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PHD 5750 – Tratamento
avançado de águas de
abastecimento
Abrandamento de água por precipitação
química
Dureza da água
 O termo dureza foi originado em razão da
dificuldade no processo de lavagem de
roupas, com águas contendo elevada
concentração de certos íons minerais;
 Isto era resultado da capacidade deste íons
reagirem com sabões, evitando a formação
de espuma;
 Na reação eram formados sabões insolúveis,
que precipitavam.
Dureza da água
 Além de reagir com sabões,
a dureza da água pode
resultar na formação de
incrustações em tubulações
e dispositivos de troca
térmica.
Dureza da água
 A dureza é resultado da presença de íons bivalentes,
destacando-se o cálcio e o magnésio;
 Outros íons também podem atribuir dureza a água:
 Ferro;
 Manganês;
 Estrôncio;
 Bário;
 Zinco;
 Alumínio
Prof. José Carlos Mierzwa
Medida da dureza
 Em tratamento de água a dureza é expressa em
concentração equivalente ao carbonato de cálcio
(mg/L);
 Ela pode ser designada de várias maneiras:
 Dureza total: soma da concentração de todos os íons
responsáveis pela dureza;
 Dureza devida a carbonatos: parcela relacionada a
presença de sais na forma de carbonatos (HCO3
-,
CaCO3);
 Dureza devida a não carbonatos: parcela devida a sais
diferentes:
 Sulfato de cálcio, cloreto de cálcio, sulfato de
manganês e cloreto de manganês.
Prof. José Carlos Mierzwa
Classificação das águas em função da
dureza
 Com relação a concentração de dureza, a água pode
ser classificada em quatro categorias:
Classificação
Dureza
(mg CaCO3/L)
Branda < 75
Dureza moderada 76 - 150
Dura 151 - 300
Muito dura > 300
Prof. José Carlos Mierzwa
Fatores associados à dureza
 Para o controle da corrosão e incrustações em redes
de água, o controle da dureza devido a carbonatos é
muito importante;
 Em função do equilíbrio entre carbonatos a água
pode ser corrosiva ou incrustante:
 Se a água tiver tendência para solubilizar carbonato ela é
considerada corrosiva;
 No caso de haver tendência para precipitação de carbonato
a água e considerada incrustante.
 Iso pode ser verificado pelo Índice de Saturação de
Langelier;
Prof. José Carlos Mierzwa
Equilíbrio de Carbonatos
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
0 2 4 6 8 10 12 14
pH
Fração
Molar
Ácido Carbônico Bicarbonato Carbonato
Prof. José Carlos Mierzwa
Índice de Langelier
 O índice de Langelier, ou Índice de
Saturação mede a tendência de
corrosividade ou incrustação de uma água:
 IS = pH – pHs
 IS = 0 (sem tendência para corrosão ou
deposição);
 IS < 0 (água com características corrosivas);
 IS > 0 (água com característica incrustante).
Prof. José Carlos Mierzwa
pH de Saturação em função das Constantes de
Solubilidade e Equilíbrio de Carbonatos











3
2
3
2
2
.
log
]
log[
]
log[
HCO
Ca
S
S
HCO
Ca
pK
pK
pH ps
s


• O fator S ajusta a equação para a verdadeira
atividade dos íons na expressão de equilíbrio.
• A expressão final é válida para uma faixa de pH
variando entre 6,0 e 8,5.
Prof. José Carlos Mierzwa
Coeficiente de Atividade
TDS
x
zi
i
.
10
5
,
2
1
.
)
.(
5
,
0
log
5
2
1
2
1
2








i = coeficiente de atividade para a espécie iônica i
 = força iônica da solução;
zi = carga iônica da espécie i
TDS = concentração de sólidos dissolvidos totais (mg/L)
Ci = concentração da espécie iônica (M);


