística. Poemas como "Cidadezinha Qualquer" e "Sentimento do Mundo" apresentam uma visão crítica e irônica do mundo através do lirismo e da descrição aguda do cotidiano.
O Romanceiro da Inconfidência foi uma obra poética de Cecília Meireles que recontou os episódios da Inconfidência Mineira de forma não convencional, misturando gêneros literários. A obra não seguiu regras métricas rígidas e foi influenciada pelo movimento modernista brasileiro.
O documento descreve o contexto histórico e literário do período de 1930 a 1945 no Brasil, apresentando os principais autores e suas obras, como Graciliano Ramos, Érico Veríssimo e Jorge Amado. Também aborda a poesia modernista de autores como Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade.
Machado de Assis foi um autor universal brasileiro que se destacou por seu realismo psicológico. Sua obra incluiu centenas de crônicas, contos e romances que exploraram temas como a condição humana e a sociedade brasileira de forma inovadora. Seu estilo evoluiu do Romantismo para um realismo irônico e metafísico que o tornou um dos maiores nomes da literatura brasileira e mundial.
O documento descreve o período de transição entre 1808-1836 no Brasil, marcado pela chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808 e o início do processo de independência. A literatura passou a ser influenciada pelos modelos europeus trazidos pela corte, ao mesmo tempo em que crescia o sentimento de nacionalidade no país.
O documento resume a vida e obra do escritor brasileiro Jorge Amado. Ele é conhecido por obras como Gabriela, Cravo e Canela e Capitães da Areia, que se tornaram sucessos internacionais e ajudaram a mostrar o Brasil para o mundo. Suas histórias retratam personagens e aspectos da cultura brasileira de forma colorida e envolvente. Jorge Amado sofreu perseguição política durante a ditadura militar brasileira, mas suas obras continuam sendo adaptadas para o cinema e TV até hoje.
❖ O documento descreve a vida e obra da escritora brasileira Carolina Maria de Jesus, uma mulher negra e pobre que viveu na favela de Canindé em São Paulo. Ela escreveu diários sobre sua vida cotidiana lutando pela sobrevivência, que foram publicados em livro e se tornaram um sucesso internacional.
Dom Casmurro conta a história de Bento Santiago, um homem idoso que decide escrever um livro relembrando sua juventude e seu primeiro amor, Capitu. Ele suspeita que Capitu e seu melhor amigo Escobar o traíram e que seu filho na verdade é filho de Escobar. Ao longo da narrativa, Bento revela seus ciúmes e desconfianças que o levaram a se isolar e se tornar um homem solitário e amargurado, o "Casmurro".
O documento descreve a escritora brasileira Rachel de Queiroz, a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras. Seu primeiro romance "O Quinze" é considerado um marco do regionalismo nordestino, retratando a seca no Ceará em 1915 através de personagens como o vaqueiro Chico Bento.
Carlos Drummond de Andrade foi um dos maiores poetas brasileiros do século XX. Sua carreira poética pode ser dividida em quatro fases, cada uma explorando temas diferentes sobre o indivíduo, a família e a sociedade. Sua poesia é marcada pelo humor, ironia e profunda reflexão sobre a vida e o mundo.
O livro descreve a jornada de uma família nordestina fugindo da seca. Eles encontram trabalho em uma fazenda, mas sofrem com a exploração e opressão. Após a segunda seca, são forçados a fugir novamente, indo em direção ao sul em busca de uma vida melhor, porém sem esperança. O livro critica as condições de pobreza e desigualdade social no Nordeste brasileiro na época retratada.
O documento discute o Romantismo brasileiro na prosa, mencionando o surgimento do romance no Brasil devido à urbanização do Rio de Janeiro e ao crescimento da imprensa. Apresenta os principais gêneros românticos como o indianista, urbano e regionalista. Destaca José de Alencar como principal autor do período e resume algumas de suas obras mais importantes como O Guarani, Iracema e Memórias de um Sargento de Milícias.
O documento resume a segunda fase do Modernismo Brasileiro na prosa, entre 1930 e 1945. Apresenta os principais autores do período como Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos e Jorge Amado, e características como o engajamento político e a denúncia social. Também discute obras individuais como O Quinze de Rachel de Queiroz e Memórias de um Cárcere de Graciliano Ramos.
[1] Carlos Drummond de Andrade foi um dos maiores poetas brasileiros do século XX, reconhecido por sua poesia modernista. [2] Sua obra pode ser dividida em quatro fases que acompanham a evolução do Modernismo no Brasil. [3] Drummond manteve uma carreira discreta como funcionário público, mas também escreveu poemas eróticos de forma privada.
O documento apresenta informações biográficas sobre o poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade. Destaca sua importância para a literatura nacional, tendo recebido reconhecimento único em vida, como capas de revistas e enredo de escola de samba. Sua morte causou comoção nacional. Também resume as principais fases de sua obra poética ao longo da vida, desde a influência do Modernismo até poemas mais reflexivos e eróticos em suas últimas fases.
