Baile da Saudade / Loja Maçônica Segredo, Força e União de Juazeiro Ba
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 621 an 23maio 2017
1. AGRISSÊNIOR
NOTICIAS
Pasquim informativo e virtual.
Opiniões, humor e mensagens
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias (jffercarlos@gmail.com)
Edição 621– ANO XIII Nº 38 – 23 de maio de 2017
UMA REFLEXÃO SOBRE A VIDA E A MORTE INEXORÁVEL
Kleber Torres
Jornalista e Escritor
Ninguém chega aos 80 anos impunemente e
Luiz Ferreira da Silva, pai de três filhos, com
sete netos e dois bisnetos; centenas de
árvores cultivadas depois de atuar por mais
de três décadas no campo da agronomia e 14
livros publicados (reza a lenda de que um
homem para ser realizado bastaria ter um
filho, plantar uma árvore e escrever um livro),
nos brinda com “O Sol Poente da Vida”, que
vale como um balanço da sua trajetória,
preocupações e ações.
Ele mesmo define a proposta informando que
o livro narra os 80 anos de vida enfocando
como pontos básicos a força do trabalho, a
edificação de uma família, a consciência do
valor do estudo e o desprendimento em fazer
o melhor de si: “nada tem de
excepcionalidade este caminhar acontecido
sob a realidade de dois séculos (1937 a
2017), mas que me proporcionou ajuizar
épocas vividas, validando-as no seu tempo.”
O livro é dividido em 21 capítulos e fala da
importância do aprendizado que começou na
escola e se ampliou no decorrer da própria
vida, bem como uma trajetória em oito
conversas, com passagens sobre as
expectativas em termos de ganhos e perdas
ao longo do tempo. Nos projetos de vida, ele
nos fala dos sonhos que mantém para a
velhice e a preocupação com a qualidade de
vida.
Citando Guimarães Rosa, para quem viver
sempre foi uma coisa perigosa e carece de
coragem, Luiz Ferreira alerta sobre os
percalços e da necessidade de viver de forma
condigna, um desafio para quem está imerso
numa sociedade de consumo e onde a
honestidade foi jogada num segundo plano. O
autor também fala da importância dos amigos
e questiona o mundo atual, que em função da
exploração midiática, “é mais água com
açúcar, glamorização e aparências,
vendendo-se imagens irreais” e líquidas, que
se dissolvem ao toque do mouse ou do
telefone digitalizado.
Em viver nos dois séculos, Ferreira nos fala
do espanto dos avanços tecnológicos desde o
rádio com válvulas ao Ipod, mas passa
transversalmente do namoro ao ficar, da
palavra confiada à instituição da mentira
deslavada até uma profunda crise moral e
ética com perda e mudança de valores. O
autor aborda a questão da família como
cumeeira do futuro e da necessidade da
preservação ambiental ao respeito à natureza.
O livro destaca ainda a sua reverência ao
mar e dos novos paradigmas do século XXI,
além de enfocar os problemas complexos de
um país em crise política agravada pelo
mensalão e pelo lava jato com consequências
e impactos no conjunto da economia nacional.
Ele também defende a reforma do estado, o
que inclui uma reforma política e da
previdência, bem como elaboração de um
programa de desenvolvimento agrícola que
contemple uma reforma agrária efetiva, sem
2. matizes políticos e ideológicos , além de um
SOS para a cacauicultura que precisa de uma
saída urgente para os seus problemas.
Luiz Ferreira também mostra o Brasil que deu
certo e que nem tudo está perdido. O autor
questiona os motivos do nosso
subdesenvolvimento, propondo uma
socialização dos ensinamentos e uma
discussão sobre temas recorrentes no nosso
dia a dia. O livro é simples e mostra um
depoimento e uma reflexão pessoal em 114
páginas, ajudando a resgatar uma história de
vida construída com trabalho, compromisso e
lembrando que ninguém ficará impune ao
transgredir as leis da natureza, seja de cunho
ambiental (ciclos fito-biológico-climáticos) ou
orgânicos (sobrecarga de órgãos vitais /
farras), pois tudo tem seu limite e depois vem
a cobrança, que às vezes custa caro com o
preço da própria vida.
