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AS UNIVERSIDADES E OS
MOOCS

Nos últimos posts deste blog mostramos como ocorreu ao longo dos
últimos séculos a geração e a transmissão do conhecimento.
Passamos da biblioteca de Alexandria, aos mosteiros, depois
rapidamente pelas universidades e antecipamos a nova era da
internet rumo à ubiquidade.
Hoje voltamos discutir o atual papel das universidades diante dos
MOOCS, contando com a inestimável contribuição do Professor Luiz
Carlos Lobo, consultor sênior da UNASUS
AS UNIVERSIDADES E OS
MOOCS

Vejamos o que diz o Professor Lobo:
• Os MOOCs já são considerados por muitos uma "disruptive technology" , ou
seja, uma tecnologia que muda totalmente um campo ou setor da sociedade.
Assim foi com o MP3 e i-tunes praticamente destruindo a industria fonográfica
, ou a internet abalando o setor de jornais e revistas (a Newsweek foi vendida o
ano passado por US$1 !!). Por outo lado Li Yuan e Stephen Powell num trabalho
públicado em "CETIS Analytics Series: Infrastructure and Tools for Analytics "
dizem que os cMOOs não mudam o processo ensino-aprendizagem sendo uma "
technology-enriched traditional teacher-centred instruction"
• Mesmo assim,Gary King (Harvard) e Maya Sen (Rochester) em seu simpósio
sobre "The Troubled Future of Colleges and Universities, incluem os MOOCs.
ente uma das 4 ameaças ao sistema de educação superior americano:
AS UNIVERSIDADES E OS
MOOCS
• Ataque 1 - Internet, com a democratização e universalização do acesso ao
conhecimento. Lembremo-nos que colégio vem de co-legere (ler juntos)
numa época de poucos livros onde alunos e professores (a primeira etapa
de um professor na Inglaterra era "reader") se reuniam para ler e comentar
o conhecimento obtido em livros. Dai surgiu a ideia dos "colleges" e dos
campus residenciais universitários ingleses e, depois, americanos. Discutese mesmo a importância e o alto custo de criar e manter bibliotecas em
todas as universidades, já que se pode agora ter acesso às universidades
que detém grandes coleções e que se pode acessar repositórios e
bibliotecas centrais como a NLM e a biblioteca do congresso americano.
AS UNIVERSIDADES E OS
MOOCS
• Ataque 2 - Educação a distância obrigando a universidades tradicionais a
criar extensões e a oferecer cursos "on-line" . Acredita-se que pelo menos
20% dos estudantes universitários americanos tenham interagido com ao
menos 1 curso a distância e 9% dos estudantes tenham realizado toda a sua
formação desta maneira. No entanto, de regra, os cursos a distância não
inovam sob o ponto de vista pedagógico, sendo que muitos nada mais são
que aulas a distância totalmente centradas no professor (vide Khan
Academy)
AS UNIVERSIDADES E OS
MOOCS
• Ataque 3 - Altos custos das universidades americanas, Veja no gráfico abaixo a
diferença de custo por alunos das universidades nos Estados Unidos. As
universidades privadas aparecem como as de menores custos para o
aluno, desde que não desenvolvem atividades de pesquisa e extensão.
AS UNIVERSIDADES E OS
MOOCS
• A Universidade de Phoenix, com mais de 500.000
alunos, representa essa ameaça (não sei se verdadeira porque
os alunos que podem pagar de 50 a 100.000 dólares por ano de
matrícula ainda irão para as universidades americanas da "ivy
league" como Harvard, Yale, MIT e Stanford; mas isso só faz
aumentar o "gap" cultural do país, tanto mais que as bolsas
pagas pelo governo federal e pelos estados para pobres e
minorias estão diminuindo seguidamente) Creio que as 1.200
universidades privadas nos EEUU atendem a um público que
não teria como custear seus estudos de outro modo.
AS UNIVERSIDADES E OS
MOOCS
• No Brasil, as universidades e aglomerados empresariais da educação têm
um número cada vez maior de alunos e contam com a simpatia e apoio do
governo (o MEC anuncia a possibilidade de se criar novas escolas de
medicina no país, mas sempre do setor privado !!). As avaliações feitas
pelo MEC dos graduandos de cursos superiores raramente têm resultados
concretos e a população está interessada em que o filho obtenha um
diploma, sem se interessar pela qualidade do aprendizado auferido pelo
aluno (lembre-se que quando Flexner publicou seu relatório sobre a
situação da educação médica nos EEUU mais de 100 escolas foram
fechadas pelo clamor de um povo preocupado com a qualidade da
atuação desses profissionais mal formados.
AS UNIVERSIDADES E OS
MOOCS
• .No Brasil as famílias mandam seus filhos que não conseguiram
classificação num vestibular, ou no ENEM, estudar na Bolívia ou, se tem
filiação a movimento sociais, em Cuba)
• Tanto aqui, como nos EEUU, as universidades privadas não
custeiam, geralmente, pesquisas, cursos de pós-graduação e atividades de
extensão na comunidade, tendo, pois, custos significativamente menores.