O documento discute a poesia de Carlos Drummond de Andrade e sua relação com o modernismo brasileiro. Apresenta três fases da obra de Drummond: uma inicial pessimista e individualista, uma fase social comprometida com transformar o mundo, e uma final reflexiva sobre temas universais como vida e morte e cheia de memórias.
1) O documento discute o significado da palavra "romântico" e como ela se aplica ao movimento artístico do século XIX e às atitudes atuais.
2) A linguagem do Romantismo buscava se conectar com os padrões de vida da burguesia de forma mais simples do que o Arcadismo.
3) Casimiro de Abreu representa a poesia bem-comportada do Romantismo brasileiro, com obras como "Meus Oito Anos".
O documento descreve a vida e obra do poeta brasileiro Mário Quintana. Ele nasceu em 1906 no Rio Grande do Sul e publicou seu primeiro livro de poemas, "A Rua dos Cataventos", em 1940. Quintana é considerado um dos maiores poetas brasileiros do século XX por seu profundo humanismo e habilidade de expressar emoções complexas de forma simples e concisa. Ele faleceu em 1994 em Porto Alegre, deixando um legado de poesia marcada pela musicalidade, intimismo e nostalgia da infância.
O documento apresenta informações sobre poesia e versificação. Discute conceitos como poema, poesia, eu-lírico, verso, estrofe, métrica, rima e ritmo. Apresenta exemplos de poemas que ilustram esses conceitos e discute as classificações de estrofes, versos e rimas.
O documento apresenta informações sobre poesia e versificação. Aborda conceitos como poema, poesia, eu-lírico, verso, estrofe, métrica, rima e ritmo. Apresenta exemplos de poemas que ilustram esses conceitos e discute as características da poesia lírica.
O documento discute o Romantismo brasileiro, dividido em três gerações poéticas: a primeira geração nacionalista de Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias, a segunda geração ultra-romântica de Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu, e a terceira geração social e libertária liderada por Castro Alves. Resume características e poemas representativos de cada geração.
O documento resume a vida e obra do escritor brasileiro Álvares de Azevedo, um dos principais representantes do romantismo no Brasil. Ele nasceu em 1831 em São Paulo, estudou direito e faleceu prematuramente aos 21 anos após um acidente de cavalo. Sua obra mais conhecida é a Lira dos Vinte Anos, na qual predominam temas como a melancolia, o pessimismo e o tédio.
O documento apresenta trechos de poemas e biografias de importantes poetas românticos brasileiros como Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Castro Alves. Aborda temas como amor, saudade e a defesa de causas sociais como a abolição da escravidão.
A Geração De 30 (Verso) - Prof. Kelly Mendes - LiteraturaHadassa Castro
O documento resume a vida e obra de três importantes poetas modernistas brasileiros: Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes e Manuel Bandeira. Carlos Drummond de Andrade é conhecido por sua poesia que questiona a realidade e explora temas como o tempo e a efemeridade da vida. Vinícius de Moraes escreveu sobre amor, erotismo e também criticou a guerra em poemas como "Rosa de Hiroshima". Já Manuel Bandeira abordou temas como morte, desilusão e realidade imprecisa em sua
Manuel Bandeira foi um poeta modernista brasileiro. Ao longo de sua carreira, publicou diversos livros de poemas que cristalizaram o movimento modernista, como "Libertinagem" e "Estrela da Manhã". Bandeira também atuou como professor e foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, onde se destacou por sua vasta obra poética ao longo de mais de 50 anos de carreira.
Panorama da literatura ii a partir do romantismoDilmara Faria
1) O documento descreve o movimento Romantismo na literatura, abordando suas origens e características principais, assim como seus desenvolvimentos na Alemanha, Inglaterra, França, Portugal e Brasil.
2) No Brasil, o Romantismo foi inaugurado por Gonçalves de Magalhães e destacou temas como o indianismo e nacionalismo.
3) Posteriormente, os movimentos Realismo e Naturalismo priorizaram a representação fiel da realidade na obra de autores como Machado de Assis e Aluísio de Aze
Caminhos modernistas - a geração poética de 30Walace Cestari
O documento descreve a segunda fase da poesia modernista brasileira entre 1930 e 1945, marcada por uma ampliação temática incorporando preocupações humanistas e sociais em meio a um contexto histórico turbulento no Brasil e no mundo. A estética poética aprofunda pesquisas formais com foco na construção de uma nova visão do homem e do mundo. Poetas como Cecília Meirelles, Vinícius de Moraes e Carlos Drummond de Andrade são destacados como expoentes deste período.
1. A poesia de Drummond pode ser abordada pela dialética entre "eu" e "mundo", representada por três fases: eu maior que o mundo, marcada pela ironia; eu menor que o mundo, focada no social e político; eu igual ao mundo, metafísica e objetual.
2. Alguma Poesia inaugura a segunda fase do Modernismo brasileiro, com versilibrismo, oralidade, prosaísmo e visão do cotidiano, porém se diferencia pela repetição de vocábulos e valorização da experiência particular.
