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Produção de Documentário
Estudo de caso – “Ônibus 174”
Prof. Renato Delmanto
Agosto 2015
22
ž  “Ônibus 174” – Parte 1 (10’)
ž  Estrutura de documentário
ž  “Ônibus 174” – Parte 2 (25’)
ž  Fórmula editorial e detalhes da produção
ž  “Ônibus 174” – Parte final (10’)
Roteiro da aula
33
Ônibus 174 – 1ª parte (10’)
Início do filme
44
ž  Documentário:
ž  Olhar pessoal do documentarista, uma obra autoral
ž  Assume sua subjetividade (“interpretação”)
ž  Baseado no ponto de vista do autor
ž  Parte de premissas próprias e possui estética particular
ž  Reportagem de TV:
ž  Tenta formular um “retrato completo” do fato
ž  Apresenta diferentes pontos de vista – “imparcialidade”
ž  Imagens “confirmam” o que é dito pelo jornalista e pelos
entrevistados
ž  Regras de “noticiabilidade” definem o conteúdo do telejornal
Documentário X Reportagem de TV
Leonardo COELHO ROCHA, “O caso Ônibus 174: Entre o documentário e o telejornal” (2003)
55
ž  Bill Nichols define quatro modalidades de representação
possíveis no documentário, de acordo com os elementos
narrativos:
ž  Documentário Expositivo
ž  Documentário de Observação
ž  Documentário Reflexivo
ž  Documentário Interativo
O documentário segundo Nichols
Bill NICHOLS, “Representing reality: issues and concepts in documentary” (1991)
66
ž  Bill Nichols define quatro modalidades de representação
possíveis no documentário, de acordo com os elementos
narrativos:
ž  Documentário Expositivo
ž  Documentário de Observação
ž  Documentário Reflexivo
ž  Documentário Interativo
O documentário segundo Nichols
Bill NICHOLS, “Representing reality: issues and concepts in documentary” (1991)
- O texto (em off) é elemento
narrativo dominante
- A locução fornece uma
explicação “didática” para as
imagens mostradas na tela
- As imagens são evidência
irrefutável da narrativa
- Esse documentário tem um
efeito persuasivo e é utilizado
em filmes institucionais e de
propaganda
77
ž  Bill Nichols define quatro modalidades de representação
possíveis no documentário, de acordo com os elementos
narrativos:
ž  Documentário Expositivo
ž  Documentário de Observação
ž  Documentário Reflexivo
ž  Documentário Interativo
O documentário segundo Nichols
Bill NICHOLS, “Representing reality: issues and concepts in documentary” (1991)
- O autor não interfere nos
acontecimentos
- Não há comentários,
entrevistas, legendas ou
reconstruções
- O som é captado diretamente
do ambiente
- As pessoas falam entre si e
não para a câmara
- Revela a experiência vivida e
o cotidiano do que se filmou
88
ž  Bill Nichols define quatro modalidades de representação
possíveis no documentário, de acordo com os elementos
narrativos:
ž  Documentário Expositivo
ž  Documentário de Observação
ž  Documentário Reflexivo
ž  Documentário Interativo
O documentário segundo Nichols
Bill NICHOLS, “Representing reality: issues and concepts in documentary” (1991)
- Documentário procura expor
o seu próprio processo de
construção
- O interesse não está no
mundo histórico, mas na forma
como o documentário se
apresenta ao espectador
- Ser reflexivo é estruturar um
produto de modo que
produtor, processo e filme
sejam um todo coerente
99
ž  Documentário “construído” a partir da interação do autor
com as pessoas que participam no filme
ž  É sustentado pelas entrevistas, que podem ser
apresentadas ao espectador como como diálogos,
confissões, monólogos, testemunhos, interrogatórios
ž  A voz em off, quando utilizada, nunca é sobreposta às dos
entrevistados
ž  Ao final, entrevistas refletem o ponto de vista do autor
sobre os acontecimentos retratados no filme
ž  “Ônibus 174” é um documentário interativo
Documentário Interativo (Nichols)
Bill NICHOLS, “Representing reality: issues and concepts in documentary” (1991)
1010
Ônibus 174 – 2ª parte
Candelária (5’)
Histórico policial (3’)
Morte da mãe (4’)
Ação policial (6’)
Reféns (7’)
1111
