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A Luta Pela Sobrevivência 100-313
Cristo ou César
Muitos têm uma ideia confusa acerca do
número, duração, alvo e intensidade das
perseguições que a Igreja sofreu ao longo
da história.
Antes de 250, a perseguição era
predominantemente local, esporádica e
geralmente mais um produto da ação
popular do que resultado de uma política
definida.
Após essa data, a perseguição se tornou, às
vezes uma estratégia consciente do governo
imperial romano e, por isso, ampla e
violenta.
Durante esse tempo, onde a perseguição
veio principalmente por parte do Império, a
ideia de Tertuliano de que “o sangue do
cristão é a semente” (da Igreja) se
transformou numa terrível realidade para
muitos cristãos.
A Igreja continuou a se desenvolver apesar
disso, até o período em que conseguiu a
liberdade de culto no governo de
Constantino (313).
Enquanto era vista pelas autoridades como
parte do Judaísmo, que era uma religio
licita, a Igreja sofreu pouco.
Assim que o cristianismo foi distinguido do
Judaísmo, ele foi classificado como
sociedade secreta, então, recebeu a
interdição do Estado Romano.
Tornou-se assim, uma religião ilegal,
considerada uma ameaça à segurança do
Estado Romano.
A religião somente seria tolerada se
contribuísse para a estabilidade do Estado.
A soberania exclusiva de Cristo confrontou-
se com as reivindicações de César à
soberania exclusiva.
Muitas práticas cristãs pareciam confirmar
as suspeitas das autoridades romanas sobre
a deslealdade dos cristãos em relação ao
Estado.
Os romanos não se opunham a acrescentar
um novo ídolo ao grupo do Panteão, desde
que a divindade se subordinasse às
pretensões de primazia feitas pela religião
do Estado.
O sigilo dos encontros dos cristãos também
suscitou ataques morais contra eles. Pouca
diferença fazia se esses boatos eram
verdadeiros ou não.
Os cristãos, que exerciam grande atração
sobre as classes pobres e escravas, eram
odiados pelos líderes aristocráticos da
sociedade.
Os cristãos se mantinham afastados dos
ajuntamentos pagãos dos templos,
teatros e lugares de recreação.
A pureza de sua vida era uma reprovação
silenciosa às vidas escandalosas levadas
pelas pessoas da classe alta.
O fato de os cristãos recusarem os padrões
sociais existentes levou os pagãos a
acreditarem que eles eram um perigo para a
sociedade, classificando-os como pessoas que
“odiavam a humanidade” e que poderiam
incitar as pessoas à revolta.
A oposição que Paulo sofreu em Atos 19.23-
41, é uma chave para a compreensão da
perseguição por questões econômicas.
Sacerdotes, fabricantes de ídolos, videntes,
pintores, arquitetos e escultores dificilmente
se entusiasmariam com uma religião que
ameaçasse seus meios de sustento.
No ano 250, a peste, a fome e a agitação civil
assolavam o Império, a opinião pública
atribuía esses problemas à presença do
cristianismo no Império e ao consequente
abandono de seus antigos deuses.
Mártires e apologistas foram a resposta do
cristianismo ao povo, ao Estado e aos
escritores pagãos.
A perseguição aos cristãos era eclesiástica e
política. Durante os primórdios da igreja em
Jerusalém, os judeus foram os perseguidores.
Somente no governo de Nero (54-68) as
perseguições partiram do Estado Romano.
Essas perseguições foram locais e
esporádicas até 250, quando se tornaram
gerais e violentas, começando com uma
dirigida por Décio.
Nero o primeiro imperador
romano a perseguir a Igreja
Cristã.
Aparentemente, a
perseguição se restringiu a
Roma e seus arredores.
Pedro e Paulo morreram
nesse período.
A perseguição estourou pela
segunda vez em 95, durante o
governo de Domiciano.
Foi durante essa perseguição
que o apóstolo João foi exilado
na ilha de Patmos, onde
escreveu o livro de
Apocalipse.