i
i
i z
C )
.
(
.
2
1 2

Prof. José Carlos Mierzwa
Valores de pKps, pK2 e S
Temperatura
(ºC)
pK2 pKps
S
TDS (mg/L)
50 150 400 1000 1500
5 10,55 8,39 0,0825 0,137 0,210 0,300 0,345
10 10,49 8,41 0,0832 0,138 0,211 0,303 0,348
15 10,43 8,43 0,0838 0,139 0,213 0,305 0,351
20 10,38 8,45 0,0845 0,140 0,215 0,308 0,354
25 10,33 8,48 0,0854 0,142 0,217 0,311 0,358
30 10,29 8,51 0,0861 0,143 0,219 0,314 0,362
35 10,25 8,54 0,0869 0,144 0,221 0,318 0,366
40 10,22 8,58 0,0879 0,146 0,224 0,322 0,370
45 10,20 8,62 0,0888 0,148 0,226 0,325 0,375
50 10,17 8,66 0,0898 0,149 0,229 0,329 0,379
Fonte:Ronald L. Droste, 1997
Prof. José Carlos Mierzwa
Dureza em águas de abastecimento
 Para água de abastecimento público é
recomendado que a dureza da água esteja
entre 80 mg/L a 100 mg/L como CaCO3;
 Águas com dureza superior ou para o caso
de aplicações industriais, a dureza deve ser
reduzida.
Prof. José Carlos Mierzwa
Benefícios para redução da dureza
 Redução da tendência de incrustação;
 Redução do consumo de sabões e
detergentes;
 Remoção de metais pesados:
 Elevação do pH;
 Formação de complexos insolúveis.
 Remoção de sílica e fluoretos;
 Remoção de ferro e manganês;
 Clarificação da água quando da precipitação
dos íons responsáveis pela dureza.
Prof. José Carlos Mierzwa
Remoção da dureza
 O processo de remoção da dureza é conhecido
como abrandamento;
 O abrandamento pode ser feito de três formas:
 Precipitação química  processo geralmente utilizado
para águas com elevada concentração de dureza;
 Troca catiônica  mais indicado para o caso onde a
concentração da dureza seja baixa;
 Processo de nanofiltração  utilização de membranas
poliméricas.
Prof. José Carlos Mierzwa
Vantagens e desvantagens dos
processos de abrandamento
 Precipitação química:
 Vantagens:
 Pode ser aplicado para águas com dureza elevada;
 Possibilita remover da água outros contaminantes:
 Alguns radionuclídeos;
 Remoção de metais pesados e arsênio;
 Clarificação da água;
 Tecnologia bem estabelecida.
 Desvantagens:
 Utilização de produtos químicos;
 Produção de lodo;
 Necessidade de ajustes finais.
Prof. José Carlos Mierzwa
Vantagens e desvantagens dos
processos de abrandamento
 Troca catiônica:
 Vantagens:
 Grande eficiência para remoção dos íons
responsáveis pela dureza;
 As resinas podem ser regeneradas;
 Não há formação de lodo no processo.
 Desvantagens:
 Requer um pré-tratamento da água;
 Ocorre saturação da resina, exigindo a sua
regeneração;
 Elevação da concentração de SDT na água;
 Requer o tratamento do efluente da regeneração.
Prof. José Carlos Mierzwa
Vantagens e desvantagens dos
processos de abrandamento
 Nanofiltração:
 Vantagens:
 Remove com eficiência íons responsáveis pela
dureza;
 Não requer a utilização de produtos químicos;
 Ocorre a remoção de outros contaminantes, orgânicos
e inorgânicos.
 Desvantagens:
 Tem uma menor produção de água em relação aos
demais processos;
 Requer um nível elevado de pré-tratamento;
 Água com elevada dureza pode resultar em perda da
eficiência do sistema;
 Ocorre a geração de uma corrente de concentrado.
Prof. José Carlos Mierzwa
Abrandamento por precipitação
química
 É utilizado o processo a base de cal (CaO) e
carbonato de sódio;
 A cal é utilizada para elevar o pH da água,
fornecendo a alcalinidade necessária;
 O carbonato de sódio pode fornecer a
alcalinidade para reação e também os íons
carbonato necessários.
Prof. José Carlos Mierzwa
Reações envolvidas
4
2
3
3
2
4
4
2
2
4
3
2
2
3
2
3
3
2
3
2
3
2
3
2
3
3
2
2
2
2
)
(
)
(
)
(
)
(
2
)
(
)
(
2
2
)
(
)
(
2
)
(
)
(
SO
Na
CaCO
CO
Na
CaSO
CaSO
OH
Mg
OH
Ca
MgSO
CaCO
OH
Mg
OH
Ca
MgCO
O
H
MgCO
CaCO
OH
Ca
HCO
Mg
O
H
CaCO
OH
Ca
HCO
Ca
O
H
CaCO
CO
H
OH
Ca
OH
Ca
O
H
CaO




























