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Contrato ATER/INCRA/PROSAFRA nº 15000/14 
PECUÁRIA: SANIDADE ANIMAL E 
MANEJO REPRODUTIVO 
TÉCNICO RESPONSÁVEL: RAFAEL SOARES DIAS 
rafaelsoareszootec@hotmail.com 
(62) 92675013 (Claro) (62) 81301505 (Tim) (62) 86330418(Oi) 
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PECUÁRIA: SANIDADE ANIMAL E MANEJO REPRODUTIVO 
Técnico Responsável: RAFAEL SOARES DIAS 
rafaelsoareszootec@hotmail.com 
INTRODUÇÃO 
Neste texto objetiva-se apresentar conceitos que abrangem a sanidade 
animal, bem como o manejo reprodutivo. Tem-se abordado a seguir conceitos 
de sanidade animal, manejo reprodutivo, alimentação, manejo de pastagem, 
manejo de reprodução, inseminação artificial, índices zootécnicos, estação 
reprodutiva, controle sanitário, vacinas, vermífugos, principais enfermidades, 
descarte e reprodução com uma linguagem de fácil leitura e compreensão. 
O QUE É SANIDADE ANIMAL 
Em uma visão ampla, a saúde dos animais envolve questões que estão 
relacionadas com as enfermidades dos animais, com a saúde pública, o 
controle de riscos para com a cadeia alimentar, para garantir a oferta de 
alimentos seguros e também o bem estar dos animais. Para que ocorra a 
segurança da saúde dos animais é necessário que existam serviços bem 
estruturados de veterinários, os quais precisam ser capacitados e estarem 
aptos para detectar e adotar precocemente medidas que controlem e 
erradiquem as doenças. 
O QUE É MANEJO REPRODUTIVO 
Manejo reprodutivo é de suma importância para aumentar os índices 
produtivos de todo o rebanho. O manejo reprodutivo da fêmea é composto por 
diversas fases que compõe a vida do animal como a desmama, a puberdade, o 
2
parto, o período de serviço, a idade da primeira cria, o intervalo de partos e o 
manejo pré-parto. Para que o manejo adequado dessas fases ocorra é muito 
importante a eficiência reprodutiva do animal, bem como de todo rebanho. 
Para uma maior produtividade e lucratividade é preciso que haja um conjunto 
de decisões importantes no que diz respeito a vida útil da produção de uma 
fêmea, a qual passa por várias fases que abordaremos a seguir. 
A desmama compõe o momento muito importante para futuras 
matrizes, visto que fornecem dados cruciais para a seleção das fêmeas, pois é 
preciso analisar o desenvolvimento ponderal e a saúde dos animais que foram 
desmamados e, isso depende da capacidade da mãe em criar eles. E, caso o 
índice de mortalidade até o período da desmama seja acima de 3% pode-se 
considerar como alta para uma criação bem sucedida. 
A fase da puberdade inicia-se por volta de um ano de idade, onde há o 
afloramento do aparelho genital, reprodutor e seus anexos, bem como da 
produção de hormônios e do fortalecimento das estruturas do corpo para que a 
fêmea esteja pronta para o acasalamento. 
Tendo um manejo adequado (principalmente relacionado a 
alimentação) consequentemente o desenvolvimento do animal será normal. A 
desmama tem fundamental importância neste momento, pois os animais sendo 
bem desmamados, a fase da puberdade, será tudo normal completando ela em 
torno dos 18 meses de idade. 
A idade da primeira cria relacionado as primíparas (fêmeas que estão 
parindo pela primeira vez) é um registro importante, visto que esta idade 
correlaciona-se com a vida útil produtiva, onde tem-se o significado de que as 
fêmeas que tem o parto mais cedo geralmente são mais férteis e durante sua 
vida reprodutiva produzem mais. 
Significa também que elas têm uma reprodutividade precoce e que estas 
novilhas precisam ser manejadas com bastante atenção, porém não se pode 
3
entourar e inseminar fêmeas que estejam com peso menor que 300 kg para 
que não se comprometa a vida reprodutiva deste animal em gestação onde o 
estado corporal não esteja condizente. É preciso dizer que acima dos 27 e 30 
meses de vida, já está acima do indicado para a primeira cria, pois pode haver 
problemas com o manejo depois da desmama e também com a puberdade. 
O parto é um momento de grande importância, onde a fêmea precisa ter 
toda uma assistência e se pode precisar ajuda no parto e depois do parto. 
Tendo problemas no parto pode gerar inutilidade da fêmea para futuras 
reproduções e, caso haja um corte malfeito no umbigo e/ou secreção que 
entope as vias respiratórias do recém nascido também pode causar graves 
infecções e consequências durante toda a vida do animal. No parto é preciso 
que se coloque em ação uma das práticas mais significativa do manejo, a qual 
dependerá da saúde do bezerro que é a ingestão do colostro, que proporciona 
benefícios para os recém nascidos. 
O período de serviço vai do parto até a próxima gestação. Esse período 
é dividido em dois. O primeiro período de serviço é o puerperal, onde ocorre a 
recomposição do sistema genital, principalmente do útero. O segundo período 
de serviço é quando o touro está cobrindo a fêmea. 
Quando se tem inseminação artificial o controle desse período é mais 
fácil, sendo o manejo produtivo mais simples. Este período de serviço tem 
papel importante no que diz respeito a lucratividade da fazenda, pois quanto 
mais for o período de serviço mais será o intervalo dos partos. Caso o período 
de serviço seja acima de 60 dias o manejo pós-parto será prejuízo e, esse 
índice é de suma importância, visto que a partir dele depende o intervalo dos 
partos, que é um indicador da eficiência da reprodução do rebanho. 
O intervalo dos partos é uma das fases importantes para a criação 
animal ligada a reprodução, visto que ele depende de todas as práticas de 
manejo e, quanto maior for esta fase menor será a produtividade do animal e 
4
pode ocasionar prejuízos, pois compromete a eficiência reprodutiva do 
rebanho. É preciso que se tenha muita atenção na recuperação do parto, bem 
como da alimentação antes e depois dele e, necessita-se da utilização de 
reprodutores saudáveis, visto que estes cuidados são muito importante e 
interferem no ciclo reprodutivo do animal de maneira direta. 
Para que a fêmea crie uma vez no ano o período de serviço não pode 
passar de 120 dias, visto que o período puerperal se completa geralmente até 
os 40 dias, sendo então possível atingir esta meta, porém é preciso um bom 
manejo. O sucesso na criação depende do manejo que é totalmente 
dependente do homem. O intervalo de parto acima de um ano é bastante 
comprometedor no que diz respeito a eficiência reprodutiva do rebanho. 
Depois de todas essas fases chega-se ao primeiro período seco onde as 
fêmeas começam a se preparar para ter seu segundo parto que coincide com 
outro momento importante que é o pré-parto. Nesse momento as fêmeas 
precisam estar secas, ou seja, é necessário que parem de ordenhá-las, visto 
que todos os cuidados devem ser tomados com fêmeas gestantes. 
A secagem das fêmeas é a primeira prática de manejo nessa fase e 
precisa ocorrer no tempo e momento certo. Ela deve durar o tempo suficiente 
de preparar a fêmea para o parto, sendo o ideal dois meses antes do parto, 
visto que dá permissão a fêmea de se recuperar da lactação, bem como de 
reparar-se para o posterior estresse com o parto e amamentação. 
