1. Os brasileiros e as redes sociais
Aquela fama de que brasileiro é comunicativo e aberto ao outro não é
mito. Ela é confirmada através das redes sociais. O Brasil é o país campeão
de acessos desse tipo, em todo o mundo. Por aqui, nós gastamos pelo menos
cinco horas diárias em sites de relacionamento.
Mais de 90% das pessoas que acessam a internet estão conectadas
com as redes sociais, sendo a maioria mulheres. O Facebook é de longe o
site mais acessado (88,9% das pessoas estão conectadas ao face) seguido
pelo Twitter, com 41%.
O que isso significa? Entre muitas coisas, é uma demonstração óbvia de
que o brasileiro gosta de se relacionar, de se misturar e gerar assim, cada vez
com mais frequência, culturas híbridas, influenciadas por tendências que
vem de diversas partes do planeta.
Você sabia que as redes sociais surgiram antes da internet? Pois é. Na
verdade, as redes sociais existem desde que o ser humano pousou aqui na
Terra. Afinal, somos uma espécie que não sobrevive na solidão e se multiplica
e se fortalece com o apoio da (con) vivência entre os grupos.
Já as redes sociais virtuais surgiram logo após a invenção da internet. A
primeira delas foi o correio eletrônico (mais conhecido como e-mail). Em
seguida, evoluíram para o modelo como conhecemos hoje.
A ClassMates.Com, por exemplo, é uma das primeiras dessa nova
geração de sites, surgindo em 1995 como uma rede paga.
Você sabe o que são redes sociais?
Atualmente, com a inclusão digital e o crescente acesso de diversas
classes sociais à internet, as redes sociais surgiram como uma avalanche para
mudar as relações sociais entre as novas gerações.
O termo redes sociais, no ambiente da internet, é conhecido pelas teias
de relacionamentos formadas em canais da web que proporcionam a formação
de comunidades on-line e a interação dos usuários. Nesses sites, os membros
se comunicam, criam comunidades e compartilham informações e interesses
semelhantes. Essas conexões entre pessoas e comunidades são formadas por
um ou vários tipos de relações (de amizade, familiares, comerciais, sexuais
etc.) ou por meio de compartilhamento de crenças, conhecimento ou prestígio,
por isso são chamadas de teias.
Dentre as redes sociais que deram certo no Brasil, o Facebook reina
absoluto. Além do Facebook, existem ainda Orkut (rede semelhante ao
Facebook), o Twitter (microblogging), o Fotolog (para postagem de fotos e
imagens) e o Youtube (canal para exibição de vídeos). Cada uma delas possui
públicos bem distintos com interesses diversos. Porém, o mais interessante
para o mundo empresarial é que em todos esses canais os usuários podem ser
2. pessoas físicas, instituições ou empresas que queiram se comunicar com
consumidores, fornecedores, parceiros e quem mais queira fazer parte desse
diálogo.
As redes sociais costumam reunir uma motivação comum, porém podem
se manifestar de diferentes formas. As principais são:
Redes comunitárias: estabelecidas em bairros ou cidades, em geral
tendo a finalidade de reunir os interesses comuns dos habitantes, melhorar a
situação do local ou prover outros benefícios.
Redes profissionais: prática conhecida como networking, tal como o
LinkedIn, que procura fortalecer a rede de contatos de um indivíduo, visando
futuros ganhos pessoais ou profissionais.
Redes sociais online: tais como Facebook, Orkut, MySpace, Twitter,
Badoo WorldPlatform (normalmente estamos acostumados a redes sociais
públicas, mas existem privadas. Normalmente, existem estágios de tempo em
cada rede social até que se torne pública) que são um serviço online,
plataforma ou site que foca em construir e refletir redes sociais ou relações
sociais entre pessoas, que, por exemplo, compartilham interesses e/ou
atividades, bate-papo, jogar com os amigos, entre outras funções.
REDES SOCIAIS DIGITAIS: A CONSTRUÇÃO DE OUTROS “NÓS”
O que você está lendo, o que está fazendo, pensando, seguindo, vendo,
ouvindo, quem é você?
Essas são algumas perguntas que sedimentam e configuram aplicativos
como Orkut, Facebook, Twitter, MSN, Skype, blogs e afins. Espaços que tem
como finalidade a expansão das interações interpessoais, mantendo e
ampliando os laços sociais, a visualização pessoal e a propagação da
informação. Uma enorme teia, onde a internet se configura como aponta o
sociólogo espanhol Manuel Castells, “como um dos tecidos de nossas vidas”, e
que a cada dia vai atraindo novos usuários e interconectando outros nós para
essas redes sociais digitais. Mesclando público e privado, as redes (seguindo a
lógica da internet) transformam-se numa poderosa ferramenta para a
democratização da informação, onde impacto positivo e negativo tornam-se o
mesmo ponto convergente: a total liberdade na rede e a visibilidade das várias
versões criam possibilidades que requer cuidado e atenção.
3. A relação mediada pelo uso da internet trouxe um novo momento para
as relações interpessoais. Modificou também a maneira de ver, consumir e
fazer comunicação, principalmente através de aplicativos que constituem as
“novas redes sociais”, ou as redes sociais digitais. Antes de falar dessa
mutação, é preciso entender o que são as redes sociais, e como elas
reconfiguram o indivíduo e a sociedade.
A prática de redes sociais é uma atividade antiga feita e mantida bem
antes do surgimento da internet, através de telefonemas, cartas telegramas e
nas conversas ao vivo. O advento das redes de relacionamento on-line
facilitaram e expandiram as possibilidades de interação social.
Dentro desse contexto, o “eu”, ou individuo, se multiplica por avatares,
perfis ou outras formas de demarcação da sua personalidade.
Nesse espaço “público” e “privado” se misturam. Onde as pessoas muitas
vezes, pela relação que possuem com a máquina – eu diante de uma tela –
não se dão conta da multidão que existe do outro lado, e que pode ter acesso
às informações que são publicadas. Assim, muito daquilo que era para ser
privado torna-se cada vez mais público pela ação da tecnologia e pela
influência dela.
Onde também os relacionamentos se transformam e a frase “Quero um
milhão de amigos, Quero irmãos e irmãs”, da música Vamos Fazer um Filme,
da banda Legião Urbana delineia bem o desejo convergente das redes de
relacionamento, onde as relações interpessoais são amplificadas, mas que
precisa de cuidado e atenção. “A tecnologia é um recurso ímpar no mundo
moderno e se usada de maneira equilibrada pode trazer grandes benefícios
como amizades, relacionamentos, experiências profissionais, ampliação de
conhecimentos e tantas outras coisas”.