ž  Antes de começar, o documentarista tem uma visão
diferente da mídia normal (questiona o “senso comum”)
ž  Padilha podia ter optado por contar a história de um
policial ou da refém morta (Geísa, a principal vítima)
ž  Um lead da época dizia: “Um menino de rua entrou no
ônibus, encontrou a assistente social que cuidava de
meninos de rua e a matou”
ž  “Seria um lead maravilhoso, se fosse verdadeiro”
ž  O autor propõe-se a contar a história do sequestro a partir
da história do protagonista, Sandro do Nascimento
‘Ônibus 174’: Premissas
1212
ž  A história do Sandro “é capaz de gerar lições sobre o
Estado brasileiro, sobre como se vive no limite da miséria,
como um menino de rua é tratado pelas instituições,
como ele descamba para a criminalidade”
ž  “Ônibus 174” trabalha com dois eixos de história:
ž  A cronologia do acontecimento policial
ž  A vida do sequestrador
ž  “Um eixo explica o outro. À medida que entendo como foi
a vida dele, a relação dele com o Estado, entendo quem
ele é e por que faz e fala as coisas daquela forma no
ônibus”
‘Ônibus 174’: Premissas
1313
ž  Até então, nenhum veículo (impresso ou TV) tinha falado
com a família do Sandro
ž  Padilha foi o primeiro a entrevistá-los – a tia e a mãe
adotiva, única que esteve presente ao enterro
ž  Encontrou a família “numa linha” de um documento
judicial sobre Sandro
ž  O depoimento de Luiz Eduardo Soares, ex-secretário
Nacional de Segurança, ajuda a construir o “roteiro”
ž  O ex-secretário defende a tese da “invisibilidade” dos
meninos de rua perante a sociedade
‘Ônibus 174’: Premissas
1414
ž  Imagens de TV: Globo (20h de gravação, com 4 câmeras);
Record (4h); Band (40 min.)
ž  Imagens da CET-Rio
ž  Padilha fez cópias das fitas, assistiu todas as imagens e
começou entender o que tinha acontecido no ônibus
ž  Acabou “comprando” apenas 50 minutos para usar na
edição final do filme (maior custo de toda a produção)
ž  Custo de produção: R$ 800 mil
ž  Tempo de produção: 1 ano e meio
Matéria-prima
1515
ž  A partir das imagens, Padilha identificou os policiais e as
reféns que mais interagiram com o sequestrador
ž  Um detetive e um ex-policial buscaram documentos “oficiais”
sobre Sandro (elaboraram um dossiê de 187 páginas)
ž  Enquanto o detetive e o advogado traçaram um “mapa” da
vida do Sandro, a partir dos documentos...
ž  ...o editor Felipe Lacerda, co-roteirista do filme, fazia um
“mapa” cronológico do sequestro, editando as imagens de TV
ž  Com os dois “mapas”, Padilha e Lacerda foram à ilha de
edição para montar o material juntos
Processo de produção
1616
ž  Havia uma enorme censura da cúpula de segurança do RJ -
enquanto Garotinho foi governador, a polícia não falou
ž  Policial do BOPE fala com voz distorcida e rosto coberto
ž  Capitão Rodrigo Pimentel aparece na tela pois tinha sido
exonerado da Corporação – depois de mostrar no
“Fantástico” como deveria ser o tiro do sniper
ž  Após eleita, governadora Benedita da Silva autorizou as
entrevistas da polícia
ž  O capitão André Batista dá entrevista e explica a ação do
BOPE e da polícia no episódio
Processo de produção
1717
ž  Narrativa fundamentada nas entrevistas e nas imagens de TV
ž  As falas dos entrevistados praticamente “constroem” todo o
fio narrativo, sendo umas encadeadas às outras
ž  O diretor não identifica os entrevistados; cabe ao espectador
decifrar quem são eles
ž  Não há narração; a voz em off é usada somente para a leitura
de documentos prisionais ou judiciais sobre Sandro
ž  Embora o diretor não apareça na tela, sua presença é
percebida nos olhares para trás da câmera, durante as
entrevistas
“Opção estética”
1818
Ônibus 174 – Epílogo (10’)
O cerco final
1919
Leonardo COELHO ROCHA (UniBH), “O caso Ônibus 174: Entre o
documentário e o telejornal” (2003)
Gazeta Mercantil, Entrevista com José Padilha (2002)
Bill NICHOLS, “Representing reality: issues and concepts in
documentary” (1991)
PADILHA, José. Ônibus 174 (2002).
