O documento descreve a história da civilização romana desde sua fundação até sua queda, abordando os períodos da Monarquia, República e Império. Destaca a expansão territorial romana, as lutas sociais entre patrícios e plebeus, a crise da República e a ascensão de César, e o apogeu cultural durante o Alto Império, marcado pela pax romana.
2. A cidade de Roma nasceu por volta do século VIII a.C.
Segundo a tradição mítica, foi fundada pelos irmãos
gêmeos Rômulo e Remo.
Primeiros reis de Roma: latinos e sabinos.
Últimos reis: etruscos.
Os reis etruscos promoveram a urbanização de Roma e
instituíram assembleias políticas para deliberar sobre
questões importantes.
A Monarquia romana
3. Grupos sociais durante a monarquia
A Monarquia romana
Ricos proprietários de terras e de
gado; aristocracia de sangue
Patrícios
Agricultores e artesãos, não tinham
direitos políticos
Plebeus
Pobres, escravos libertos,
estrangeiros, filhos ilegítimos
Clientes
Pessoas que não conseguiam pagar
suas dívidas
Escravos
4. A Península Itálica
Fonte: HILGEMANN, Werner; KINDER, Hermann. Atlas historique: de l’apparition de
l’homme sur la terre à l’ère atomique. Paris: Perrin, 1992. p. 68.
Península Itálica (século XI a VI a.C.)
CARTOGRAFIA:ANDERSONDEANDRADEPIMENTEL/FERNANDOJOSÉFERREIRA
75 km
5. A República romana
O último rei etrusco Tarquínio, o soberbo foi retirado do trono pelos patrícios
e proclamaram a República
Instituições da Roma republicana:
• Senado; Magistratura; Assembleia.
A disputa entre patrícios e plebeus caracterizou a história republicana.
Os plebeus compunham a base do exército, por isso tinham poder para
pressionar por mudanças.
Nos séculos VI a III a.C., os plebeus organizaram várias lutas exigindo
condições de igualdade com os patrícios e conquistaram vários direitos.
6. As conquistas sociais e políticas dos plebeus
494 a.C.
Instituição do Tribunato da Plebe – magistrado plebeu que atuava em
defesa dos direitos e interesses da plebe junto
ao Senado.
450 a.C.
Lei das Doze Tábuas, primeiro código de direito escrito
em Roma.
445 a.C.
Direito ao casamento misto entre patrícios e plebeus
(Lei Canuleia).
366 a.C. Os plebeus adquirem o direito a receber as terras conquistadas.
326 a.C. Abolição da escravidão por dívidas(Lei Poetélia Papíria).
300 a.C.
Os plebeus ganham acesso a todos os cargos públicos,
tanto políticos quanto religiosos.
287 a.C.
Os plebiscitos, decisões tomadas pelo Tribunato da Plebe, passam a
ter força de lei.
7. A República romana
Expansão territorial
romana
Domínio da
Península Itálica
Século IV-III a.C.
Conquista de
Cartago
nas Guerras Púnicas
264-146 a.C.
Expansão pelo
Mediterrâneo
oriental
Século II-I a.C.
Crescimento da escravidão, da disputa por terras e do poder do exército
8. Expansão no período da república
Fonte: STUMPO, E. Beniamino; TONELLI, M. Teresa. II Nuovo libro di storia. v.I. Milão: Le Monnier, 1997. p. 164.
DOMÍNIOS ROMANOS ENTRE OS SÉCULOS II e I a.C.
CARTOGRAFIA:ANDERSONDEANDRADEPIMENTEL/FERNANDOJOSÉFERREIRA
230 km
9. Período compreendido entre os 133 a 27 a. C. marcou o
fim da República.
O Senado perdeu o controle da república → instituições
frágeis para governar um império.
Movimentos sociais no século I a.C. → lutas pela reforma
agrária e revoltas escravas.
Generais ganharam poder → apoio dos soldados →
ditaduras dos generais Mário e Sila.
A Crise da república
10. Irmãos Graco – A crise agrária e a luta dos irmãos Graco, Tibério e Caio,
que, eleitos sucessivamente tribunos, propuseram reformas sociais,
dentre as quais podemos citar:
• a Lei de Reforma Agrária – elaborada por Tibério, foi aprovada e
desagradou profundamente os grandes proprietários rurais que, por
sua vez, tramaram o assassinato do seu idealizador.
