SlideShare a Scribd company logo
1 of 15
Download to read offline
Produção de Suportes Midiáticos para a Educação
Meios Audiovisuais e Educação no
Brasil: a recepção, o vídeo popular e a
TV Comunitária
CCA0296 - Prof. Richard Romancini
Recepção, educomunicação e TV/vídeo
• A pesquisa latino-americana de comunicação estabeleceu
uma abordagem inovadora, desde os anos 1980, baseada na
teoria das mediações, que trouxe contribuições para a
reflexão e a prática educomunicativa (Lopes, 2011).
• Ao mesmo tempo, propostas como a do vídeo popular e a das
TVs comunitárias, iniciadas no fim dos anos 1970, dialogam
também com a perspectiva mais participava e emancipatória
da educomunicação.
• Essas abordagens possuem interfaces com processos
educativos não formais e formais relacionados ao audiovisual,
e têm sido atualizadas ou relidas nos dias de hoje.
Recepção e práticas educomunicativas
• A ênfase no papel das “mediações” para a construção do sentido das
mensagem dos meios (inclusive os audiovisuais), na América Latina, não
enfraqueceu a ideia de educar para a recepção.
• Isto ocorria, pois a própria escola (assim como a família) era vista como
um dimensão mediadora. Num modelo de multimediações, como o
proposto por Orozco, era vista como uma “mediação institucional”.
• Porém, o trabalho educativo com os meios singulariza-se, no panorama
internacional, pela preocupação em levar em conta também as
experiências culturais do receptor que se busca formar, em propostas
mais “dialéticas” (Soares, 2002) de análise crítica da produção midiática.
• Uma série de programas para a educação para a recepção foi
desenvolvido na AL, como o de Leitura Crítica da Comunicação, no Brasil,
e o do Ceneca (Centro de Indagação, Expressão Cultural e Artística) do
Chile, mais ativos durante a década de 1980.
Formar uma nova recepção
• Há uma mutação das recepção, das audiências aos
usuários/participantes, no atual panorama social-
midiático:
Para a educomunicação, focalizada historicamente em
modificar a interpretação dos produtos midiáticos feita pelas
audiências, o desafio contemporâneo maior é, agora também
e principalmente, formar as audiências para assumirem-se
como emissores e interlocutores reais [...]. Se antes foi
fundamental formar para a recepção, agora é imprescindível formar também para a
emissão e produção criativas. [...] Os novos participantes na comunicação têm de
aprender a ser comunicadores. (Orozco, 2014, p. 33; destaque nosso)
• Orozco (2014, p. 116-118) não está pensando necessariamente na
produção audiovisual, mas sim de mensagens, mais elaboradas do que
no contexto pré-internet, para as quais defende um trabalho
educomunicativo, envolvendo as seguintes dimensões: 1) acesso e 2)
gestão da informação, e capacidade de 3) integrar, 4) avaliar e 5) criar
informação. Nesse sentido, se aproxima de propostas como a de Jenkins.
https://www.youtube.com/watch
?v=qwsGjiqMsHo
Vídeo Popular: origens
• Movimento do final dos anos 1970, que
atravessa as décadas seguintes, em que o
vídeo foi utilizado como instrumento por
uma série de movimentos populares.
• A conceitualização do que é o “vídeo
popular” remetia a uma multiplicidade de
contextos de produção, porém, o
compromisso com temáticas de interesse
popular (moradia, saúde, etc.) aglutinava os
trabalhos e dava coerência à noção.
• A Associação Brasileira de Vídeo Popular - ABVP (1984-2004),
que tinha como objetivo incentivar as iniciativas, teve papel
articulador (discussão, disseminação, etc.) das experiências.
Fonte: imagem - CPV
Vídeo popular: características
• “Pretendia-se que os vídeos não fossem
feitos sobre e para os movimentos populares,
mas, fundamentalmente, pelos movimentos
populares” (Oliveira, 2001, p. 9).
• O processo (participativo, conscientizador, etc.)
tinha o mesmo valor que o produto final, que se
colocava como um instrumento de mobilização.
• Embora analógico, no início, o vídeo popular já foi favorecido pelo
barateamento dos equipamentos. Hoje predomina o digital
(Porto; Moraes, 2008).
• As fontes de financiamento eram, de maneira geral, os
movimentos sociais e os próprios realizadores, mas também
aportes de organizações estrangeiras.
https://www.youtube.com/watch?v=UrL
Q7EE-
fLo&list=PLCehn6y1XlGOQ59rKP7mAI_l0
QiVd3me9
Vídeo popular: características e
desenvolvimento
Vídeo de 1984
https://www.youtube.com/wat
ch?v=3btpI74s2FU
• Os circuitos de exibição estavam ligados
principalmente aos próprios movimentos sociais.
• Para Oliveira (2001), nos anos 1980 os vídeos
caracterizam-se por um tom de denúncia e/ou
luta, predominando o documental; a
apresentação de um problema é seguida pela
indicação de uma ação, que remetia a questões
estruturais.
• A partir de meados dos anos 90, essa proposta de
“fazer a cabeça” se dilui, e os vídeos,
mais interativos, abordam dimensões mais
íntimas, propondo “questões que incitam os
espectadores a redefinir o modo de perceber a
realidade” (Oliveira, 2001, p. 15).
Vídeo de 1990
https://www.youtube.com/wat
ch?v=OmFvs5p8ZOo
Vídeo popular: tendências recentes
• Protagonismo dos membros da comunidades, grupos
e jovens envolvidos, que têm participação direta na
realização/circulação das obras (esse era um ideal
nem sempre cumprido no vídeo popular tradicional).
• Este aspecto repercute nas próprios vídeos,
geralmente abordando temas do universo próximo
dos realizadores, “questões sociais”.
• Importância das modalidades de financiamento e fomento públicos, de
diferentes esferas: federal, estadual (editais) e municipais (como o VAI –
decreto lei 43.823/03).
• A exibição conta hoje com mais possibilidades: exibições públicas, por
sistemas a cabo alternativos, canais comunitários, festivais/mostras e
internet.
• Alguns núcleos de produção desenvolvem-se a partir de formações (p.
ex., Arroz Feijão e Vídeo).
https://www.youtube.com/watch?
v=Mewpf00zhEs
Vídeo popular e educomunicação
• O processo de muitos vídeos é “educativo/ conscientizador”.
Ao cruzar-se com práticas de comunicação comunitárias
