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CONFIGURAÇÃO

Percepção visual
Configuração
   Vejo um objeto. Vejo, o mundo ao meu redor.
    Qual é o significado destas afirmações?
   Para os fins da vida cotidiana; o ver é
    essencialmente um meio de orientação prática,
    de determinar os próprios olhos que uma certa
    coisa está presente num certo lugar e que está
    fazendo uma determinada coisa. Isto é
    identificação no sentido simples.
A visão como exploração ativa
 O ver pode significar mais do que isto.
 A descrição do processo ótico, conforme
  os físicos, é bem conhecida. A luz é
  emitida ou refletida pelos objetos do
  ambiente. As lentes dos olhos projetam as
  imagens destes objetos nas retinas que
  transmitem a mensagem ao cérebro.
 Mas o que acontece com a experiência
  psicológica correspondente?
Captação do essencial
 Se a visão é um captação ativa, o que ele
  apreende?
 Todos os elementos de informação? Ou
  alguns deles?
 A percepção visual não opera com
  fidelidade mecânica de uma câmera,
  que registra tudo imparcialmente.
 O que vemos realmente quando
  olhamos?
Captação do essencial
   Ver significa captar algumas características
    proeminentes dos objetos, o azul do céu, a
    curva do pescoço do cisne, a retangularidade do
    livro, o brilho de um pedaço de metal, a retitude
    do cigarro.
   Alguns traços relevantes não apenas
    determinam a identidade de um objeto
    percebido como também o faz parecer um
    padrão integrado completo.
Captação do essencial
 Capta-se um rosto humano, exatamente
  como todo o corpo é captado, como um
  padrão total de componentes essenciais:
  olhos, nariz, boca, aos quais se pode
  adaptar mais detalhes.
 Não quer dizer que o sentido da visão
  negligencia detalhes. (emoção, alegria,
  tristeza...)
Conceitos perceptivos
   Há provas suficientes de que, no
    desenvolvimento orgânico, a percepção
    começa com a captação dos aspectos
    estruturais mais evidentes.
   Ex: dado a crianças de 2 anos uma caixa com
    um triangulo desenhado na superfície e cheio
    de doces, a mesma a reconhecerá sempre que
    estiver entre outras caixas similares, porém,
    sem o triangulo.
   Os psicólogos definem o processo perceptivo
    que revela este tipo de comportamento como
    “generalizações”.
Conceitos perceptivos
 As características estruturais são os
  dados primários da percepção.
 De modo que a triangularidade não é um
  produto posterior à abstração intelectual,
  mas uma experiência direta e mais
  elementar do que o registro de detalhe
  individual.
Conceitos perceptivos
   O pensamento psicológico recente nos encoraja
    então a considerar a visão uma atividade
    criadora da mente humana. A percepção
    realiza ao nível sensório o que no domínio do
    raciocínio se conhece como entendimento.
   O ato de ver do homem antecipa de um modo
    modesto a capacidade, tão admirada do artista,
    de produzir padrões que validamente
    interpretam a experiência por meio da forma
    organizada. O ver é compreender.
O que é configuração?
   Determina-se a forma física de um objeto por
    suas bordas – o contorno retangular de um
    pedaço de papel, as duas superfícies que
    delimitam os lados e a base de um cone.
   A configuração perceptiva por contraste pode
    mudar consideravelmente quando sua
    orientação espacial ou seu ambiente muda.
    As formas visuais se influenciam mutuamente.
Configuração perceptiva
   É o resultado de uma interação entre o objeto
    físico, o meio de luz agindo como transmissor
    de informação e as condições que prevalecem
    no sistema nervoso do observador.
   A forma de um objeto que vemos, contudo,
    não depende apenas de sua projeção retiniana
    num dado momento. A imagem é determinada
    pela totalidade das experiências visuais que
    tivemos com aquele objeto durante toda a nossa
    vida.
Configuração perceptiva
   Se alguém fizer a imagem de algo que
    experimentou pode escolher o quanto da
    configuração deseja incluir. EX: se quero
    representar um carro e sei que o mesmo possui
    motor, rodas, travas, etc... Posso decidir como
    representar este carro sem a necessidade de
    todos os elementos.
   Representa-se a forma de um objeto pelas
    características espaciais consideradas
    essenciais.
