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Escola Estadual Professor João Cruz

Assunto: Movimento Literário Humanismo em Portugal
Tema: O Humanismo literário revelando o Homem pós-Idade Média
Alunos e números: Aline Nogueira de Oliveira

- nº1

Bruno Fernandes da Costa

- nº6

Larissa Maciel

- nº20

Luiz Otávio Santos Cruz

- nº21

Millena Caroline Figueira

- nº26

Série: 1º ano B – Ensino Médio

Professora: Maria Piedade Teodoro da Silva
Disciplina: Língua Portuguesa

Jacareí, 11 de novembro de 2013.
I. INTRODUÇÃO

1. Para começo de conversa

Este trabalho tem como objetivo expor sobre a história da Literatura
Portuguesa (Movimento Literário Humanismo), respondendo aos seguintes
questionamentos: quais são os objetivos, características e contribuições desse
movimento para a literatura nos dias de hoje?
O Movimento Literário Humanismo tem como objetivo mostrar que o homem é
um ser capaz, por isso surgiu em defesa ao Antropocentrismo (o homem no
centro de tudo). "O Antropocentrismo é uma concepção que considera que a
humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto
é, o universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o Homem".
(Disponível em http://wikipedia.org/wiki/antropocentrsismo > Acesso 03 de
novembro de 2013)

2. Contexto histórico do Movimento Literário Humanismo

Antes do surgimento do Movimento Literário Humanismo, a Europa vivia em
uma era medieval, baseando suas características na cultura greco-romana da
Antiguidade Clássica. A Europa passava por grandes mudanças no final do
século XV, causadas por invenções como a da bússola, pela expansão
marítima e o desenvolvimento do comercio com a substituição da economia de
subsistência levando a agricultura a se tornar mais intensiva e regular. Deu-se
o crescimento urbano, especialmente das cidades portuárias, o florescimento
de pequenas indústrias e todas as demais mudanças econômicas provenientes
do Mercantilismo, inclusive o surgimento da burguesia.
Todas essas transformações sociais agilizaram com o surgimento do
Movimento Literário Humanismo.
II. CONHECENDO O MOVIMENTO LITERÁRIO HUMANISMO

1. Origem

O Movimento Literário Humanismo surgiu no final do século XV e no início do
XVI, entre a Idade Média e o Renascimento influenciado por esse período
marcado pela concentração da visão do Homem no Antropocentrismo, em
outras palavras, a partir dessa época, o Homem irá se preocupar mais consigo
mesmo. Então, nessa época, a religião começou a decair (mas não
desapareceu).
O Movimento Literário Humanismo tem como marcos inicial a época em que
Fernão Lopes foi nomeado guarda-mor da Torre do Tombo, que era o lugar
onde os documentos oficiais ficavam guardados, ou seja, tornou-se
responsável pela preservação do arquivo (tombo) real, espécie de cartório
então localizado numa das torres do castelo de Lisboa, ou então sua promoção
em 1934 quando ele passa a ser o cronista-mor do reino, cargo que o tornava o
redator oficial das crônicas (as narrativas históricas) dos reis de Portugal. Essa
nomeação tem como marco inicial, pois o estilo Fernão Lopes representa a
abertura para uma literatura de expressão oral e de raiz popular. Ele próprio diz
que nas suas páginas não se encontra a formosura das palavras, mas a nudez
da verdade.

2. Características do Movimento Literário Humanismo

O período literário humanista é marcado pela mudança de olhar dos seres
humanos, do Teocentrismo para o Antropocentrismo, e com isso há um choque
entre essas duas visões, originando as principais características do Movimento
Literário Humanismo.
Dada a época de transição em que se manifestou, as
características do Humanismo não são muito bem definidas. Não
obstante, podemos destacar entre suas particularidades:


Separação mais acentuada da música em relação ao
texto poético;



Predomínio da lírica sobre a sátira;



Cultivo da poesia amorosa de fundo sensual;



Interesse

pelo

ser

humano

e

crítica

a

seu

comportamento;


Valorização da historiografia na forma de crônica;



Surgimento do teatro português, notadamente com Gil
Vicente;



Valorização da prosa doutrinária, de ensinamentos
morais. (CADORE, 1998).

3. Poesia Palaciana

Mercantilismo e outros acontecimentos em relação ao mundo português
modificam o gosto literário do público, diminuindo-o quanto á produção lírica, o
que manteve a poesia enfraquecida durante séculos (mais ou menos de 1350 a
1450), no entanto, em Portugal, graças a preferência do rei D. Afonso V (14381481), abriu-se um espaço na corte lusitana para a prática lírica e poética.
Assim, essa atividade literária sobreviveu em Portugal, ainda que num espaço
restrito, e recebeu o nome de Poesia palaciana.
Essa produção poética tem uma certa limitação quanto aos conteúdos, temas e
visão do mundo. O amor era tratado de forma mais sensual do que no
Movimento Literário Trovadorismo, sendo menos intensa a idealização da
mulher. Também, nesse gênero poético, ocorre a sátira.
A poesia palaciana, formalmente, é superior a poesia trovadoresca, seja pela
extensão dos poemas graças á cultura dos autores, pelo grau de inspiração,
ainda pela musicalidade ou mesmo pela variedade do metro. Esses últimos
recursos conferiam a cada poema a chance de possuírem ritmo próprio. Os
versos continuavam a ser redondilhos e era normal o uso do mote 1. Todos
esses aspectos determinam que a poesia, apesar da separação entre poesia e
música, continua buscando se aproximar da música. A diferença mais
significativa em relação às cantigas do Trovadorismo é que a poesia palaciana
foi desligada da música, ou seja, o texto poético passou a ser feito para a
leitura e declamação, não mais para o canto.
Exemplo de Poesia palaciana:
Cantiga sua partindo-se
Senhora, partem tam tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.