Prof. José Carlos Mierzwa
Considerações
 A utilização do CaO é mais indicada pois esta
apresenta menor custo;
 É possível utilizar também o hidróxido de
sódio como alcalinizante, mas:
 É um produto de custo mais alto;
 A sua utilização resulta em um maior
acréscimo na concentração de SDT na água
final.
Prof. José Carlos Mierzwa
Química do processo de abrandamento
 Com relação á remoção de dureza devido a cálcio
consideram-se as seguintes relações:
  
 
t
ps
C
CO
CO
Ca
K
CO
Ca
CaCO









2
3
2
2
3
2
2
3
2
3
.

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Química do processo de abrandamento
 Admitindo-se que todo o carbono inorgânico esteja
na forma de carbonato e bicarbonato:
 [Ca2+]=Ct
 Combinando-se as expressões:
 
 
 
2
1
2
1
1
2
2
2
1
1
2
2
1
2
2
2
.
.
]
[
]
([
.
]
.[
.
.
K
K
K
K
H
K
H
K
Ca
K
K
H
K
H
K
K
Ca
K
ps
ps















Kps = 10-8,342
K1 = 10-6,35
K2 = 10-10,33
Prof. José Carlos Mierzwa
-5,00
-4,00
-3,00
-2,00
-1,00
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
0 2 4 6 8 10 12 14
pH
Log
[Ca
2+
]
Região de
solubilidade
CaCO3(s)
Concentração de cálcio em função do pH, para o
sistema CaCO3
Prof. José Carlos Mierzwa
Constantes de solubilidade para compostos relacionados ao processo
de remoção da dureza
T (ºC)
CaCO3(s) Mg(OH)2(s) MgCO3(s) CaSO4(s)
[Ca2+] [Mg2+] [Mg2+] [Ca2+]
-Log Kps mg/L -Log Kps mg/L -Log Kps mg/L -Log Kps mg/L
0 8,023 3,90
10 8,150
20 8,280 2,90
25 8,342 11,6 2,67 7,46 4,52 5,3 89,8
30 8,395
40 8,515
50 8,625 1,95
Fonte: Chemistry of Water Treatment, Samuel D. Faust; Osman M. Aly. 1999.
Prof. José Carlos Mierzwa
Consumo de produtos químicos para o
abrandamento
 A determinação do consumo de produtos
considera as quantidades estequiométricas
baseadas nas equações das reações
químicas envolvidas;
 Com base na análise química da água
determina-se os tipos de dureza presentes;
 Também é importante determinar a
concentração de ácido carbônico.
Prof. José Carlos Mierzwa
Consumo de produtos químicos para o
abrandamento
 Concentração de ácido carbônico:
C
x
K
K
H
HCO
CO
H
H
HCO
CO
H
º
25
@
10
3
,
4
]
].[
[
]
[
7
3
3
2
3
3
2