3. Os
A poesia romântica brasileira teve duas gerações principais: a primeira foi nacionalista e exaltou temas indianistas, enquanto a segunda foi mais individualista e pessimista, refletindo um sentimento de "mal do século". Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias foram os principais expoentes da primeira geração, enquanto Álvares de Azevedo representou a segunda geração com sua obra marcada por amor, morte e escapismo.
Lira dos vinte anos andré,douglas, luis augustoteresakashino
O documento resume a vida e obra do poeta romântico Álvares de Azevedo, incluindo sua biografia, principais obras e trechos de poemas como "O Poema do Frade" e "O Conde Lopo". Também fornece análises sobre a poética romântica presente em sua obra e fatos sobre o autor, como sua influência de Lord Byron e definição de sua poética como uma "binomia".
O documento descreve o contexto literário do Romantismo na Europa no final do século XVIII e no Brasil no início do século XIX. Apresenta as principais características do Arcadismo e do Romantismo, bem como os principais autores e obras de cada fase do Romantismo brasileiro, incluindo a geração indianista e a geração byroniana.
Aula de história da arte, construída pelo professor Maurício e executada pelos professores Maurício , Pablo e Taíse, com o objetivo de facilitar a resolução de questões de arte contemporâneas no ENEM.
Aula introdutória ao conteúdo de sociologia ou ciência social. Pode ser utilizado em escola de ensino médio ou curso pré vestibular e tem o objetivo de fazer o aluno entender o que é
aula sobre filosofia medieval, contexto histórico, social, político, econômico, cultural e filosófico do medievalismo, bem como seus principais representantes.
Aula de literatura segunda fase do modernismo. aborda prosa e poesia , bem como autores de cada tipo textual, seu contexto histórico e características.
O documento resume obras literárias brasileiras de diferentes períodos, incluindo Romantismo, Pré-Modernismo, Modernismo e Contemporâneo. Destaca obras como Iracema, Os Sertões, Negrinha, Clara dos Anjos, Macunaíma e Vidas Secas, analisando temas como indianismo, críticas sociais, realismo e modernização do país.
O documento resume obras literárias brasileiras de diferentes períodos, incluindo Romantismo, Pré-Modernismo, Modernismo e Contemporâneo. Destaca obras como Iracema, Os Sertões, Negrinha, Clara dos Anjos, Macunaíma e Vidas Secas, analisando temas como indianismo, críticas sociais, realismo e modernização do país.
Aula sobre a terceira fase do modernismo, conhecida como geração 45.
Autores como lispector, Guimarães Rosa, Frreira Gullar , Lygia Fagundes Telles fazem parte desse seleto grupo de escritores.
Traz também informações sobre o contexto histórico que influenciou sobremaneira a arte da terceira fase .
UFCD_7211_Os sistemas do corpo humano_ imunitário, circulatório, respiratório...Manuais Formação
Manual da UFCD_7211_Os sistemas do corpo humano_ imunitário, circulatório, respiratório, nervoso e músculo-esquelético_pronto para envio, via email e formato editável.
Email: formacaomanuaisplus@gmail.com
Na sequência das Eleições Europeias realizadas em 09 de junho de 2024, Portugal voltou a eleger 21 eurodeputados ao Parlamento Europeu para um mandato de cinco ano (2024-2029).
Para saber mais, consulte o portal Eurocid em:
- https://eurocid.mne.gov.pt/eleicoes-europeias-2024-2029
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=56528&img=11604
Data: junho 2024.
Conheça também outros recursos sobre as Eleições Europeias 2024-2029 desenvolvidos pelo CIEJD:
Infografias (resultados e geral)
- https://pt.slideshare.net/slideshow/infografia-resultados-das-eleicoes-europeias-2024-2029-cf00/269810513
- https://pt.slideshare.net/slideshow/infografia-eleies-europeias-20242029/266850232
Quiz
- https://pt.slideshare.net/slideshows/quiz-eleies-europeias-20242029-parlamento-europeu/266850605
Sopa de letras
- https://pt.slideshare.net/slideshows/sopa-de-letras-eleies-europeias-20242029/266849887
Apresentação
- https://pt.slideshare.net/slideshow/apresentao-eleies-europeias-20242029/267335015
Loteria - Adição, subtração, multiplicação e divisão.Mary Alvarenga
Os jogos utilizados como ferramenta de ensino para o estudo da matemática são de suma importância, tendo em vista que podem proporcionar melhor desempenho no aprendizado dos conteúdos, além de estimular o interesse, o entusiasmo e o prazer de estudar.
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
Slides Lição 12, Central Gospel, O Milênio, 1Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 12, Central Gospel, O Milênio, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique, https://ebdnatv.blogspot.com/
2. ALGUMAPOESIA
CARLOS DRUMMOND
DE ANDRADE
Publicado em 1930
Alguma Poesia, primeira
obra poética de
Drummond, contém
quarenta e nove poemas,
muitos deles, micro-
poemas, reunindo
produções do autor, entre
1925 e 1930 e tem sido
considerado como uma
ligação entre a primeira e a
segunda gerações do
Modernismo,
representando a síntese
mais perfeita entre elas.