A influência do passado
   Toda experiência visual é inserida num contexto
    de espaço e tempo. Da mesma maneira que a
    aparência dos objetos sofre influência dos
    objetos vizinhos no espaço, assim também
    recebe influência do que viu antes. EX: se
    enxergas um quadrado pelos exemplo abaixo é
    porque já viu um quadrado antes.
x
Experimento
 Num experimento familiar a todos os
  estudantes de psicologia mostrou-se que
  a percepção e reprodução de formas
  ambíguas estão sujeitas à influência de
  instrução verbal.
 A influência da memória é aumentada
  quando intensa necessidade pessoal
  faz o observador desejar ver objetos com
  certas propriedades perceptivas.
Teste de Rorschach
Teste de Rorschach
Teste de Rorschach
Teste de Rorschach
Teste de Rorschach
Ver a configuração
   De que modo o sentido da visão se apodera da
    forma?
   Na maioria das vezes capta a forma
    imediatamente. Ela apreende um padrão global.
   Mas como determina este padrão? No encontro
    do estímulo projetado nas retinas e o sistema
    nervoso que processa essa projeção, o que
    conduz à forma que aparece na consciência?
Percepção visual
   Os fenômenos deste tipo encontram sua
    explicação naquilo que os psicólogos da
    Gestalt descrevem como a lei básica da
    percepção visual: qualquer padrão de
    estímulo tende a ser visto de tal modo que
    a estrutura resultante é tão simples
    quanto as condições dadas permitem.
Simplicidade
   Pode-se defini-la como a experiência subjetiva e
    julgamento de um observador que não sente
    nenhuma dificuldade em entender o que se lhe
    apresenta.
   A simplicidade objetiva e subjetiva nem sempre
    são paralelas. Uma pessoa pode achar uma
    escultura simples porque não percebe sua
    complexidade ou pode achá-la confusamente
    complexa porque tem pouco conhecimento
    mesmo de estruturas restritamente elaboradas.
Brecheret
Simplicidade
   Uma linha reta é simples porque possui uma
    direção constante. As linhas paralelas são mais
    simples do que as que se encontram num
    ângulo porque a relação entre elas é definida
    por uma distância constante.
   Um ângulo reto é mais simples do que os
    outros ângulos porque produz uma subdivisão
    de espaço baseada na repetição de um e
    mesmo ângulo.
Simplicidade
Simplicidade
   O quadrado regular com seus quatro
    lados e quatro ângulos é mais simples do
    que o triângulo irregular.
Julian Hochberg define
simplicidade como:
   Quanto menor a quantidade de
    informação necessária para definir uma
    dada organização em relação a outras
    alternativas, tanto mais provável que a
    figura seja prontamente percebida.
Simplificação demonstrada
   Quando se vê de longe as torres quadrangulares de
    uma cidade, elas muitas vezes parecem ser redondas.
   Ao observar de longe a figura de um homem, ele
    parecerá um corpo escuro e redondo.
   Porque a redução faz o observador ver uma pessoa
    redonda?
   A resposta consiste em que a distância enfraquece o
    estímulo a tal ponto que o mecanismo perceptivo fica
    livre para impor a forma mais simples possível, isto é, o
    círculo.
Simplificação demonstrada
   O enfraquecimento do estímulo também ocorre
    sob outras condições, por exemplo, quando o
    padrão percebido é pouco iluminado ou exposto
    por apenas uma fração de segundo.
   A distância no tempo tema o mesmo efeito que
    a distância no espaço; quando o estímulo real
    desaparece, os traços mnemômicos
    remanescentes enfraquecem.
   Observe o desenho a seguir e o represente.
Nivelamento e aguçamento
   No exemplo anterior onde todos procuraram
    representar, houve uma tendência em reduzir o
    número de características estruturais e
    consequentemente simplificar o padrão.
   A tendência de nivelamento e aguçamento,
    são aplicações de uma tendência de
    superordenada, com a intenção de tornar a
    estrutura perceptiva mais nítida. Exemplo a
    seguir. Observe o desenho e o represente.
Nivelamento e aguçamento
   O nivelamento caracteriza-se por alguns artíficios como
    unificação, realce da simetria, redução das
    características estruturais, repetição, omissão de
    detalhes não integrados, eliminação da obliquidade.
   O aguçamento realça as diferenças, intensifica
    obliquidade.
   Na memória de uma pessoa as coisas grande podem
    ser relembradas como se fossem maiores. A situação
    total pode sobreviver numa forma mais simples, mais
    ordenada.
