O documento discute o transtorno de pânico, definindo-o como ataques de pânico espontâneos e inesperados acompanhados de sintomas físicos intensos. Explica que o transtorno afeta mais mulheres e é comum na juventude, e deve ser tratado com terapia cognitivo-comportamental e medicação psiquiátrica.
ORIENTAÇÃO PSICOEDUCACIONAL DO TRANSTORNO DE PÂNICO
1. Ms. Ana Larissa Marques Perissini
Psicóloga
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental -
Psicologia da Saúde/Hospitalar
Mestre/USP
ORIENTAÇÃO
PSICOEDUCACIONAL
TRANSTORNO DE PÂNICO
2. HISTÓRIA
A conceitualização do Transtorno de Pânico pode
ter suas raízes no conceito de síndrome do coração
irritável, observada em soldados na Guerra Civil
norte-americana por Jacob Mendes da Costa.
3. Em 1895, Sigmund Freud introduziu o
conceito de neurose de ansiedade,
consistindo de sintomas psíquicos e
somáticos agudos e crônicos.
4. DIAGNÓSTICO
Foi codificado em 1980
DSM-III
Houve desenvolvimento de tratamentos
específicos com eficácia comprovada.
6. ‘O TRANSTORNO DE
PÂNICO SE
CARACTERIZA PELA
OCORRÊNCIA
ESPONTÂNEA E
INESPERADA DE
ATAQUES DE
PÂNICO’.
7. Os Ataques de Pânico têm:
Duração relativamente breve (geralmente,
menos de uma hora);
Com intensa ansiedade ou medo;
Junto com sintomas somáticos como
palpitações e taquipnéia (respiração
acelerada).
8. Em algumas clínicas médicas os
sintomas podem ser mal diagnosticados
como uma séria condição médica (por
exemplo infarto do miocárdio ou um
chamado sintoma histérico).
9. ‘A frequência com a
qual os pacientes com
Transtorno de Pânico
têm ataques de pânico
varia desde múltiplos
ataques durante um
único dia até, apenas,
alguns ataques durante
um ano’.
10. O Transtorno de Pânico pode ser
acompanhado por agorafobia, o medo de
estar sozinho em locais públicos,
especialmente, locais de onde uma rápida
saída seria difícil em caso de ocorrer um
ataque de pânico.
11. Os Ataques de Pânico
podem ocorrer em
uma variedade de
transtornos mentais
e condições
médicas.
12. A ocorrência de
um Ataque de
Pânico não indica
por si só um
diagnóstico de
Transtorno de
Pânico.
13. EPIDEMIOLOGIA
As mulheres têm uma propensão de duas a três
vezes maior do que os homens.
Desenvolve-se com maior frequência na idade
adulta jovem.
Pode desenvolver-se em qualquer idade, incluindo
em crianças e adolescentes.
14. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O
ATAQUE DE PÂNICO
Palpitações ou ritmo cardíaco acelerado.
Parestesia (anestesia ou sensações de
formigamento).
Sudorese.
Tremores ou abalos.
Sensações de falta de ar ou sufocamento.
Sensações de asfixia.
Dor ou desconforto torácico.
Calafrios ou ondas de calor.
15. Náusea ou desconforto abdominal.
Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou
desmaio.
Desrealização (sensações de irrealidade) ou
despersonalização (estar distanciado de si
mesmo).
Medo de perder o controle ou enlouquecer.
Medo de morrer.
16. TRATAMENTO
Diversas pesquisas demonstram eficácia para
o tratamento conjunto:
Psicoterapia - em especial a Terapia
Cognitivo-Comportamental;
Psiquiátrico - para administração e
acompanhamento de medicações.
17. Para a grande maioria dos pacientes o
tratamento é de curto ou médio prazo.
18. Tanto a interrupção ou a finalização do
tratamento farmacológico deve ser
acompanhada pelo psiquiatra e pelo
psicólogo para diminuir a probabilidade
de recaída.
19. ALGUMAS PERGUNTAS FREQUENTES:
1. O Transtorno de Pânico Mata?
Não. O pior que pode acontecer durante uma crise
é você desmaiar.
2. Eu estou enlouquecendo?
Não. Mesmo sendo um transtorno psiquiátrico o
que você sente é real.
3. Posso ter recaída?
Sim. Durante o tratamento você pode ter recaída,
sendo considerável positivo que isso ocorra durante
o seu tratamento.
20. 4. Depois da finalização do tratamento posso ter
novos ataques de pânico?
Se você fizer o tratamento corretamente a
probabilidade é mínima.
5. O tratamento somente com a medicação é o
suficiente?
Não. O tratamento para esse transtorno somente
com medicação diminuirá inicialmente os sintomas
porém, o organismo criará tolerância ao remédio e
você precisará aumentar a dosagem de tempo em
tempo para novamente diminuir os sintomas.
21. Referência
• Kaplan, H.I.; Sadock, B.J.; Grebb, J.A, 1997. 7ª ed. Compêndio
de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria
clínica. Tradução: Dayse Batista. Porto Alegre: Artes Médicas.
Ms. Ana Larissa Marques Perissini.
Psicóloga – CRP 06/71000
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Fone: (17) 3305.4778 e 9.8801.0121 (whatsapp)