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COLÉGIO DE SÃO BENTO
             FILOSOFIA

             Contemporânea I
3ª SÉRIE - 2012           Prof. Bruno Bahia
“Nada de grande se realizou
    no mundo sem paixão.”




              G. W. F. HEGEL
                  (1770-1831)
Século XIX
• Revolução Industrial
  (meados do século XVIII) –
  Capitalismo;
• Inovações tecnológicas;
• Exploração do trabalho
  humano (tripalium);
• Dois blocos antagônicos:
  burguesia empresarial x
  trabalhadores.
• Lutas e correntes
  socialistas: base no ideário
  da Revolução Francesa
  (1789-1799).
Romantismo: indivíduo, emoção e natureza

• Movimento cultural: arte e filosofia;
• Exaltação das paixões e
  sentimentos valorosos (amor x
  racionalidade);
• Valorização da sensibilidade e
  subjetividade;
• Retomada da idéia da natureza
  como força vital;
• Desenvolvimento do nacionalismo;
• Influência direta no Idealismo
  Alemão.
Idealismo Alemão
•   O sujeito exerce um papel
    mais determinante no
    processo do conhecimento;

•   O que ele conhece são suas
    ideias, suas representações
    do mundo e sua consciência.

•   Base no pensamento kantiano:
    “das coisas só conhecimentos
    a priori aquilo que nós
    mesmos colocamos nelas”.

•   O saber não é absoluto, mas é
    absoluto como saber (Fichte).
J. GOTTLIEB FICHTE (1726-1814)
•   Somente podemos conhecer a
    consciência ou o pensamento
    que temos das coisas;

•   Existência do Eu como princípio
    da consciência, criador de toda a
    realidade;

•   A realidade objetiva é produto do
    espírito humano;

•   O que é exterior ao homem é o
    não-Eu.
FRIEDRICH SCHELLING (1775-1854)
•   Existe um único princípio,
    uma inteligência exterior ao
    próprio Eu, que rege todas
    as coisas.

•   “o homem ou, mais
    geralmente, o que nós
    chamamos razão”.

•   Funda a ideia de uma
    Inteligência, ou Espírito, que
    se manifesta e se concretiza
    no mundo sensível.
G. W. F. HEGEL (1770-1831)
•   Principal expoente do
    idealismo alemão;
•   Sua filosofia representa o
    ponto culminante do
    racionalismo;
•   Reconciliação da filosofia
    com a realidade;
•   Pensar a realidade como
    Espírito, ou seja, não
    somente como substância,
    mas também como sujeito.
•   Isso significa pensar a
    realidade como processo,
    como movimento.
MOVIMENTO DIALÉTICO
•   A realidade como Espírito possui uma vida própria, um movimento dialético
    (movimentos sucessivos e contraditórios)

                         TESE – ANTÍTESE – SÍNTESE

•   Ex.: Revolução Francesa – Barbarismo – Liberdade;
•   A realidade é dinâmica.
•   Embate e superação das contradições: dialética [movimento real da realidade].

                     Ser em-si, ser fora-de-si, ser para-si.
Consciência rumo ao saber absoluto
•   Afastamento do conhecimento
    comum e se voltar para o absoluto;
•   A consciência que alcança o saber
    absoluto atinge a razão - λογος;
•   Neste momento a Razão alcança a
    consciência da unidade entre ser e
    pensar, harmonizando subjetividade
    e objetividade;
•   A filosofia estaria aí para superar o
    conhecimento finito e limitado para
    alcançar o saber absoluto – o saber
    da coisa-em-si.
Relação entre filosofia e história
Superioridade do Espírito, que se realiza na
     História dos homens por meio da
     liberdade;

03 momentos do Espírito:
•    Espírito subjetivo: que se refere ao
     indivíduo e à consciência individual;

•     Espírito objetivo: que se refere às
      instituições e costumes historicamente
      produzidos pelos homens;

•     Espírito absoluto: que se manifesta na
      arte, na religião e na filosofia, como
      espírito que se compreende a si mesmo.
História
•    A História é um desdobramento do Espírito objetivo
     no tempo;

•    O Espírito objetivo é a realização da liberdade na
     sociedade: se manifesta no direito, na moralidade e
     na eticidade, englobando família, sociedade e
     Estado;

•    O indivíduo só existe como membro do Estado –
     Princípios da Filosofia do Direito.