Um todo se mantém
   Parece que as coisas que vemos se comportam
    como totalidades. Por um lado, o que se vê
    numa dada área do campo visual depende
    muito do seu lugar e função no contexto total.
   Por outro, alterações locais podem modificar a
    estrutura do todo.
   Esta interação entre todo e parte não é
    automática e universal.
Subdivisão
   Mesmo que as figuras organizadas se
    aproximem de sua integridade e se completem
    quando mutiladas ou distorcidas, não
    presumiríamos que tais figuras sejam sempre
    percebidas como massas compactas
    indivisíveis.
   No exemplo a seguir, logo que a combinação
    retângulo e triângulo aparece a tensão cessa.
    Assume a forma mais simples.
Subdivisão
   A subdivisão da forma tem imenso valor biológico
    porque é uma das condições para discernir os objetos.
   O que nos capacita ver um automóvel como uma coisa e
    a pessoa dentro dele, outra, ao invés de parte do
    automóvel unificadas num monstro enganador? Às
    vezes nossos olhos nos enganam.
   A camuflagem militar quebra a unidade dos objetos em
    partes que se fundem com o ambiente.
   Picasso disse: “nós fizemos isto, é cubismo”.
Lei da simplicidade
   A parte do mundo feita pelo homem
    adapta-se às necessidades humana. Em
    Londres as cabines telefônicas são
    pintadas de vermelho vivo para diferenciá-
    las daquilo que o rodeia. Lei da
    simplicidade.
O que é uma Parte?
   Saber distinguir entre pedaços e partes é na verdade
    uma chave para o sucesso na maior parte das
    ocupações humanas.
   Partir para obter mera quantidade ou número é ignorar a
    estrutura. Nenhum outro procedimento é válido,
    naturalmente, quando a estrutura está ausente.
   As partes das formas mais simples são determinadas
    com maior facilidade. Vês-se um quadrado constituído
    de 4 linhas retas com divisões no ângulos.
   É necessário portanto distinguir entre
    “partes genuínas” – isto é, secções que
    revelam um subtotal segregado dentro do
    contexto total e meras porções ou
    pedaços ou nenhuma divisão inerente à
    figura.
Semelhança e Diferença
   A semelhança e subdivisão são pólos opostos.
   Enquanto a subdivisão é um dos pré-requisitos da visão, a
    semelhança pode tornar as coisas invisíveis, como uma pérola
    sobre uma fonte branca.
   A homogeneidade é o caso limite, no qual, como alguns pintores
    modernos demonstraram, a visão se aproxima ou atinge a ausência
    de estrutura.
   A semelhança atua como um princípio estrutural apenas em
    conjunto com a separação, isto é, como uma força de atração entre
    coisas separadas.
   A semelhança é um pré-requisito para se notar as diferenças.
Semelhança
   Qualquer aspecto daquilo que se percebe, forma, claridade, cor
    localização espacial, movimento, etc, pode causar agrupamento por
    semelhança. Embora todas as coisas sejam diferentes em alguns
    aspectos e semelhantes em outros, as comparações só tem sentido
    quando provém de uma base comum.
   Ex: teste com crianças pré-escolares. 6 imagens, das quais
    cinco representavam grandes animais mamíferos, uma, um
    navio de guerra. Perguntaram-lhes qual das imagens era mais
    diferente de uma sétima, representando um “carneiro”.
    As crianças de mais idade e os adultos responderam: o navio.
   As outras crianças não fizeram o mesmo se lhes perguntaram
    porque não escolheram o navio respondiam: “Porque não é um
    animal.”
Semelhança e diferença
   A configuração, a orientação espacial e a
    claridade mantêm-se constantes. Estas
    semelhanças mantêm os quadrados ligados e
    ao mesmo tempo forçosamente evidenciam a
    diferença de tamanho entre eles.
   A diferença de tamanho, por sua vez resulta
    numa subdivisão, pela qual os dois quadrados
    grande, contra os quatro pequenos, ligam-se a
    um nível secundário. Este é um exemplo de
    agrupamento por semelhança de tamanho.
Forma consistente
 Esse princípio repousa na semelhança
  intrínseca dos elementos que constituem
  uma linha, uma superfície ou um volume.
 Quanto mais consistente for a forma da
  unidade tanto mais prontamente se
  destacará do seu ambiente.