3.
4.
5.
6. A estética modernista em
Alguma Poesia
Em Alguma Poesia, Drummond adota
vários procedimentos modernistas:
• Adoção do verso livre (sem
métrica e sem rima);
• Aproveitamento da oralidade;
• Adoção de processos típicos
da prosa (o prosaísmo);
• Supressão da pontuação
(vírgulas e pontos);
• Paródia;
• Poema-piada;
• Incorporação de temas ligados
ao cotidiano;
• Nacionalismo crítico;
• Simultaneísmo cubista.
A inovação em Alguma
Poesia
• Repetição sistemática de vocábulos
associada à visualidade do poema;
• Valorização da experiência, do fato em si;
• Estilo mesclado, em que temas elevados
são tratados com linguagem coloquial,
causando um efeito cômico e paródico;
• Certo ceticismo
• Tópico do conflito entre o eu e o mundo,
em que já se manifesta o tema do gauchisme
(desajustamento), que será amplamente
desenvolvido no transcorrer de toda a
obra do poeta;
• Adoção de temas ligados ao conflito
existencial e às questões políticas e sociais
(temas que serão aprofundados em A Rosa
do Povo e Claro Enigma).
7. Alguma Poesia é um conjunto de 49
POEMAS
• O indivíduo; • A terra natal; • A família;
• Os amigos; • O choque social;
• O conhecimento amoroso;
• A própria poesia; • Exercícios lúdicos;
• Uma visão (ou tentativa) da existência.
8. Esses grupos temáticos, no
entanto, se entrecruzam e se
associam a temas mais amplos,
como a relação entre o eu e o
mundo, o conflito entre o mundo
moderno, urbano e o mundo
provinciano, rural, o conflito
entre o passado e o presente
etc.
9. TEMA POEMA
O indivíduo Poema de sete faces; Também já fui brasileiro; Europa, França e
Bahia; Moça e soldado; Música; Explicação.
A terra natal Lanterna mágica; Igreja; Festa no brejo; Jardim da praça da
Liberdade; Cidadezinha qualquer; Fuga; Cabaré mineiro.
A família Infância; Sweet home; Família; Sesta.
O choque
social
Política; Poema de jornal; Nota social; Coração numeroso; O
sobrevivente; Anedota búlgara; Sociedade; Outubro de 1930;
Poema da purificação.
O
conheciment
o amoroso
Casamento do céu e do inferno; Toada do amor; Cantiga de viúvo;
Sentimental; Esperteza, Quadrilha; Iniciação amorosa; Balada do
amor através das idades; Quero me casar.
A própria
poesia
Poesia; Poema que aconteceu.
Exercícios
lúdicos
Construção; Política literária; Sinal de apito.
Uma visão
(ou tentativa)
da existência
No meio do caminho; Cota zero (este poema pode também
integrar o grupo temático "exercícios lúdicos").
10.
11. Homem–mundo: "Poema de sete
faces"
O "Poema de sete faces" é o texto de abertura
de Alguma Poesia . Apresenta um dos temas centrais da
poesia drummondiana, a relação difícil e conflituosa
entre o indivíduo e o mundo. Esse embate entre o ser
e o mundo se estabelece na forma: o poema é
fragmentário, feito de rupturas , refletindo a dificuldade
de o indivíduo compreender e conceber o mundo de
forma unitária e lógica. Como num retrato cubista, cada
uma das estrofes do poema representa uma face dessa
relação problemática entre um "eu todo retorcido" e o
mundo. O poeta apresentado pelo poema é um
poeta gauche, desajustado, inadaptado a um mundo
que ele não compreende e, por isso, coloca-se à
distância desse mundo, como mero observador,
assumindo uma posição individualista e irônica.
12. A pedra no meio do caminho
• O poema "No meio do caminho" foi
publicado em 1928, na Revista da
Antropofagia.
• Percebe-se o poder de síntese do poema e
seu conteúdo simbólico. Geralmente, a
imagem da pedra foi interpretada como
símbolo do obstáculo e do cansaço
existencial.
• Toda a estrutura formal e semântica do
poema é baseada na repetição.
• Com essa exploração visual da palavra, o
poema ultrapassa os limites do código
verbal e torna-se um objeto simbólico.
• É preciso observar, por fim, que "No meio
do caminho" faz uma série de referências
literárias. "No meio do caminho de nossa
vida" ("Nel mezzo del camin di nostra vita")
é o verso que inicia a viagem pelo inferno,
purgatório e paraíso na grande obra de
Dante Alighieri, A Divina Comédia..
13. Província versus cidade grande
No poema "Cidadezinha qualquer",
o poeta faz um retrato da vida
monótona de uma pequena cidade
do interior.
