Rodrigo Magalhães

Nova Iguaçu

Professor

Sou a triste canção de perda O grito ecoado no vazio Murmúrios coibidos e entrecortados Sou o estrondoso silêncio desvanecido Sou um sorriso ingênuo e sincero Um gesto, um aceno, um olhar cristalino Um palpitar do coração abandonado Sou passos lentos pelo caminho Sou os pensamentos errantes Promessas, intentos, aspirações Uma reminiscência longínqua Sou as constantes inquietações Sou a bela manhã ensolarada À tarde criança e menina A noite amena e vagarosa Sou a madrugada longa e desprotegida Sou a medida do equilíbrio O porteiro entre a razão e sanidade Um ator em constante improviso Sou um peregrino a flagelar-se Sou uma mentira bem contada