A primeira perseguição organizada que
levou os cristãos ao banco dos réus ocorreu
na Bitínia, durante a administração de
Plínio, o Moço, por volta de 112.
Não se devia caçar os cristãos, mas se
alguém dissesse que uma pessoa era cristã,
esta deveria ser condenada, a menos que
renegasse sua fé e adorasse os deuses dos
romanos.
Calamidades locais, como o incêndio de
Roma, ou a atividade de um governador
escrupuloso foram as causas das
perseguições movidas até a época de
Marco Aurélio (161-180).
Foram martirizados nessa época: Inácio,
Policarpo, Justino Mártir, Perpétua e
Felicidade.
O Imperador Décio subiu ao trono imperial e
promulgou um edito em 250 que exigia, pelo
menos, uma oferta anual de sacrifício nos
altares romanos aos deuses e à figura do
imperador.
A Igreja foi sacudida mais tarde pelo
problema de como tratar aqueles que
tinham negado a sua fé cristã para
conseguir o libellus.
Nenhuma grande perseguição estatal
aconteceu após as de Décio e Valeriano
(253-260), até que Diocleciano subiu ao
poder (284-305).
Os primeiros editos com ordem de
perseguição aos cristãos foram
promulgados em março de 303.
Um último edito obrigou os cristãos a
sacrificarem aos deuses pagãos sob pena de
morte caso recusassem.
A força da perseguição foi diminuída quando
Diocleciano abdicou e se retirou em 305.
Depois de outros períodos de perseguições,
Galério, em seu leito de morte, promulgou um
edito em 311 que estabelecia a tolerância ao
cristianismo, desde que não violassem a paz do
Império.
A perseguição não cessou totalmente até
que Licínio e Constantino promulgassem
o edito de Milão em 313.
Daquele tempo em diante, os cristãos
tinham liberdade para adorar a Deus e
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fim de ganhá-las para Cristo.
1. Imposta por Nero (64-68)
2. Imposta por Domiciano (81-96)
3. Imposta por Trajano (112-117)
4. Imposta por Marco Aurélio (161-180)
5. Imposta por Sétimo Severo (202-210)
6. Imposta por Máximo, o Trácio (235-238)
7. Imposta por Décio (250-251)
8. Imposta por Valeriano (257-259)
9. Imposta por Aureliano (270-275)
10. Imposta por Deocleciano e Galério (303-311)
Como tratar os que negavam à Cristo,
mas que, arrependidos, agora queriam
voltar?
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provocou o problema do cânon do Novo
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História da Igreja #6

  • 1. A Luta Pela Sobrevivência 100-313 Cristo ou César
  • 2. Muitos têm uma ideia confusa acerca do número, duração, alvo e intensidade das perseguições que a Igreja sofreu ao longo da história.
  • 3. Antes de 250, a perseguição era predominantemente local, esporádica e geralmente mais um produto da ação popular do que resultado de uma política definida. Após essa data, a perseguição se tornou, às vezes uma estratégia consciente do governo imperial romano e, por isso, ampla e violenta.
  • 4. Durante esse tempo, onde a perseguição veio principalmente por parte do Império, a ideia de Tertuliano de que “o sangue do cristão é a semente” (da Igreja) se transformou numa terrível realidade para muitos cristãos. A Igreja continuou a se desenvolver apesar disso, até o período em que conseguiu a liberdade de culto no governo de Constantino (313).
  • 5. Enquanto era vista pelas autoridades como parte do Judaísmo, que era uma religio licita, a Igreja sofreu pouco. Assim que o cristianismo foi distinguido do Judaísmo, ele foi classificado como sociedade secreta, então, recebeu a interdição do Estado Romano. Tornou-se assim, uma religião ilegal, considerada uma ameaça à segurança do Estado Romano.