Esse poema tornou-se símbolo da
temática da "vida besta",
expressão desse sentimento de
tédio, de falta de novidade, de uma
vida sem surpresas, feita de coisas
miúdas.
É interessante observar que a
repetição mais uma vez contribui
para a significação geral do poema:
a repetição da palavra "devagar"
mimetiza essa atmosfera de
monotonia e lentidão que o poema
procura exprimir:
14. O conflito do provinciano
Foi no Rio.
Eu passava na Avenida
quase meia-noite.
Bicos de seio batiam nos
bicos de luz estrelas
inumeráveis.
Havia a promessa do mar
e bondes tilintavam,
abafando o calor
que soprava no vento
e o vento vinha de Minas.
Meus paralíticos sonhos
desgosto de viver
(a vida para mim é
vontade de morrer)
faziam de mim homem-
realejo
imperturbavelmente
na Galeria Cruzeiro quente
quente
e como não conhecia
ninguém a não ser o doce
vento mineiro,
nenhuma vontade de
beber, eu disse: Acabemos
com isso.
Mas tremia na cidade uma
fascinação casas
compridas
autos abertos correndo
caminho do mar
voluptuosidade errante do
calor
mil presentes da vida aos
homens indiferentes,
que meu coração bateu
forte, meus olhos inúteis
choraram.
O mar batia em meu
peito, já não batia no
cais.
A rua acabou, quede as
árvores? a cidade sou eu
a cidade sou eu
sou eu a cidade
meu amor.
No poema "Coração
numeroso", o vento que
sopra na cidade vem de Minas
e o eu lírico sente-se
amargurado e melancólico
("a vida para mim é vontade
de morrer") em uma cidade
em que o indivíduo é anônimo
e se sente solitário em meio à
multidão ("e como não
conhecia ninguém a não ser o
doce vento mineiro"). O
poema, dessa forma, tematiza
o típico conflito do provinciano
na cidade grande.
16. No poema "Também já fui brasileiro", o poeta assume uma posição
crítica diante dos hábitos e costumes brasileiros, diante de uma
espécie de nacionalismo alienante. O poeta não se deixa contaminar
pelo pitoresco e se coloca à distância, acuado, com algo de amargo e
cético:
Em Alguma Poesia, há também a contraposição
entre o nacional e o estrangeiro. Mais uma vez, o
poeta se coloca de modo crítico e irônico nos dois
pólos da questão: de um lado, rejeita o
nacionalismo cego, isento de autocrítica; de outro,
rejeita a submissão aos valores estrangeiros.
17. Também já fui brasileiro
Eu também já fui brasileiro
moreno como vocês.
Ponteei viola, guiei forde
e aprendi na mesa dos bares
que o nacionalismo é uma virtude.
Mas há uma hora em que os bares
se fecham
e todas as virtudes se negam.
Eu também já fui poeta.
Bastava olhar para mulher,
pensava logo nas estrelas
e outros substantivos celestes.
Mas eram tantas, o céu tamanho,
minha poesia perturbou-se.
Eu também já tive meu ritmo.
Fazia isso, dizia aquilo.
E meus amigos me queriam,
meus inimigos me odiavam.
Eu irônico deslizava
satisfeito de ter meu ritmo.
Mas acabei confundindo tudo.
Hoje não deslizo mais não,
não sou irônico mais não,
não tenho ritmo mais não.
18. No poema "Explicação", por outro lado, o poeta critica
ironicamente a submissão aos valores estrangeiros:
Meu verso é minha consolação.
Meu verso é minha cachaça.
Todo mundo tem sua, cachaça.
Para beber, copo de cristal,
canequinha de folha-de-
flandres,
folha de taioba, pouco importa:
tudo serve.
Para louvar a Deus como para
aliviar o peito,
queixar o desprezo da morena,
cantar minha vida e trabalhos
é que faço meu verso. E meu
verso me agrada.
19. Meu verso me agrada sempre...
Ele às vezes tem o ar sem-
vergonha de quem vai dar uma
cambalhota
mas não é para o público, é para
mim mesmo essa cambalhota.
Eu bem me entendo.
Não sou alegre. Sou até muito
triste.
A culpa é da sombra das
bananeiras de meu pais, esta
sombra mole, preguiçosa.
Há dias em que ando na rua de
olhos baixos
para que ninguém desconfie,
ninguém perceba
que passei a noite inteira
chorando.
Estou no cinema vendo fita de
Hoot Gibson,
de repente ouço a voz de uma
viola...
saio desanimado.
Ah, ser filho de fazendeiro!
A beira do São Francisco, do
Paraíba ou de qualquer córrcgo
vagabundo,
é sempre a mesma sen-si-bi-li-da-
de.
E a gente viajando na pátria sente
saudades da pátria.
Aquela casa de nove andares
comerciais
é muito interessante.
A casa colonial da fazenda
também era...
No elevador penso na roça,
na roça penso no elevador.
20. Quem me fez assim foi
minha gente e minha terra
e eu gosto bem de ter
nascido com essa tara.