Anita Malfati
Delacroix
   Disse que ao desenhar um objeto, a primeira coisa que
    dele se deve captar é o contraste de suas linhas
    principais: “é necessário estar bem consciente disto
    antes de colocar o lápis o papel.”
   Durante todo o trabalho o artista deve ter em mente o
    esqueleto estrutural que está configurando.
   A imagem condutora da mente de um artista é antes de
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  • 2. Configuração  Vejo um objeto. Vejo, o mundo ao meu redor. Qual é o significado destas afirmações?  Para os fins da vida cotidiana; o ver é essencialmente um meio de orientação prática, de determinar os próprios olhos que uma certa coisa está presente num certo lugar e que está fazendo uma determinada coisa. Isto é identificação no sentido simples.
  • 3. A visão como exploração ativa  O ver pode significar mais do que isto.  A descrição do processo ótico, conforme os físicos, é bem conhecida. A luz é emitida ou refletida pelos objetos do ambiente. As lentes dos olhos projetam as imagens destes objetos nas retinas que transmitem a mensagem ao cérebro.  Mas o que acontece com a experiência psicológica correspondente?
  • 4. Captação do essencial  Se a visão é um captação ativa, o que ele apreende?  Todos os elementos de informação? Ou alguns deles?  A percepção visual não opera com fidelidade mecânica de uma câmera, que registra tudo imparcialmente.  O que vemos realmente quando olhamos?
  • 5. Captação do essencial  Ver significa captar algumas características proeminentes dos objetos, o azul do céu, a curva do pescoço do cisne, a retangularidade do livro, o brilho de um pedaço de metal, a retitude do cigarro.  Alguns traços relevantes não apenas determinam a identidade de um objeto percebido como também o faz parecer um padrão integrado completo.
  • 6. Captação do essencial  Capta-se um rosto humano, exatamente como todo o corpo é captado, como um padrão total de componentes essenciais: olhos, nariz, boca, aos quais se pode adaptar mais detalhes.  Não quer dizer que o sentido da visão negligencia detalhes. (emoção, alegria, tristeza...)
  • 7. Conceitos perceptivos  Há provas suficientes de que, no desenvolvimento orgânico, a percepção começa com a captação dos aspectos estruturais mais evidentes.  Ex: dado a crianças de 2 anos uma caixa com um triangulo desenhado na superfície e cheio de doces, a mesma a reconhecerá sempre que estiver entre outras caixas similares, porém, sem o triangulo.  Os psicólogos definem o processo perceptivo que revela este tipo de comportamento como “generalizações”.
  • 8. Conceitos perceptivos  As características estruturais são os dados primários da percepção.  De modo que a triangularidade não é um produto posterior à abstração intelectual, mas uma experiência direta e mais elementar do que o registro de detalhe individual.
  • 9. Conceitos perceptivos  O pensamento psicológico recente nos encoraja então a considerar a visão uma atividade criadora da mente humana. A percepção realiza ao nível sensório o que no domínio do raciocínio se conhece como entendimento.  O ato de ver do homem antecipa de um modo modesto a capacidade, tão admirada do artista, de produzir padrões que validamente interpretam a experiência por meio da forma organizada. O ver é compreender.
  • 10. O que é configuração?  Determina-se a forma física de um objeto por suas bordas – o contorno retangular de um pedaço de papel, as duas superfícies que delimitam os lados e a base de um cone.  A configuração perceptiva por contraste pode mudar consideravelmente quando sua orientação espacial ou seu ambiente muda. As formas visuais se influenciam mutuamente.
  • 11. Configuração perceptiva  É o resultado de uma interação entre o objeto físico, o meio de luz agindo como transmissor de informação e as condições que prevalecem no sistema nervoso do observador.  A forma de um objeto que vemos, contudo, não depende apenas de sua projeção retiniana num dado momento. A imagem é determinada pela totalidade das experiências visuais que tivemos com aquele objeto durante toda a nossa vida.
  • 12. Configuração perceptiva  Se alguém fizer a imagem de algo que experimentou pode escolher o quanto da configuração deseja incluir. EX: se quero representar um carro e sei que o mesmo possui motor, rodas, travas, etc... Posso decidir como representar este carro sem a necessidade de todos os elementos.  Representa-se a forma de um objeto pelas características espaciais consideradas essenciais.