•    A filosofia da história deve captar o movimento
     histórico como uma contínua evolução da idéia de
     liberdade, que se desenvolve segundo um plano
     racional.

Tudo o que é real é racional, tudo que é racional é real.
G. W. F. HEGEL
Páginas
  125 – 134
Fenomenologia do Espírito
§ 179, 183, 184, 185, 189, 190.
Contestação do sistema hegeliano
LUDWIG FEUERBACH
              (1804-1872)

•   Idealismo de Hegel: “especulação vazia”;
•   Não trata do ser real, das coisas reais e dos
    homens concretos;
•   Propõe uma filosofia partindo do concreto – e
    não de Idéia, Espírito e Razão.
•   Parte do ser humano como um ser natural e
    social.
•   É o materialismo que influenciará Marx.
ARTHUR SCHOPENHAUER (1788-1860)
•   Visão pessimista da vida,
    encarada como uma
    história de sofrimentos;

•   Para ele, Hegel constrói
    sua filosofia segundo os
    interesses do Estado
    prussiano, ao englobar as
    situações históricas como
    desdobramentos do
    Espírito objetivo,
    legitimando todas as
    formas de governo,
    mesmo as mais nefastas.
O mundo como vontade e representação
•   O conhecimento é uma relação na qual o objeto é
    percebido pelo sujeito, não como ele é, mas como ele pode
    ser percebido e interpretado;
•   Retoma Kant na oposição de um saber absoluto;
•   O mundo é representação. O conhecimento do mundo
    parte do sujeito;
•   É possível alcançar a essência das coisas através de um
    insight intuitivo: a atividade estética permitiria ao homem
    a compreensão da verdade.
•   Pela arte, o sujeito se desprenderia de sua individualidade
    para fundir-se no objeto, numa entrega pura e plena.
•   O ser humano seria essencialmente vontade, o que levaria
    a desejar sempre mais, produzindo uma insatisfação
    constante;
•   Essa insatisfação é a origem das lutas entre os homens, da
    dor e do sofrimento;
•   A vida do homem é um pêndulo que oscila entre a
    ansiedade e o tédio.
SØREN KIERKEGAARD (1813-1855)
             •     Foco na realidade humana
                   concreta;

             •     Obra teológica centralizada na
                   ética cristã e nas instruções da
                   Igreja;

             •     Inspiração em diálogos socráticos
                   na forma e método de escrita;

             •     A tarefa da descoberta do
                   significado das suas obras é
                   deixada ao leitor, porque "a tarefa
                   deve ser tornada difícil, visto que
                   apenas a dificuldade inspira os
                   nobre de espírito";

                 Filosofia de cunho existencialista.
A experiência única da vida
• Contestou a
  supremacia da razão
  como único
  instrumento capaz de
  estabelecer a
  verdade, tal como
  Hegel propunha.

• Defende o
  conhecimento que se
  origina da fé.
As três dimensões da existência humana
•      Estética: na qual se procura
       o prazer;

•      Ética: na qual se vivencia o
       problema da liberdade e da
       contradição entre prazer e o
       dever;

•      Religiosa: marcada pela fé.



    Cabe ao homem escolher em qual dimensão quer viver, já que
      são excludentes entre si. Essas dimensões também poderiam
      ser entendidas como etapas da vida do homem em sua
      existência.
Existencialismo

•   Trata de temas como amor,
    sofrimento, angústia,
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    não poderiam ser explicados
    através da razão.

•   Kierkegaard procurou
    destacar as condições
    específicas da existência
    humana e incorporá-las às
    reflexões filosóficas.
Análise das relações do homem com:
O mundo:
Angústia: sentimento profundo que temos ao
    perceber a instabilidade de viver num
    mundo de acontecimentos possíveis, sem
    garantia de que nossas expectativas
    sejam realizadas.

         No possível, tudo é possível.