Para mim, de todas as
burrices a maior é suspirar
pela Europa.
A Europa é uma cidade
muito velha onde só fazem
caso de dinheiro
e tem umas atrizes de
pernas adjetivas que
passam a perna na gente.
O francês, o italiano, o
judeu falam uma língua de
farrapos.
Aqui ao menos a gente
sabe que tudo é uma
canalha só,
lê o seu jornal, mete a
língua no governo,
queixa-se da vida (a vida
está tão cara)
e no fim dá certo.
Se meu verso não deu
certo, foi seu ouvido que
entortou.
Eu não disse ao senhor
que não sou senão poeta?
21. Essa mesma crítica aparece no poema
"Europa, França e Bahia". Nele, o próprio eu
lírico assume o "estrangeirismo" e, em uma
espécie de devaneio, faz uma viagem pela
Europa. No final do poema, é como se o poeta
voltasse de seu devaneio à súbita recordação
da "Canção do exílio", o célebre poema de
Gonçalves Dias. Todo o poema possui um
tom sarcástico e jocoso. Observe, no trecho
que se segue, como certas palavras do poema
demonstram o tom de sarcasmo e pilhéria
(caranguejo, bolorentos, água suja):
22. Europa, França e Bahia
Meus olhos brasileiros sonhando exotismos.
Paris. A torre Eiffel alastrada de antenas como um
caranguejo.
Os cais bolorentos de livros judeus
e a água suja do Sena escorrendo sabedoria.
O pulo da Mancha num segundo.
Meus olhos espiam olhos ingleses vigilantes nas docas.
Tarifas bancos fábricas trustes craques.
Milhões de dorsos agachados em colônias longínquas
formam um tapete
para Sua Graciosa Majestade Britânica pisar.
E a lua de Londres como um remorso.
23. Submarinos inúteis retalham mares
vencidos.
O navio alemão cauteloso exporta
dolicocéfalos arruinados.
Hamburgo, umbigo do mundo.
Homens de cabeça rachada cismam em
rachar a cabeça dos outros
dentro de alguns anos.
A Itália explora conscientemente vulcões
apagados,
vulcões que nunca estiveram acesos
a não ser na cabeça de Mussolini.
E a Suíça cândida se oferece
numa coleção de postais de altitudes
altíssimas.
Meus olhos brasileiros se enjoam da
Europa.
Não há mais Turquia.
O impossível dos serralhos esfacela
erotismos prestes a deslanchar.
Mas a Rússia tem as cores da vida.
A Rússia é vermelha e branca.
Sujeitos com um brilho esquisito nos
olhos criam o filme bolchevista
e no túmulo de Lenin em Moscou parece
que um coração enorme
está batendo, batendo mas não bate igual
ao da gente...
Chega!
Meus olhos brasileiros se fecham
saudosos.
Minha boca procura a "Canção do exílio".
Como era mesmo a "Canção do exílio"?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
onde canta o sabiá.
25. Em Alguma Poesia, há uma tendência a rejeitar as abstrações e as
sensações difusas. O poeta lida com situações concretas, coisas, fatos.
Há, portanto, uma espécie de elogio da experiência, do vivido. O poeta
está sempre à espreita, observando ironicamente os fatos da vida. Mesmo
os poemas em que parece haver alguma generalização filosófica, as coisas
são reduzidas à sua expressão mais concreta e imediata. Veja, por
exemplo, o poema "Lagoa"
Eu não vi o mar.
Não sei se o mar é bonito,
não sei se ele é bravo.
O mar não me importa.
Eu vi a lagoa.
A lagoa, sim.
A lagoa é grande
E calma também.
Na chuva de cores
da tarde que explode
a lagoa brilha
a lagoa se pinta
de todas as cores.
Eu não vi o mar.Eu vi a lagoa...
O mar representa o
abstrato, o não-vivido, o
longínquo. A lagoa, por
outro lado, representa o
vivido, a experiência.
26. Festa no brejo
No poema "Festa no brejo", os
sapos podem transcender a sua
significação intrínseca e representar
a condição do homem preso a uma
série de amarras (sociais, políticas,
existenciais); podem, ainda,
representar o homem provinciano,
preso aos costumes mais simples
e primitivos. No entanto, os sapos
podem, por outro lado, ser vistos
como simplesmente sapos e nada
mais. Ou seja, o poema parece fugir
a uma significação mais abstrata e
insiste em se prender aos fatos ou às
coisas tais como são, despidas de
qualquer valor filosófico, de qualquer
transcendência.
A saparia desesperada
coaxa coaxa coaxa.
O brejo vibra que nem caixa
de guerra. Os sapos estão
danados.
A lua gorda apareceu
e clareou o brejo todo.
Até à lua sobe o coro
da saparia desesperada.
A saparia toda de Minas
coaxa no brejo humilde.
Hoje tem festa no brejo!