relaciona-se a uma “educação popular”.
• O vídeo popular é percebido como uma mídia contra-
hegemônica que mostra aquilo que os veículos tradicionais
não mostram, adotando uma perspectiva própria.
• Uma série de iniciativas encaminha-se para a discussão da mídia e sua
relação com a cidadania, o direto à comunicação, etc.; e daí o trabalho
educativo que se desenvolve em muitas experiências: formar para a
comunicação audiovisual, mas sob uma abordagem crítica.
• Muitas oficinas buscam uma “formação/deformação” do olhar (Alvarenga;
Hikiji, 2006).
• O vídeo propicia um olhar renovado para o imediatamente próximo, que
se torna objeto de investigação e indagação; assim, coloca-se numa
perspectiva educativa/educomunicativa.
Fonte: imagem - Coletivo de Vídeo Popular
TV Comunitária: história
• Tem sua origem tanto nas experiências do vídeo
popular quanto nas de TV de rua, contextualizadas
pela preocupação com a democratização da
comunicação (assim como as rádios comunitárias).
• Movimento impulsionado pela legislação de TV a
cabo, que instituiu canais de uso gratuito, entre
eles, o comunitário (Leis 8977/1995 e
12.485/2011).
• Experiências pioneiras: “TV Viva (Olinda/Recife-PE) nos anos 1980,
passando pela Bem TV (Niterói-RJ) e pela TV Mocoronga (Santarém-
PA), até hoje existentes” (Peruzzo, 2008, p. 179).
• Houve também experiências, nas décadas de 1980 e 1990, no
sistema VHF, mas sem autorização legal; e de UHF (alcance local).
https://www.youtube.com/watch
?v=Qdku75FgBKE&list=PLCehn6y
1XlGNvhzIG4cgZ4rXxVw5PD7YW
TV Comunitária: características
• Em 2012, a Associação Brasileira de Canais
Comunitários (ABCCom) possuía 64 TVs filiadas.
• “O diferencial dos canais comunitários em
relação à televisão convencional é o seu sistema
de organização e de operação. São geridos por
associações de usuários formadas por entidades
sem fins lucrativos da sociedade civil que
partilham também a grade de programação com
produções próprias” (Peruzzo, 2008, p. 181).
• Conforme o estudo de Peruzzo (2008), mas parece que ainda
hoje, o principal problema das TVs comunitárias diz respeito ao
financiamento (elas não podem ter publicidade comercial,
apenas institucional).
Fonte: imagem - logos ABCCom e ACESP
TV Comunitária e educomunicação
• Também de acordo com Peruzzo (2008), observa-se importante
nível de participação nas TVs comunitárias, no planejamento,
produção e recepção dos conteúdos veiculados. Além disso, de
maneira geral, “se pautam por colocar no ar uma programação
de caráter educativo-cultural e almejando a ampliação da
cidadania cultural” (idem, p. 182).
• Dimensões como essas favorecem práticas que relacionem a
educomunicação e a televisão comunitária.
• O que merece também ser destacado, nessa relação e em outros
aspectos desse tipo de TV, é que ela tem preocupações
diferentes da TV comercial, portanto, pode assumir
compromissos, tanto com grupos (“comunidades”) que
tradicionalmente têm pouca visibilidade ou possibilidade de
manifestação, quanto com a renovação da linguagem da TV.
Produções e experiências
https://www.youtube.com/watch?v=_IglgYoOHaY
Mulher na Mídia (2003)
Programa da AIC, veiculado em TV
Comunitária de BH.
https://www.youtube.com/watch?v=4Y80VVKRqzk
São Mateus em Movimento (2007)
Documentário sobre esse bairro de
São Paulo.
https://www.youtube.com/watch?v=zU7RPM5ZVFk
Cambinda Estrela, Maracatu de
Festa e de Luta! (2010)
Doc. do programa Nós na Tela.
https://www.youtube.com/watch?v=5gdfy3rIMC0
Folia dos pretos no Tapajós (2010)
Reportagem da TV Mocoronga (PA).
https://www.youtube.com/watch?v=B3Rz7UWZcW8
Mágoas de Março (2013)
Vídeo do Núcleo de Comunicação
Alternativa.
https://www.youtube.com/watch?v=I_jjgXOxY3Q
Vídeo Bem TV (2013)
Vídeo que a apresenta a Bem TV,
de Niterói.
Referências
Alvarenga, Clarisse Castro de; Hikiji, Rose Satiko Gitirana. (2006) “De dentro do
bagulho”: o vídeo na partir da periferia. Sexta Feira, São Paulo: Editora 34, v. p. 183-204.
Disponível em link.
Alvarenga, Clarisse Castro de. (2004) Vídeo e experimentação social: um estudo sobre o
vídeo comunitário contemporâneo no Brasil. Dissertação de mestrado em Multimeios,
Campinas: Unicamp. Disponível em link.
Leonel, Juliana; Mendonça, Ricardo Fabrino (orgs.). (2010) Audiovisual comunitário e
educação: histórias, processos e produtos. Belo Horizonte: Autêntica Editora. Disponível
em link.
Lima, Rafaela (org.). (2008) Mídias comunitárias, juventude e cidadania. 2ª ed., Belo
Horizonte: Autêntica/Associação Imagem Comunitária.
Lopes, Maria Immacolata V. (2011) Pesquisas de recepção e educação para os meios. In:
Citelli, Adilson Odair; Costa, Maria Cristina Castilho (orgs.) Educomunicação: construindo
uma nova área de conhecimento. São Paulo: Paulinas.
Oliveira, Henrique Luiz Pereira. (2001) Transformações no vídeo popular. Sinopse, ano 3,
n. 7, ago., p. 8-15. Disponível em link.
Referências
Orozco Gómez, Guillermo. (2014) Educomunicação: recepção midiática, aprendizagens e
cidadania. São Paulo: Paulinas.
Peruzzo, Cicilia. (2008) Televisão comunitária: mobilização social para democratizar a
comunicação no Brasil. Em Questão, v. 14, n. 2, p. 177-189, jul./dez. Disponível em link.
Porto, Denis; Moraes, Elizabeth. (2008) O vídeo popular e as novas tecnologias digitais:
mudanças na tecnologia, na linguagem e no espaço. Razón y Palabra, vol. 13, núm. 61,
marzo-abril. Disponível em link.
Pires, Eloiza Gurgel. (2010). A experiência audiovisual nos espaços educativos: possíveis
interseções entre educação e comunicação. Educação e Pesquisa, v. 36, n. 1, jan./abr., p.
281-295. Disponível em link.
Santoro, Luiz Fernando. (1989) A imagem nas mãos: o vídeo popular no Brasil. São Paulo:
Summus.
Soares, Ismar de Oliveira. (2002) Gestão comunicativa e educação: caminhos da
educomunicação. Comunicação & Educação, São Paulo, vol. 8, n. 23, p. 16-25, jan./abr.
Disponível em link.
Sousa, Gustavo. (2012) O audiovisual nas periferias brasileiras: fatores para o
desenvolvimento da produção. Cadernos Cenpec, v.2, n.2, p.109-130, dez. Disponível
em link.