É preciso que todas as condições de manejo sejam fornecidas aos 
animais, neste momento se transfere os animais para uma área separada onde 
ficarão até o parto. Esta área precisa ter de preferência um bom pasto, sombra, 
água e também tranquilidade para as fêmeas gestantes. 
Para que haja um bom manejo reprodutivo das fêmeas na propriedade é 
preciso uma boa administração e, que algumas recomendações sejam 
cumpridas, como registro, as variações climáticas e o tratamento dos animais. 
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ALIMENTAÇÃO E MANEJO DA PASTAGEM 
Sabe-se que uma das importantes limitações de nutrientes do gado de 
leite é a deficiência dos minerais, visto que as forrageiras não costumam 
atender as exigências dos animais, pois o conteúdo da forragem depende de 
alguns fatores determinantes como o solo, o clima, a espécie da forrageira e a 
maturidade. Em geral os solos são de média a baixa fertilidade e possuem 
grande quantidade de alumínio e de ferro, o que favorece a formação de 
compostos insolúveis para as plantas, aumentando a deficiência do pasto. 
Os nutrientes minerais compõem somente cerca de 5% do corpo dos 
animais, porém contribuem com partes do esqueleto e também da estrutura 
dos músculos, sendo importantes ao funcionamento normal do organismo. Os 
desequilíbrios de ordem mineral na dieta dos animais podem vir a ocorrer pela 
deficiência e também pelo excesso, por isso é possível elaborar algumas 
fórmulas que atendem as condições tanto da pastagem quanto do rebanho. 
Nota-se que são vários os fatores que determinam a quantidade de 
mineral que os animais exigem tais como tipo de exploração, ou seja, gado de 
cria, de corte ou de leite, o nível de produção, a idade, o teor, a forma química 
dos ingredientes, as inter relações com outros minerais, o consumo da mistura 
mineral, a raça e a adaptação animal. 
Mesmo que durante a seca, isto é o verão, as pastagens apresentem um 
menor teor de minerais, observa-se que na estação chuvosa, no inverno, as 
deficiências minerais são mais severas, onde o ganho de peso é estimulado 
através da disponibilidade de energia e proteínas, os quais elevam os 
requerimentos minerais. As fórmulas minerais são calculadas para suprir 
diariamente as exigências minerais, com uma mistura completa, por isso é 
necessário que os animais tenham acesso a vontade a essas misturas. 
6
O manejo de pastagem pode pelos sistemas, extensivo e rotacionado, 
porém mais importante que o sistema de manejo é ter o cuidado para não 
ultrapassar a capacidade que suporta a pastagem, visto que pode ocasionar o 
processo de degradação. O sistema extensivo o ganho também ganho peso, 
mas em menor proporção e tem um menor gasto em cercas. O sistema 
rotacionado permite a produção por área e exige um maior gasto em cercas, 
possibilitando um aproveitamento melhor da área em que se encontra o gado. 
É preciso ter atenção, pois a quantidade/carga de animais necessita ser 
compatível com a capacidade que o pasto suporta. 
Sabe-se que grandes quantidades de nutrientes presentes no solo são 
exploradas através dos animais e estas precisam ser repostas por adubações, 
visto que caso não ocorra essa reposição haverá grande chance de diminuir a 
produtividade e degradação da pastagem. 
MANEJO DE REPRODUÇÃO 
A reprodução em bovinos tem como objetivo maior a produção de 
bezerros com a utilização das matrizes sendo a partir da maturidade sexual até 
o momento do descarte e consequentemente a substituição/reposição por 
novilhas, visto que o ciclo repete de geração em geração. 
Pretende-se aplicar técnicas de pecuárias avançadas e ao mesmo tempo 
intensificar as parições onde cada vaca em idade reprodutiva produza um 
bezerro por ano e este bezerro seja criado de maneira sadia e desmamado com 
peso ideal. Porém todos os criadores, médicos veterinários, zootecnistas e os 
demais envolvidos na pecuária, precisam ter o objetivo de aumentar a 
produção e consequentemente o aumento dos lucros. 
Pode-se dizer que a inseminação artificial é um importante e econômico 
argumento que atinge o objetivo acima descrito, visto que o gado leiteiro visa 
a produção de fêmeas com alta produção de leite, bem como reprodutores 
7
melhorados. Enquanto a pecuária de corte utiliza a inseminação artificial para 
a produção de carne, touros melhorados, novilhas para reposição e 
aproveitamento de vacas, as quais são descartadas. Ambas situações os 
rebanhos precisam de manejo diário e a finalidade maior é reduzir ou manter 
o intervalo entre os partos próximos aos 12 meses de idade. 
INSIMINAÇÃO ARTIFICIAL 
A inseminação artificial é uma das técnicas de baixo custo e mais 
simples que está empregada na área de reprodução animal e, apresenta o 
melhor resultado quando a pretensão é realizar a seleção e o melhoramento da 
genética de um rebanho. Este melhoramento genético pode se realizar com a 
utilização do sêmem dos reprodutores, desde que tenham os valores 
zootécnicos comprovados e que a utilização deles sejam em rebanho 
selecionado para a inseminação artificial. 
Mesmo sendo um processo simples, a inseminação artificial necessita 
de um controle muito rígido e uma criteriosa atividade nas suas etapas, as 
quais vão desde a seleção do reprodutor que doa o sêmem até o treinamento 
do inseminador. Detectar o cio é a principal limitação para a implantação do 
programa de inseminação artificial, pois detectar o cio eficientemente é um 
objetivo que na maioria das vezes não é alcançado de maneira satisfatória e, 
que apresenta grande influência no que diz respeito a performance e produção 
do rebanho. 
ÍNDICES ZOOTÉCNICOS 
Os índices zootécnicos são de fundamental importância para que os 
objetivos estabelecidos para a criação de bovinos sejam alcançados, visto que 
os mesmos ajudam a revelar quais aspectos necessitam de uma maior atenção, 
8
quais práticas precisam ser mantidas, substituídas e até mesmo aprimoradas. 
As melhorias na produção e reprodução de bovinos são decorrentes das 
análises desses índices, pois é a partir deles que se tem uma base para 
comparar com os resultados futuros para com a rentabilidade na produção. 
Através dos índices zootécnicos e os dados numéricos por eles descobertos é 
possível representar quais fatores estão interligados na bovinocultura, no 
manejo sanitário, no manejo de pastagens e na nutrição. 
ESTAÇÃO REPRODUTIVA 
A estação reprodutiva de novilhas consiste no uso estratégico de 
pastagens cultivadas que tenham maior disponibilidade e qualidade na seca, 
visto que assim proporcionará uma melhor condição nutricional as novilhas 
que serão enxertadas e às que são de primeira cria. Devido a isso, as novilhas 
primíparas, ou seja, as paridas, tem um menor desgaste orgânico o que 
favorece o aparecimento do primeiro cio fértil e, em relação as novilhas que 
serão enxertadas elas atingem mais rápido a condição corporal que é desejada. 
A estação reprodutiva nas novilhas precisa ter início e término com 25 a 
45 dias antes das vacas, visto que as novilhas de primeira cria apresentam 
intervalos maiores entre o parto e o primeiro cio fértil comparando com as 
vacas e, o tamanho juntamente com seu desenvolvimento corporal é mais 
importante do que a idade, pois a idade e a época da maturidade sexual 
dependem da raça e da alimentação. 
Cada raça possui um peso ideal para ter a primeira concepção e este 
deve ser respeitado para que o animal consiga atingir o seu desenvolvimento 
total, por isso mesmo que as novilhas entrem no cio antes da condição peso, 
as mesmas não podem ser cobertas, visto correr o risco de não conseguir 
manter as exigências nutritivas para seu pleno desenvolvimento. 
