Entre maio e julho, o Idec enviou
para análise em laboratório
53 amostras de alimentos semiprocessados
ou pouco processados
(sucos integrais, geleias, caldas
e conservas) à base de morango,
uva, abacaxi e pepino. O objetivo
era verificar a presença de
resíduos agrotóxicos nesses produtos
industrializados, uma vez
que o PARA, da Anvisa, avalia só
alimentos in natura. A pesquisa
observou também se os rótulos
dos produtos estão de acordo
com a legislação.
1. TESTE AGROTÓXICOS
Shutterstock/Montagem Idec
Perigooculto
C
Teste realizado pelo erca de 30% dos alimentos lizados, feitos à base de frutas e outros
Idec com 53 alimentos consumidos diariamente pelos vegetais, era desconhecida.
brasileiros estão irregulares em Para saber se os resíduos de agrotó-
industrializados
relação à presença de agrotóxicos: ou xicos persistem nos alimentos mesmo
detecta resíduo têm resíduos acima do limite permiti- depois de processados, o Idec enviou
de agrotóxico não do ou foram produzidos com venenos para um laboratório 53 produtos semi
registrado no Brasil não autorizados. Esses dados são da ou pouco processados (sucos, geleias,
em uma das amostras. Agência Nacional de Vigilância Sanitária caldas e conservas) à base de morango,
(Anvisa), que realiza anualmente o Pro- uva, abacaxi e pepino (veja no qua-
Além disso, foi grama de Análise de Resíduos Agrotóxi- dro da página 23 a lista com todos os
identificada uma série cos (PARA). Ano após ano, os resultados produtos e marcas avaliadas). Embora
de irregularidades no são alarmantes: já houve casos em que outros alimentos tenham apresentado
rótulo dos produtos mais de 90% das amostras analisadas resultados piores no PARA que alguns
foram reprovadas, como o pimentão, dos envolvidos na pesquisa, como o já
Izilda França
no PARA 2010. O programa da Anvisa, citado pimentão (91,8% de amostras
contudo, só avalia os alimentos in natu- insatisfatórias), além da alface (54,2%) e
ra. A situação dos produtos industria- da cenoura (49,6%), não foram encon-
22 • Outubro 2012 • REVISTA DO IDEC
2. trados produtos industrializados ela- COMO FOI Produtos analisados
borados a partir desses vegetais.
No teste realizado pelo Idec,
FEITO O TESTE Confira quais foram os 53 alimentos
pesquisados, divididos por categoria
somente uma amostra apresentou Entre maio e julho, o Idec en-
resultado insatisfatório: o pepino em viou para análise em laboratório Abacaxi em calda: 7 produtos
conserva da marca Luca. Apesar de 53 amostras de alimentos semi-
Marcas: Carrefour, Fugini, Obba, Olé,
pontual, o problema é gravíssimo: foi processados ou pouco processa-
dos (sucos integrais, geleias, cal-
Predilecta, Scharamm e Simon’s
detectado no produto a substância
das e conservas) à base de moran-
parationa-etílica (0,07 mg/kg), que go, uva, abacaxi e pepino. O ob-
não é sequer registrada no Brasil – Geleia de abacaxi: 4 produtos
jetivo era verificar a presença de
ou seja, não pode ser utilizada em resíduos agrotóxicos nesses pro-
Marcas: Carrefour, Queensberry,
nenhuma cultura, seja ela alimentícia dutos industrializados, uma vez Ritter (light) e Vega
ou não. “A parationa-etílica é um inse- que o PARA, da Anvisa, avalia só
alimentos in natura. A pesquisa
ticida e acaricida de alta toxicidade.
observou também se os rótulos
Atualmente, seu uso é proibido ou Geleia de morango: 11 produtos
dos produtos estão de acordo
restrito em diversos países e há discus- com a legislação.
