O documento descreve a obra e carreira do artista plástico Guido Heuer. Ao longo de sua vida, Guido Heuer desenvolveu uma arte que explora temas sociais e ambientais usando materiais como metais e objetos reciclados. Sua obra mais conhecida é a instalação itinerante "Arte-Roda", que levou suas esculturas para diversas cidades catarinenses.
1. O tempo grava nas coisas o
avanço das horas, registrando a
ação dos dias nas faces da
matéria.
Dos movimentos das cores nos
vegetais aos inumeráveis
pigmentos do reino mineral, todo
processo natural inscreve no
mundo visível a forma de sua
passagem. Marcelo
2.
3. Nasceu em Blumenau,
em 22 de junho de
1956.
Cresceu observando seu avô paterno,
Johannes, transformando o bronze em
peças mortuárias, forte tradição entre
povos de ascendência germânica. Na
adolescência, frequenta curso de
desenho e pintura de Luis Emmerich
Aos 15 anos, transforma técnicas de
gravação e fundição em metal que
observara em jóias artesanais em
alpaca, cobre e latão.
“A observação foi minha grande
4. Em 1972 expõe
pela primeira
vez, ao lado de
Vera Pinheiro,
no Conjunto
Educacional
Pedro II. Ali
combina pedras
semipreciosas,
metais, couros,
conchas, ossos
e bagas
vegetais.
5. “Cinco da tarde. Um jovem louro sobe as
escadas da galeria Açu-Açu. Olhos
azuis, esguio, tateante: blumenauense no
duro. Entra. Cumprimenta a geral com
um “oi” mais rápido que o “oi”.
Depois, visita objeto por objeto. Olha tudo com
olhos de sempre rever: atento, detalhado,
perquiridor. Às vezes toca, maneja, interroga linhas
e formas: nada mais. São 15 anos cheios de
curiosidade sempre renovada”. (JSC, Blumenau,
1972 – Galeria Açu-Açu
1971)
1973 – Feira da Bondade
Ibirapuera - SP
1973 – 4ª Coletiva Barriga
Verde de Artes
Plásticas
7. 1974 – Coletiva de Artes Plásticas
Catarinense
Hotel Nacional – Brasília/DF
Eucat Expo
Coletiva Catarinense de Artes
Plásticas
OCA – São Paulo
Casa do Artista, Individual Galeria Açu-Açu
com Rubens Oestroem, Ivete Kretz e Kátia
Schmidt Fonseca
1976 – Arte Barriga Verde, uma visão
possível
Maison de France – Rio de
Janeiro/RJ
1979 – Salão Nacional de Artes
9. 1982 – Curso de Metal Gravado
XVI Rencontre Internacional des
Educateurs Freinet – Turim/Itália
1982 e 1986
Candidatou-se a vereador em
Blumenau.
Ajudou a fundar o Partido Verde
em SC.
Essa fase foi marcada pela
inclusão de materiais
reciclados nas composições,
em ´detritos´ como fios
metálicos e tocos de
madeira coletados nas
1995. 78,5 x 49 cm em metal, laminado e madeira no refluxo das
areias,
10. INTERNACIONALIZAÇÃO
1991 – Passaporte da Arte Catarinense
para Washington - SC / Washington
(DC) e Norfolk –Virginia (EUA)
Old Dominium Univerisity Art Library
1994 – Banco do Brasil.
Hjamburgo/Alemanha
1996 – Argo Galerie. Viena/Áustria
1997 – Coletiva “Artistas Latino-
Americanos”
2000 – Le Chat Noir Galerie –
Individual “Art Connection”
Londres/Inglaterra
Canning House – Londres/Inglaterra
12. ARTE -
Explorando novosRODAde
modos expor e
dialogar com o público, neste trabalho o
artista reflete sobre os conceitos de
círculo/circulação.
13. Arte-Roda foi
apresentada
simultaneamente em
várias cidades
catarinenses,
“circulando” por
galerias, casas de
espetáculo, escolas
públicas e particulares
e terminais rodoviários
urbanos, com uma
solução inovadora: uma
estrutura de ferro
Estima-se que em dois anos de galvanizado composta
percurso, estima-se que 300.000 por quatro tripés
pessoas tiveram contato com esse sustentando três
projeto de arte-educação. módulos de doze
14. “Guido Heuer constrói sua obra em torno de duas
linguagens contemporâneas, ambas nascidas pós 1960...
A Pop-Art se traduz por arte popular, e é figurativa. Nesse
caso, Guido Heuer grava em metal, há anos, figuras do
nosso dia a dia ou notícias de jornal, criando a memória
do nosso tempo... Assim, ..., consegue recuperar a
memória da sociedade de consumo que quase sempre só
produz Kitsch.