More Related Content

What's hot

A UTILIZAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA:...
A UTILIZAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA:...A UTILIZAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA:...
A UTILIZAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA:...
christianceapcursos
 
Produzindo video na escola
Produzindo video na escolaProduzindo video na escola
Produzindo video na escola
Cesar Martins
 
O Uso Da Tecnologia No Ensino De LíNguas
O Uso Da Tecnologia No Ensino De LíNguasO Uso Da Tecnologia No Ensino De LíNguas
O Uso Da Tecnologia No Ensino De LíNguas
BiancaCosta
 
Documentário de divulgação científica em tempos de redes sociais e uma exper...
Documentário de divulgação científica em tempos de redes sociais e  uma exper...Documentário de divulgação científica em tempos de redes sociais e  uma exper...
Documentário de divulgação científica em tempos de redes sociais e uma exper...
Sebastiao Vieira
 
O Uso Da Tecnologia No Ensino De LíNguas Iii
O Uso Da Tecnologia No Ensino De LíNguas IiiO Uso Da Tecnologia No Ensino De LíNguas Iii
O Uso Da Tecnologia No Ensino De LíNguas Iii
Nelsonespecializacao
 
A UTILIZAÇÃO DA TV E DO VÍDEO NA EDUCAÇÃO
A UTILIZAÇÃO DA TV E DO VÍDEO NA EDUCAÇÃOA UTILIZAÇÃO DA TV E DO VÍDEO NA EDUCAÇÃO
A UTILIZAÇÃO DA TV E DO VÍDEO NA EDUCAÇÃO
rosangelarsantos
 

What's hot (20)

Midia educacionais tv video
Midia educacionais tv videoMidia educacionais tv video
Midia educacionais tv video
 
Mídias na educação tv e video 04
Mídias na educação tv e video 04Mídias na educação tv e video 04
Mídias na educação tv e video 04
 
Tv na educação
Tv na educaçãoTv na educação
Tv na educação
 
A UTILIZAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA:...
A UTILIZAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA:...A UTILIZAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA:...
A UTILIZAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA:...
 
“O USO DA TECNOLOGIA NO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: breve retrospectiva h...
“O USO DA TECNOLOGIA NO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: breve retrospectiva h...“O USO DA TECNOLOGIA NO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: breve retrospectiva h...
“O USO DA TECNOLOGIA NO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: breve retrospectiva h...
 
Produzindo video na escola
Produzindo video na escolaProduzindo video na escola
Produzindo video na escola
 
O Uso Da Tecnologia No Ensino De LíNguas
O Uso Da Tecnologia No Ensino De LíNguasO Uso Da Tecnologia No Ensino De LíNguas
O Uso Da Tecnologia No Ensino De LíNguas
 
As novas tecnologias no ensino de línguas
As novas tecnologias no ensino de línguasAs novas tecnologias no ensino de línguas
As novas tecnologias no ensino de línguas
 
Josete educom
Josete educomJosete educom
Josete educom
 
Documentário de divulgação científica em tempos de redes sociais e uma exper...
Documentário de divulgação científica em tempos de redes sociais e  uma exper...Documentário de divulgação científica em tempos de redes sociais e  uma exper...
Documentário de divulgação científica em tempos de redes sociais e uma exper...
 