Marcas: Carrefour, Cepêra Senninha,
são para proibição total em culturas Geleia dos Monges, Homemade, Maribo
alimentares”, informa Murilo Diversi, (light), Olé, Purifruti Turma da Mônica,
biólogo, consultor responsável pela do os monitoramentos do governo Queensberry (diet), Ritter, Superbom e Vega
pesquisa. Segundo o Ministério da federal. “Infelizmente, o PARA não
Agricultura, Pecuária e Abastecimento identifica os produtores, e o moni- Geleia de uva: 10 produtos
(Mapa), a substância em questão não toramento do estado de São Paulo, o Marcas: Carrefour, Casa
poderia nem entrar no país. “O con- Programa Paulista de Análise Fiscal, Madeira, Fugini, Maribo (light),
trabando [de agrotóxicos] ocorre mais que já era limitado na investigação de Predilecta, Qualitá, Ritter,
frequentemente com produtos de alto pesticidas, não publica novo relatório Simon’s, Superbom e Vega
valor, como os utilizados em culturas desde 2009. Há, portanto, uma lacu-
de trigo, soja etc., mas não descarto na grave na fiscalização, sobretudo se
que seja esse o caso”, afirma Luis pensarmos que as pessoas continuam Pepino em conserva: 7 produtos
Eduardo Rangel, coordenador geral de a consumir produtos sem saber o que Marcas: Cepêra, Do Vale, Hemmer,
agrotóxicos do Mapa. eles trazem”, afirma Carlos Thadeu Luca, Oderich, Tauá e Vale Fértil
A geleia de morango da marca de Oliveira, gerente técnico do Idec.
Vega também apresentou resíduo de Para Fernando Carneiro, chefe do
agrotóxico, mas ele é autorizado e departamento de saúde coletiva da Suco de abacaxi: 2 produtos
a quantidade estava dentro do limi- Universidade de Brasília (UnB), mem- Marcas: Maguary e Imbiara
te legal. Embora pou- bro do grupo de trabalho Saúde e (integral)
co presentes em ali- Ambiente da Associação Brasileira de
mentos processados, Saúde Coletiva (Abrasco) e um dos
os resíduos podem articuladores do dossiê sobre agro- Suco de uva
estar na matéria-pri- tóxicos recentemente lançado pela branco integral: 4 produtos
ma desses produtos, entidade, o baixo número de irre- Marcas: Aliança, Aurora,
como têm aponta- gularidades verificado pelo Idec não Jota Pê e Sinuelo
surpreende. “Quando um alimento
sofre processamento, vários resíduos
Pepino em conserva se diluem”, explica o especialista.
Luca tem resíduo Suco de uva
Assim, apesar dos resultados do teste,
de agrotóxico tinto integral: 8 produtos
não dá para afastar a presença de
Izilda França
proibido no Brasil
Fotos Shutterstock
Marcas: Aurora, Campo Largo, Casa
agrotóxicos em alimentos industria- de Bento, Catafesta, Garibaldi,
lizados. “Faltam estudos sobre esse Mena Kaho, Salton e Superbom
assunto e pouco se sabe sobre as
REVISTA DO IDEC • Outubro 2012 • 23
3. TESTE AGROTÓXICOS
substâncias resultantes da degradação de câncer são maiores na população Produtos reprovados
das moléculas de agrotóxicos, que do campo do que na cidade”, afirma por falhas na rotulagem
podem ser tão ou mais perigosas para o especialista. Além do impacto na
a saúde humana”, pondera Diversi. saúde pública, há aquele aos cofres Produto e marca
públicos. Carneiro cita um estudo Geleia de uva Casa Madeira; Geleia de abacaxi
RASTRO DE CONTAMINAÇÃO recente do economista do Instituto Queensberry; Geleia de morango light Maribo;
Para Carneiro, mesmo que um ali- Brasileiro de Geografia e Estatística Geleia de uva light Maribo; Geleia de abacaxi
mento (in natura ou industrializado) (IBGE) Wagner Soares, que concluiu light Ritter; Geleia de morango Ritter;
não ofereça risco para o consumidor, é que, para cada US$ 1 pago por agro- Geleia de uva Ritter
