O documento conta a história de um rapaz que vive numa casa perto de um ribeiro. Uma tarde, o rapaz vê um grande peixe que fala com ele, revelando que vivia num aquário e agora procura um novo lar. O rapaz faz amizade com o peixe e o ajuda quando a sua família planeia pescá-lo para comer.
2. Era uma vez uma casa pequena e branca, com uma chaminé por onde saía o fumo da lareira. À volta da casa havia um pomar com árvores de frutos e, como as árvores eram variadas, havia frutos todo o ano. Nessa casa morava um rapaz com a mãe e o pai. Quando passava a estação de cada fruto, podia-se comer as compotas que a mãe do rapaz fazia. Mas, além das árvores do pomar, existiam muitas outras árvores antigas que já lá estavam antes do avô ter feito a casa. Junto ao ribeiro, havia faias, altas e esguias, e chorões. Mas, o seu sítio preferido era o ribeiro. O ribeiro fazia uma curva e depois mergulhava numa cascata. A água era transparente e era óptima para beber e para cozinhar. Tinham todos muito cuidado para não sujar o rio, atirando outras coisas lá para dentro.
3. Nesse lago, o rapaz aprendeu a nadar. O rapaz nadava muito no lago e por isso já conhecia o fundo do lago. Debaixo do lago havia dois ou três peixes que moravam nas margens do lago, entre esconderijos. Quando o rapaz ficava com frio de tanto tomar banho, saía da água. Nas noites de Verão, antes de ir para a cama, o rapaz deitava-se ao lado do rio a observar as estrelas. A sua mãe ensinara-lhe que cada estrela era uma pessoa que tinha morrido e que tinha deixado na terra uma pessoa muito especial.
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6. Mais tarde estava a pensar se o peixe encontrou um lugar para viver ou se já está no mar. Quando o peixe voltou já sabia o que fazer. O rapaz e o peixe fizeram um acordo. O peixe ficava lá e o rapaz não contava a ninguém que ele falava e assim ficou combinado. O peixe agradeceu e deu um salto enorme. Na Primavera, o rapaz e a carpa ficaram muito amigos, a brincar juntos. O rapaz, quando não tinha escola vinha até ao ribeiro e aí falava com a carpa. Chegou a estação do Verão. Os dias continuavam lindos e ficavam cada vez mais quentes. Nas noites mais claras desse Verão, quando vinha muito calor, ninguém conseguia dormir. Passou o Verão, veio o Outono e, em lugar das chuvas que se esperavam, o sol continuou a abrir e a brilhar e os dias continuaram sempre quentes. O rapaz andava sempre feliz e continuava a tomar banho no ribeiro.
7. Mas, o pai do rapaz andava muito calado. E de semana para semana, as coisas foram ficando muito piores. Continuava a não chover e, em muito breve, o poço que servia para regar os legumes e o pomar ficaria seco. A mãe também andava muito calada, a pensar muito. Também já não tinha muita fruta para fazer as compotas. A mãe do rapaz já tinha conhecimento dos anos anteriores e sabia que não havia nada a fazer! Só choveria quando o céu quisesse.
8. Subitamente, a mãe teve uma grande ideia e a sua cara alegrou-se, por ter visto há dias uma carpa gigante no ribeiro. - Eu digo-te que aquela carpa deve pesar, para aí uns cinquenta quilos. – comentou a mãe. - Mas que grande ideia. Amanhã, mesmo logo de manhãzinha, vou tirar a rede da capoeira e estendê-la dum lado ao outro do ribeiro. – disse o pai esfregando as mãos de contente. O rapaz ouviu aquela conversa com muito medo, sem saber o que fazer! Se eu avisar o meu amigo peixe, ele pode fugir nessa mesma noite. Se assim o pensou, assim o fez… As despedidas entre o peixe e o rapaz foram rápidas e tristes. O peixe disse ao rapaz que talvez não fosse morar para muito longe e que provavelmente o viesse visitar. O rapaz ficou muito triste ao ver o peixe partir.
9. Passaram dias e dias até que um dia… Um dia, o peixe voltou. O rapaz ficou louco de alegria ao vê-lo e a carpa disse-lhe que se arranjasse comida talvez pudesse ficar no lago, porque assim já não havia razão para o pescarem.
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11. Trabalho realizado em grupo pelos alunos do 3º e 4º Anos da EB1 de Chorente - 2010/2011