  • 6. A religião somente seria tolerada se contribuísse para a estabilidade do Estado. A soberania exclusiva de Cristo confrontou- se com as reivindicações de César à soberania exclusiva. Muitas práticas cristãs pareciam confirmar as suspeitas das autoridades romanas sobre a deslealdade dos cristãos em relação ao Estado.
  • 7. Os romanos não se opunham a acrescentar um novo ídolo ao grupo do Panteão, desde que a divindade se subordinasse às pretensões de primazia feitas pela religião do Estado. O sigilo dos encontros dos cristãos também suscitou ataques morais contra eles. Pouca diferença fazia se esses boatos eram verdadeiros ou não.
  • 8. Os cristãos, que exerciam grande atração sobre as classes pobres e escravas, eram odiados pelos líderes aristocráticos da sociedade. Os cristãos se mantinham afastados dos ajuntamentos pagãos dos templos, teatros e lugares de recreação.
  • 9. A pureza de sua vida era uma reprovação silenciosa às vidas escandalosas levadas pelas pessoas da classe alta. O fato de os cristãos recusarem os padrões sociais existentes levou os pagãos a acreditarem que eles eram um perigo para a sociedade, classificando-os como pessoas que “odiavam a humanidade” e que poderiam incitar as pessoas à revolta.
  • 10. A oposição que Paulo sofreu em Atos 19.23- 41, é uma chave para a compreensão da perseguição por questões econômicas. Sacerdotes, fabricantes de ídolos, videntes, pintores, arquitetos e escultores dificilmente se entusiasmariam com uma religião que ameaçasse seus meios de sustento.
  • 11. No ano 250, a peste, a fome e a agitação civil assolavam o Império, a opinião pública atribuía esses problemas à presença do cristianismo no Império e ao consequente abandono de seus antigos deuses. Mártires e apologistas foram a resposta do cristianismo ao povo, ao Estado e aos escritores pagãos.
  • 12. A perseguição aos cristãos era eclesiástica e política. Durante os primórdios da igreja em Jerusalém, os judeus foram os perseguidores. Somente no governo de Nero (54-68) as perseguições partiram do Estado Romano. Essas perseguições foram locais e esporádicas até 250, quando se tornaram gerais e violentas, começando com uma dirigida por Décio.
  • 13.
  • 14. Nero o primeiro imperador romano a perseguir a Igreja Cristã. Aparentemente, a perseguição se restringiu a Roma e seus arredores. Pedro e Paulo morreram nesse período.
  • 15. A perseguição estourou pela segunda vez em 95, durante o governo de Domiciano. Foi durante essa perseguição que o apóstolo João foi exilado na ilha de Patmos, onde escreveu o livro de Apocalipse.
  • 16. A primeira perseguição organizada que levou os cristãos ao banco dos réus ocorreu na Bitínia, durante a administração de Plínio, o Moço, por volta de 112. Não se devia caçar os cristãos, mas se alguém dissesse que uma pessoa era cristã, esta deveria ser condenada, a menos que renegasse sua fé e adorasse os deuses dos romanos.
  • 17. Calamidades locais, como o incêndio de Roma, ou a atividade de um governador escrupuloso foram as causas das perseguições movidas até a época de Marco Aurélio (161-180). Foram martirizados nessa época: Inácio, Policarpo, Justino Mártir, Perpétua e Felicidade.
  • 18.
  • 19. O Imperador Décio subiu ao trono imperial e promulgou um edito em 250 que exigia, pelo menos, uma oferta anual de sacrifício nos altares romanos aos deuses e à figura do imperador. A Igreja foi sacudida mais tarde pelo problema de como tratar aqueles que tinham negado a sua fé cristã para conseguir o libellus.
  • 20. Nenhuma grande perseguição estatal aconteceu após as de Décio e Valeriano (253-260), até que Diocleciano subiu ao poder (284-305). Os primeiros editos com ordem de perseguição aos cristãos foram promulgados em março de 303.