Por outro lado, como se pode ver em ´Arte Roda´, Guido
Heuer realiza um contraponto com a Arte Povera, esta
uma filha da Pop-Art, mas com outro intuito, o de ser
contracultura, ou seja, questionar os valores culturais da
sociedade, pelo uso de materiais pobres, comuns (muitas
vezes o lixo dessa própria comunidade de consumo
perdulária), além do uso da Natureza no processo
artístico.”
Alberto Beuttenmüller,
Membro da Associação Internacional de Críticos de Arte
15. 1998 – 80 cm de diâmetro / múltiplo de 35 cópias
16. Uma cidade,..., tem seu passado e seu
futuro que no momento podem ser
incompreendidos na monumentalidade da
obra de Guido Heuer.
A escultura de Guido não tem discurso e, por isso, não impõe e delimita
uma única leitura. Mais pergunta do que resposta, sua obra é ideia em
estado de matéria metamórfica: as ações do tempo inscrevem no seu
corpo, dia a dia, desenhos novos, rasuras na ferrugem que são o
testemunho do escoar das estações.
17. Com muita observação e estudo, como se
constata no signo proposto por Guido Heuer, que
traçou a linha para o alto e anelou, em sua
extremidade a permanência do gesto efusivo da
arte em um mundo em que nada permanece.
18. ESCULTURAS
MONUMENTAIS
Monumento ao Povoamento Açoriano em Monumento aos 180 anos Monumento Transformação . 21m de
SC. Agosto de 1996. Cabeceira da Imigração Alemã em altura, 30 toneladas de aço e tubo
continental da ponte Pedro Ivo Campos. SC. Florianópolis. em inox. Comemoração 50 anos
Florianópolis. Simmmeb. Praça dos Músicos
19.
20. TENSÕES
Inconformidade com o
mundo contemporâneo,
com a violência
urbana, com o conflito
entre nações e com a
displicência em
relação aos problemas
ambientais são
questões fortemente
discutidas na
seqüência de obras da
mostra Tensões, de
Guido Heuer.
1999. 100 x 100 cm. Metal gravado, laminado, inox, chumbo e ferro.
21. D
R
E
C
K
2003. 90 x 90 cm. Aço corten, inox, metal gravado,
sujeira, tinta acrílica sobre MDF.
22. “O que ´Dreck´
evidencia, nessa
incorporação do
´outro´ (o sujo, o
nauseante; o
indefensável ou o
ilícito), é a necessária
percepção do mundo
como a casa desse
contra-senso que há
de abrigar o belo sem
exclusão do feio, do
uno sem extinção do
vário, esse mundo de
sujidade (Dreck) de
onde nasce o inferno
(Höhlen) e o céu
(Himmeln) que nos
habitam.”
2003. 90 x 90 cm. Acrílico, inox, inox colorido, sujeira e tinta acrílica sobre MDF.
Dennis Radünz
23.
24. Como elas são feitas em relevo, as
sombras são de verdade e dão um
efeito diferenciado. O vidro também
traz um efeito especial a cada peça
e deixa em dúvida de que forma ela
foi feita. Para fazer cada uma, usei
tinta, madeira e até mesmo plástico,
mas é o vidro que faz a diferença
25. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Site Itaú Cultural.
http://www.itauchttp://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclope
dia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_obras&cd_verbete=4852&cd_idio
ma=28555ultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseac
tion=artistas_obras&cd_verbete=4852&cd_idioma=28555
Site Fundação Cultural BADESC.
http://fcbadesc.blogspot.com.br/2010/03/sutil-e-contundente.html
Percurso: Guido Heuer / Instituto Arte na Escola; autoria de Orga Egas; coorden
Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. – São Paulo: Instituto Arte na Escola, 2006
Site Museu de Arte de Santa Catarina.
http://www.alquimidia.org/masc4/index.php?mod=acervo&ac=autor&id=494
DRECK. A Arte de Guido Heuer. Curadoria: Charles Narloch. SESC Santa
Catarina. Abril 2004.
As Idades do Metal. A Arte de Guido Heuer. Dennis Radünz, organizador.
Blumenau.: Nauemblu Ciência & Arte. 2002.
26. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Grasmuk, Arian. Guido Heuer e seu Contexto Histórico. Monografia Pós
Graduação O Ensino da Arte: Fundamentos Estéticos e Metodológicos. FURB.
Blumenau. 2001.
Souza, Nassau de. Monumento aos 180 anos da Imigração Alemã em Santa
Catarina e outras Poiéticas de Guido Heuer. DVD. Funcultural: Secretaria
de Estaudo de Turismo, Cultura e Esporte.