Mário e Sila – Nos consulados de Mário e Sila, o primeiro estabeleceu o
pagamento de salário aos soldados, o que levou à entrada de pessoas
pobres no exército e diminuiu os privilégios da aristocracia. Em função de
sua política, Mário foi assassinado pelos seguidores de Sila, com a ajuda
do Senado.
11. Espártacus – Os escravos agrícolas da região sul da península itálica
reuniram-se em Cápua, sob a direção do gladiador Espártacus,
espalhando pânico na população romana. Os escravos foram
vencidos pelos exércitos de Pompeu e Crasso que, como
recompensa, foram eleitos cônsules, formando o Primeiro Triunvirato.
12. Crise da república
Primeiro Triunvirato
(59 a.C.)
Segundo Triunvirato
(43 a.C.)
Júlio César, Pompeu
e Crasso
Marco Antônio, Lépido
e Otávio
Em 31 a.C., Otávio venceu a
aliança entre Marco Antônio
e Cleópatra (rainha do Egito).
Conquistas
militares de Júlio
Cesar: ditador
vitalício em
46 a.C.
Reformas sociais,
políticas e
econômicas
promovidas
por César
Disputa pelo poder entre Marco
Antônio e Otávio
Uma conspiração senatorial
assassinou Júlio César em 44 a.C.
A república foi incapaz de
governar um gigantesco
território imperial e caiu em
razão das próprias conquistas.
13.
14. O Alto Império (século I a.C.-III d.C.)
Otávio tornou-se imperador de Roma em 27 a.C. → seu
reinado marcou o início da chamada pax romana.
• Estabilização das fronteiras.
• Aperfeiçoamento administrativo das províncias.
• Crescimento das atividades comerciais.
• Urbanização e construção de edifícios públicos.
• Ampliação da cidadania romana às elites das províncias.
• Imperadores passaram a concentrar o poder → indicavam
todos os magistrados, comandavam o exército e os
postos administrativos.
15.
16. O Apogeu da cultura romana
Religião
• Politeísta: influência de cultos e deuses gregos e orientais.
Arquitetura
• Templos, estradas, pontes, termas e aquedutos.
• Arcos do triunfo, obeliscos, teatros e anfiteatros.
Literatura
• Tito Lívio (História de Roma).
• Virgílio (Eneida).
• Ovídio (A arte de amar e Metamorfose).
Outras contribuições romanas
• Direito, língua latina e calendário juliano.
17. O cristianismo e o Império Romano
Batismo de Constantino I pelo papa Silvestre I, pintura de 1246
TRISTANLAFRANCHIS/AKG-IMAGES/ALBUM/LATINSTOCK-IGREJASANTIQUATTRO
CORONATI,ROMA
18. Origem do cristianismo
Nasceu na Judeia, província romana, no século I e ao longo
do primeiro século se expandiu por toda e extensão das
terras dominadas pelo Império Romano.
Durante alguns governos, os cristãos foram muito
perseguidos em Roma como na época do Imperador .
Edito de Milão (313): concedeu liberdade de culto aos
cristãos.
Ano 380: o cristianismo tornou-se a religião oficial do
Império romano.
19.
20. O Baixo Império e a queda de Roma
Período de crise generalizada do Império romano. Indicadores
dessa crise:
• Decadência das instituições imperiais.
• Custos de controle das fronteiras → crise financeira
do Estado.
• Desvalorização da moeda e inflação.
• Colapso do escravismo e surgimento do colonato.
• Processo de ruralização.
• Declínio do comércio e escassez de metais preciosos.
• Disputas entre os chefes militares e o Senado enfraqueciam
o exército → invasores cruzavam as fronteiras do império.
21. O Baixo Império e a queda de Roma
Tentativas de reformas:
• Diocleciano (284-305): criação da
tetrarquia → divisão administrativa do
império.
• Constantino (312-337):
transferência da capital do império
para Constantinopla.
• Teodósio (378-395): pacificação
com os visigodos
e divisão do império em ocidental e
oriental.
22. INVASÕES BÁRBARAS
• Os povos que não pertenciam ao Império Romano eram chamados de
bárbaros.
• As fronteiras foram abertas aos povos bárbaros, como os visigodos, que
fugiam da ação dos hunos devido a escassez de mão de obra escrava.
• Incapaz de deter a onda migratória dos germanos e esperando incorporá-los
em suas tropas, os romanos permitiram a entrada dos bárbaros em seu
interior.
• O choque de costumes e tradições levou à fuga das populações das áreas
fronteiriças.
• Saques e destruições de plantações. Ruralizado, fragmentado e
enfraquecido, o Império ocidental caiu em 476, tomado por povos
germânicos.