A ENERGIA QUE NASCE DOS CAMPOS AGRÍCOLAS
Luiz Ferreira da Silva
Através da agricultura, é possível se produzir
diversas fontes de energia sem pagar patente
ou "royalties", tais como: carboidratos,
açúcares, gorduras, etc. É só cultivar a cana-
de-açúcar, o sorgo, a mandioca, o coco, a soja,
a mamona, a macaúba, o dendê, o babaçu e
tantas outras espécies tropicais de tecnologia
agroindustrial conhecida. O mais importante é
que são recursos renováveis; não se acabam
como os poços de petróleo ou as jazidas de
minérios, sendo, portanto inesgotáveis, além de
não poluírem o ambiente.
Há, então, no chão tropical brasileiro, tudo o
que se almeja em energia, inclusive para fins
combustíveis, podendo-se substituir a
gasolina e o diesel, respectivamente pelo
álcool da cana e pelo óleo do dendê, como
exemplos, pois há outras plantas também
ricas em carboidratos, além de oleíferas.
Com a crise do petróleo em 1973, sabiamente o
Brasil criou o PROÁLCOOL, que foi um
sucesso absoluto. Mas, deixaram a peteca cair
e o álcool foi relegado a um segundo plano,
preferindo-se gastar bilhões de dólares no pré-
sal, quando diversos países investem em outras
fontes alternativas, atendendo ao reclamo da
sociedade por energias não poluentes.
Decorridas essas quatro décadas, era de se
esperar toda a nossa frota de automóveis e
caminhões rodando com a energia rural, tanto
álcool como agro diesel, sem se falar no
suprimento às termoelétricas, que encarecem
a nossa conta de luz. Nada de energia fóssil,
a não ser pra uso especial, a exemplo do
querosene de aviação. E quem quisesse usar
gasolina que pagasse a preço de ouro pelos
seus carrões importados.
Por que isso? Ora, o mundo vem se tornando
inóspito, sendo uma questão de saúde
pública. Por outro lado, o petróleo é finito e,
cada vez mais se torna custosa a sua
extração em águas profundas, com os riscos
de desastres ambientais no ecossistema
oceânico. Ademais, com o grau de poluição
das grandes cidades, é possível que o
petróleo tenha os dias contados. Assim como
a idade das pedras que não se acabou por
falta delas, o petróleo pode ter o mesmo fim
com os poços abarrotados.
Contrariamente, a energia que nasce nos
campos agrícolas além de ser uma fábrica de
oxigênio, fixa o homem ao campo, evitando o
indesejável êxodo rural. Gera empregos e
renda que ultrapassam às suas porteiras.
Desta forma, a produção de álcool deve ser
reforçada, adicionando-se projeto similar – O
PROÓLEO - juntando-se à cana-de-açúcar o
dendê, “inputs” de uma nova matriz
energética, fazendo jorrar dos campos
agrícolas, através de seus inesgotáveis
“poços”, outro “petróleo” que certamente, esse
sim, é nosso.
COMO NASCEM OS CICLONES TROPICAIS
Os assustadores ciclones tropicais provocam ventos
com velocidades acima de 200 quilômetros por hora,
capazesdederrubarárvores,muroseparedes,alguns
até mesmo carros e pessoas com muita facilidade.
São também acompanhados de chuvas fortes, que
podemgeraminundaçõesemuitadestruição.
Os redemoinhos causam pânico, mas são de
grande beleza, já que surgem aparentemente do
3. nada e giram em torno de um centro de baixa
pressão, sem parar de rodar até perder sua força,
o que pode demorar conforme sua categoria.
Tudo começa sobre grandes massas das
águas quentes dos oceanos, que gera um
centro de baixa pressão atmosférica,
oportunas para o desenvolvimento dos
ciclones. Pressão atmosférica menor com
temperatura maior, aliada a uma circulação
fechada de ventos com um núcleo quente e o
chamado “olho”, uma parte ainda mais intensa
do próprio ciclone.
Os ciclones tropicais têm giro no sentido anti-
horário tanto no hemisfério sul quanto norte,
atingindo regiões tropicais próximas a Linha
do Equador. Sua força é motivada pela
energia térmica originada pelo ar úmido e o
vapor de água que se condensa. Quanto mais
quente e úmido, maior será o combustível
para o ciclone.
As taxas de variação de pressão dos ciclones
tropicais são mais intensas que dos outros
fenômenos semelhantes, trazendo tempestades,
ventos e ondas também mais fortes que a maior
parte. Mas ao chegar às regiões costeiras, vão
perdendo sua força exatamente pela diminuição
de calor e umidade.