9
É preciso que seja fornecida uma boa alimentação as novilhas, pois é 
uma condição indispensável para que tenha um desenvolvimento pleno e se 
obtenha bons resultados. A estação reprodutiva de inverno é aconselhada para 
as novilhas que não conseguiram o pleno desenvolvimento na estação 
reprodutiva de primeira, as quais ficariam passadas para a próxima estação, 
onde o criador ganha mais alguns meses, porém há maiores gastos com mão 
de obra, visto que será necessário criar datas diferenciadas de manejo e 
despadronizar os lotes. Isto não é indicado. 
A estação reprodutiva de vacas leva nove meses e meio e a mesma deve 
ter seu início programa de acordo com o período da primeira parição, onde vai 
depender da época que desejar que aconteça o nascimento e a desmama. Esta 
estação reprodutiva precisa concentrar nos períodos em que tenha o melhor 
fornecimento de alimentos, pois as exigências nutritivas para esta reprodução 
são altas, visto que os nascimentos ocorrem nos períodos mais secos e a 
incidência de doenças são menores. 
É recomendada uma estação de monta curta, ou seja, de 
aproximadamente 3 meses. Os meses novembro, dezembro e janeiro são os 
meses mais recomendados. Estabelecer duas estações de monta durante o ano 
para as vacas, geralmente não é justificável, pois se considerarmos que o 
manejo e a alimentação são iguais para as demais vacas, desse modo 
estaríamos dando prêmio aos animais de baixa eficiência reprodutiva que não 
conceberam durante o período em quem foi planejado. Dando prejuízo por 
não trazer resultados na época esperada. Mesmo reduzindo o intervalo entre 
os partos haveria uma seleção negativa da fertilidade e os nascimentos que 
serão resultados da estação de inverno seria no período das águas o que não é 
aconselhável e, pois as práticas do manejo seriam por mais um longo período. 
CONTROLE SANITÁRIO 
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O controle sanitário ou o manejo sanitário constitui um conjunto de 
atividades de ordem veterinária que são planejadas e direcionadas com vistas 
a prevenção e a manutenção da saúde de todo o rebanho. Quando o objetivo é 
somente prevenir a ação dos agentes patogênicos é utilizado medidas de 
higiene e profilaxia sanitária, ou seja, a limpeza, a higienização das 
instalações zootécnicas, a desinfecção umbilical do recém-nascido e ingestão 
precoce do colostro. 
Quando a pretensão é manter os animais resistentes à ação desses 
patógenos são necessárias medidas de profilaxia médica, ou seja, a vacinação, 
a vermifugação e o banho carrapaticida. Essas duas formas são 
complementares, uma a outra, porém quando relacionado a sistema de 
produção de grande escala de gado de corte a ênfase maior é concentrada na 
profilaxia médica. 
VACINAS E VERMÍFOGOS 
No manejo sanitário a vacinação é um dos principais procedimentos, 
visto ser um ato prudente e inteligente o qual tem boa relação com o custo e o 
benefício. As vacinas têm como função primeira a proteção dos animais 
contra as doenças/enfermidades que são naturais e ocorrem na região onde 
está o rebanho. 
As vacinas precisam ser vistas como parte do programa de manejo 
sanitário e necessitam ser planejadas para atender as necessidades de cada 
rebanho especificadamente. As vacinas são determinadas diante de alguns 
fatores como idade, sexo, espécie, região geográfica e o tipo de manejo. 
Depois de determinadas quais vacinas e com o programa de vacinação precisa 
ser avaliado para ver se as metas serão realmente atingidas. Animais que 
tenham histórico de vacinação desconhecidos necessitam ser submetidos a 
vacinação inicial e dentro de quatro semana ter uma nova vacinação. 
11
Sabe-se que existem vários tipos de vacina no Brasil para serem usadas 
em bovinos de corte e de leite, onde as mesmas são contra enfermidades 
causadas por protozoários, bactérias e vírus. Tem vacinas que são 
recomendadas para uso rotineiro enquanto outras são para condições 
específicas, porém as duas possuem doses e vias de aplicação própria e tempo 
de duração da imunidade diferente, sendo que este tempo é o definidor para o 
período de revacinação. 
A utilização de vacina deve variar de acordo com a categoria dos 
animais existentes no rebanho, visto que algumas são recomendadas para 
certo tipo de rebanho enquanto outras não. Mesmo vacinadas pode ocorrer do 
animal ter a doença e isso está ligado diretamente a conservação inadequada 
da vacina, ao uso de menores doses do que a necessária, a baixa qualidade da 
vacina e até mesmo quando o animal seja infectado no período negativo da 
vacina, isto é quando o nível de proteção que é formado pela vacina ainda não 
é suficiente para impedir que o anima contagia a doença. 
A vermifugação é realizada com vistas ao tratamento, prevenção e 
controle de infestações de parasitas. Os medicamentos de ordem 
antihelmínticos são aplicados nos animais com função terapêutica, quanto os 
animais apresentam sintomas de parasitismo, e com função profilática 
buscando minimizar a mortalidade que está associada ao parasitismo. 
Os programas de controle de parasitas têm como objetivo maior 
aumentar a saúde dos rebanhos, a produtividade e ter um retorno econômico 
do sistema de produção, visto que as perdas ocasionadas pela ausência ou pela 
aplicação erradas dos vermífugos são altamente significativas o que reduz o 
desenvolvimento ponderal, principalmente nos animais jovens podendo 
chegar a morte deles. Não é aconselhável que se tenha um esquema rígido e 
fixo de aplicação de vermífugos, pois a infestação parasitária varia de acordo 
com a região geográfica e com o tipo de sistema da produção, sendo que os 
12
melhores programas de vermifugação são os delineados, ou seja, os que 
consideram as metas do produtor, os custos, bem como o retorno financeiro 
de todas as vermifugações, além de levar em conta as variações de climas e a 
geografia. 
Para tanto, é aconselhável uma prática de rotação de pastagem e o 
acesso a água de consumo em boa qualidade e em abundância, visto ser 
importante para evitar a população de parasitas no ambiente e também nos 
animais. 
PRINCIPAIS ENFERMIDADES 
Existem várias enfermidades da reprodução que chegam até os bovinos, 
porém o aborto é considerado aquele que causa maior impacto. Porém são as 
doenças que provocam as perdas maiores. O aborto nos bovinos pode ocorrer 
em vários estágios da gestação e são diversas as causas que é muito 
importante o diagnóstico delas. A principal causa para o aborto no gado é a 
brucelose. Também são consideradas como causadoras do aborto a 
leptospirose campilobacteriose, complexo herpes vírus, trichomonose, diareia 
viral bovina, intoxicações nutricionais, de manejo e outras. 
A brucelose geralmente é associada aos abortos no final do terço da 
gestão, sendo que afeta animais domésticos e ou os considerados silvestres. 
Esta enfermidade atinge bovinos de qualquer idade e de ambos os sexos, 
porém afeta principalmente os animais que estão em idade sexual madura o 
que causa sérios prejuízos devido a abortos, retenção da placenta, metrites, 
sub-fertilidade e até mesmo infertilidade. 
A brucelose é uma das doenças infecciosas e de maior contaminação, 
ganhando destaque em doenças bovinas. A principal forma de contaminação 
está pelo aparelho digestivo, ou seja, através do consumo da água, de 
13
alimentos. Além de poder ser contaminado por pastos que foram 
contaminados com resto de abortos, sangue e líquidos. A principal 
característica desta doença é que ela ataca os órgãos da reprodução. As 
fêmeas devem tomar a vacina B19 com 3 a 5 meses. 