O Uso Da Tecnologia No Ensino De LíNguas Iii
O Uso Da Tecnologia No Ensino De LíNguas IiiO Uso Da Tecnologia No Ensino De LíNguas Iii
O Uso Da Tecnologia No Ensino De LíNguas Iii
 
A arte e o bullying
A arte e o bullyingA arte e o bullying
A arte e o bullying
 
consumo e consumismo qual o papel do consumidor consciente
 consumo e consumismo qual o papel do consumidor consciente consumo e consumismo qual o papel do consumidor consciente
consumo e consumismo qual o papel do consumidor consciente
 
Tecnologias e Educação: desafios e possibilidades
Tecnologias e Educação: desafios e possibilidadesTecnologias e Educação: desafios e possibilidades
Tecnologias e Educação: desafios e possibilidades
 
LP-Tic2
LP-Tic2LP-Tic2
LP-Tic2
 
Ead Powerpoint
Ead PowerpointEad Powerpoint
Ead Powerpoint
 
Evolução histórica da tecnologia educacional 26.07
Evolução histórica da tecnologia educacional   26.07Evolução histórica da tecnologia educacional   26.07
Evolução histórica da tecnologia educacional 26.07
 
O ensino e a aprendizagem de língua espanhola por meio de redes sociais
O ensino e a aprendizagem de língua espanhola por meio de redes sociaisO ensino e a aprendizagem de língua espanhola por meio de redes sociais
O ensino e a aprendizagem de língua espanhola por meio de redes sociais
 
A UTILIZAÇÃO DA TV E DO VÍDEO NA EDUCAÇÃO
A UTILIZAÇÃO DA TV E DO VÍDEO NA EDUCAÇÃOA UTILIZAÇÃO DA TV E DO VÍDEO NA EDUCAÇÃO
A UTILIZAÇÃO DA TV E DO VÍDEO NA EDUCAÇÃO
 
Apresentacao educom 20 de julho de 2011
Apresentacao educom 20 de julho de 2011Apresentacao educom 20 de julho de 2011
Apresentacao educom 20 de julho de 2011
 

Viewers also liked

Documentário: historia e linguagem
Documentário: historia e linguagemDocumentário: historia e linguagem
Documentário: historia e linguagem
richard_romancini
 
Educação e Direitos autorais
Educação e Direitos autoraisEducação e Direitos autorais
Educação e Direitos autorais
richard_romancini
 
Documentario reflexivo
Documentario reflexivoDocumentario reflexivo
Documentario reflexivo
Jaques Diogo
 

Viewers also liked (11)

Documentário: historia e linguagem
Documentário: historia e linguagemDocumentário: historia e linguagem
Documentário: historia e linguagem
 
Educação e Direitos autorais
Educação e Direitos autoraisEducação e Direitos autorais
Educação e Direitos autorais
 
Os direitos autorais no Brasil : breve panoram
Os direitos autorais no Brasil : breve panoramOs direitos autorais no Brasil : breve panoram
Os direitos autorais no Brasil : breve panoram
 
Documentário Performático
Documentário PerformáticoDocumentário Performático
Documentário Performático
 
Documentario reflexivo
Documentario reflexivoDocumentario reflexivo
Documentario reflexivo
 
Documentário
DocumentárioDocumentário
Documentário
 
Tipos de Documentários
Tipos de DocumentáriosTipos de Documentários
Tipos de Documentários
 
O Instituto Nacional de Cinema Educativo: o cinema como meio de comunicação e...
O Instituto Nacional de Cinema Educativo: o cinema como meio de comunicação e...O Instituto Nacional de Cinema Educativo: o cinema como meio de comunicação e...
O Instituto Nacional de Cinema Educativo: o cinema como meio de comunicação e...
 
Transformações no vídeo popular
Transformações no vídeo popularTransformações no vídeo popular
Transformações no vídeo popular
 
Aula roteiro de documentário
Aula roteiro de documentárioAula roteiro de documentário
Aula roteiro de documentário
 
Roteiro de Documentário
Roteiro de DocumentárioRoteiro de Documentário
Roteiro de Documentário
 

Similar to Meios Audiovisuais e Educação no Brasil: a recepção, o vídeo popular e a TV Comunitária

João Domingo - Comunicação Instititucional nos Dias de Hoje, 28/03/2014
João Domingo - Comunicação Instititucional nos Dias de Hoje, 28/03/2014João Domingo - Comunicação Instititucional nos Dias de Hoje, 28/03/2014
João Domingo - Comunicação Instititucional nos Dias de Hoje, 28/03/2014
Development Workshop Angola
 
PPT por Natália Moura - TR 32 - Educação para os meios EUA – Grupo 4
PPT por Natália Moura - TR 32 - Educação para os meios EUA – Grupo 4PPT por Natália Moura - TR 32 - Educação para os meios EUA – Grupo 4
PPT por Natália Moura - TR 32 - Educação para os meios EUA – Grupo 4
videoparatodos
 
27042010 grupo 03 tr 22 juliana winkel m. dos santos
27042010 grupo 03 tr 22 juliana winkel m. dos santos27042010 grupo 03 tr 22 juliana winkel m. dos santos
27042010 grupo 03 tr 22 juliana winkel m. dos santos
Isabel Santos
 
Mídia e infância aula 1
Mídia e infância aula 1Mídia e infância aula 1
Mídia e infância aula 1
UFCG
 
Identidade, imagem e criatividade digital
Identidade, imagem e criatividade digitalIdentidade, imagem e criatividade digital
Identidade, imagem e criatividade digital
Daniel Meirinho
 