  • 21. Um último edito obrigou os cristãos a sacrificarem aos deuses pagãos sob pena de morte caso recusassem. A força da perseguição foi diminuída quando Diocleciano abdicou e se retirou em 305. Depois de outros períodos de perseguições, Galério, em seu leito de morte, promulgou um edito em 311 que estabelecia a tolerância ao cristianismo, desde que não violassem a paz do Império.
  • 22. A perseguição não cessou totalmente até que Licínio e Constantino promulgassem o edito de Milão em 313. Daquele tempo em diante, os cristãos tinham liberdade para adorar a Deus e propagar o Evangelho a outras pessoas a fim de ganhá-las para Cristo.
  • 23. 1. Imposta por Nero (64-68) 2. Imposta por Domiciano (81-96) 3. Imposta por Trajano (112-117) 4. Imposta por Marco Aurélio (161-180) 5. Imposta por Sétimo Severo (202-210) 6. Imposta por Máximo, o Trácio (235-238) 7. Imposta por Décio (250-251) 8. Imposta por Valeriano (257-259) 9. Imposta por Aureliano (270-275) 10. Imposta por Deocleciano e Galério (303-311)
  • 24. Como tratar os que negavam à Cristo, mas que, arrependidos, agora queriam voltar? A perseguição movida por Diocleciano provocou o problema do cânon do Novo Testamento. A literatura apologética foi criada.

Editor's Notes

  1. Recapitulando: Semana passada vimos os escritos da igreja primitiva fora do NT. Quem eram os pais da igreja? Qual a diferença da patrística e patrologia? Pais apostólicos (viveram entre o primeiro e o segundo século) – escreveram para edificar a igreja, possuíam uma marca na interpretação tipológica. Principais nomes: Clemente de Roma, Inácio de Antioquia e Policarpo.
  2. O cristianismo tem sempre enfrentado problemas internos e externos em todos os períodos da sua história. Interno, principalmente, no combate as heresias e externos, as perseguições impostas.
  3. 1)Regio Licita = uma seita legal 2)O Estado Romano não admitia nenhum rival à obediência por parte dos seus súditos. 3)O Estado somente permitia religiões que se unissem a ele, não era permitido nenhuma religião particular, que não interagisse em união com o Estado e com seus interesses.
  4. 2)Visto que cristianismo crescia rapidamente e quando o cristão precisava escolher entre a lealdade a Cristo e a lealdade a César, sempre César era colocado de lado, logo os cristãos se tornaram inimigos de Roma. 3)Os cristãos se recusavam a oferecer incenso nos altares feitos para o culto ao imperador romano. Os cristãos faziam as suas reuniões à noite e em segredo, o que para as autoridades romanas logo significou que os cristãos estavam tramando contra o Estado. Ainda, nesse período os cristãos se recusavam a servir no exército romano, isso muda em 313 com Constantino.
  5. Panteão = Pan Theós (conjunto de deuses). Qual foi o grande problema aqui? Os cristãos não tinham ídolos e no seu culto nada havia para ser visto. O culto cristão é espiritual e interno. O Cristão ora de olhos fechados, as orações não são dirigidas a nenhum objeto visível. Para os romanos isso era sinal de ateísmo. Começaram rumores de que os cristãos comiam crianças em seus sacrifícios a Deus. Acusavam os cristãos de incesto.
  6. 1)Os cristãos exerciam grande atração sobre as classes pobres e escravas, consequentemente, eram odiados pelos mais influentes e poderosos. Os ricos temiam a influência cristã sobre as classes mais pobres. 2)Os cristãos não iam aos templos pagãos, não frequentavam os teatros e lugares de recreação da época, isso causou uma forte antipatia para com os cristãos, aquela ideia de que os cristão se acham melhores do que os outros, por isso não se misturam.
  7. Aqui, segundo a contagem dos romanos, Roma entrava nos mil anos da sua fundação. E sabe o que sempre existe em comum com cada fim de milênio na história humana? Superstição, o que para a época foi fácil atribuir os problemas romanos aos cristãos. Toda essa perseguição vinda de vários lados diferentes forçou os cristãos a serem luz no mundo.