importante levar em conta a sua cadeia tóxicos, US$ 1,28 podem ser gastos Motivo: utilizam a expressão “extra”
de produção. “O uso de agrotóxicos pelo Sistema Público de Saúde no
deixa um rastro de intoxicação em futuro com internações por intoxi-
trabalhadores que lidam com o vene- cação aguda. Para o especialista da Produto e marca
no e de contaminação dos recursos Abrasco, esse cenário é resultado do Geleia de abacaxi Vega; Geleia de uva Vega;
naturais. Considerar apenas os riscos investimento do governo brasileiro Geleia de morango Vega
no final da cadeia é reducionista”, diz. num modelo de produção que prio- Motivo: utilizam a expressão “extra” e declaram
Conforme dados do Sistema Nacional riza os lucros de grandes empresas. a presença de acidulante, mas não informa qual
de Informações Tóxico Farmacológicas “O Estado brasileiro tem sido forte
(Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz, para apoiar o agronegócio e fraco
Produto e marca
os agrotóxicos são a segunda principal para monitorar e vigiar a saúde da
causa de intoxicações no país – atrás população. Para isso, não tem recur- Geleia de abacaxi Carrefour; Geleia de
apenas de medicamentos – com 4.789 so, mas para apoiar o agronegócio, morango Carrefour; Geleia de uva Carrefour;
casos registrados em 2010 (boa parte tem”, dispara. Geleia de morango Dos Monges
deles, provavelmente, são de trabalha- Motivo: declaram indevidamente que não
dores rurais). contém glúten
Muito além dos casos registrados “O uso de agrotóxicos
pelo Sinitox, de acordo com Carneiro, deixa um rastro Produto e marca
o Brasil vive uma situação de intoxi-
cação generalizada. “O dossiê produ-
de intoxicação em Geleia de uva Qualitá
zido pela Abrasco relata estudos que trabalhadores que Motivo: declara indevidamente que não con-
encontraram resíduos de agrotóxicos lidam com o veneno e tém conservante (consta da lista de ingredientes a
presença de ácido cítrico, que atua como antioxi-
no leite materno e até mesmo na
água da chuva”, destaca. Os maiores
de contaminação dos dante que, funcionalmente, é um conservante)
afetados são os moradores de regiões recursos naturais.”
no entorno de lavouras. “Os índices Fernando Carneiro, da Abrasco Produto e marca
Abacaxi em calda Obba
Motivo: não informa o método de conserva-
Idec adere à campanha ção do produto após aberto, obrigatório para
alimentos prontos para consumo
Em maio deste ano, o Idec aderiu for-
malmente à Campanha Permanente Con-
tra Agrotóxicos e pela Vida. A ação tem Produto e marca
como objetivo alertar a população sobre Suco de uva tinto integral Mena Kaho
os riscos que os agrotóxicos representam
à saúde e, a partir disso, apresentar me- co (Associação Brasileira de Saúde Co-
Motivo: utiliza a expressão “100% natural”
didas para impedir seu uso no país. A letiva), pelo Instituto Kairós e pelo Inca
campanha visa também a incentivar agri- (Instituto Nacional de Câncer), entre ou-
cultores a adotarem a agroecologia para
Produto e marca
tras instituições.
produzir alimentos saudáveis. Para saber mais sobre a ação, veja Suco de uva branco integral Jota Pê
A campanha é promovida pela Abras- http://goo.gl/Dp4wy. Motivo: não informa o endereço completo,
como determina a RDC nº 259/2002 da Anvisa
24 • Outubro 2012 • REVISTA DO IDEC
4. Sem controle
O Brasil parece viver um total descontrole do solo são restritos; e faltam profissionais capacitados no sistema de
do uso de agrotóxicos: somos os maiores saúde para atender os milhares de casos de intoxicações.