A leptospirose afeta tanto animais como humanos e causa infecções 
disseminadas pelo organismo. A mesma é causada por vários sorovar da 
bactéria do gênero Leptospira. Esta enfermidade é geralmente apresentada de 
forma subclínica, ou seja, sem sintomas de fácil detecção, em animais não 
lactantes e não gestantes. O tratamento é com a estreptomicina, em bezerros 
de 4 a 6 meses. 
É manifestado geralmente pelo aborto, onde o feto se mostra autolisado 
o que indica que houve a morte há algum tempo antes do aborto, pelos 
natimortos, pelos fetos prematuros e/ou fracos, pela subfertilidade e até 
mesmo pela infertilidade decorrente de complicações. Seu diagnóstico pode 
ser realizado de forma diferente se comparado com as outras formas de 
aborto, por exames laboratorias (urina), por dados clínicos, bem como 
epidemiológicos. O tratamento feito através da estreptomicina visa a 
septicemina e controla a contaminação de todo o ambiente. A vacinação 
precisa ser realizada em todo o rebanho e necessita ter início em bezerros de 
em média 4 a 6 meses de idade e ser seguida de vacinas anuais. Sendo 
realizada como vacinação estratégica sugere-se que a mesma seja feita um 
mês antes da estação reprodutiva. 
A rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) e a Vulvovaginite postular 
(IPV) são parte do complexo Herpesvírus bovinos os quais são causados pelo 
HBV tipo 1, que são responsáveis por abortos, bem como por outras 
enfermidades. A IBR é doença que ataca a respiração, provocando febre e 
lesões nas vias superiores do animal. Lembra-se que nos animais com menor 
idade pode haver quadros respiratórios graves. 
14
Já a vulvovaginite é uma doença que acomete o gado e que se 
caracteriza como uma infecção na mucosa da vagina e também da vulva, 
apresentando um edema e também uma secreção que pode provocar 
dificuldades para urinar, pode interferir no cio e chegar a infertilidade 
momentânea, sendo por período igual ou superior a 60 dias, visto que retorna 
ao ciclo estral normal e fértil. 
Sendo diagnosticadas as enfermidades é preciso vacinar os que ainda 
são jovens e repetir a vacinação para manter a imunidade, sendo que para 
fêmeas adultas a vacinação deve acontecer no início da estação reprodutiva. A 
indicação das vacinas, a quantidade e a frequência das vacinas, serão 
indicadas pelo médico veterinário. 
A diarréia viral bovina é tida como um complexo de doenças que estão 
associadas com a infecção do vírus BVD o qual diminui a imunidade. Es sa 
virose pode provocar desequilíbrio no processo de reprodução e também 
infecção no feto a ponto de morte fetal. Não havendo o aborto pode ocorrer 
deformações congênitas e outras malefícios. 
O controle dessa enfermidade pode ser feito através de vacinas 
inativadas, que são geralmente associadas a outros agentes infecciosos. Sendo 
vacinação a mesma pode ser feita em animais de 8 a 12 meses de idade e 
como estratégia 1 mês antes do período de reprodução. 
A Trichomonose é uma doença infecciona e que pode ser transmitida 
por vias sexuais. Acomete as fêmeas e machos que estão no auge do período 
reprodutivo e causa morte do embrião ou do feto. Provoca o aborto e outros 
problemas, podendo diminuir o índice de nascimento e também um maior 
tempo de recuperação e prenhez novamente. É transmitida durante a cópula, 
monta, e através da inseminação artificial. 
15
O tratamento das fêmeas é ineficaz e desnecessário, visto que a maioria 
delas recupera-se depois de um descanso sexual, porém pode ser feito o uso 
do Prostaglandinas, que faz uma limpeza no útero e regulariza o ciclo do cio. 
A enfermidade denominada por Campilobacteriose é causada por uma 
bactéria conhecida cientificamente por Campilobacter fetus subesp veneralis. 
É uma doença venérea, que atinge exclusivamente os bovinos. Contudo, não 
provoca problemas aos machos. Mas, causa inflamações nas genitálias da 
vaca e pode levar a infertilidade, se passando por baixa taxa de natalidade, 
endometrite e aborto entre o 4 e o 7 mês de gestação. 
O desempenho reprodutivo das fêmeas sugere a presença dessa 
enfermidade, visto que os sinais clínicos são semelhantes aos da trocomonose 
e também de outras doenças infecciosas que atingem o aparelho genital. É 
desaconselhável o tratamento em bovinos, visto que os resultados não são 
satisfatórios e são antieconômicos, claro que tem exceções quando há 
condições especiais, ou seja, quando podem ser tratados com estreptomicina. 
Contudo, a principal saída é o uso da inseminação artificial. 
DESCARTE E REPOSIÇÃO 
O descarte das matrizes segue alguns critérios, sendo eles a idade, a 
infertilidade e a habilidade materna. O descarte de matrizes pela idade atinge 
as que estão normalmente com mais de 10 anos, visto que as mesmas 
desmamam bezerros mais leves e tem maior dificuldade de emprenhar, visto 
que se considera que com 4 anos é a idade média para a primeira cria e o 
descarte com 10 anos de idade, então a vaca deixa em média 5 crias. 
O descarte por infertilidade pode ser entendido como sendo a falta de 
fertilidade e de concepção do gado o que pode estar ligada a fatores como 
uma quantidade de cio, problemas congênitos, infecção nas genitais, uso 
medicamentoso indevido, carência de nutrientes e alimentação restrita. 
16
A maternidade é um ponto de observância e consiste na capacidade em 
criar bezerros sadios e conseguir desmamá-los pesados. As matrizes que não 
conseguem engordar seus bezerros para desmamá-los, podem ser 
consideradas sem muita habilidade, ou seja, não são boas mães. De forma 
geral os motivos que podem levar uma vaca a uma não habilidade são defeitos 
de úbere, por possuir peitos muito grandes, peitos secos ou a não produção de 
leite suficiente, mães que rejeitam bezerros, e outras causas. 
A reposição ou o descarte das matrizes ocorre de acordo com a seleção 
de novilhas e, isto deve ocorrer antes do período reprodutivo, tendo como 
base a aparência externa, o genótipo e o desenvolvimento corporal. É 
recomendado em situações normais que todo ano haja a reposição de 15 a 
20% das matrizes para que fique apenas matrizes jovens e de idade média, ou 
seja, no máximo 9 e 9 anos, visto ter vida reprodutiva de 4 a 6 anos. 
Uma estratégia a ser utilizada para a seleção de novas matrizes é que 
quando feito o diagnóstico de gestação após a estação de monta os animais 
que não tenham condição de prenhes podem ser descartados, vendidos ou 
abatidos. Por consequência do descarte é necessário a substituição por novas 
fêmeas em estado de monta ou prenhes ou paridas, visando evitar o baixo 
índice de produção e contribuir para a seleção por fertilidade. 
REFERÊNCIAS 
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2009. 