Prof. José Carlos Mierzwa
Consumo de produtos químicos para o
abrandamento
 A obtenção dos tipos de dureza é feita por
meio de uma escala em meq, com linhas
acima e abaixo desta escala;
 Nas linhas serão indicadas as concentrações
de cátions (acima) e ânions (abaixo).
meq/L
cátions
ânions
Prof. José Carlos Mierzwa
Consumo de produtos químicos para o
abrandamento
 Os cátions e ânions devem ser apresentados
nas seguintes ordens:
 Cátions:
 Ca2+; Mg2+, Na+; K+ (caso necessário);
 Ânions:
 HCO3
-; SO4
2-; Cl-; NO3- (caso necessário).
 Para efeito de cálculo admite-se que a
concentração de íons carbonato seja zero.
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Exemplo de cálculo
Análise de qualidade da água
Constituinte mg/L meq/L mM
pH 7,8a
Ca2+ 96 4,79 2,395
Mg2+ 19 1,56 0,78
Na+ 18 0,78 0,78
K+ 1,5 0,04 0,04
HCO3
- 133 2,18 2,18
SO4
2- 208 4,33 2,165
Cl- 25 0,705 0,705
H2CO3 5,2 0,17 0,084
a - unidades
Prof. José Carlos Mierzwa
Diagrama de identificação
1 2 3 4 5 6 10
meq/L
Ca2+ = 4,79 Mg2+ = 1,56
HCO3
- = 2,18 SO4
2- = 4,33
Na+ = 0,78
Cl- = 0,705
Dureza de cálcio por carbonato = 2,18 meq/L;
Dureza de cálcio não carbonato = 2,61 meq/L;
Dureza de magnésio não carbonato = 1,56 meq/L.
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Dosagens de Produtos Químicos
Tipo de
Dureza meq
Ca(OH)2 Na2CO3
meq/l mM meq/L mM
H2CO3 0,19 0,17 0,84 0 0
Ca-Carb. 2,18 2,18 1,09 0 0
Ca-nCarb. 2,61 0 0 2,61 1,305
Mg-Carb. 0 0 0 0 0
Mg-nCarb. 1,56 1,56 0,78 1,56 0,78
Total 6,52 3,91 1,945 4,17 2,085
Para o caso da dureza de Mg não carbonato deve-se considerar a necessidade de reação com
o cálcio do hidróxido
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Equações complementares
 [Ca2+]original + [Ca2+]adicionado = Ctoriginal + [CO3
2-]adicionado
 Relação de neutralidade de cargas:
 carga de cátions = carga dos ânions;
 O valor de Ct original é obtido com base na concentração de
bicarbonato e a respectiva constante de dissociação:
 