consumidores mundiais desses venenos;
muitas das substâncias mais utilizadas aqui Estudos apontam que, dos 50 agrotóxicos
já foram banidas em vários países; e um mais utilizados nas lavouras do país, 24 são
terço do que comemos está contaminado proibidos nos Estados Unidos, no Canadá e
por agrotóxicos indevidos ou com resíduos na União Europeia. Por que o Brasil é mais
acima do limite aceitável. Para saber qual tolerante com essas substâncias?
a posição do governo sobre esse cenário e Pela lei brasileira, nós temos que reavaliar um agrotóxico antes
Anvisa/Divulgação
o que tem sido feito para tirar o país dele, de banir ou restringir o seu uso. Tudo precisa ser fundamentado, não
entrevistamos Luiz Claudio Meirelles, gerente podemos proibir só porque outros países proibiram. Em 2008, a Anvisa
geral de toxicologia da Anvisa. colocou em reavaliação 14 substâncias [todas já proibidas em outros
países]. Mas aí veio uma liminar da associação das empresas e nos
Há três anos consecutivos, o Brasil é o maior impediu de continuar o estudo por um ano. Essa judicialização retarda,
consumidor de agrotóxicos do mundo. A Anvisa porque temos que nos dividir entre reavaliação e manifestação na Justiça.
se preocupa com isso?
Sim, pois essa substância tóxica exige das três esferas de O PARA tem identificado irregularidades
governo uma série de medidas de controle, mas há dificuldade de sistematicamente, ano após ano. O que tem
implementação. Por isso, não autorizamos moléculas muito nocivas. sido feito para coibi-las?
Até 2011 [a divulgação dessa versão do PARA está prevista para
Quais são as dificuldades para o controle do uso este mês] o programa fez uma análise apenas de referência, que
de agrotóxicos? não envolvia punição. A partir deste ano, começamos a chamada
Há uma série de deficiências. Os órgãos responsáveis por fiscalizar “análise fiscal”. Dessa forma, o local onde foi coletada a amostra vai
o uso — Anvisa, Mapa e Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente ser responsabilizado pelos resultados — responsabilidade esta que
e dos Recursos Renováveis] — não têm infraestrutura para isso; os pode ser compartilhada com quem a forneceu. Sabemos que isso
estudos epidemiológicos sobre os danos crônicos dos agrotóxicos deve desencadear judicialização, pois são questões complicadas. Mas
são escassos; a abrangência do PARA está abaixo do que deveria; os entendemos que esse é um processo importante para melhorar a
programas de monitoramento de contaminação da água potável e qualidade dos alimentos comercializados no país.
Rótulos com problemas
O
Idec aproveitou os alimen- da Anvisa. Três dessas dez marcas Produtos declaram que não
tos para fazer uma segunda ainda cometem uma segunda falha: contêm glúten, mas têm fibra de
trigo — fonte dessa proteína
pesquisa: a avaliação dos declaram a presença de acidulante
rótulos. Nessa parte, um número (substância que tem a função
significativo de produtos se saiu mal. de intensificar o gosto azedo
Das 53 amostras, 18 (34%) apresen- em alimentos e bebidas),
tam alguma irregularidade. Dessas, mas não informam qual.
dez são marcas de geleia que utilizam Mas, mais grave, foram
a expressão “extra”, em desacordo os quatro produtos que
com a atual legislação para a rotu- declaram incorretamente
Izilda França
lagem desse produto. O termo era não conter glúten, enquanto
autorizado para designar o uso de consta da lista de ingredien-
mais fruta e menos açúcar, mas foi tes a utilização de fibra de
desautorizado pela RDC no 259/2002 trigo, fonte dessa proteína.
