O documento é uma carta de John Wesley ao povo metodista em Bristol em 1789. Wesley pede apoio financeiro para construir uma nova casa de pregação em Dewsbury, Yorkshire, depois que os curadores da casa existente se recusaram a seguir o modelo itinerante metodista, ameaçando a continuidade do trabalho missionário. Wesley já havia doado 50 libras e pede que aqueles com recursos contribuam generosamente para esta importante causa.
1. Ao Povo Metodista
Bristol, 11 de Setembro de 1789
1. Quando, por volta de cinqüenta anos atrás, um ou outro jovem se ofereceu para
servir-me como filhos no evangelho, foi nestes termos, o de que eles trabalhariam onde eu
designasse; do contrário, permaneceríamos uns nos caminhos do outro. Aqui começou a
pregação itinerante conosco. Mas nós não fomos os primeiros itinerantes na Inglaterra. Doze
foram apontados pela Rainha Elizabeth para viajarem continuamente, com o objetivo de
espalharem a verdadeira religião, através do reino; e o ofício e salário ainda continuam,
embora a obra deles seja pouco atendida. O Sr. Miller, falecido Vigário de Chipping, em
Lancashire, foi um deles.
2. Como o número de pregadores aumentou, cresceu cada vez mais a dificuldade de
fixar os lugares onde cada um trabalharia de tempos em tempos. Eu frequentemente desejei
transferir esta tarefa de situar os pregadores, uma vez por ano ou mais, para eles mesmos.
Mas ninguém estava disposto a aceitar isto. Então, eu devo carregar o fardo, até que meu
combate esteja concluído.
3. Quando as casas de pregação eram construídas, elas imediatamente ficavam nas
mãos dos curadores, que deveriam verificar se aqueles que pregavam nelas eram os que eu
enviara, e ninguém mais; isto, nós compreendemos, era o único meio, pelo qual a itinerância
seria regularmente estabelecida. Mas, ultimamente, depois que uma nova casa de pregação
foi construída em Dewsbury, em Yorkshire, através de subscrições e contribuições das pessoas
(os curadores apenas não contribuindo com um quarto do que ela custou), elas se apossaram
da casa, e, embora eles tivessem prometido o contrário, positivamente recusaram-se a
estabelecê-la no plano Metodista, requerendo que eles teriam o poder de recusar qualquer
pregador com o qual eles não estivessem de acordo. E sendo assim, eu não tenho poder de
estabelecer os pregadores de Dewsbury; porque os curadores podem objetar quem eles
quiserem. E eles mesmos, e não eu, devem finalmente julgar aquelas objeções.
4. Observem, que aqui não existe disputa a respeito do direito das casas, afinal. Eu não
tenho direito a qualquer casa de pregação na Inglaterra. O que eu reivindico é o direito de
estabelecer os pregadores. Isto, esses curadores roubaram de mim, no presente exemplo.
Portanto, apenas um desses dois caminhos pode ser tomado: tanto entrar com processo por
causa desta casa, ou construir outra. Nós preferimos a última, porque o caminho mais
amigável.
Eu peço, portanto, meus irmãos, pelo amor de Deus; por amor a mim, seu velho e quase
fatigado servo; por amor ao Metodismo antigo, que, se a itinerância for interrompida,
rapidamente virá para o nada; por amor à justiça, misericórdia, e verdade, o que são todos, tão
gravemente violados pela detenção desta casa; que vocês colocarão seus ombros para a obra
necessária. Não se limitem aos seus próprios interesses. Nós nunca tivemos tal motivo antes.
Não permitam, então, que homens indelicados, injustos, fraudulentos tenham motivo para
regozijarem-se do mau trabalho deles. Esta é uma causa comum. Empenhem-se ao máximo.
Eu subscrevi cinquenta libras. Assim fez Dr. Coke. Os pregadores fizeram tudo que puderam.
2. Que aqueles que têm muito, dêem abundantemente! Talvez, este seja o último trabalho de
amor que eu possa ter oportunidade de recomendar a vocês.
Que isto, então, se coloque como um momento a mais de sua gratidão verdadeira aos
mais queridos irmãos,
Seu velho, e afetuoso irmão.
J. Wesley