20042010 grupo 04 tr17 ronaldo gardinal concepto, instrumentos y_desafios_de_...
20042010 grupo 04 tr17 ronaldo gardinal concepto, instrumentos y_desafios_de_...20042010 grupo 04 tr17 ronaldo gardinal concepto, instrumentos y_desafios_de_...
20042010 grupo 04 tr17 ronaldo gardinal concepto, instrumentos y_desafios_de_...
guestd384f64
 

Similar to Meios Audiovisuais e Educação no Brasil: a recepção, o vídeo popular e a TV Comunitária (20)

João Domingo - Comunicação Instititucional nos Dias de Hoje, 28/03/2014
João Domingo - Comunicação Instititucional nos Dias de Hoje, 28/03/2014João Domingo - Comunicação Instititucional nos Dias de Hoje, 28/03/2014
João Domingo - Comunicação Instititucional nos Dias de Hoje, 28/03/2014
 
A práxis educomunicativa
A práxis educomunicativaA práxis educomunicativa
A práxis educomunicativa
 
Youtube e cultura participativa
Youtube e cultura participativaYoutube e cultura participativa
Youtube e cultura participativa
 
Conexões: movimento social, educação popular e cinema
Conexões: movimento social, educação popular e cinema Conexões: movimento social, educação popular e cinema
Conexões: movimento social, educação popular e cinema
 
YouTube e a Revolução Digital
YouTube e a Revolução DigitalYouTube e a Revolução Digital
YouTube e a Revolução Digital
 
Aula 6 estudo de caso secult
Aula 6 estudo de caso secultAula 6 estudo de caso secult
Aula 6 estudo de caso secult
 
A Responsabilidade das Organizações na Produção de Conteúdo Intercultural.
A Responsabilidade das Organizações na Produção de Conteúdo Intercultural.A Responsabilidade das Organizações na Produção de Conteúdo Intercultural.
A Responsabilidade das Organizações na Produção de Conteúdo Intercultural.
 
PPT por Natália Moura - TR 32 - Educação para os meios EUA – Grupo 4
PPT por Natália Moura - TR 32 - Educação para os meios EUA – Grupo 4PPT por Natália Moura - TR 32 - Educação para os meios EUA – Grupo 4
PPT por Natália Moura - TR 32 - Educação para os meios EUA – Grupo 4
 
27042010 grupo 03 tr 22 juliana winkel m. dos santos
27042010 grupo 03 tr 22 juliana winkel m. dos santos27042010 grupo 03 tr 22 juliana winkel m. dos santos
27042010 grupo 03 tr 22 juliana winkel m. dos santos
 
Educação para os media
Educação para os mediaEducação para os media
Educação para os media
 
ACULTURAÇÃO DA TELEVISÃO
ACULTURAÇÃO DA TELEVISÃOACULTURAÇÃO DA TELEVISÃO
ACULTURAÇÃO DA TELEVISÃO
 
Comunicação de massa e indústria cultural
Comunicação de massa e indústria culturalComunicação de massa e indústria cultural
Comunicação de massa e indústria cultural
 
Mídia e infância aula 1
Mídia e infância aula 1Mídia e infância aula 1
Mídia e infância aula 1
 
Mídia e infância aula 1
Mídia e infância aula 1Mídia e infância aula 1
Mídia e infância aula 1
 
O audiovisual na escola
O audiovisual na escola O audiovisual na escola
O audiovisual na escola
 
Nocoes de cidadania
Nocoes de cidadaniaNocoes de cidadania
Nocoes de cidadania
 
Seminários de educomunicação
Seminários de educomunicaçãoSeminários de educomunicação
Seminários de educomunicação
 
Os desafios crescimento inclusivo - Aveiro 2020
Os desafios crescimento inclusivo - Aveiro 2020Os desafios crescimento inclusivo - Aveiro 2020
Os desafios crescimento inclusivo - Aveiro 2020
 
Identidade, imagem e criatividade digital
Identidade, imagem e criatividade digitalIdentidade, imagem e criatividade digital
Identidade, imagem e criatividade digital
 
20042010 grupo 04 tr17 ronaldo gardinal concepto, instrumentos y_desafios_de_...
20042010 grupo 04 tr17 ronaldo gardinal concepto, instrumentos y_desafios_de_...20042010 grupo 04 tr17 ronaldo gardinal concepto, instrumentos y_desafios_de_...
20042010 grupo 04 tr17 ronaldo gardinal concepto, instrumentos y_desafios_de_...
 

More from richard_romancini

Televisão comunitária: mobilização social para democratizar a comunicação no ...
Televisão comunitária: mobilização social para democratizar a comunicação no ...Televisão comunitária: mobilização social para democratizar a comunicação no ...
Televisão comunitária: mobilização social para democratizar a comunicação no ...
richard_romancini
 
As primeiras iniciativas da Teleducação no Brasil: os Projetos SACI e EXERN
As primeiras iniciativas da Teleducação no Brasil: os Projetos SACI e EXERNAs primeiras iniciativas da Teleducação no Brasil: os Projetos SACI e EXERN
As primeiras iniciativas da Teleducação no Brasil: os Projetos SACI e EXERN
richard_romancini
 

More from richard_romancini (20)

Selecting a dissertation topic: range and scope
Selecting a dissertation topic: range and scopeSelecting a dissertation topic: range and scope
Selecting a dissertation topic: range and scope
 