AS UNIVERSIDADES E OS
MOOCS
• Ataque 4 - MOOCs como o
coursera, edX, udacity, udemy, futurelearning, oferecendo cursos
gratuitos de acesso aberto a alunos interessados e em qualquer região do
mundo (apesar dos cursos serem em inglês - a Fundação Lemman está
traduzindo alguns - brasileiros estão entre os 3 ou 4 grupos nacionais mais
assíduos).
• Com os MOOCs temos que ter a possibilidade de aceitar um grande número
de alunos (em Outubro o Coursera tinha mais de 5 milhões de inscrições
feitas globalmente em seus quase 500 cursos) e acompanhar sua trajetória
nos mesmos.
• Não obstante, são de regra cursos ainda centrados no professor, com data
para inscrição, começo e fim, datas para avaliações e realização de
fóruns,etc. Há uma desistência grande do alunos ao longo do curso; mas
um professor de Stanford teve 35.000 alunos inscritos em seu curso, dos
quais 20%, ou 7.000 terminaram. Mas comparados com os 50 ou 100 alunos
de seu curso regular é um sucesso extraordinário.
PROBLEMAS DOS MOOCS
CERTIFICAÇÃO E AUTENTICAÇÃO
• Um dos problemas dos MOOCs é a certificação dos alunos e isso terá que ser
resolvido (certificação digital?). Mas o importante é que a Coursera já é
assediada por empresas querendo indicação de alunos com bons resultados em
determinados cursos. A participação de empresas como o Google e a Microsoft
em MOOCs indica claramente a importância que dedicam a essa iniciativa.
• O reitor de Stanford dizia que os MOOCs eram um "tsunami" e que as
universidades teriam que aprender a conviver com eles. E eu acho que isso deve
ser uma reflexão séria de qualquer reitor e de qualquer universidade no mundo.
• Se os MOOCs são uma ameaça sem propor grandes inovações
pedagógicas, além da oferta de cursos "on-line" gratuitos e abertos a qualquer
um, imagine-se quando se passar a oferecer cursos mais inovadores
ainda, como cursos de auto-instrução onde o aluno começa quando
quiser, interage com oportunidades aprendizagem oferecidas quando
quiser, como e quantas vezes quiser, auto-avalia-se quando achar ter atingido
os objetivos do curso e buscar um certificado por uma instituição
credenciadora. E isso não deve estar muito distante no horizonte.."

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As universidades e os MOOCs

  • 1. AS UNIVERSIDADES E OS MOOCS Nos últimos posts deste blog mostramos como ocorreu ao longo dos últimos séculos a geração e a transmissão do conhecimento. Passamos da biblioteca de Alexandria, aos mosteiros, depois rapidamente pelas universidades e antecipamos a nova era da internet rumo à ubiquidade. Hoje voltamos discutir o atual papel das universidades diante dos MOOCS, contando com a inestimável contribuição do Professor Luiz Carlos Lobo, consultor sênior da UNASUS
  • 2. AS UNIVERSIDADES E OS MOOCS Vejamos o que diz o Professor Lobo: • Os MOOCs já são considerados por muitos uma "disruptive technology" , ou seja, uma tecnologia que muda totalmente um campo ou setor da sociedade. Assim foi com o MP3 e i-tunes praticamente destruindo a industria fonográfica , ou a internet abalando o setor de jornais e revistas (a Newsweek foi vendida o ano passado por US$1 !!). Por outo lado Li Yuan e Stephen Powell num trabalho públicado em "CETIS Analytics Series: Infrastructure and Tools for Analytics " dizem que os cMOOs não mudam o processo ensino-aprendizagem sendo uma " technology-enriched traditional teacher-centred instruction" • Mesmo assim,Gary King (Harvard) e Maya Sen (Rochester) em seu simpósio sobre "The Troubled Future of Colleges and Universities, incluem os MOOCs. ente uma das 4 ameaças ao sistema de educação superior americano:
  • 3. AS UNIVERSIDADES E OS MOOCS • Ataque 1 - Internet, com a democratização e universalização do acesso ao conhecimento. Lembremo-nos que colégio vem de co-legere (ler juntos) numa época de poucos livros onde alunos e professores (a primeira etapa de um professor na Inglaterra era "reader") se reuniam para ler e comentar o conhecimento obtido em livros. Dai surgiu a ideia dos "colleges" e dos campus residenciais universitários ingleses e, depois, americanos. Discutese mesmo a importância e o alto custo de criar e manter bibliotecas em todas as universidades, já que se pode agora ter acesso às universidades que detém grandes coleções e que se pode acessar repositórios e bibliotecas centrais como a NLM e a biblioteca do congresso americano.