REVISTA DO IDEC • Outubro 2012 • 25
5. TESTE AGROTÓXICOS
Direito de resposta
O Idec enviou o resultado do teste e da análise dos rótulos a da marca Qualitá): discordaram que o rótulo esteja irregular por
todas as empresas fabricantes dos alimentos avaliados. Os dados informar que o produto não contém conservantes, mas utilizar
também foram enviados à Anvisa, ao Mapa, à Secretaria Nacional ácido cítrico.
de Defesa do Consumidor (Senacon) e ao Procon-SP. Com exce-
ção do Procon-SP, que pediu mais informações sobre a pesquisa, l Indústria de Conservas Luca (marca Luca): disse que iniciou
nenhum órgão se manifestou até o fechamento desta edição. um processo de recall do lote do pepino em conserva analisado
C
onfira as respostas das empresas: pelo Idec [no qual foi identificado o agrotóxico proibido no país]
junto aos estabelecimentos comerciais. A resposta, contudo, foi en-
l Adega Casa de Madeira (marca Casa de Madeira): disse que viada apenas por e-mail, sem detalhamento sobre prazo, quantida-
já tomou as providências para sanar o equívoco no rótulo (uso da des do produto a serem recolhidas e locais em que foi distribuído.
expressão “extra”).
l Qobba Indústria de Alimentos Ltda (marca Obba): garantiu
l Carrefour e Fruitland (Geleia Carrefour e Geleia dos Monges): que o problema na rotulagem (não informação sobre a forma de
afirmaram que as geleias são fabricadas com fibras de trigo em conservação) foi corrigido nas embalagens fabricadas a partir de
teor de glúten abaixo do estabelecido como seguro pelo Codex Ali- 22 de maio de 2012.
mentarius [recomendações de um grupo de especialistas da Orga-
nização Mundial da Saúde], com menos de 20 partes por milhão l Refricon (marca Vale Fértil): agradeceu as informações en-
da proteína. Mas a legislação brasileira não faz referência a limite viadas pelo Idec.
seguro que isente o alerta sobre a presença de glúten.
l Ritter Alimentos S.A (marca Ritter): adiantou que já está pro-
lCepêra (marcas Cepêra Senninha e Cepêra): apenas confir- videnciando as alterações nos rótulos dos produtos avaliados.
mou o recebimento da notificação do Idec.
l Tozzi Alimentos (abacaxi em calda da marca Carrefour): elo-
l Frutos da Terra (marca Vega): informou que já retirou a ex- giou a pesquisa.
pressão “extra” dos novos rótulos das geleias avaliadas.
l Vinícola Mena-Kaho (marca Mena Kaho): questionou a
l Grupo Pão de Açúcar e Predilecta Alimentos Ltda (respon- alegação de que o rótulo esteja irregular por usar a expressão
sáveis pela distribuição e fabricação, respectivamente, da geleia “100% natural”.
A omissão pode trazer riscos tinais, causando diarreia persisten- é de responsabilidade dos órgãos de
aos portadores de doença te, fadiga, dentre outros sintomas. vigilância sanitária municipais e esta-
celíaca, que têm intole- Outro problema é o uso de duais, e também de órgãos de defesa
rância ao glúten. A legis- expressões como “100% natural” e do consumidor, como os Procons.
lação obriga o alerta sobre “não contém conservantes”, verifi- Confira na tabela da página 25 quais
a presença ou ausência cadas em dois produtos. Embora foram os produtos reprovados na
de glúten, porque a sua não sejam autorizadas pela Anvisa análise do rótulo.
ingestão por celíacos, e possam ser consideradas enga-
mesmo que em quan- nosas do ponto de vista do Código
SAIBA MAIS
tidade mínima, pode de Defesa do Consumidor, essas l Dossiês da Abrasco
desencadear atrofia frases são frequentes nas embala- sobre o impacto dos
das vilosidades intes- gens de alimentos industrializados. agrotóxicos na saúde dos brasileiros:
<http://goo.gl/PDe9v> (parte 1 ) e
Questionada sobre medidas para
Izilda França
<http://goo.gl/4JQG7> (parte 2)
O uso de expressões coibir essa prática, a Anvisa res- l Localização de feiras orgânicas
como “100% natural” em 22 capitais brasileiras: <http://
não é autorizado
pondeu à reportagem da Revista do
goo.gl/e1kzY>
pela Anvisa Idec que a fiscalização de rotulagem
26 • Outubro 2012 • REVISTA DO IDEC