Sua medida é determinada pela distância de
seu centro de circulação de ventos até onde
há circulação ciclônica fechada. Ele pode ser
um ciclone considerado anão, pequeno,
tamanho normal e grande.
De acordo com a velocidade dos ventos, eles
são incluídos nas seguintes categorias:
- Categoria 1: ventos de 118km/h e 152km/h
- Categoria 2: ventos de 153km/h e 176km/h
- Categoria 3: ventos de 177km/h e 208km/h
- Categoria 4: ventos de 209km/h e 248km/h
- Categoria 5: ventos acima de 249km/h
Ciclones ao redor do mundo
Os ciclones tropicais são capazes de causar
grande estrago por onde passam, e seu histórico
demonstra isso. São deles os principais
acidentes causados por fenômenos naturais do
mundo, o maior deles em Bangladesh que
matou 300000 habitantes em 1970. Em seguida
o de Mianmar, com 150000 mortos.
Países como Filipinas, China, Japão,
Austrália, Madagascar, México, Estados
Unidos e as Ilhas do Caribe são as regiões
mais propensas a terem ciclones, algumas
como mais de 20 por ano. Pela sequência
rotineira do fenômeno, os países tendem a se
preparar antecipadamente para evitar o
mínimo de prejuízos e mortes possível, o que
na maioria das vezes é positivo.
Mas há outros países que recebem o ciclone
eventualmente, o que dificulta a sua
preparação para quando surgirem. E pior, são
ainda mais intensos que a maioria, como os
ocasionados no Golfo de Bengala.
No Brasil o comum são formações de ciclones
extratropicais, muito menos intensos que os
ciclones, principalmente na região sul. Eles
não superam 100 km/h, mas provocam ondas
muito fortes.
Fonte:http://www.sitedecuriosidades.com/curiosi
dade/como-os-ciclones-tropicais-se-formam.html
4. A MULHER LIVRE E EU
Ricardo Kelmer - blogdokelmer.com
É ela quem eu quero, a dona dessa boca. A
boca docemente familiar que amanhece de
mansinho na minha quando desperto de mais
uma madrugada de sonho e suor. Porém,
bem mais que a boca, é o beijo da liberdade
dessa mulher que me refresca a vida.
É ela quem eu desejo, a dona desse corpo. O
corpo que me sugere as mais poéticas
indecências e me convida a desvendar os
segredos que eu já sei de cor, e quando estou
lá, puff, de repente já não sei mais e então me
perco por seus montes e planícies e
cavernas, e ao fim de tudo me contorço e urro
e explodo no mais puro prazer de me perder.
Porém, bem mais que no corpo, é na
liberdade dessa mulher que a vida se
desnuda para mim.
É da presença dela que eu preciso, ela que
me traz a certeza que não seguirei só. É de
sua voz que carecem meus ouvidos, a voz
que me embala a alma de blues e me faz
convidá-la, vamos dançar, meu amor? É o
meu olhar no seu que vejo quando nada mais
vejo no breu das incertezas. Mas, sobretudo,
é a liberdade dessa mulher que me clareia o
caminho.
Ela é livre porque, apesar de ter nascido imersa
numa cultura, um dia entendeu que não deveria
limitar-se às suas regras, e assim modelou seu
ser com o que de melhor encontrou pelo
mundo. Evidente que esse não limitar-se às
convenções fará dela uma eterna transgressora
a incomodar os que só admitem o mundo pelas
lentes de sua cultura e religião, mas esse é o
preço da alma liberta, ela sabe. E eu faço
questão de pagar junto dela.
Houve um tempo em que ela entendia seu
corpo como algo contra o qual deve lutar
todos os dias – até que percebeu que sua
verdadeira beleza não vem de cosméticos,
mas de sua alma harmonizada com os ritmos
naturais da vida. Hoje ela não precisa gastar
para ficar chique e bonita, pois a elegância da
simplicidade há muito a fez sua modelo
exclusiva. Sim, a mulher livre possui
vaidades, mas ela não é boba, sabe que os
criadores de moda não almejam a sua
felicidade, mas a sua escravidão. E quanto a
vestir-se para fazer inveja a outras mulheres,
bem, ela não precisa disso, pois sabe que
mais tarde quem rasgará sua roupa sou eu.