33
,
10
2
35
,
6
1
2
1
1
2
1
1
3
1
10
10
]
[
]
[
]
[












K
K
K
K
H
K
H
H
K
Ct
HCO


Prof. José Carlos Mierzwa
Processos de Abrandamento
 O abrandamento por precipitação química pode ser
feito por:
 Processo sem excesso de cal ou carbonato:
 Específico para remoção de dureza devida ao cálcio;
 Processo com excesso de cal ou carbonato:
 Quando é feita a remoção de dureza devida a cálcio e
magnésio;
 Estes processos podem ser realizados em uma ou
duas etapas;
 Em todos os casos deve ser feito o ajuste da
estabilidade da água.
Prof. José Carlos Mierzwa
Processo de abrandamento em um único estágio sem ou
com excesso de cal ou carbonato
Cal
Coagulante
CO2
Auxiliar de
filtração
Água Abrandada
Pré-tratamento
Lodo
Abrandamento Recarbonatação
Filtração
Na2CO3
Prof. José Carlos Mierzwa
Processo de abrandamento em dois estágios com excesso
de cal ou carbonato
Cal
Coagulante CO2
Auxiliar de
filtração
Água Abrandada
Pré-tratamento
Lodo
1° Estágio 2° Estágio
Filtração
Na2CO3
Coagulante
Prof. José Carlos Mierzwa
Dimensionamento dos componentes
do sistema de abrandamento
 Os processos de coagulação e sedimentação utilização
equipamentos similares aos utilizados no processo de
clarificação;
 Mistura rápida:
 Geralmente feita em dispositivo hidráulico.
 Floculação:
 Utilização de misturadores horizontais ou verticais (tipo
turbina);
 Tempo de detenção de 30 a 45 minutos;
 Gradientes de floculação variados, podendo-se ter até três
estágios;
 O projeto deve facilitar a limpeza periódica.
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 Sedimentação:
 Taxa de aplicação:
 1 a 2,4 m/h.
 Tempo de detenção hidráulico:
 2 a 4 horas.
 Filtração:
 Utiliza-se as taxas empregadas na filtração em
sistemas convencionas.
 No processo de abrandamento, a recirculação de
uma parcela do lodo para o início do processo
acelera as reações de precipitação.
Dimensionamento dos componentes
do sistema de abrandamento
Prof. José Carlos Mierzwa
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  • 1. PHD 5750 – Tratamento avançado de águas de abastecimento Abrandamento de água por precipitação química
  • 2. Dureza da água  O termo dureza foi originado em razão da dificuldade no processo de lavagem de roupas, com águas contendo elevada concentração de certos íons minerais;  Isto era resultado da capacidade deste íons reagirem com sabões, evitando a formação de espuma;  Na reação eram formados sabões insolúveis, que precipitavam.
  • 3. Dureza da água  Além de reagir com sabões, a dureza da água pode resultar na formação de incrustações em tubulações e dispositivos de troca térmica.
  • 4. Dureza da água  A dureza é resultado da presença de íons bivalentes, destacando-se o cálcio e o magnésio;  Outros íons também podem atribuir dureza a água:  Ferro;  Manganês;  Estrôncio;  Bário;  Zinco;  Alumínio
  • 5. Prof. José Carlos Mierzwa Medida da dureza  Em tratamento de água a dureza é expressa em concentração equivalente ao carbonato de cálcio (mg/L);  Ela pode ser designada de várias maneiras:  Dureza total: soma da concentração de todos os íons responsáveis pela dureza;  Dureza devida a carbonatos: parcela relacionada a presença de sais na forma de carbonatos (HCO3 -, CaCO3);  Dureza devida a não carbonatos: parcela devida a sais diferentes:  Sulfato de cálcio, cloreto de cálcio, sulfato de manganês e cloreto de manganês.
  • 6. Prof. José Carlos Mierzwa Classificação das águas em função da dureza  Com relação a concentração de dureza, a água pode ser classificada em quatro categorias: Classificação Dureza (mg CaCO3/L) Branda < 75 Dureza moderada 76 - 150 Dura 151 - 300 Muito dura > 300