TIPOLOGIAS DE JOGOS
TIPOLOGIAS DE JOGOSTIPOLOGIAS DE JOGOS
TIPOLOGIAS DE JOGOS
 
A EVOLUÇÃO DOS JOGOS DE TABULEIRO na América do Norte
A EVOLUÇÃO DOS JOGOS DE TABULEIRO na América do NorteA EVOLUÇÃO DOS JOGOS DE TABULEIRO na América do Norte
A EVOLUÇÃO DOS JOGOS DE TABULEIRO na América do Norte
 
JOGOS DE CARTAS: evolução e tipos
JOGOS DE CARTAS: evolução e tiposJOGOS DE CARTAS: evolução e tipos
JOGOS DE CARTAS: evolução e tipos
 
Recursos para pesquisa na internet e revisão de literatura
Recursos para pesquisa na internet e revisão de literaturaRecursos para pesquisa na internet e revisão de literatura
Recursos para pesquisa na internet e revisão de literatura
 
A pesquisa em Relações Públicas e Boas práticas acadêmicas
A pesquisa em Relações Públicas e Boas práticas acadêmicasA pesquisa em Relações Públicas e Boas práticas acadêmicas
A pesquisa em Relações Públicas e Boas práticas acadêmicas
 
Comunicação Organizacional e Relações Públicas
Comunicação Organizacional e Relações PúblicasComunicação Organizacional e Relações Públicas
Comunicação Organizacional e Relações Públicas
 
Perspectivas teóricas em RP
Perspectivas teóricas em RPPerspectivas teóricas em RP
Perspectivas teóricas em RP
 
O campo da comunicação no Brasil
O campo da comunicação no BrasilO campo da comunicação no Brasil
O campo da comunicação no Brasil
 
Mass communication research e funcionalismo
Mass communication research e funcionalismoMass communication research e funcionalismo
Mass communication research e funcionalismo
 
Marxismo e comunicação
Marxismo e comunicaçãoMarxismo e comunicação
Marxismo e comunicação
 
A sociologia no brasil
A sociologia no brasilA sociologia no brasil
A sociologia no brasil
 
A sociologia marxista
A sociologia marxistaA sociologia marxista
A sociologia marxista
 
Sociologia: antecedentes e positivismo
Sociologia: antecedentes e positivismoSociologia: antecedentes e positivismo
Sociologia: antecedentes e positivismo
 
A sociologia weberiana
A sociologia weberianaA sociologia weberiana
A sociologia weberiana
 
Manifestos dos pioneiros da Educação Nova (1932) e dos educadores (1959)
Manifestos dos pioneiros da Educação Nova (1932) e dos educadores (1959) Manifestos dos pioneiros da Educação Nova (1932) e dos educadores (1959)
Manifestos dos pioneiros da Educação Nova (1932) e dos educadores (1959)
 
Televisão comunitária: mobilização social para democratizar a comunicação no ...
Televisão comunitária: mobilização social para democratizar a comunicação no ...Televisão comunitária: mobilização social para democratizar a comunicação no ...
Televisão comunitária: mobilização social para democratizar a comunicação no ...
 
As primeiras iniciativas da Teleducação no Brasil: os Projetos SACI e EXERN
As primeiras iniciativas da Teleducação no Brasil: os Projetos SACI e EXERNAs primeiras iniciativas da Teleducação no Brasil: os Projetos SACI e EXERN
As primeiras iniciativas da Teleducação no Brasil: os Projetos SACI e EXERN
 
Humberto Mauro
Humberto MauroHumberto Mauro
Humberto Mauro
 
Edgar Roquette-Pinto
Edgar Roquette-PintoEdgar Roquette-Pinto
Edgar Roquette-Pinto
 

Recently uploaded

Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
Autonoma
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 

Recently uploaded (20)

Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 

Meios Audiovisuais e Educação no Brasil: a recepção, o vídeo popular e a TV Comunitária

