3. E o que teses,
dissertações e
monografias,
de todas as áreas,
têm em comum?
Livros!
4. É preciso que os alunos e
pesquisadores, não só de
Letras, tenham em mente que,
para que um trabalho sério
seja feito com um texto, é
preciso que esse texto também
tenha sido seriamente
trabalhado
5. Exemplo: Papeis Avulsos, de
Machado de Assis
Avulsos são eles, mas não vieram para aqui como passageiros, que
acertam de entrar na mesma hospedaria. São pessoas de uma só
família, que a obrigação do pae fez sentar á mesma mesa. (respeito)
pae = pai (grafia atualizada)
MACHADO DE ASSIS. Papeis Avulsos. Rio de Janeiro: Typographia e
Lithographia a vapor, Encadernação e Livraria Lombaerts & C., 1882.
Avulsos são eles mas não vieram para aqui como passageiros que
acertam de entrar na mesma hospedaria. São pessoas de uma só
família que a obrigação do pâo fez sentar á mesma meza. (ganância)
MACHADO DE ASSIS. Papeis Avulsos. Rio de Janeiro, São Paulo, Porto
Alegre: W. M. Jackson Inc. Editores, 1937.
6. A que a matéria se propõe:
quebrar a visão, no
aluno, de que um texto é
sempre um só. Não é.
E que o trabalho do filólogo / crítico textual é de
fundamental importância para todas as ciências
(principalmente as ciências humanas): se um
texto qualquer estiver incorreto, com partes
faltando, palavras trocadas, as conclusões
alcançadas serão igualmente incorretas.
7. Porém...
... a disciplina Crítica Textual
já apresenta um desafio no
próprio nome, sendo Crítica
Textual, Filologia e Ecdótica
termos polissêmicos.
8. Em primeiro lugar,
diferencia-se a
Crítica Textual Antiga,
cujo objetivo principal é a
reconstituição do texto-base, do
original, geralmente perdido ou
bastante fragmentado através de
vários séculos ou milênios, da
Crítica Textual Moderna.
9. Crítica Textual Moderna
devido à abundância de originais*
*(entendidos como os manuscritos autógrafos e o texto final de uma obra)
Pode ser:
Aproxima-se
Visa o estabelecimento
deste texto final, da
última versão feita pelo
autor;
Visa analisar seu processo
de produção e
distribuição, sua
historicidade;
...entre outras acepções.
Aproxima-se de uma
concepção de Ecdótica.
Aproxima-se de uma
concepção de Filologia.
10. Filologia
também tem vários significados, desde suas raízes
gregas (“amigo do conhecimento”; phílos + lógos)
Pode ser:
O estudo global de uma língua e sua cultura (a
Filologia Germânica ou Românica, por exemplo);
O estudo de toda a produção textual de uma
determinada língua e o processo histórico dessa
língua;
...entre outras acepções.
11. Ecdótica
Pode ser:
Edição de textos;
Preparação de textos para edição (melhor
forma para serem editados);
Edição de textos a partir da crítica textual;
Crítica Textual mesmo.
...entre outras acepções.
12. Uma possível
abordagem, usada na
UFF, por exemplo, liga a
Filologia à Crítica
Textual, entendendo-a como o
estudo do processo de
produção e distribuição de
um texto, assim como sua
trajetória histórica.
13. Ainda:
Sendo a Filologia uma ciência que
estuda textos e a Linguística uma
ciência que estuda a língua, elas podem
ser usadas como auxiliares uma da
outra, dada a proximidade e sinergia de
seus objetos de estudos.
Não devem ser
confundidas, porém, como às vezes
acontece.
14. “estudiosos que operam sobre o texto
escrito [e] se contentam [com] a
primeira edição que lhes cai na mão,
quando não escolhem especificamente
a mais portátil e barata” - Ivo Castro
16. Blog Crítica Textual UFF
http://criticatextualuff.blogspot.com.br/
Bibliografia
Ementas das disciplinas
Textos sobre a matéria
Links interessantes
Novidades
...e muito mais!
17. Bibliografia
CAMBRAIA, César Nardelli. Introdução à Crítica Textual. São Paulo:
Martins Fontes, 2005.
AZEVEDO FILHO, Leodegário. A Base Teórica de Crítica Textual. 2ª
ed. Rio de Janeiro: H. P. Comunicação, 2004.
CASTRO, Ivo. Miscelânea de Estudos Linguísticos, Filológicos e
Literários in Memoriam Celso Cunha. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1995, pp. 511-520.
BRAGANÇA JÚNIOR, Á. A. “Filologia e Medievística germânicas
metodológico-práticas”. Semana de Filologia na USP, 2007, São
Paulo. Anais... São Paulo: Serviço de Divulgação e
Informação, FFLCH, 2007. v. 1. p. 11-27.
CARVALHO E SILVA, Maximiano de. Crítica Textual: Conceito –
Objeto – Finalidade. In: <http://maximianocsilva.pro.br/doc7.htm >
(acesso em 25/09/2013).