Consigo mesmo:
Inquietação e desespero: o homem nunca
     está satisfeito com as possibilidades que
     realizou, ou porque não conseguiu
     realizar o que pretendia, esgotando os
     limites do possível e fracassando diante
     de suas expectativas.

Deus:
Superação da angústia e do desespero: é
     marcada pelo paradoxo de ter de
     compreender pela fé o que é
     incompreensível pela razão.

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Filosofia - Idealismo Alemão e outros

  • 1. COLÉGIO DE SÃO BENTO FILOSOFIA Contemporânea I 3ª SÉRIE - 2012 Prof. Bruno Bahia
  • 2. “Nada de grande se realizou no mundo sem paixão.” G. W. F. HEGEL (1770-1831)
  • 3. Século XIX • Revolução Industrial (meados do século XVIII) – Capitalismo; • Inovações tecnológicas; • Exploração do trabalho humano (tripalium); • Dois blocos antagônicos: burguesia empresarial x trabalhadores. • Lutas e correntes socialistas: base no ideário da Revolução Francesa (1789-1799).
  • 4. Romantismo: indivíduo, emoção e natureza • Movimento cultural: arte e filosofia; • Exaltação das paixões e sentimentos valorosos (amor x racionalidade); • Valorização da sensibilidade e subjetividade; • Retomada da idéia da natureza como força vital; • Desenvolvimento do nacionalismo; • Influência direta no Idealismo Alemão.
  • 5. Idealismo Alemão • O sujeito exerce um papel mais determinante no processo do conhecimento; • O que ele conhece são suas ideias, suas representações do mundo e sua consciência. • Base no pensamento kantiano: “das coisas só conhecimentos a priori aquilo que nós mesmos colocamos nelas”. • O saber não é absoluto, mas é absoluto como saber (Fichte).
  • 6. J. GOTTLIEB FICHTE (1726-1814) • Somente podemos conhecer a consciência ou o pensamento que temos das coisas; • Existência do Eu como princípio da consciência, criador de toda a realidade; • A realidade objetiva é produto do espírito humano; • O que é exterior ao homem é o não-Eu.
  • 7. FRIEDRICH SCHELLING (1775-1854) • Existe um único princípio, uma inteligência exterior ao próprio Eu, que rege todas as coisas. • “o homem ou, mais geralmente, o que nós chamamos razão”. • Funda a ideia de uma Inteligência, ou Espírito, que se manifesta e se concretiza no mundo sensível.
  • 8. G. W. F. HEGEL (1770-1831) • Principal expoente do idealismo alemão; • Sua filosofia representa o ponto culminante do racionalismo; • Reconciliação da filosofia com a realidade; • Pensar a realidade como Espírito, ou seja, não somente como substância, mas também como sujeito. • Isso significa pensar a realidade como processo, como movimento.
  • 9. MOVIMENTO DIALÉTICO • A realidade como Espírito possui uma vida própria, um movimento dialético (movimentos sucessivos e contraditórios) TESE – ANTÍTESE – SÍNTESE • Ex.: Revolução Francesa – Barbarismo – Liberdade; • A realidade é dinâmica. • Embate e superação das contradições: dialética [movimento real da realidade]. Ser em-si, ser fora-de-si, ser para-si.
  • 10. Consciência rumo ao saber absoluto • Afastamento do conhecimento comum e se voltar para o absoluto; • A consciência que alcança o saber absoluto atinge a razão - λογος; • Neste momento a Razão alcança a consciência da unidade entre ser e pensar, harmonizando subjetividade e objetividade; • A filosofia estaria aí para superar o conhecimento finito e limitado para alcançar o saber absoluto – o saber da coisa-em-si.
  • 11. Relação entre filosofia e história Superioridade do Espírito, que se realiza na História dos homens por meio da liberdade; 03 momentos do Espírito: • Espírito subjetivo: que se refere ao indivíduo e à consciência individual; • Espírito objetivo: que se refere às instituições e costumes historicamente produzidos pelos homens; • Espírito absoluto: que se manifesta na arte, na religião e na filosofia, como espírito que se compreende a si mesmo.