  • 1. Produção de Suportes Midiáticos para a Educação Meios Audiovisuais e Educação no Brasil: a recepção, o vídeo popular e a TV Comunitária CCA0296 - Prof. Richard Romancini
  • 2. Recepção, educomunicação e TV/vídeo • A pesquisa latino-americana de comunicação estabeleceu uma abordagem inovadora, desde os anos 1980, baseada na teoria das mediações, que trouxe contribuições para a reflexão e a prática educomunicativa (Lopes, 2011). • Ao mesmo tempo, propostas como a do vídeo popular e a das TVs comunitárias, iniciadas no fim dos anos 1970, dialogam também com a perspectiva mais participava e emancipatória da educomunicação. • Essas abordagens possuem interfaces com processos educativos não formais e formais relacionados ao audiovisual, e têm sido atualizadas ou relidas nos dias de hoje.
  • 3. Recepção e práticas educomunicativas • A ênfase no papel das “mediações” para a construção do sentido das mensagem dos meios (inclusive os audiovisuais), na América Latina, não enfraqueceu a ideia de educar para a recepção. • Isto ocorria, pois a própria escola (assim como a família) era vista como um dimensão mediadora. Num modelo de multimediações, como o proposto por Orozco, era vista como uma “mediação institucional”. • Porém, o trabalho educativo com os meios singulariza-se, no panorama internacional, pela preocupação em levar em conta também as experiências culturais do receptor que se busca formar, em propostas mais “dialéticas” (Soares, 2002) de análise crítica da produção midiática. • Uma série de programas para a educação para a recepção foi desenvolvido na AL, como o de Leitura Crítica da Comunicação, no Brasil, e o do Ceneca (Centro de Indagação, Expressão Cultural e Artística) do Chile, mais ativos durante a década de 1980.
  • 4. Formar uma nova recepção • Há uma mutação das recepção, das audiências aos usuários/participantes, no atual panorama social- midiático: Para a educomunicação, focalizada historicamente em modificar a interpretação dos produtos midiáticos feita pelas audiências, o desafio contemporâneo maior é, agora também e principalmente, formar as audiências para assumirem-se como emissores e interlocutores reais [...]. Se antes foi fundamental formar para a recepção, agora é imprescindível formar também para a emissão e produção criativas. [...] Os novos participantes na comunicação têm de aprender a ser comunicadores. (Orozco, 2014, p. 33; destaque nosso) • Orozco (2014, p. 116-118) não está pensando necessariamente na produção audiovisual, mas sim de mensagens, mais elaboradas do que no contexto pré-internet, para as quais defende um trabalho educomunicativo, envolvendo as seguintes dimensões: 1) acesso e 2) gestão da informação, e capacidade de 3) integrar, 4) avaliar e 5) criar informação. Nesse sentido, se aproxima de propostas como a de Jenkins. https://www.youtube.com/watch ?v=qwsGjiqMsHo
  • 5. Vídeo Popular: origens • Movimento do final dos anos 1970, que atravessa as décadas seguintes, em que o vídeo foi utilizado como instrumento por uma série de movimentos populares. • A conceitualização do que é o “vídeo popular” remetia a uma multiplicidade de contextos de produção, porém, o compromisso com temáticas de interesse popular (moradia, saúde, etc.) aglutinava os trabalhos e dava coerência à noção. • A Associação Brasileira de Vídeo Popular - ABVP (1984-2004), que tinha como objetivo incentivar as iniciativas, teve papel articulador (discussão, disseminação, etc.) das experiências. Fonte: imagem - CPV
  • 6. Vídeo popular: características • “Pretendia-se que os vídeos não fossem feitos sobre e para os movimentos populares, mas, fundamentalmente, pelos movimentos populares” (Oliveira, 2001, p. 9). • O processo (participativo, conscientizador, etc.) tinha o mesmo valor que o produto final, que se colocava como um instrumento de mobilização. • Embora analógico, no início, o vídeo popular já foi favorecido pelo barateamento dos equipamentos. Hoje predomina o digital (Porto; Moraes, 2008). • As fontes de financiamento eram, de maneira geral, os movimentos sociais e os próprios realizadores, mas também aportes de organizações estrangeiras. https://www.youtube.com/watch?v=UrL Q7EE- fLo&list=PLCehn6y1XlGOQ59rKP7mAI_l0 QiVd3me9
  • 7. Vídeo popular: características e desenvolvimento Vídeo de 1984 https://www.youtube.com/wat ch?v=3btpI74s2FU • Os circuitos de exibição estavam ligados principalmente aos próprios movimentos sociais. • Para Oliveira (2001), nos anos 1980 os vídeos caracterizam-se por um tom de denúncia e/ou luta, predominando o documental; a apresentação de um problema é seguida pela indicação de uma ação, que remetia a questões estruturais. • A partir de meados dos anos 90, essa proposta de “fazer a cabeça” se dilui, e os vídeos, mais interativos, abordam dimensões mais íntimas, propondo “questões que incitam os espectadores a redefinir o modo de perceber a realidade” (Oliveira, 2001, p. 15). Vídeo de 1990 https://www.youtube.com/wat ch?v=OmFvs5p8ZOo
  • 8. Vídeo popular: tendências recentes • Protagonismo dos membros da comunidades, grupos e jovens envolvidos, que têm participação direta na realização/circulação das obras (esse era um ideal nem sempre cumprido no vídeo popular tradicional). • Este aspecto repercute nas próprios vídeos, geralmente abordando temas do universo próximo dos realizadores, “questões sociais”. • Importância das modalidades de financiamento e fomento públicos, de diferentes esferas: federal, estadual (editais) e municipais (como o VAI – decreto lei 43.823/03). • A exibição conta hoje com mais possibilidades: exibições públicas, por sistemas a cabo alternativos, canais comunitários, festivais/mostras e internet. • Alguns núcleos de produção desenvolvem-se a partir de formações (p. ex., Arroz Feijão e Vídeo). https://www.youtube.com/watch? v=Mewpf00zhEs