Referências
20
Produção de Documentário
Prof. Renato Delmanto
renato.delmanto@gmail.com
Agosto 2015

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Documentário Ônibus 174

  • 1. 1 Produção de Documentário Estudo de caso – “Ônibus 174” Prof. Renato Delmanto Agosto 2015
  • 2. 22 ž  “Ônibus 174” – Parte 1 (10’) ž  Estrutura de documentário ž  “Ônibus 174” – Parte 2 (25’) ž  Fórmula editorial e detalhes da produção ž  “Ônibus 174” – Parte final (10’) Roteiro da aula
  • 3. 33 Ônibus 174 – 1ª parte (10’) Início do filme
  • 4. 44 ž  Documentário: ž  Olhar pessoal do documentarista, uma obra autoral ž  Assume sua subjetividade (“interpretação”) ž  Baseado no ponto de vista do autor ž  Parte de premissas próprias e possui estética particular ž  Reportagem de TV: ž  Tenta formular um “retrato completo” do fato ž  Apresenta diferentes pontos de vista – “imparcialidade” ž  Imagens “confirmam” o que é dito pelo jornalista e pelos entrevistados ž  Regras de “noticiabilidade” definem o conteúdo do telejornal Documentário X Reportagem de TV Leonardo COELHO ROCHA, “O caso Ônibus 174: Entre o documentário e o telejornal” (2003)
  • 5. 55 ž  Bill Nichols define quatro modalidades de representação possíveis no documentário, de acordo com os elementos narrativos: ž  Documentário Expositivo ž  Documentário de Observação ž  Documentário Reflexivo ž  Documentário Interativo O documentário segundo Nichols Bill NICHOLS, “Representing reality: issues and concepts in documentary” (1991)
  • 6. 66 ž  Bill Nichols define quatro modalidades de representação possíveis no documentário, de acordo com os elementos narrativos: ž  Documentário Expositivo ž  Documentário de Observação ž  Documentário Reflexivo ž  Documentário Interativo O documentário segundo Nichols Bill NICHOLS, “Representing reality: issues and concepts in documentary” (1991) - O texto (em off) é elemento narrativo dominante - A locução fornece uma explicação “didática” para as imagens mostradas na tela - As imagens são evidência irrefutável da narrativa - Esse documentário tem um efeito persuasivo e é utilizado em filmes institucionais e de propaganda
  • 7. 77 ž  Bill Nichols define quatro modalidades de representação possíveis no documentário, de acordo com os elementos narrativos: ž  Documentário Expositivo ž  Documentário de Observação ž  Documentário Reflexivo ž  Documentário Interativo O documentário segundo Nichols Bill NICHOLS, “Representing reality: issues and concepts in documentary” (1991) - O autor não interfere nos acontecimentos - Não há comentários, entrevistas, legendas ou reconstruções - O som é captado diretamente do ambiente - As pessoas falam entre si e não para a câmara - Revela a experiência vivida e o cotidiano do que se filmou
  • 8. 88 ž  Bill Nichols define quatro modalidades de representação possíveis no documentário, de acordo com os elementos narrativos: ž  Documentário Expositivo ž  Documentário de Observação ž  Documentário Reflexivo ž  Documentário Interativo O documentário segundo Nichols Bill NICHOLS, “Representing reality: issues and concepts in documentary” (1991) - Documentário procura expor o seu próprio processo de construção - O interesse não está no mundo histórico, mas na forma como o documentário se apresenta ao espectador - Ser reflexivo é estruturar um produto de modo que produtor, processo e filme sejam um todo coerente
  • 9. 99 ž  Documentário “construído” a partir da interação do autor com as pessoas que participam no filme ž  É sustentado pelas entrevistas, que podem ser apresentadas ao espectador como como diálogos, confissões, monólogos, testemunhos, interrogatórios ž  A voz em off, quando utilizada, nunca é sobreposta às dos entrevistados ž  Ao final, entrevistas refletem o ponto de vista do autor sobre os acontecimentos retratados no filme ž  “Ônibus 174” é um documentário interativo Documentário Interativo (Nichols) Bill NICHOLS, “Representing reality: issues and concepts in documentary” (1991)
  • 10. 1010 Ônibus 174 – 2ª parte Candelária (5’) Histórico policial (3’) Morte da mãe (4’) Ação policial (6’) Reféns (7’)
