O documento discute a violência em meio escolar como uma preocupação crescente devido aos seus efeitos negativos no sucesso escolar, saúde e ambiente escolar. Aborda tipos de violência como bullying, violência no namoro, e formas de prevenção através de fatores individuais, familiares e ambientais. Também fornece exemplos de sinais de alerta e como intervir de forma adequada quando uma criança relatar violência.
2. Violência em
Meio Escolar
Preocupação actual
e crescente
Das escolas, agentes
educativos, famílias e da
comunidade em geral
Devido aos seus
efeitos negativos
Ao nível de:
- sucesso escolar
- saúde psicológica, física e
social
- qualidade do ensino
- ambiente escolar
3. Bullying
Quando um agressor ou um grupo de
agressores agride propositadamente
uma criança ou um jovem. Estes
comportamentos realizam-se com a
intenção de causar sofrimento, sendo
que repetem-se e persistem no tempo
Violência no namoro
Quando no contexto das relações de
namoro um dos parceiros (ou mesmo
ambos) recorre à violência com o
objectivo de se colocar numa posição
de poder e controlo
o Bullying verbal
o Bullying físico
o Bullying psicológico
o Bullying social e relacional
o Cyberbullying
o Violência verbal
o Violência psicológica
o Violência relacional
o Violência física
o Violência sexual
4. “A violência não é uma coisa que acontece e sobre a qual não possamos fazer nada.
Pode ser prevenida.”
Dr. Rodney Hammaond
Prevenir actuando em diferentes níveis: Comunidade
Suporte social
Crianças e jovens
5. Individuais
• Sentido de humor e motivação,
• Bem-estar, saúde e satisfação com a vida,
• Capacidade: para pedir ajuda, de empatia, de tomar uma atitude positiva em relação à
escola, etc.
Familiares
• Ambiente familiar positivo, organizado, saúde, bem-estar e estabilidade económica e
profissional dos progenitores,
• Expectativas adequadas por parte dos progenitores,
• Estilos parentais positivos e não autoritários, etc.
Ambientais
• Vinculação segura à escola, com ambiente escolar positivo, satisfação e sucesso
escolar,
• Presença de adultos externos ao contexto familiar e de pares na rede de suporte,
• Relação positiva com os pares, etc.
Factores protectores
6. Exemplos de práticas preventivas:
INDIVIDUAL
• Suporte e apoio
psicológico
• Treino de competências
pessoais e sociais
• Trabalho de
aconselhamento
FAMILIAR
• Promoção de
comunicação positiva
• Relacionamentos
saudáveis
• Treino de competências
familiares/parentais
ESCOLAR
• Estabelecimento de
normas
• Programas de
prevenção
• Políticas de tolerância
zero à violência
• Aconselhamento pelos
pares
• Melhoramento e
supervisão dos
espaços exteriores
• Mediação de conflitos
• Caixa de
questões/problemas.
7. Sinais de alerta:
o Marcadas mudanças de comportamento
o Hemorragias
o Perturbações do sono
o Alterações de concentração, atenção e memória
o Dores (de cabeça, musculares, ouvidos) sem causa orgânica
o Baixa auto-estima
o Isolamento e afastamento dos colegas
o Fugas de casa ou recusa em ir à escola
o Tristeza e medos aparentemente despropositados
o Ansiedade, depressão e hiperactividade
o Comportamento agressivo crescente e sentimento de raiva
o Automutilação e tentativa de suicídio
o Declinio escolar
o Desconforto, agitação e evitamento perante questões sobre violência
o Alterações na aparência (higiene, peso)
8. Converse com cuidado, num local privado
Diga que acredita e que pode confiar em si
Ouça com atenção e ajude a lidar com os sentimentos de culpa
Reforce a coragem por estar a contar o que aconteceu
Romper com a ideia de caso único
Evitar a “justiça pelas próprias mãos”
Evitar o silenciamento ou a pressão para “esquecer” ou “perdoar”
Como intervir:
9. Promover esperança na recuperação e na resolução do problema
Evitar a catastrofização
Sensibilizar os pais para a importância de suporte à criança ou
jovem
Promover a supervisão parental
Ajudar os pais a compreenderem o impacto da violência e a
interpretar correctamente os comportamentos da criança ou jovem
Romper a ideia de caso único
Se necessário, encaminhe a situação
10. Não acreditar no relato
da criança ou jovem
porque “não tem ar de
vítima” ou motivado por
outras crenças
Agir isoladamente
Transmitir à criança ou
jovem (comunicação
verbal e não verbal) que
não acredita nela
Actuar apenas perante
casos de violência física
e/ou sexual
Desvalorizar o impacto
psicológico da
experiência de violência
Recusar envolver-se no
processo
Estimar que a
intervenção no caso não
trará benefícios e será
prejudicial e penosa
para a criança ou jovem
Não actuar perante uma
situação de violência
detectada ou actuar de
forma não atempada
Considerar que já é
tarde para intervir na
situação
Erros a não cometer:
11. Campanha: "Muitas crianças
vêem de noite aquilo que
ninguém quer ver durante o
dia."
Agência: MSTF Partners
Ano: 2013
Campanha: "A tua segurança
não é um jogo. Fica ligado."
Agência: Cupido
Ano: 2012