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Leite/GadoLeiteiroZonaBragan 
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17
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/BovinoCorte/BovinoCortePara 
/paginas/manejo_san.html 
http://www.cnpgl.embrapa.br/totem/sistema/7/manejo.html 
http://www.inseminacaoartificial.com.br/Manejo_reprodutivo.htm 
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/BovinoCorte/BovinoCortePara 
/paginas/manejo_rep.html 
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AA&url=http%3A%2F%2Fwww.uece.br%2Fcienciaanimal%2Fdmdocuments%2FCONE 
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  • 1. Contrato ATER/INCRA/PROSAFRA nº 15000/14 PECUÁRIA: SANIDADE ANIMAL E MANEJO REPRODUTIVO TÉCNICO RESPONSÁVEL: RAFAEL SOARES DIAS rafaelsoareszootec@hotmail.com (62) 92675013 (Claro) (62) 81301505 (Tim) (62) 86330418(Oi) 1
  • 2. PECUÁRIA: SANIDADE ANIMAL E MANEJO REPRODUTIVO Técnico Responsável: RAFAEL SOARES DIAS rafaelsoareszootec@hotmail.com INTRODUÇÃO Neste texto objetiva-se apresentar conceitos que abrangem a sanidade animal, bem como o manejo reprodutivo. Tem-se abordado a seguir conceitos de sanidade animal, manejo reprodutivo, alimentação, manejo de pastagem, manejo de reprodução, inseminação artificial, índices zootécnicos, estação reprodutiva, controle sanitário, vacinas, vermífugos, principais enfermidades, descarte e reprodução com uma linguagem de fácil leitura e compreensão. O QUE É SANIDADE ANIMAL Em uma visão ampla, a saúde dos animais envolve questões que estão relacionadas com as enfermidades dos animais, com a saúde pública, o controle de riscos para com a cadeia alimentar, para garantir a oferta de alimentos seguros e também o bem estar dos animais. Para que ocorra a segurança da saúde dos animais é necessário que existam serviços bem estruturados de veterinários, os quais precisam ser capacitados e estarem aptos para detectar e adotar precocemente medidas que controlem e erradiquem as doenças. O QUE É MANEJO REPRODUTIVO Manejo reprodutivo é de suma importância para aumentar os índices produtivos de todo o rebanho. O manejo reprodutivo da fêmea é composto por diversas fases que compõe a vida do animal como a desmama, a puberdade, o 2
  • 3. parto, o período de serviço, a idade da primeira cria, o intervalo de partos e o manejo pré-parto. Para que o manejo adequado dessas fases ocorra é muito importante a eficiência reprodutiva do animal, bem como de todo rebanho. Para uma maior produtividade e lucratividade é preciso que haja um conjunto de decisões importantes no que diz respeito a vida útil da produção de uma fêmea, a qual passa por várias fases que abordaremos a seguir. A desmama compõe o momento muito importante para futuras matrizes, visto que fornecem dados cruciais para a seleção das fêmeas, pois é preciso analisar o desenvolvimento ponderal e a saúde dos animais que foram desmamados e, isso depende da capacidade da mãe em criar eles. E, caso o índice de mortalidade até o período da desmama seja acima de 3% pode-se considerar como alta para uma criação bem sucedida. A fase da puberdade inicia-se por volta de um ano de idade, onde há o afloramento do aparelho genital, reprodutor e seus anexos, bem como da produção de hormônios e do fortalecimento das estruturas do corpo para que a fêmea esteja pronta para o acasalamento. Tendo um manejo adequado (principalmente relacionado a alimentação) consequentemente o desenvolvimento do animal será normal. A desmama tem fundamental importância neste momento, pois os animais sendo bem desmamados, a fase da puberdade, será tudo normal completando ela em torno dos 18 meses de idade. A idade da primeira cria relacionado as primíparas (fêmeas que estão parindo pela primeira vez) é um registro importante, visto que esta idade correlaciona-se com a vida útil produtiva, onde tem-se o significado de que as fêmeas que tem o parto mais cedo geralmente são mais férteis e durante sua vida reprodutiva produzem mais. Significa também que elas têm uma reprodutividade precoce e que estas novilhas precisam ser manejadas com bastante atenção, porém não se pode 3
  • 4. entourar e inseminar fêmeas que estejam com peso menor que 300 kg para que não se comprometa a vida reprodutiva deste animal em gestação onde o estado corporal não esteja condizente. É preciso dizer que acima dos 27 e 30 meses de vida, já está acima do indicado para a primeira cria, pois pode haver problemas com o manejo depois da desmama e também com a puberdade. O parto é um momento de grande importância, onde a fêmea precisa ter toda uma assistência e se pode precisar ajuda no parto e depois do parto. Tendo problemas no parto pode gerar inutilidade da fêmea para futuras reproduções e, caso haja um corte malfeito no umbigo e/ou secreção que entope as vias respiratórias do recém nascido também pode causar graves infecções e consequências durante toda a vida do animal. No parto é preciso que se coloque em ação uma das práticas mais significativa do manejo, a qual dependerá da saúde do bezerro que é a ingestão do colostro, que proporciona benefícios para os recém nascidos. O período de serviço vai do parto até a próxima gestação. Esse período é dividido em dois. O primeiro período de serviço é o puerperal, onde ocorre a recomposição do sistema genital, principalmente do útero. O segundo período de serviço é quando o touro está cobrindo a fêmea. Quando se tem inseminação artificial o controle desse período é mais fácil, sendo o manejo produtivo mais simples. Este período de serviço tem papel importante no que diz respeito a lucratividade da fazenda, pois quanto mais for o período de serviço mais será o intervalo dos partos. Caso o período de serviço seja acima de 60 dias o manejo pós-parto será prejuízo e, esse índice é de suma importância, visto que a partir dele depende o intervalo dos partos, que é um indicador da eficiência da reprodução do rebanho. O intervalo dos partos é uma das fases importantes para a criação animal ligada a reprodução, visto que ele depende de todas as práticas de manejo e, quanto maior for esta fase menor será a produtividade do animal e 4
  • 5. pode ocasionar prejuízos, pois compromete a eficiência reprodutiva do rebanho. É preciso que se tenha muita atenção na recuperação do parto, bem como da alimentação antes e depois dele e, necessita-se da utilização de reprodutores saudáveis, visto que estes cuidados são muito importante e interferem no ciclo reprodutivo do animal de maneira direta. Para que a fêmea crie uma vez no ano o período de serviço não pode passar de 120 dias, visto que o período puerperal se completa geralmente até os 40 dias, sendo então possível atingir esta meta, porém é preciso um bom manejo. O sucesso na criação depende do manejo que é totalmente dependente do homem. O intervalo de parto acima de um ano é bastante comprometedor no que diz respeito a eficiência reprodutiva do rebanho. Depois de todas essas fases chega-se ao primeiro período seco onde as fêmeas começam a se preparar para ter seu segundo parto que coincide com outro momento importante que é o pré-parto. Nesse momento as fêmeas precisam estar secas, ou seja, é necessário que parem de ordenhá-las, visto que todos os cuidados devem ser tomados com fêmeas gestantes. A secagem das fêmeas é a primeira prática de manejo nessa fase e precisa ocorrer no tempo e momento certo. Ela deve durar o tempo suficiente de preparar a fêmea para o parto, sendo o ideal dois meses antes do parto, visto que dá permissão a fêmea de se recuperar da lactação, bem como de reparar-se para o posterior estresse com o parto e amamentação. É preciso que todas as condições de manejo sejam fornecidas aos animais, neste momento se transfere os animais para uma área separada onde ficarão até o parto. Esta área precisa ter de preferência um bom pasto, sombra, água e também tranquilidade para as fêmeas gestantes. Para que haja um bom manejo reprodutivo das fêmeas na propriedade é preciso uma boa administração e, que algumas recomendações sejam cumpridas, como registro, as variações climáticas e o tratamento dos animais. 5