  • 13. A influência do passado  Toda experiência visual é inserida num contexto de espaço e tempo. Da mesma maneira que a aparência dos objetos sofre influência dos objetos vizinhos no espaço, assim também recebe influência do que viu antes. EX: se enxergas um quadrado pelos exemplo abaixo é porque já viu um quadrado antes.
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  • 18. Experimento  Num experimento familiar a todos os estudantes de psicologia mostrou-se que a percepção e reprodução de formas ambíguas estão sujeitas à influência de instrução verbal.  A influência da memória é aumentada quando intensa necessidade pessoal faz o observador desejar ver objetos com certas propriedades perceptivas.
  • 24. Ver a configuração  De que modo o sentido da visão se apodera da forma?  Na maioria das vezes capta a forma imediatamente. Ela apreende um padrão global.  Mas como determina este padrão? No encontro do estímulo projetado nas retinas e o sistema nervoso que processa essa projeção, o que conduz à forma que aparece na consciência?
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  • 31. Percepção visual  Os fenômenos deste tipo encontram sua explicação naquilo que os psicólogos da Gestalt descrevem como a lei básica da percepção visual: qualquer padrão de estímulo tende a ser visto de tal modo que a estrutura resultante é tão simples quanto as condições dadas permitem.
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  • 35. Simplicidade  Pode-se defini-la como a experiência subjetiva e julgamento de um observador que não sente nenhuma dificuldade em entender o que se lhe apresenta.  A simplicidade objetiva e subjetiva nem sempre são paralelas. Uma pessoa pode achar uma escultura simples porque não percebe sua complexidade ou pode achá-la confusamente complexa porque tem pouco conhecimento mesmo de estruturas restritamente elaboradas.
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  • 38. Simplicidade  Uma linha reta é simples porque possui uma direção constante. As linhas paralelas são mais simples do que as que se encontram num ângulo porque a relação entre elas é definida por uma distância constante.  Um ângulo reto é mais simples do que os outros ângulos porque produz uma subdivisão de espaço baseada na repetição de um e mesmo ângulo.
  • 40. Simplicidade  O quadrado regular com seus quatro lados e quatro ângulos é mais simples do que o triângulo irregular.
  • 41. Julian Hochberg define simplicidade como:  Quanto menor a quantidade de informação necessária para definir uma dada organização em relação a outras alternativas, tanto mais provável que a figura seja prontamente percebida.
  • 42. Simplificação demonstrada  Quando se vê de longe as torres quadrangulares de uma cidade, elas muitas vezes parecem ser redondas.  Ao observar de longe a figura de um homem, ele parecerá um corpo escuro e redondo.  Porque a redução faz o observador ver uma pessoa redonda?  A resposta consiste em que a distância enfraquece o estímulo a tal ponto que o mecanismo perceptivo fica livre para impor a forma mais simples possível, isto é, o círculo.
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  • 44. Simplificação demonstrada  O enfraquecimento do estímulo também ocorre sob outras condições, por exemplo, quando o padrão percebido é pouco iluminado ou exposto por apenas uma fração de segundo.  A distância no tempo tema o mesmo efeito que a distância no espaço; quando o estímulo real desaparece, os traços mnemômicos remanescentes enfraquecem.  Observe o desenho a seguir e o represente.
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  • 46. Nivelamento e aguçamento  No exemplo anterior onde todos procuraram representar, houve uma tendência em reduzir o número de características estruturais e consequentemente simplificar o padrão.  A tendência de nivelamento e aguçamento, são aplicações de uma tendência de superordenada, com a intenção de tornar a estrutura perceptiva mais nítida. Exemplo a seguir. Observe o desenho e o represente.
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  • 48. Nivelamento e aguçamento  O nivelamento caracteriza-se por alguns artíficios como unificação, realce da simetria, redução das características estruturais, repetição, omissão de detalhes não integrados, eliminação da obliquidade.  O aguçamento realça as diferenças, intensifica obliquidade.  Na memória de uma pessoa as coisas grande podem ser relembradas como se fossem maiores. A situação total pode sobreviver numa forma mais simples, mais ordenada.
  • 49. Um todo se mantém  Parece que as coisas que vemos se comportam como totalidades. Por um lado, o que se vê numa dada área do campo visual depende muito do seu lugar e função no contexto total.  Por outro, alterações locais podem modificar a estrutura do todo.  Esta interação entre todo e parte não é automática e universal.