  • 4. AS UNIVERSIDADES E OS MOOCS • Ataque 2 - Educação a distância obrigando a universidades tradicionais a criar extensões e a oferecer cursos "on-line" . Acredita-se que pelo menos 20% dos estudantes universitários americanos tenham interagido com ao menos 1 curso a distância e 9% dos estudantes tenham realizado toda a sua formação desta maneira. No entanto, de regra, os cursos a distância não inovam sob o ponto de vista pedagógico, sendo que muitos nada mais são que aulas a distância totalmente centradas no professor (vide Khan Academy)
  • 5. AS UNIVERSIDADES E OS MOOCS • Ataque 3 - Altos custos das universidades americanas, Veja no gráfico abaixo a diferença de custo por alunos das universidades nos Estados Unidos. As universidades privadas aparecem como as de menores custos para o aluno, desde que não desenvolvem atividades de pesquisa e extensão.
  • 6. AS UNIVERSIDADES E OS MOOCS • A Universidade de Phoenix, com mais de 500.000 alunos, representa essa ameaça (não sei se verdadeira porque os alunos que podem pagar de 50 a 100.000 dólares por ano de matrícula ainda irão para as universidades americanas da "ivy league" como Harvard, Yale, MIT e Stanford; mas isso só faz aumentar o "gap" cultural do país, tanto mais que as bolsas pagas pelo governo federal e pelos estados para pobres e minorias estão diminuindo seguidamente) Creio que as 1.200 universidades privadas nos EEUU atendem a um público que não teria como custear seus estudos de outro modo.
  • 7. AS UNIVERSIDADES E OS MOOCS • No Brasil, as universidades e aglomerados empresariais da educação têm um número cada vez maior de alunos e contam com a simpatia e apoio do governo (o MEC anuncia a possibilidade de se criar novas escolas de medicina no país, mas sempre do setor privado !!). As avaliações feitas pelo MEC dos graduandos de cursos superiores raramente têm resultados concretos e a população está interessada em que o filho obtenha um diploma, sem se interessar pela qualidade do aprendizado auferido pelo aluno (lembre-se que quando Flexner publicou seu relatório sobre a situação da educação médica nos EEUU mais de 100 escolas foram fechadas pelo clamor de um povo preocupado com a qualidade da atuação desses profissionais mal formados.
  • 8. AS UNIVERSIDADES E OS MOOCS • .No Brasil as famílias mandam seus filhos que não conseguiram classificação num vestibular, ou no ENEM, estudar na Bolívia ou, se tem filiação a movimento sociais, em Cuba) • Tanto aqui, como nos EEUU, as universidades privadas não custeiam, geralmente, pesquisas, cursos de pós-graduação e atividades de extensão na comunidade, tendo, pois, custos significativamente menores.
  • 9. AS UNIVERSIDADES E OS MOOCS • Ataque 4 - MOOCs como o coursera, edX, udacity, udemy, futurelearning, oferecendo cursos gratuitos de acesso aberto a alunos interessados e em qualquer região do mundo (apesar dos cursos serem em inglês - a Fundação Lemman está traduzindo alguns - brasileiros estão entre os 3 ou 4 grupos nacionais mais assíduos). • Com os MOOCs temos que ter a possibilidade de aceitar um grande número de alunos (em Outubro o Coursera tinha mais de 5 milhões de inscrições feitas globalmente em seus quase 500 cursos) e acompanhar sua trajetória nos mesmos. • Não obstante, são de regra cursos ainda centrados no professor, com data para inscrição, começo e fim, datas para avaliações e realização de fóruns,etc. Há uma desistência grande do alunos ao longo do curso; mas um professor de Stanford teve 35.000 alunos inscritos em seu curso, dos quais 20%, ou 7.000 terminaram. Mas comparados com os 50 ou 100 alunos de seu curso regular é um sucesso extraordinário.
  • 10. PROBLEMAS DOS MOOCS CERTIFICAÇÃO E AUTENTICAÇÃO • Um dos problemas dos MOOCs é a certificação dos alunos e isso terá que ser resolvido (certificação digital?). Mas o importante é que a Coursera já é assediada por empresas querendo indicação de alunos com bons resultados em determinados cursos. A participação de empresas como o Google e a Microsoft em MOOCs indica claramente a importância que dedicam a essa iniciativa. • O reitor de Stanford dizia que os MOOCs eram um "tsunami" e que as universidades teriam que aprender a conviver com eles. E eu acho que isso deve ser uma reflexão séria de qualquer reitor e de qualquer universidade no mundo. • Se os MOOCs são uma ameaça sem propor grandes inovações pedagógicas, além da oferta de cursos "on-line" gratuitos e abertos a qualquer um, imagine-se quando se passar a oferecer cursos mais inovadores ainda, como cursos de auto-instrução onde o aluno começa quando quiser, interage com oportunidades aprendizagem oferecidas quando quiser, como e quantas vezes quiser, auto-avalia-se quando achar ter atingido os objetivos do curso e buscar um certificado por uma instituição credenciadora. E isso não deve estar muito distante no horizonte.."