  • 6. ALIMENTAÇÃO E MANEJO DA PASTAGEM Sabe-se que uma das importantes limitações de nutrientes do gado de leite é a deficiência dos minerais, visto que as forrageiras não costumam atender as exigências dos animais, pois o conteúdo da forragem depende de alguns fatores determinantes como o solo, o clima, a espécie da forrageira e a maturidade. Em geral os solos são de média a baixa fertilidade e possuem grande quantidade de alumínio e de ferro, o que favorece a formação de compostos insolúveis para as plantas, aumentando a deficiência do pasto. Os nutrientes minerais compõem somente cerca de 5% do corpo dos animais, porém contribuem com partes do esqueleto e também da estrutura dos músculos, sendo importantes ao funcionamento normal do organismo. Os desequilíbrios de ordem mineral na dieta dos animais podem vir a ocorrer pela deficiência e também pelo excesso, por isso é possível elaborar algumas fórmulas que atendem as condições tanto da pastagem quanto do rebanho. Nota-se que são vários os fatores que determinam a quantidade de mineral que os animais exigem tais como tipo de exploração, ou seja, gado de cria, de corte ou de leite, o nível de produção, a idade, o teor, a forma química dos ingredientes, as inter relações com outros minerais, o consumo da mistura mineral, a raça e a adaptação animal. Mesmo que durante a seca, isto é o verão, as pastagens apresentem um menor teor de minerais, observa-se que na estação chuvosa, no inverno, as deficiências minerais são mais severas, onde o ganho de peso é estimulado através da disponibilidade de energia e proteínas, os quais elevam os requerimentos minerais. As fórmulas minerais são calculadas para suprir diariamente as exigências minerais, com uma mistura completa, por isso é necessário que os animais tenham acesso a vontade a essas misturas. 6
  • 7. O manejo de pastagem pode pelos sistemas, extensivo e rotacionado, porém mais importante que o sistema de manejo é ter o cuidado para não ultrapassar a capacidade que suporta a pastagem, visto que pode ocasionar o processo de degradação. O sistema extensivo o ganho também ganho peso, mas em menor proporção e tem um menor gasto em cercas. O sistema rotacionado permite a produção por área e exige um maior gasto em cercas, possibilitando um aproveitamento melhor da área em que se encontra o gado. É preciso ter atenção, pois a quantidade/carga de animais necessita ser compatível com a capacidade que o pasto suporta. Sabe-se que grandes quantidades de nutrientes presentes no solo são exploradas através dos animais e estas precisam ser repostas por adubações, visto que caso não ocorra essa reposição haverá grande chance de diminuir a produtividade e degradação da pastagem. MANEJO DE REPRODUÇÃO A reprodução em bovinos tem como objetivo maior a produção de bezerros com a utilização das matrizes sendo a partir da maturidade sexual até o momento do descarte e consequentemente a substituição/reposição por novilhas, visto que o ciclo repete de geração em geração. Pretende-se aplicar técnicas de pecuárias avançadas e ao mesmo tempo intensificar as parições onde cada vaca em idade reprodutiva produza um bezerro por ano e este bezerro seja criado de maneira sadia e desmamado com peso ideal. Porém todos os criadores, médicos veterinários, zootecnistas e os demais envolvidos na pecuária, precisam ter o objetivo de aumentar a produção e consequentemente o aumento dos lucros. Pode-se dizer que a inseminação artificial é um importante e econômico argumento que atinge o objetivo acima descrito, visto que o gado leiteiro visa a produção de fêmeas com alta produção de leite, bem como reprodutores 7
  • 8. melhorados. Enquanto a pecuária de corte utiliza a inseminação artificial para a produção de carne, touros melhorados, novilhas para reposição e aproveitamento de vacas, as quais são descartadas. Ambas situações os rebanhos precisam de manejo diário e a finalidade maior é reduzir ou manter o intervalo entre os partos próximos aos 12 meses de idade. INSIMINAÇÃO ARTIFICIAL A inseminação artificial é uma das técnicas de baixo custo e mais simples que está empregada na área de reprodução animal e, apresenta o melhor resultado quando a pretensão é realizar a seleção e o melhoramento da genética de um rebanho. Este melhoramento genético pode se realizar com a utilização do sêmem dos reprodutores, desde que tenham os valores zootécnicos comprovados e que a utilização deles sejam em rebanho selecionado para a inseminação artificial. Mesmo sendo um processo simples, a inseminação artificial necessita de um controle muito rígido e uma criteriosa atividade nas suas etapas, as quais vão desde a seleção do reprodutor que doa o sêmem até o treinamento do inseminador. Detectar o cio é a principal limitação para a implantação do programa de inseminação artificial, pois detectar o cio eficientemente é um objetivo que na maioria das vezes não é alcançado de maneira satisfatória e, que apresenta grande influência no que diz respeito a performance e produção do rebanho. ÍNDICES ZOOTÉCNICOS Os índices zootécnicos são de fundamental importância para que os objetivos estabelecidos para a criação de bovinos sejam alcançados, visto que os mesmos ajudam a revelar quais aspectos necessitam de uma maior atenção, 8
  • 9. quais práticas precisam ser mantidas, substituídas e até mesmo aprimoradas. As melhorias na produção e reprodução de bovinos são decorrentes das análises desses índices, pois é a partir deles que se tem uma base para comparar com os resultados futuros para com a rentabilidade na produção. Através dos índices zootécnicos e os dados numéricos por eles descobertos é possível representar quais fatores estão interligados na bovinocultura, no manejo sanitário, no manejo de pastagens e na nutrição. ESTAÇÃO REPRODUTIVA A estação reprodutiva de novilhas consiste no uso estratégico de pastagens cultivadas que tenham maior disponibilidade e qualidade na seca, visto que assim proporcionará uma melhor condição nutricional as novilhas que serão enxertadas e às que são de primeira cria. Devido a isso, as novilhas primíparas, ou seja, as paridas, tem um menor desgaste orgânico o que favorece o aparecimento do primeiro cio fértil e, em relação as novilhas que serão enxertadas elas atingem mais rápido a condição corporal que é desejada. A estação reprodutiva nas novilhas precisa ter início e término com 25 a 45 dias antes das vacas, visto que as novilhas de primeira cria apresentam intervalos maiores entre o parto e o primeiro cio fértil comparando com as vacas e, o tamanho juntamente com seu desenvolvimento corporal é mais importante do que a idade, pois a idade e a época da maturidade sexual dependem da raça e da alimentação. Cada raça possui um peso ideal para ter a primeira concepção e este deve ser respeitado para que o animal consiga atingir o seu desenvolvimento total, por isso mesmo que as novilhas entrem no cio antes da condição peso, as mesmas não podem ser cobertas, visto correr o risco de não conseguir manter as exigências nutritivas para seu pleno desenvolvimento. 9