  • 7. Prof. José Carlos Mierzwa Fatores associados à dureza  Para o controle da corrosão e incrustações em redes de água, o controle da dureza devido a carbonatos é muito importante;  Em função do equilíbrio entre carbonatos a água pode ser corrosiva ou incrustante:  Se a água tiver tendência para solubilizar carbonato ela é considerada corrosiva;  No caso de haver tendência para precipitação de carbonato a água e considerada incrustante.  Iso pode ser verificado pelo Índice de Saturação de Langelier;
  • 8. Prof. José Carlos Mierzwa Equilíbrio de Carbonatos 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 0 2 4 6 8 10 12 14 pH Fração Molar Ácido Carbônico Bicarbonato Carbonato
  • 9. Prof. José Carlos Mierzwa Índice de Langelier  O índice de Langelier, ou Índice de Saturação mede a tendência de corrosividade ou incrustação de uma água:  IS = pH – pHs  IS = 0 (sem tendência para corrosão ou deposição);  IS < 0 (água com características corrosivas);  IS > 0 (água com característica incrustante).
  • 10. Prof. José Carlos Mierzwa pH de Saturação em função das Constantes de Solubilidade e Equilíbrio de Carbonatos            3 2 3 2 2 . log ] log[ ] log[ HCO Ca S S HCO Ca pK pK pH ps s   • O fator S ajusta a equação para a verdadeira atividade dos íons na expressão de equilíbrio. • A expressão final é válida para uma faixa de pH variando entre 6,0 e 8,5.
  • 11. Prof. José Carlos Mierzwa Coeficiente de Atividade TDS x zi i . 10 5 , 2 1 . ) .( 5 , 0 log 5 2 1 2 1 2         i = coeficiente de atividade para a espécie iônica i  = força iônica da solução; zi = carga iônica da espécie i TDS = concentração de sólidos dissolvidos totais (mg/L) Ci = concentração da espécie iônica (M);   i i i z C ) . ( . 2 1 2 
  • 12. Prof. José Carlos Mierzwa Valores de pKps, pK2 e S Temperatura (ºC) pK2 pKps S TDS (mg/L) 50 150 400 1000 1500 5 10,55 8,39 0,0825 0,137 0,210 0,300 0,345 10 10,49 8,41 0,0832 0,138 0,211 0,303 0,348 15 10,43 8,43 0,0838 0,139 0,213 0,305 0,351 20 10,38 8,45 0,0845 0,140 0,215 0,308 0,354 25 10,33 8,48 0,0854 0,142 0,217 0,311 0,358 30 10,29 8,51 0,0861 0,143 0,219 0,314 0,362 35 10,25 8,54 0,0869 0,144 0,221 0,318 0,366 40 10,22 8,58 0,0879 0,146 0,224 0,322 0,370 45 10,20 8,62 0,0888 0,148 0,226 0,325 0,375 50 10,17 8,66 0,0898 0,149 0,229 0,329 0,379 Fonte:Ronald L. Droste, 1997
  • 13. Prof. José Carlos Mierzwa Dureza em águas de abastecimento  Para água de abastecimento público é recomendado que a dureza da água esteja entre 80 mg/L a 100 mg/L como CaCO3;  Águas com dureza superior ou para o caso de aplicações industriais, a dureza deve ser reduzida.
  • 14. Prof. José Carlos Mierzwa Benefícios para redução da dureza  Redução da tendência de incrustação;  Redução do consumo de sabões e detergentes;  Remoção de metais pesados:  Elevação do pH;  Formação de complexos insolúveis.  Remoção de sílica e fluoretos;  Remoção de ferro e manganês;  Clarificação da água quando da precipitação dos íons responsáveis pela dureza.
  • 15. Prof. José Carlos Mierzwa Remoção da dureza  O processo de remoção da dureza é conhecido como abrandamento;  O abrandamento pode ser feito de três formas:  Precipitação química  processo geralmente utilizado para águas com elevada concentração de dureza;  Troca catiônica  mais indicado para o caso onde a concentração da dureza seja baixa;  Processo de nanofiltração  utilização de membranas poliméricas.
  • 16. Prof. José Carlos Mierzwa Vantagens e desvantagens dos processos de abrandamento  Precipitação química:  Vantagens:  Pode ser aplicado para águas com dureza elevada;  Possibilita remover da água outros contaminantes:  Alguns radionuclídeos;  Remoção de metais pesados e arsênio;  Clarificação da água;  Tecnologia bem estabelecida.  Desvantagens:  Utilização de produtos químicos;  Produção de lodo;  Necessidade de ajustes finais.