27. No último poema da série
"Lanterna Mágica",
intitulado "Bahia", há
como que uma síntese de
todo esse elogio à
experiência. No poema, o
poeta se nega a escrever
sobre aquilo que não
conhece (de forma muito
semelhante ao que vimos
acima em "Lagoa"):
BAHIA
É preciso fazer um
poema sobre a Bahia...
Mas eu nunca fui lá.
29. Em Alguma Poesia,
há outra noção do
fazer poético. No
poema "Poesia", a
poesia é vista
como inefável,
indizível – algo que
as próprias palavras
não alcançam. O
poema existe
independente das
palavras:
30. Em "Poema que
aconteceu", vemos
justamente o contrário
do que ocorre em
"Poesia". O poema
surge sem motivo e o
próprio poeta não tem
consciência de que está
escrevendo. A poesia
surge inesperadamente,
de um estalo. Se em
"Poesia", o poeta busca
o poema e este lhe
escapa, em "Poema que
aconteceu", o poeta
parece indiferente ao
próprio poema:
31. Anote!
Em Alguma Poesia, o poema surge
dos fatos, da mera observação
da vida, independentemente dos
esforços do poeta, da luta com as
palavras.
33. Poemas breves, e os poemas-piada.
Esse estilo de poesia foi muito cultuado
pelos modernistas, sobretudo por
Oswald de Andrade. São poemas
curtos, incisivos, sarcásticos, em que o
riso surge de sua
contenção linguística o efeito é criado
pela sugestão. Em alguns casos, o
motivo do poema é um simples
trocadilho; em outros, é uma pequena
cena inusitada, recolhida da vida diária.
Veja como, em "Cota zero", o poeta
consegue, com poucas palavras,
captar um instante da vida moderna e,
ao mesmo tempo, enchê-la de
significado (a dependência do homem
moderno em relação à tecnologia, às
máquinas):
35. Em Alguma Poesia, há sinais
dessa que será a maior poesia
social da literatura brasileira. Em
poemas como "Romaria",
"Outubro de 1930" e "Poema da
purificação", a temática social
surge de forma bastante
contundente e crítica.
36. Romaria
A Milton Campos
Os romeiros sobem a ladeira
cheia de espinhos, cheia de pedras,
sobem a ladeira que leva a Deus
e vão deixando culpas no caminho.
Os sinos tocam, chamam os romeiros:
Vinde lavar os vossos pecados.
Já estamos puros, sino, obrigados,
mas trazemos flores, prendas e rezas.
No alto do morro chega a procissão.
Um leproso de opa empunha o estandarte.
As coxas das romeiras brincam no vento.
Os homens cantam, cantam sem parar.
Jesus no lenho expira magoado.
Faz tanto calor, há tanta algazarra.
Nos olhos do santo há sangue que escorre.
Ninguém não percebe, o dia é de festa
No adro da igreja há pinga, café,
imagens, fenômenos, baralhos, cigarros
e um sol imenso que lambuza de ouro
o pó das feridas e o pó das muletas.
Meu Bom Jesus que tudo podeis,
humildemente te peço uma graça.
Sarai-me, Senhor, e não desta lepra,
do amor que eu tenho e que ninguém me tem.
Senhor, meu amo, dai-me dinheiro,
muito dinheiro para eu comprar
aquilo que é caro mas é gostoso
e na minha terra ninguém não possui.
Jesus meu Deus pregado na cruz,
me dá coragem pra eu matar
um que me amola de dia e de noite
e diz gracinhas a minha mulher.
Jesus Jesus piedade de mim.
Ladrão eu sou mas não sou ruim não.
Por que me perseguem não posso dizer.
Não quero ser preso, Jesus ó meu santo.
Os romeiros pedem com os olhos,
pedem com a boca, pedem com as mãos.
Jesus já cansado de tanto pedido
dorme sonhando com outra humanidade.
37. "Suores misturados
no silêncio noturno.
O companheiro ronca.
O ruído igual
dos tiros e o silêncio
na sala onde os corpos
são coisas escuras.
O soldado deitado
pensando na morte.
De 5 em 5 minutos um ciclista trazia ao Estado
Maior um feixe de telegramas
contendo, comprimida, a trepidação dos
setores.
O radiotelegrafista
ora triste ora alegre
empunhava um papel que era a vitória ou a
derrota.
Nós descansávamos, jogados sobre poltronas,
e abríamos para as notícias
olhos que não viam, olhos que perguntavam. Às
3 da madrugada, pontualmente,
recomeçava o tiroteio.
O funcionário deitado
não pensa na morte.
Pensa no amor
tornado impossível
no minuto guerreiro.
E fecha os olhos
para ver bem
o amor com sua espada
de fogo sobre a cabeça
de todos os homens,
legalistas, rebeldes.
O inimigo resistia sempre e foi preciso cortar a
água do quartel. Como resistisse ainda, a água
circulou de novo, desta vez azul, de metileno. A
torneira aberta escorre desinfetante. O canhão
fabricado em Minas - suave temperamento local
- não disparou.