  • 10. É preciso que seja fornecida uma boa alimentação as novilhas, pois é uma condição indispensável para que tenha um desenvolvimento pleno e se obtenha bons resultados. A estação reprodutiva de inverno é aconselhada para as novilhas que não conseguiram o pleno desenvolvimento na estação reprodutiva de primeira, as quais ficariam passadas para a próxima estação, onde o criador ganha mais alguns meses, porém há maiores gastos com mão de obra, visto que será necessário criar datas diferenciadas de manejo e despadronizar os lotes. Isto não é indicado. A estação reprodutiva de vacas leva nove meses e meio e a mesma deve ter seu início programa de acordo com o período da primeira parição, onde vai depender da época que desejar que aconteça o nascimento e a desmama. Esta estação reprodutiva precisa concentrar nos períodos em que tenha o melhor fornecimento de alimentos, pois as exigências nutritivas para esta reprodução são altas, visto que os nascimentos ocorrem nos períodos mais secos e a incidência de doenças são menores. É recomendada uma estação de monta curta, ou seja, de aproximadamente 3 meses. Os meses novembro, dezembro e janeiro são os meses mais recomendados. Estabelecer duas estações de monta durante o ano para as vacas, geralmente não é justificável, pois se considerarmos que o manejo e a alimentação são iguais para as demais vacas, desse modo estaríamos dando prêmio aos animais de baixa eficiência reprodutiva que não conceberam durante o período em quem foi planejado. Dando prejuízo por não trazer resultados na época esperada. Mesmo reduzindo o intervalo entre os partos haveria uma seleção negativa da fertilidade e os nascimentos que serão resultados da estação de inverno seria no período das águas o que não é aconselhável e, pois as práticas do manejo seriam por mais um longo período. CONTROLE SANITÁRIO 10
  • 11. O controle sanitário ou o manejo sanitário constitui um conjunto de atividades de ordem veterinária que são planejadas e direcionadas com vistas a prevenção e a manutenção da saúde de todo o rebanho. Quando o objetivo é somente prevenir a ação dos agentes patogênicos é utilizado medidas de higiene e profilaxia sanitária, ou seja, a limpeza, a higienização das instalações zootécnicas, a desinfecção umbilical do recém-nascido e ingestão precoce do colostro. Quando a pretensão é manter os animais resistentes à ação desses patógenos são necessárias medidas de profilaxia médica, ou seja, a vacinação, a vermifugação e o banho carrapaticida. Essas duas formas são complementares, uma a outra, porém quando relacionado a sistema de produção de grande escala de gado de corte a ênfase maior é concentrada na profilaxia médica. VACINAS E VERMÍFOGOS No manejo sanitário a vacinação é um dos principais procedimentos, visto ser um ato prudente e inteligente o qual tem boa relação com o custo e o benefício. As vacinas têm como função primeira a proteção dos animais contra as doenças/enfermidades que são naturais e ocorrem na região onde está o rebanho. As vacinas precisam ser vistas como parte do programa de manejo sanitário e necessitam ser planejadas para atender as necessidades de cada rebanho especificadamente. As vacinas são determinadas diante de alguns fatores como idade, sexo, espécie, região geográfica e o tipo de manejo. Depois de determinadas quais vacinas e com o programa de vacinação precisa ser avaliado para ver se as metas serão realmente atingidas. Animais que tenham histórico de vacinação desconhecidos necessitam ser submetidos a vacinação inicial e dentro de quatro semana ter uma nova vacinação. 11
  • 12. Sabe-se que existem vários tipos de vacina no Brasil para serem usadas em bovinos de corte e de leite, onde as mesmas são contra enfermidades causadas por protozoários, bactérias e vírus. Tem vacinas que são recomendadas para uso rotineiro enquanto outras são para condições específicas, porém as duas possuem doses e vias de aplicação própria e tempo de duração da imunidade diferente, sendo que este tempo é o definidor para o período de revacinação. A utilização de vacina deve variar de acordo com a categoria dos animais existentes no rebanho, visto que algumas são recomendadas para certo tipo de rebanho enquanto outras não. Mesmo vacinadas pode ocorrer do animal ter a doença e isso está ligado diretamente a conservação inadequada da vacina, ao uso de menores doses do que a necessária, a baixa qualidade da vacina e até mesmo quando o animal seja infectado no período negativo da vacina, isto é quando o nível de proteção que é formado pela vacina ainda não é suficiente para impedir que o anima contagia a doença. A vermifugação é realizada com vistas ao tratamento, prevenção e controle de infestações de parasitas. Os medicamentos de ordem antihelmínticos são aplicados nos animais com função terapêutica, quanto os animais apresentam sintomas de parasitismo, e com função profilática buscando minimizar a mortalidade que está associada ao parasitismo. Os programas de controle de parasitas têm como objetivo maior aumentar a saúde dos rebanhos, a produtividade e ter um retorno econômico do sistema de produção, visto que as perdas ocasionadas pela ausência ou pela aplicação erradas dos vermífugos são altamente significativas o que reduz o desenvolvimento ponderal, principalmente nos animais jovens podendo chegar a morte deles. Não é aconselhável que se tenha um esquema rígido e fixo de aplicação de vermífugos, pois a infestação parasitária varia de acordo com a região geográfica e com o tipo de sistema da produção, sendo que os 12
  • 13. melhores programas de vermifugação são os delineados, ou seja, os que consideram as metas do produtor, os custos, bem como o retorno financeiro de todas as vermifugações, além de levar em conta as variações de climas e a geografia. Para tanto, é aconselhável uma prática de rotação de pastagem e o acesso a água de consumo em boa qualidade e em abundância, visto ser importante para evitar a população de parasitas no ambiente e também nos animais. PRINCIPAIS ENFERMIDADES Existem várias enfermidades da reprodução que chegam até os bovinos, porém o aborto é considerado aquele que causa maior impacto. Porém são as doenças que provocam as perdas maiores. O aborto nos bovinos pode ocorrer em vários estágios da gestação e são diversas as causas que é muito importante o diagnóstico delas. A principal causa para o aborto no gado é a brucelose. Também são consideradas como causadoras do aborto a leptospirose campilobacteriose, complexo herpes vírus, trichomonose, diareia viral bovina, intoxicações nutricionais, de manejo e outras. A brucelose geralmente é associada aos abortos no final do terço da gestão, sendo que afeta animais domésticos e ou os considerados silvestres. Esta enfermidade atinge bovinos de qualquer idade e de ambos os sexos, porém afeta principalmente os animais que estão em idade sexual madura o que causa sérios prejuízos devido a abortos, retenção da placenta, metrites, sub-fertilidade e até mesmo infertilidade. A brucelose é uma das doenças infecciosas e de maior contaminação, ganhando destaque em doenças bovinas. A principal forma de contaminação está pelo aparelho digestivo, ou seja, através do consumo da água, de 13