Os mistérios de si, ela vai buscá-los, pois
sabe que jamais seremos livres sem nos
livrarmos do que por dentro nos paralisa e nos
faz sabotar a própria vida. Ser livre é ampliar
a cada dia a real noção de si, isso ela há
muito compreendeu, e é por esse motivo que
os que se libertam não se enganam mais
como antes e, por serem verdadeiros, mais
verdadeiras são suas relações.
E por bem saber o que ela ou não é, essa
mulher nada tem a provar a ninguém. Se
interpretam erroneamente seu jeito
espontâneo, ela ri do que dela pensam. Se
seus desejos transcendem os velhos modelos
sexuais, ela festeja e os divide generosa com
eles ou elas, e em nome de seu sagrado
prazer ela é a cadela devassa, a santa
dadivosa da luxúria, a puta mais linda e
desvairada que há.
A liberdade dessa mulher reluz no seu jeito de
ser, e por não estar apegada a poder e
dinheiro, ela é a mais rica e poderosa de
todas. E justamente por saber que a velhice é
o segredo final da sabedoria é que a vida todo
dia vem banhá-la de alegria e vesti-la com
esse jeitinho de menina encantador.
É esta a mulher que dança pela vida comigo,
duas individualidades que se harmonizam
mas não se anulam em estúpidas noções de
controle: amamos o outro e não a posse do
outro. Estamos juntos porque finalmente
encontramos a liberdade que acolhe e
incentiva a nossa própria, e até nos permite
dividir com o mundo o nosso amor. E por não
sofrer temendo perder quem na verdade
nunca possuímos, mais vivemos e gozamos o
melhor amor que temos para nos dar.
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5. FRASES PROFUNDAS DE FILÓSOFOS
Não espere por uma crise para descobrir o
que é importante em sua vida. “Platão”
Não te interesses sobre a quantidade, mas
sim sobre a qualidade dos vossos amigos.
”Sêneca”
Não basta termos um bom espírito, o mais
importante é aplicá-lo bem. “René Descartes”
A filosofia que cultivo não é nem tão bárbara
nem tão inacessível que rejeite as paixões;
pelo contrário, é só nelas que reside a doçura
e felicidade da vida. ”René Descartes”
O gosto de minha morte na boca deu-me
perspectiva e coragem. O importante é a
coragem de ser eu mesmo. ”Friedrich Nietzsche”
Nossos pensamentos são as sombras de
nossos sentimentos, sempre mais obscuros,
mais vazios, mais simples que estes.
“Friedrich Nietzsche”
A POESIA DA SEMANA
RIO MORTO
Cyro de Mattos
Vejo tua face invisível
Na claridade das águas,
Espumas lavadeiras nas pedras
Diversicoloridias de roupas.
O céu azul de nuvens mansas.
A lua derramando prata
No areal deixado pela cheia.
Eu sou aquele menino
Que engoliu tua piaba
Para aprender a nadar.
Eu sou aquele menino
Que pegou tuas borboletas
Nos barrancos voando em bando
Eu sou aquele menino
Que sentiu com tuas boninas
A proposta livre da vida.
Eu sou aquele menino
Magro, esperto, traquino
Em tua paisagem luminosa.
Não havia, amor, dúvida,
Ares sombrios pegajosos
Cobrindo tua ilha com tesouro
Guardada por almas de piratas.
Nessa manhã de banho ausente,
Susto nos peraus e remansos,
O sol sem vidrilhar a correnteza,
Tristes meus olhos testemunham
Tua descida pobre e monótona.
Tua morte lentamente com sede
Inventada nas bocas de vômito...
Cachoeira o teu nome
Do rio que chora água.
A PIADA DA SEMANA
Um político havia prometido construir uma
ponte e para isso convocou três empreiteiros:
um japonês, um americano e um brasileiro.
- Faço por R$ 3 milhões - disse o japonês -
Um pela mão-de-obra, um pelo material e um
para meu lucro.
- Faço por R$ 6 milhões - propôs o americano
- Dois pela mão-de-obra, dois pelo material e
dois para mim.
Mas o serviço é de primeira!
- Faço por R$ 9 milhões - disse o brasileiro.
- Nove milhões? - espantou-se o político
- Por que esse valor tão alto? E o brasileiro
responde:
- Três para mim, três para você e três para o
japonês fazer a obra.
- Negócio fechado! - responde o político.
oOo
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