  • 12. História • A História é um desdobramento do Espírito objetivo no tempo; • O Espírito objetivo é a realização da liberdade na sociedade: se manifesta no direito, na moralidade e na eticidade, englobando família, sociedade e Estado; • O indivíduo só existe como membro do Estado – Princípios da Filosofia do Direito. • A filosofia da história deve captar o movimento histórico como uma contínua evolução da idéia de liberdade, que se desenvolve segundo um plano racional. Tudo o que é real é racional, tudo que é racional é real.
  • 13. G. W. F. HEGEL Páginas 125 – 134 Fenomenologia do Espírito § 179, 183, 184, 185, 189, 190.
  • 14. Contestação do sistema hegeliano LUDWIG FEUERBACH (1804-1872) • Idealismo de Hegel: “especulação vazia”; • Não trata do ser real, das coisas reais e dos homens concretos; • Propõe uma filosofia partindo do concreto – e não de Idéia, Espírito e Razão. • Parte do ser humano como um ser natural e social. • É o materialismo que influenciará Marx.
  • 15. ARTHUR SCHOPENHAUER (1788-1860) • Visão pessimista da vida, encarada como uma história de sofrimentos; • Para ele, Hegel constrói sua filosofia segundo os interesses do Estado prussiano, ao englobar as situações históricas como desdobramentos do Espírito objetivo, legitimando todas as formas de governo, mesmo as mais nefastas.
  • 16. O mundo como vontade e representação • O conhecimento é uma relação na qual o objeto é percebido pelo sujeito, não como ele é, mas como ele pode ser percebido e interpretado; • Retoma Kant na oposição de um saber absoluto; • O mundo é representação. O conhecimento do mundo parte do sujeito; • É possível alcançar a essência das coisas através de um insight intuitivo: a atividade estética permitiria ao homem a compreensão da verdade. • Pela arte, o sujeito se desprenderia de sua individualidade para fundir-se no objeto, numa entrega pura e plena. • O ser humano seria essencialmente vontade, o que levaria a desejar sempre mais, produzindo uma insatisfação constante; • Essa insatisfação é a origem das lutas entre os homens, da dor e do sofrimento; • A vida do homem é um pêndulo que oscila entre a ansiedade e o tédio.
  • 17. SØREN KIERKEGAARD (1813-1855) • Foco na realidade humana concreta; • Obra teológica centralizada na ética cristã e nas instruções da Igreja; • Inspiração em diálogos socráticos na forma e método de escrita; • A tarefa da descoberta do significado das suas obras é deixada ao leitor, porque "a tarefa deve ser tornada difícil, visto que apenas a dificuldade inspira os nobre de espírito"; Filosofia de cunho existencialista.
  • 18. A experiência única da vida • Contestou a supremacia da razão como único instrumento capaz de estabelecer a verdade, tal como Hegel propunha. • Defende o conhecimento que se origina da fé.
  • 19. As três dimensões da existência humana • Estética: na qual se procura o prazer; • Ética: na qual se vivencia o problema da liberdade e da contradição entre prazer e o dever; • Religiosa: marcada pela fé. Cabe ao homem escolher em qual dimensão quer viver, já que são excludentes entre si. Essas dimensões também poderiam ser entendidas como etapas da vida do homem em sua existência.
  • 20. Existencialismo • Trata de temas como amor, sofrimento, angústia, desespero, que, segundo ele, não poderiam ser explicados através da razão. • Kierkegaard procurou destacar as condições específicas da existência humana e incorporá-las às reflexões filosóficas.
  • 21. Análise das relações do homem com: O mundo: Angústia: sentimento profundo que temos ao perceber a instabilidade de viver num mundo de acontecimentos possíveis, sem garantia de que nossas expectativas sejam realizadas. No possível, tudo é possível. Consigo mesmo: Inquietação e desespero: o homem nunca está satisfeito com as possibilidades que realizou, ou porque não conseguiu realizar o que pretendia, esgotando os limites do possível e fracassando diante de suas expectativas. Deus: Superação da angústia e do desespero: é marcada pelo paradoxo de ter de compreender pela fé o que é incompreensível pela razão.