Olha a negra, olha a negra,
a negra fugindo
com a trouxa de roupa,
olha a bala na negra,
olha a negra no chão
e o cadáver com os seios enormes, expostos,
38. O general, com seus bigodes tumultuosos, era
o mais doce dos seres, e destilava uma ternura
vaporosa em seu costume de usar culotte sem
perneiras. A um canto do salão atulhado de
mapas e em que telefones esticados retiniam
trazendo fatos, levando ordens, eu fazia,
exercício fácil, a caricatura do seu imenso
nariz. Que todos acharam ótima e reprovaram
com indignação cívica.
A esta hora no Recife,
em Guaxupé, Turvo, Jaguara,
Itararé,
Baixo Guandu,
Igarapava,
Chiador,
homens estão se matando
com as necessárias cautelas.
Pelo Brasil inteiro há tiros, granadas,
literatura explosiva de boletins,
mulheres carinhosas cosendo fardas
com bolsos onde estudantes guardarão retratos
das respectivas, longínquas namoradas,
homens preparando discursos,
outros, solertes, captando rádios,
minando pontes,
outros (são governadores) dando o fora,
pedidos de comissionamento
por atos de bravura,
ordens do dia,
'o inimigo (?) retirou-se em fuga precipitada,
deixando abundante material bélico,
cinco mortos e vinte feridos...'
Um novo, claro Brasil
surge, indeciso, da pólvora.
Meu Deus, tomai conta de nós.
Deus vela o sono dos brasileiros.
Anjos alvíssimos espreitam
a hora de apagar a luz de teu quarto
para abrirem sobre ti as asas
que afugentam os maus espíritos
e purificam os sonhos.
Deus vela o sono e o sonho dos brasileiros.
Mas eles acordam e brigam de novo
39. Poema da purificação
Depois de tantos combates
o anjo bom matou o anjo mau
e jogou seu corpo no rio.
As água ficaram tintas
de um sangue que não descorava
e os peixes todos morreram.
Mas uma luz que ninguém soube
dizer de onde tinha vindo
apareceu para clarear o mundo,
e outro anjo pensou a ferida
do anjo batalhador.
41. O amor, na poesia de Drummond,
surge como algo problemático,
incompreensível, que transfigura o
homem e o mundo.
Em Alguma Poesia, o poeta trata o
amor de forma irônica, jocosa e
debochada. O poeta se nega à
exaltação amorosa nos moldes
românticos.
Há mesmo, em vários poemas
amorosos, o estilo mesclado
(temas sérios e elevados tratados
com linguagem vulgar), como no
poema "Casamento do céu e do
inferno".
Ou seja, por meio do estilo
mesclado, o poeta faz uma paródia
da poesia de amor romântica e
exaltada. Esse mesmo poema trata
de um tema que é constante no
livro, o conflito entre o sentimento
amoroso e o erotismo: veja, por
exemplo, como o poeta trata o
erotismo no poema "Quero me
casar". Há, por fim, vários poemas
que tratam o amor sob o ponto de
vista das convenções sociais. Veja
como, em "Quadrilha", o poeta
tematiza o desencontro amoroso:
42. Observe como o poema imita a dança da
quadrilha, aquela em que os casais se
alternam.
É interessante ainda ressaltar a forma como
o poeta ironiza as convenções sociais (o
casamento). Todos os integrantes da dança
amavam, exceto Lili. Nenhum deles se
casou, com exceção justamente de Lili. Ou
seja, o poeta contrapõe o amor ao
casamento (mera convenção social).
Outro detalhe interessante do poema é que
todos são tratados pelo prenome
(João, Maria, Raimundo etc.) e somente o
futuro marido de Lili é tratado pelo
sobrenome (J. Pinto Fernandes) – o
sobrenome geralmente se associa à
noção de propriedade, de posição social,
o que faz pensar que, no poema, o
casamento é visto como uma mera
instituição ligada ao status e aos
interesses financeiros. Há, ainda, por outro
lado, a questão existencial: o poema mostra
como o destino frustra as esperanças e
os sonhos das pessoas.
43. Casamento do céu e do inferno
No azul do céu de metileno
a lua irônica
diurética
é uma gravura de sala de jantar.
Anjos da guarda em expedição noturna
velam sonos púberes
espantando mosquitos
de cortinados e grinaldas.
Pela escada em espiral
diz-que tem virgens tresmalhadas,
incorporando à via-láctea,
vaga-lumeando...
Po uma frincha
o diabo espreita com o olho torto.
Diabo tem uma luneta
que varre léguas de sete léguas
e tem o ouvido fino
que nem violino.
São Pedro dorme
e o relógio do céu ronca mecânico.
Diabo espreita por uma frincha.
Lá embaixo
suspiram bocas machucadas.
Suspiram rezas? Suspiram manso,
de amor.
E os corpos enrolados
ficam mais enrolados ainda
e a carne penetra na carne.
Que a vontade de Deus se cumpra!
Tirante Laura e talvez Beatriz,
o resto vai para o inferno.