  • 17. Prof. José Carlos Mierzwa Vantagens e desvantagens dos processos de abrandamento  Troca catiônica:  Vantagens:  Grande eficiência para remoção dos íons responsáveis pela dureza;  As resinas podem ser regeneradas;  Não há formação de lodo no processo.  Desvantagens:  Requer um pré-tratamento da água;  Ocorre saturação da resina, exigindo a sua regeneração;  Elevação da concentração de SDT na água;  Requer o tratamento do efluente da regeneração.
  • 18. Prof. José Carlos Mierzwa Vantagens e desvantagens dos processos de abrandamento  Nanofiltração:  Vantagens:  Remove com eficiência íons responsáveis pela dureza;  Não requer a utilização de produtos químicos;  Ocorre a remoção de outros contaminantes, orgânicos e inorgânicos.  Desvantagens:  Tem uma menor produção de água em relação aos demais processos;  Requer um nível elevado de pré-tratamento;  Água com elevada dureza pode resultar em perda da eficiência do sistema;  Ocorre a geração de uma corrente de concentrado.
  • 19. Prof. José Carlos Mierzwa Abrandamento por precipitação química  É utilizado o processo a base de cal (CaO) e carbonato de sódio;  A cal é utilizada para elevar o pH da água, fornecendo a alcalinidade necessária;  O carbonato de sódio pode fornecer a alcalinidade para reação e também os íons carbonato necessários.
  • 20. Prof. José Carlos Mierzwa Reações envolvidas 4 2 3 3 2 4 4 2 2 4 3 2 2 3 2 3 3 2 3 2 3 2 3 2 3 3 2 2 2 2 ) ( ) ( ) ( ) ( 2 ) ( ) ( 2 2 ) ( ) ( 2 ) ( ) ( SO Na CaCO CO Na CaSO CaSO OH Mg OH Ca MgSO CaCO OH Mg OH Ca MgCO O H MgCO CaCO OH Ca HCO Mg O H CaCO OH Ca HCO Ca O H CaCO CO H OH Ca OH Ca O H CaO                            
  • 21. Prof. José Carlos Mierzwa Considerações  A utilização do CaO é mais indicada pois esta apresenta menor custo;  É possível utilizar também o hidróxido de sódio como alcalinizante, mas:  É um produto de custo mais alto;  A sua utilização resulta em um maior acréscimo na concentração de SDT na água final.
  • 22. Prof. José Carlos Mierzwa Química do processo de abrandamento  Com relação á remoção de dureza devido a cálcio consideram-se as seguintes relações:      t ps C CO CO Ca K CO Ca CaCO          2 3 2 2 3 2 2 3 2 3 . 
  • 23. Prof. José Carlos Mierzwa Química do processo de abrandamento  Admitindo-se que todo o carbono inorgânico esteja na forma de carbonato e bicarbonato:  [Ca2+]=Ct  Combinando-se as expressões:       2 1 2 1 1 2 2 2 1 1 2 2 1 2 2 2 . . ] [ ] ([ . ] .[ . . K K K K H K H K Ca K K H K H K K Ca K ps ps                Kps = 10-8,342 K1 = 10-6,35 K2 = 10-10,33
  • 24. Prof. José Carlos Mierzwa -5,00 -4,00 -3,00 -2,00 -1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 0 2 4 6 8 10 12 14 pH Log [Ca 2+ ] Região de solubilidade CaCO3(s) Concentração de cálcio em função do pH, para o sistema CaCO3
  • 25. Prof. José Carlos Mierzwa Constantes de solubilidade para compostos relacionados ao processo de remoção da dureza T (ºC) CaCO3(s) Mg(OH)2(s) MgCO3(s) CaSO4(s) [Ca2+] [Mg2+] [Mg2+] [Ca2+] -Log Kps mg/L -Log Kps mg/L -Log Kps mg/L -Log Kps mg/L 0 8,023 3,90 10 8,150 20 8,280 2,90 25 8,342 11,6 2,67 7,46 4,52 5,3 89,8 30 8,395 40 8,515 50 8,625 1,95 Fonte: Chemistry of Water Treatment, Samuel D. Faust; Osman M. Aly. 1999.
  • 26. Prof. José Carlos Mierzwa Consumo de produtos químicos para o abrandamento  A determinação do consumo de produtos considera as quantidades estequiométricas baseadas nas equações das reações químicas envolvidas;  Com base na análise química da água determina-se os tipos de dureza presentes;  Também é importante determinar a concentração de ácido carbônico.
  • 27. Prof. José Carlos Mierzwa Consumo de produtos químicos para o abrandamento  Concentração de ácido carbônico: C x K K H HCO CO H H HCO CO H º 25 @ 10 3 , 4 ] ].[ [ ] [ 7 3 3 2 3 3 2         