  • 9. Vídeo popular e educomunicação • O processo de muitos vídeos é “educativo/ conscientizador”. Ao cruzar-se com práticas de comunicação comunitárias relaciona-se a uma “educação popular”. • O vídeo popular é percebido como uma mídia contra- hegemônica que mostra aquilo que os veículos tradicionais não mostram, adotando uma perspectiva própria. • Uma série de iniciativas encaminha-se para a discussão da mídia e sua relação com a cidadania, o direto à comunicação, etc.; e daí o trabalho educativo que se desenvolve em muitas experiências: formar para a comunicação audiovisual, mas sob uma abordagem crítica. • Muitas oficinas buscam uma “formação/deformação” do olhar (Alvarenga; Hikiji, 2006). • O vídeo propicia um olhar renovado para o imediatamente próximo, que se torna objeto de investigação e indagação; assim, coloca-se numa perspectiva educativa/educomunicativa. Fonte: imagem - Coletivo de Vídeo Popular
  • 10. TV Comunitária: história • Tem sua origem tanto nas experiências do vídeo popular quanto nas de TV de rua, contextualizadas pela preocupação com a democratização da comunicação (assim como as rádios comunitárias). • Movimento impulsionado pela legislação de TV a cabo, que instituiu canais de uso gratuito, entre eles, o comunitário (Leis 8977/1995 e 12.485/2011). • Experiências pioneiras: “TV Viva (Olinda/Recife-PE) nos anos 1980, passando pela Bem TV (Niterói-RJ) e pela TV Mocoronga (Santarém- PA), até hoje existentes” (Peruzzo, 2008, p. 179). • Houve também experiências, nas décadas de 1980 e 1990, no sistema VHF, mas sem autorização legal; e de UHF (alcance local). https://www.youtube.com/watch ?v=Qdku75FgBKE&list=PLCehn6y 1XlGNvhzIG4cgZ4rXxVw5PD7YW
  • 11. TV Comunitária: características • Em 2012, a Associação Brasileira de Canais Comunitários (ABCCom) possuía 64 TVs filiadas. • “O diferencial dos canais comunitários em relação à televisão convencional é o seu sistema de organização e de operação. São geridos por associações de usuários formadas por entidades sem fins lucrativos da sociedade civil que partilham também a grade de programação com produções próprias” (Peruzzo, 2008, p. 181). • Conforme o estudo de Peruzzo (2008), mas parece que ainda hoje, o principal problema das TVs comunitárias diz respeito ao financiamento (elas não podem ter publicidade comercial, apenas institucional). Fonte: imagem - logos ABCCom e ACESP
  • 12. TV Comunitária e educomunicação • Também de acordo com Peruzzo (2008), observa-se importante nível de participação nas TVs comunitárias, no planejamento, produção e recepção dos conteúdos veiculados. Além disso, de maneira geral, “se pautam por colocar no ar uma programação de caráter educativo-cultural e almejando a ampliação da cidadania cultural” (idem, p. 182). • Dimensões como essas favorecem práticas que relacionem a educomunicação e a televisão comunitária. • O que merece também ser destacado, nessa relação e em outros aspectos desse tipo de TV, é que ela tem preocupações diferentes da TV comercial, portanto, pode assumir compromissos, tanto com grupos (“comunidades”) que tradicionalmente têm pouca visibilidade ou possibilidade de manifestação, quanto com a renovação da linguagem da TV.
  • 13. Produções e experiências https://www.youtube.com/watch?v=_IglgYoOHaY Mulher na Mídia (2003) Programa da AIC, veiculado em TV Comunitária de BH. https://www.youtube.com/watch?v=4Y80VVKRqzk São Mateus em Movimento (2007) Documentário sobre esse bairro de São Paulo. https://www.youtube.com/watch?v=zU7RPM5ZVFk Cambinda Estrela, Maracatu de Festa e de Luta! (2010) Doc. do programa Nós na Tela. https://www.youtube.com/watch?v=5gdfy3rIMC0 Folia dos pretos no Tapajós (2010) Reportagem da TV Mocoronga (PA). https://www.youtube.com/watch?v=B3Rz7UWZcW8 Mágoas de Março (2013) Vídeo do Núcleo de Comunicação Alternativa. https://www.youtube.com/watch?v=I_jjgXOxY3Q Vídeo Bem TV (2013) Vídeo que a apresenta a Bem TV, de Niterói.
  • 14. Referências Alvarenga, Clarisse Castro de; Hikiji, Rose Satiko Gitirana. (2006) “De dentro do bagulho”: o vídeo na partir da periferia. Sexta Feira, São Paulo: Editora 34, v. p. 183-204. Disponível em link. Alvarenga, Clarisse Castro de. (2004) Vídeo e experimentação social: um estudo sobre o vídeo comunitário contemporâneo no Brasil. Dissertação de mestrado em Multimeios, Campinas: Unicamp. Disponível em link. Leonel, Juliana; Mendonça, Ricardo Fabrino (orgs.). (2010) Audiovisual comunitário e educação: histórias, processos e produtos. Belo Horizonte: Autêntica Editora. Disponível em link. Lima, Rafaela (org.). (2008) Mídias comunitárias, juventude e cidadania. 2ª ed., Belo Horizonte: Autêntica/Associação Imagem Comunitária. Lopes, Maria Immacolata V. (2011) Pesquisas de recepção e educação para os meios. In: Citelli, Adilson Odair; Costa, Maria Cristina Castilho (orgs.) Educomunicação: construindo uma nova área de conhecimento. São Paulo: Paulinas. Oliveira, Henrique Luiz Pereira. (2001) Transformações no vídeo popular. Sinopse, ano 3, n. 7, ago., p. 8-15. Disponível em link.
  • 15. Referências Orozco Gómez, Guillermo. (2014) Educomunicação: recepção midiática, aprendizagens e cidadania. São Paulo: Paulinas. Peruzzo, Cicilia. (2008) Televisão comunitária: mobilização social para democratizar a comunicação no Brasil. Em Questão, v. 14, n. 2, p. 177-189, jul./dez. Disponível em link. Porto, Denis; Moraes, Elizabeth. (2008) O vídeo popular e as novas tecnologias digitais: mudanças na tecnologia, na linguagem e no espaço. Razón y Palabra, vol. 13, núm. 61, marzo-abril. Disponível em link. Pires, Eloiza Gurgel. (2010). A experiência audiovisual nos espaços educativos: possíveis interseções entre educação e comunicação. Educação e Pesquisa, v. 36, n. 1, jan./abr., p. 281-295. Disponível em link. Santoro, Luiz Fernando. (1989) A imagem nas mãos: o vídeo popular no Brasil. São Paulo: Summus. Soares, Ismar de Oliveira. (2002) Gestão comunicativa e educação: caminhos da educomunicação. Comunicação & Educação, São Paulo, vol. 8, n. 23, p. 16-25, jan./abr. Disponível em link. Sousa, Gustavo. (2012) O audiovisual nas periferias brasileiras: fatores para o desenvolvimento da produção. Cadernos Cenpec, v.2, n.2, p.109-130, dez. Disponível em link.