  8. A perseguição imposta por Nero começou quando ele culpou os cristãos pelo incêndio de Roma em 64.
  9. Incêndio ocorreu em 18 de julho de 64. Foram 9 dias de incêndio e 2/3 da cidade destruída.
  10. 1)Os judeus tinham se recusado a pagar um imposto público criado para a manutenção do Templo de Júpiter Capitolino. Como os cristãos continuavam sendo identificados com os judeus, eles sofreram também os efeitos da fúria do imperador.
  11. 1) Plínio escreveu uma carta para o imperador Trajano (98-117), em que prestava informações sobre os cristãos, falava dos seus planos para eles e pedia a Trajano uma opinião sobre o assunto. Plínio conta nessa carta que o cristianismo crescia muito rápido ao ponto dos templos estarem ficando abandonados e os vendedores de animais para os sacrifícios pagãos estavam empobrecendo.
  12. Existe o diário de Perpétua, o escrito mais antigo feito por uma mulher na história da igreja. Foram presos 5 catecúmenos, em 7 de março de 203, foi dado o veredicto final: “Perpétua, Felicidade, Revocato, Secúndulo, Saturnino e Saturo são condenados às bestas no Anfiteatro de Cartago”. Vívia Perpétua era uma jovem senhora da nobreza e Felicidade sua empregada, ambas cristãs. Aos 20 anos, grávida, Perpétua foi condenada, juntamente com Felicidade e mais três cristãos, por desobedecerem ao edito imperial. Em vão o pai de Perpétua tentou várias vezes convencê-la de desistir da fé e sacrificar aos deuses. “O que será do seu filho?”, o pai a advertiu, sem sucesso.  Para elas, foi designada um touro, que investiu primeiramente em Perpétua e em seguida avançou para Felicidade. Perpétua, após recobrar a consciência, ajudou Felicidade a se levantar. Conta-se que escorria leite daquela que amamentara apenas um dia seu filhinho recém-nascido. Elas foram retiradas da arena feridas, para serem mortas pelos gladiadores. A platéia estava exaltada. Queria mais, e exigiu que a morte fosse pública. Elas então morreram na arena, pelas espadas dos gladiadores. 
  13. 1)Décio assumiu o império em meio a muita instabilidade, ele começou a agir com firmeza para manter o império, nisso os cristãos foram considerados uma perigosa ameaça ao Estado, por causa do seu crescimento numérico e por que os romanos achavam que os cristãos queriam constituir um Estado próprio. Felizmente essa perseguição durou só até a morte de Décio no ano seguinte.
  14. 1)Foi com Diocleciano que aconteceu a mais dura perseguição enfrentada pelos cristãos. 2)Diocleciano ordenou o fim das reuniões cristãs, a destruição das igrejas, prisão dos que persistiam no testemunho cristão e a destruição das Escrituras por fogo. Nessa época conta-se que as prisões ficaram tão cheias de cristãos que não havia espaço para os criminosos.
  15. 1) Esse édito declarou que o império romano seria neutro em relação ao credo religioso, acabando oficialmente com toda a perseguição religiosa sancionada oficialmente, em especial ao cristianismo.
  16. Basicamente as perseguições seguiram o padrão de Trajano, lembram da carta de Plínio? Eles não eram perseguidos pelo exército Romano, somente quando denunciados. Nas perseguições de Décio e Deocleciano elas foram perseguições institucionalizadas, eram perseguidos pelo Império Romano.
  17. Uns não queriam permitir que eles voltassem para a igreja, outros queriam aceita-los depois de um período de provas. Esse foi um problema positivo, pois se os cristãos iriam morrer pelos livros, eles queriam ter certeza de que morreriam pelos livros inspirados, isso agilizou a discussão sobre o cânon do NT. Fazer uma reflexão sobre a questão Estado x igreja, hoje essa situação persiste.