  • 50. Subdivisão  Mesmo que as figuras organizadas se aproximem de sua integridade e se completem quando mutiladas ou distorcidas, não presumiríamos que tais figuras sejam sempre percebidas como massas compactas indivisíveis.  No exemplo a seguir, logo que a combinação retângulo e triângulo aparece a tensão cessa. Assume a forma mais simples.
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  • 52. Subdivisão  A subdivisão da forma tem imenso valor biológico porque é uma das condições para discernir os objetos.  O que nos capacita ver um automóvel como uma coisa e a pessoa dentro dele, outra, ao invés de parte do automóvel unificadas num monstro enganador? Às vezes nossos olhos nos enganam.  A camuflagem militar quebra a unidade dos objetos em partes que se fundem com o ambiente.  Picasso disse: “nós fizemos isto, é cubismo”.
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  • 54. Lei da simplicidade  A parte do mundo feita pelo homem adapta-se às necessidades humana. Em Londres as cabines telefônicas são pintadas de vermelho vivo para diferenciá- las daquilo que o rodeia. Lei da simplicidade.
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  • 56. O que é uma Parte?  Saber distinguir entre pedaços e partes é na verdade uma chave para o sucesso na maior parte das ocupações humanas.  Partir para obter mera quantidade ou número é ignorar a estrutura. Nenhum outro procedimento é válido, naturalmente, quando a estrutura está ausente.  As partes das formas mais simples são determinadas com maior facilidade. Vês-se um quadrado constituído de 4 linhas retas com divisões no ângulos.
  • 57. É necessário portanto distinguir entre “partes genuínas” – isto é, secções que revelam um subtotal segregado dentro do contexto total e meras porções ou pedaços ou nenhuma divisão inerente à figura.
  • 58. Semelhança e Diferença  A semelhança e subdivisão são pólos opostos.  Enquanto a subdivisão é um dos pré-requisitos da visão, a semelhança pode tornar as coisas invisíveis, como uma pérola sobre uma fonte branca.  A homogeneidade é o caso limite, no qual, como alguns pintores modernos demonstraram, a visão se aproxima ou atinge a ausência de estrutura.  A semelhança atua como um princípio estrutural apenas em conjunto com a separação, isto é, como uma força de atração entre coisas separadas.  A semelhança é um pré-requisito para se notar as diferenças.
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  • 60. Semelhança  Qualquer aspecto daquilo que se percebe, forma, claridade, cor localização espacial, movimento, etc, pode causar agrupamento por semelhança. Embora todas as coisas sejam diferentes em alguns aspectos e semelhantes em outros, as comparações só tem sentido quando provém de uma base comum.  Ex: teste com crianças pré-escolares. 6 imagens, das quais cinco representavam grandes animais mamíferos, uma, um navio de guerra. Perguntaram-lhes qual das imagens era mais diferente de uma sétima, representando um “carneiro”.  As crianças de mais idade e os adultos responderam: o navio.  As outras crianças não fizeram o mesmo se lhes perguntaram porque não escolheram o navio respondiam: “Porque não é um animal.”
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  • 62. Semelhança e diferença  A configuração, a orientação espacial e a claridade mantêm-se constantes. Estas semelhanças mantêm os quadrados ligados e ao mesmo tempo forçosamente evidenciam a diferença de tamanho entre eles.  A diferença de tamanho, por sua vez resulta numa subdivisão, pela qual os dois quadrados grande, contra os quatro pequenos, ligam-se a um nível secundário. Este é um exemplo de agrupamento por semelhança de tamanho.
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  • 65. Forma consistente  Esse princípio repousa na semelhança intrínseca dos elementos que constituem uma linha, uma superfície ou um volume.  Quanto mais consistente for a forma da unidade tanto mais prontamente se destacará do seu ambiente.
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  • 68. Delacroix  Disse que ao desenhar um objeto, a primeira coisa que dele se deve captar é o contraste de suas linhas principais: “é necessário estar bem consciente disto antes de colocar o lápis o papel.”  Durante todo o trabalho o artista deve ter em mente o esqueleto estrutural que está configurando.  A imagem condutora da mente de um artista é antes de mais nada o esqueleto estrutural, a configuração de forças visuais que determina o caráter do objeto visual.

Editor's Notes

  1. Parece um triângulo ligado a uma vertical.
  2. Em conjunto parece um quadrado em angulos diferentes.
  3. Pescoço de girafa