  • 28. Prof. José Carlos Mierzwa Consumo de produtos químicos para o abrandamento  A obtenção dos tipos de dureza é feita por meio de uma escala em meq, com linhas acima e abaixo desta escala;  Nas linhas serão indicadas as concentrações de cátions (acima) e ânions (abaixo). meq/L cátions ânions
  • 29. Prof. José Carlos Mierzwa Consumo de produtos químicos para o abrandamento  Os cátions e ânions devem ser apresentados nas seguintes ordens:  Cátions:  Ca2+; Mg2+, Na+; K+ (caso necessário);  Ânions:  HCO3 -; SO4 2-; Cl-; NO3- (caso necessário).  Para efeito de cálculo admite-se que a concentração de íons carbonato seja zero.
  • 30. Prof. José Carlos Mierzwa Exemplo de cálculo Análise de qualidade da água Constituinte mg/L meq/L mM pH 7,8a Ca2+ 96 4,79 2,395 Mg2+ 19 1,56 0,78 Na+ 18 0,78 0,78 K+ 1,5 0,04 0,04 HCO3 - 133 2,18 2,18 SO4 2- 208 4,33 2,165 Cl- 25 0,705 0,705 H2CO3 5,2 0,17 0,084 a - unidades
  • 31. Prof. José Carlos Mierzwa Diagrama de identificação 1 2 3 4 5 6 10 meq/L Ca2+ = 4,79 Mg2+ = 1,56 HCO3 - = 2,18 SO4 2- = 4,33 Na+ = 0,78 Cl- = 0,705 Dureza de cálcio por carbonato = 2,18 meq/L; Dureza de cálcio não carbonato = 2,61 meq/L; Dureza de magnésio não carbonato = 1,56 meq/L.
  • 32. Prof. José Carlos Mierzwa Dosagens de Produtos Químicos Tipo de Dureza meq Ca(OH)2 Na2CO3 meq/l mM meq/L mM H2CO3 0,19 0,17 0,84 0 0 Ca-Carb. 2,18 2,18 1,09 0 0 Ca-nCarb. 2,61 0 0 2,61 1,305 Mg-Carb. 0 0 0 0 0 Mg-nCarb. 1,56 1,56 0,78 1,56 0,78 Total 6,52 3,91 1,945 4,17 2,085 Para o caso da dureza de Mg não carbonato deve-se considerar a necessidade de reação com o cálcio do hidróxido
  • 33. Prof. José Carlos Mierzwa Equações complementares  [Ca2+]original + [Ca2+]adicionado = Ctoriginal + [CO3 2-]adicionado  Relação de neutralidade de cargas:  carga de cátions = carga dos ânions;  O valor de Ct original é obtido com base na concentração de bicarbonato e a respectiva constante de dissociação:   33 , 10 2 35 , 6 1 2 1 1 2 1 1 3 1 10 10 ] [ ] [ ] [             K K K K H K H H K Ct HCO  
  • 34. Prof. José Carlos Mierzwa Processos de Abrandamento  O abrandamento por precipitação química pode ser feito por:  Processo sem excesso de cal ou carbonato:  Específico para remoção de dureza devida ao cálcio;  Processo com excesso de cal ou carbonato:  Quando é feita a remoção de dureza devida a cálcio e magnésio;  Estes processos podem ser realizados em uma ou duas etapas;  Em todos os casos deve ser feito o ajuste da estabilidade da água.
  • 35. Prof. José Carlos Mierzwa Processo de abrandamento em um único estágio sem ou com excesso de cal ou carbonato Cal Coagulante CO2 Auxiliar de filtração Água Abrandada Pré-tratamento Lodo Abrandamento Recarbonatação Filtração Na2CO3
  • 36. Prof. José Carlos Mierzwa Processo de abrandamento em dois estágios com excesso de cal ou carbonato Cal Coagulante CO2 Auxiliar de filtração Água Abrandada Pré-tratamento Lodo 1° Estágio 2° Estágio Filtração Na2CO3 Coagulante
  • 37. Prof. José Carlos Mierzwa Dimensionamento dos componentes do sistema de abrandamento  Os processos de coagulação e sedimentação utilização equipamentos similares aos utilizados no processo de clarificação;  Mistura rápida:  Geralmente feita em dispositivo hidráulico.  Floculação:  Utilização de misturadores horizontais ou verticais (tipo turbina);  Tempo de detenção de 30 a 45 minutos;  Gradientes de floculação variados, podendo-se ter até três estágios;  O projeto deve facilitar a limpeza periódica.
  • 38. Prof. José Carlos Mierzwa  Sedimentação:  Taxa de aplicação:  1 a 2,4 m/h.  Tempo de detenção hidráulico:  2 a 4 horas.  Filtração:  Utiliza-se as taxas empregadas na filtração em sistemas convencionas.  No processo de abrandamento, a recirculação de uma parcela do lodo para o início do processo acelera as reações de precipitação. Dimensionamento dos componentes do sistema de abrandamento
  • 39. Prof. José Carlos Mierzwa Sistema de tratamento de água Water Factory 21