  • 14. alimentos. Além de poder ser contaminado por pastos que foram contaminados com resto de abortos, sangue e líquidos. A principal característica desta doença é que ela ataca os órgãos da reprodução. As fêmeas devem tomar a vacina B19 com 3 a 5 meses. A leptospirose afeta tanto animais como humanos e causa infecções disseminadas pelo organismo. A mesma é causada por vários sorovar da bactéria do gênero Leptospira. Esta enfermidade é geralmente apresentada de forma subclínica, ou seja, sem sintomas de fácil detecção, em animais não lactantes e não gestantes. O tratamento é com a estreptomicina, em bezerros de 4 a 6 meses. É manifestado geralmente pelo aborto, onde o feto se mostra autolisado o que indica que houve a morte há algum tempo antes do aborto, pelos natimortos, pelos fetos prematuros e/ou fracos, pela subfertilidade e até mesmo pela infertilidade decorrente de complicações. Seu diagnóstico pode ser realizado de forma diferente se comparado com as outras formas de aborto, por exames laboratorias (urina), por dados clínicos, bem como epidemiológicos. O tratamento feito através da estreptomicina visa a septicemina e controla a contaminação de todo o ambiente. A vacinação precisa ser realizada em todo o rebanho e necessita ter início em bezerros de em média 4 a 6 meses de idade e ser seguida de vacinas anuais. Sendo realizada como vacinação estratégica sugere-se que a mesma seja feita um mês antes da estação reprodutiva. A rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) e a Vulvovaginite postular (IPV) são parte do complexo Herpesvírus bovinos os quais são causados pelo HBV tipo 1, que são responsáveis por abortos, bem como por outras enfermidades. A IBR é doença que ataca a respiração, provocando febre e lesões nas vias superiores do animal. Lembra-se que nos animais com menor idade pode haver quadros respiratórios graves. 14
  • 15. Já a vulvovaginite é uma doença que acomete o gado e que se caracteriza como uma infecção na mucosa da vagina e também da vulva, apresentando um edema e também uma secreção que pode provocar dificuldades para urinar, pode interferir no cio e chegar a infertilidade momentânea, sendo por período igual ou superior a 60 dias, visto que retorna ao ciclo estral normal e fértil. Sendo diagnosticadas as enfermidades é preciso vacinar os que ainda são jovens e repetir a vacinação para manter a imunidade, sendo que para fêmeas adultas a vacinação deve acontecer no início da estação reprodutiva. A indicação das vacinas, a quantidade e a frequência das vacinas, serão indicadas pelo médico veterinário. A diarréia viral bovina é tida como um complexo de doenças que estão associadas com a infecção do vírus BVD o qual diminui a imunidade. Es sa virose pode provocar desequilíbrio no processo de reprodução e também infecção no feto a ponto de morte fetal. Não havendo o aborto pode ocorrer deformações congênitas e outras malefícios. O controle dessa enfermidade pode ser feito através de vacinas inativadas, que são geralmente associadas a outros agentes infecciosos. Sendo vacinação a mesma pode ser feita em animais de 8 a 12 meses de idade e como estratégia 1 mês antes do período de reprodução. A Trichomonose é uma doença infecciona e que pode ser transmitida por vias sexuais. Acomete as fêmeas e machos que estão no auge do período reprodutivo e causa morte do embrião ou do feto. Provoca o aborto e outros problemas, podendo diminuir o índice de nascimento e também um maior tempo de recuperação e prenhez novamente. É transmitida durante a cópula, monta, e através da inseminação artificial. 15
  • 16. O tratamento das fêmeas é ineficaz e desnecessário, visto que a maioria delas recupera-se depois de um descanso sexual, porém pode ser feito o uso do Prostaglandinas, que faz uma limpeza no útero e regulariza o ciclo do cio. A enfermidade denominada por Campilobacteriose é causada por uma bactéria conhecida cientificamente por Campilobacter fetus subesp veneralis. É uma doença venérea, que atinge exclusivamente os bovinos. Contudo, não provoca problemas aos machos. Mas, causa inflamações nas genitálias da vaca e pode levar a infertilidade, se passando por baixa taxa de natalidade, endometrite e aborto entre o 4 e o 7 mês de gestação. O desempenho reprodutivo das fêmeas sugere a presença dessa enfermidade, visto que os sinais clínicos são semelhantes aos da trocomonose e também de outras doenças infecciosas que atingem o aparelho genital. É desaconselhável o tratamento em bovinos, visto que os resultados não são satisfatórios e são antieconômicos, claro que tem exceções quando há condições especiais, ou seja, quando podem ser tratados com estreptomicina. Contudo, a principal saída é o uso da inseminação artificial. DESCARTE E REPOSIÇÃO O descarte das matrizes segue alguns critérios, sendo eles a idade, a infertilidade e a habilidade materna. O descarte de matrizes pela idade atinge as que estão normalmente com mais de 10 anos, visto que as mesmas desmamam bezerros mais leves e tem maior dificuldade de emprenhar, visto que se considera que com 4 anos é a idade média para a primeira cria e o descarte com 10 anos de idade, então a vaca deixa em média 5 crias. O descarte por infertilidade pode ser entendido como sendo a falta de fertilidade e de concepção do gado o que pode estar ligada a fatores como uma quantidade de cio, problemas congênitos, infecção nas genitais, uso medicamentoso indevido, carência de nutrientes e alimentação restrita. 16
  • 17. A maternidade é um ponto de observância e consiste na capacidade em criar bezerros sadios e conseguir desmamá-los pesados. As matrizes que não conseguem engordar seus bezerros para desmamá-los, podem ser consideradas sem muita habilidade, ou seja, não são boas mães. De forma geral os motivos que podem levar uma vaca a uma não habilidade são defeitos de úbere, por possuir peitos muito grandes, peitos secos ou a não produção de leite suficiente, mães que rejeitam bezerros, e outras causas. A reposição ou o descarte das matrizes ocorre de acordo com a seleção de novilhas e, isto deve ocorrer antes do período reprodutivo, tendo como base a aparência externa, o genótipo e o desenvolvimento corporal. É recomendado em situações normais que todo ano haja a reposição de 15 a 20% das matrizes para que fique apenas matrizes jovens e de idade média, ou seja, no máximo 9 e 9 anos, visto ter vida reprodutiva de 4 a 6 anos. Uma estratégia a ser utilizada para a seleção de novas matrizes é que quando feito o diagnóstico de gestação após a estação de monta os animais que não tenham condição de prenhes podem ser descartados, vendidos ou abatidos. Por consequência do descarte é necessário a substituição por novas fêmeas em estado de monta ou prenhes ou paridas, visando evitar o baixo índice de produção e contribuir para a seleção por fertilidade. REFERÊNCIAS Marcelo Simão da Rosa et al. Boas Práticas de Manejo – Ordenha. Jaboticabal : Funep, 2009. http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Leite/GadoLeiteiroZonaBragan tina/paginas/manejor.htm http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/BovinoCorte/BovinoCortePara /paginas/reproducao.html 17
  • 18. http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/BovinoCorte/BovinoCortePara /paginas/manejo_san.html http://www.cnpgl.embrapa.br/totem/sistema/7/manejo.html http://www.inseminacaoartificial.com.br/Manejo_reprodutivo.htm http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/BovinoCorte/BovinoCortePara /paginas/manejo_rep.html http://www.google.com.br/urlsa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CB8QFj AA&url=http%3A%2F%2Fwww.uece.br%2Fcienciaanimal%2Fdmdocuments%2FCONE RA_PALESTRA%2520%2819%29.pdf&ei=OVdVVO3vJOiRsQSHxIHQCQ&usg=AFQj CNGS-wu4NW0rDOwH5N525220D7Aenw&bvm=bv.78677474,d.cWc http://www.google.com.br/urlsa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CB8QFj AA&url=http%3A%2F%2Fwww.cnpgl.embrapa.br%2Ftotem%2Fconteudo%2FSanidade_ carrapatos_vermes_e_doencas%2FPasta_do_Produtor%2F09_Controle_sanitaio_dos_reba nhos_de_leite.pdf&ei=xFhVVNLKM7jGsQTNpYGgAg&usg=AFQjCNFFO9uhnnZ9hds_ YO7a6rkLhg-3kw&bvm=bv.78677474,d.cWc http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CB8Q FjAA&url=http%3A%2F%2Fpeople.ufpr.br%2F~freitasjaf%2Fartigos%2Fmanejogeral.pd f&ei=k1lVVMb0CcjIsATjsICYAg&usg=AFQjCNGC1W2_nuSTBwcam4fdcbp9phk6ZQ &bvm=bv.78677474,d.cWc Rafael Soares Dias – Zootecnista – CRMV 01459/Z 18