  • 11. 1111 ž  Antes de começar, o documentarista tem uma visão diferente da mídia normal (questiona o “senso comum”) ž  Padilha podia ter optado por contar a história de um policial ou da refém morta (Geísa, a principal vítima) ž  Um lead da época dizia: “Um menino de rua entrou no ônibus, encontrou a assistente social que cuidava de meninos de rua e a matou” ž  “Seria um lead maravilhoso, se fosse verdadeiro” ž  O autor propõe-se a contar a história do sequestro a partir da história do protagonista, Sandro do Nascimento ‘Ônibus 174’: Premissas
  • 12. 1212 ž  A história do Sandro “é capaz de gerar lições sobre o Estado brasileiro, sobre como se vive no limite da miséria, como um menino de rua é tratado pelas instituições, como ele descamba para a criminalidade” ž  “Ônibus 174” trabalha com dois eixos de história: ž  A cronologia do acontecimento policial ž  A vida do sequestrador ž  “Um eixo explica o outro. À medida que entendo como foi a vida dele, a relação dele com o Estado, entendo quem ele é e por que faz e fala as coisas daquela forma no ônibus” ‘Ônibus 174’: Premissas
  • 13. 1313 ž  Até então, nenhum veículo (impresso ou TV) tinha falado com a família do Sandro ž  Padilha foi o primeiro a entrevistá-los – a tia e a mãe adotiva, única que esteve presente ao enterro ž  Encontrou a família “numa linha” de um documento judicial sobre Sandro ž  O depoimento de Luiz Eduardo Soares, ex-secretário Nacional de Segurança, ajuda a construir o “roteiro” ž  O ex-secretário defende a tese da “invisibilidade” dos meninos de rua perante a sociedade ‘Ônibus 174’: Premissas
  • 14. 1414 ž  Imagens de TV: Globo (20h de gravação, com 4 câmeras); Record (4h); Band (40 min.) ž  Imagens da CET-Rio ž  Padilha fez cópias das fitas, assistiu todas as imagens e começou entender o que tinha acontecido no ônibus ž  Acabou “comprando” apenas 50 minutos para usar na edição final do filme (maior custo de toda a produção) ž  Custo de produção: R$ 800 mil ž  Tempo de produção: 1 ano e meio Matéria-prima
  • 15. 1515 ž  A partir das imagens, Padilha identificou os policiais e as reféns que mais interagiram com o sequestrador ž  Um detetive e um ex-policial buscaram documentos “oficiais” sobre Sandro (elaboraram um dossiê de 187 páginas) ž  Enquanto o detetive e o advogado traçaram um “mapa” da vida do Sandro, a partir dos documentos... ž  ...o editor Felipe Lacerda, co-roteirista do filme, fazia um “mapa” cronológico do sequestro, editando as imagens de TV ž  Com os dois “mapas”, Padilha e Lacerda foram à ilha de edição para montar o material juntos Processo de produção
  • 16. 1616 ž  Havia uma enorme censura da cúpula de segurança do RJ - enquanto Garotinho foi governador, a polícia não falou ž  Policial do BOPE fala com voz distorcida e rosto coberto ž  Capitão Rodrigo Pimentel aparece na tela pois tinha sido exonerado da Corporação – depois de mostrar no “Fantástico” como deveria ser o tiro do sniper ž  Após eleita, governadora Benedita da Silva autorizou as entrevistas da polícia ž  O capitão André Batista dá entrevista e explica a ação do BOPE e da polícia no episódio Processo de produção
  • 17. 1717 ž  Narrativa fundamentada nas entrevistas e nas imagens de TV ž  As falas dos entrevistados praticamente “constroem” todo o fio narrativo, sendo umas encadeadas às outras ž  O diretor não identifica os entrevistados; cabe ao espectador decifrar quem são eles ž  Não há narração; a voz em off é usada somente para a leitura de documentos prisionais ou judiciais sobre Sandro ž  Embora o diretor não apareça na tela, sua presença é percebida nos olhares para trás da câmera, durante as entrevistas “Opção estética”
  • 18. 1818 Ônibus 174 – Epílogo (10’) O cerco final
  • 19. 1919 Leonardo COELHO ROCHA (UniBH), “O caso Ônibus 174: Entre o documentário e o telejornal” (2003) Gazeta Mercantil, Entrevista com José Padilha (2002) Bill NICHOLS, “Representing reality: issues and concepts in documentary” (1991) PADILHA, José. Ônibus 174 (2002). Referências
  • 20. 20 Produção de Documentário Prof. Renato Delmanto renato.delmanto@gmail.com Agosto 2015