Tam tristes, tam saudosos,
tam doentes da partida,
tam cansados, tam chorosos
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.

Partem tam tristes os tristes,
tam fora d'esperar bem,
que nunca tam tristes vistes

1

Sentença ou pensamento expresso em um ou mais versos, que se desenvolve na glosa ou
volta. Frase curta que os autores escrevem no princípio dos seus livros ou de partes deles;
epígrafe. (Disponível em http://www.dicio.com.br/mote/>Acesso em 24 de novembro de 2013)
outros nenhuns por ninguém.
Essa cantiga faz parte do Cancioneiro geral, uma coletânea de
poesias organizada e publicada em 1516 por Garcia de
Resende.
Como se pode perceber, uma cantiga está mais próxima da
sensibilidade moderna do que as cantigas trovadorescas. O
verso de sete silabas é bastante familiar aos nossos ouvidos,
porque ficou consagrado como o ritmo das cantigas populares.
(SARMENTO & TUFANO, 2004)
Cantiga trovadoresca

Coração, já repousavos,
Já não tinhas sojeição,
Já vivias, já folgavos;
Pois por que te sojugavos
Outra vez, meu coração?
Sofre, pois te não sofreste
Na vida, que já vivos;
Sofre, pois tu perdeste;
Sofre, pois não conheceste;
Como t’outra vez perdias!
Sofre, pois já livre estavos
E quiseste sojução;
Sofre, pois te não lembravos
Das dores de que escapavos;
Sofre, sofre coração!(Jorge de Aguiar)
A mulher, que, na cantiga medieval, era extremamente
idealizada, transforma-se pouco a pouco num ser concreto, mais
humano.
Quanto á estrutura, observa-se uma grande variedade de formas
de composição, o que não se observa no período anterior.
(FARACO e MOURA, 1998).

4. Teatro vicentino medieval

Quem se destaca mais na área do teatro medieval de Portugal é Gil Vicente,
antes de sua aparição não existiam muitos teatros, na maioria das vezes, eram
apenas encenação com ligações a igreja ou costumes religiosos. Gil Vicente é
considerado o fundador do teatro português e a principal figura no Humanismo.
Gil Vicente de destaca, principalmente, nos gêneros autos e farsas. O gênero
autos seriam encenações com caráter mais moralizado, mais religioso, já o
gênero farsa encenava mais uma critica das pessoas e dos costumes da
época, sempre usando o exagero ironia e caricaturas.

4.1. Características do teatro vicentino

Gil Vicente foi extremamente criativo em relação a sociedade de seu tempo.
Não perdoava nem a fidalguia, nem a plebe, nem a burguesia ou o clero, todos
representamos em suas peças: Frades Libertinos, Magistrados, Corruptos,
Adultérios, Usuários, Médicos, etc.
Seu teatro tem caráter popular e se utiliza dos temas da idade media como as
narrativas de origem cavalheiresca, o lirismo das cantigas e das encenações
religiosas medievais (mistérios e milagres).
Dentre as mais de 44 peças que escreveu em português, em castelhano ou
bilíngues destacam-se Auto da barca do inferno (1517), Farsa de Inês Pereira
(1523), Auto da Índia (1609), entre outros.
No auto da barca do inferno temos: o Fidalgo, o Onzeneiro (agiota), o
Sapateiro, o Frade, a alcoviteira Brísida Vaz, o Judeu, o Carregador (juiz), o
Procurador, o Enforcador e Joane, o parvo. Todos passaram diante de um anjo
(Arrais do céu) e o diabo (Arrais do inferno) e do seu companheiro. Cada um
deles é obrigado a reconhecer o seu destino: ir para o inferno, pelos pecados,
que cometeu em vida. Joane, o parvo, é o único a escapar do inferno,
justamente por ser parvo, o que lhe assegura uma irresponsabilidade que o
torna digno de salvação.

4.2. Peças de critica social de Gil Vicente

Um grande exemplo de peça de critica social de Gil Vicente é “O velho da
porta” – Ridiculariza a paixão súbita de um velho por uma jovem. O texto é uma
farsa, ou seja, é uma peça de teatro cômica, em que Gil Vicente critica os
costumes e as classes sociais de seu tempo.

4.3. Peça religiosa de Gil Vicente

Dentre várias peças religiosas de Gil Vicente, a que mais se destaca é a
Trilogia das Barcas, composta do Auto da barca do inferno, Auto da barca do
purgatório e Auto da barca da glória que mostram as almas dos mortos à
espera das embarcações que os levaram para o destino final. O ponto central é
a acusação e defesa das almas nos diálogos com o diabo e com o anjo.
Trechos de algumas obras de Gil Vicente
Trecho um:
“Corregedor – Ó arrais dos gloriosos,
Passai-nos neste batel!
Anjo – Oh, pragas pera papel
pera as almas odiosos!
Como vindes preciosos,
sendo filhos da ciência!
Corregedor – Oh, habetatis, clemência
e passai-nos como vossos!
Parvo – Hou, homem dos breviários,
rapinastis coelhorum
et pernis perdigotorum
e mijais nos campanários!”
Nesse trecho, há uma amostra do realismo linguístico de Gil Vicente O
Corregedor [a personagem] utiliza termos em latim para se defender. O Parvo.
[outra personagem] faz, então, uma hilariante paródia de seu discurso:
“rapinastis coelhorum et pernis perdigotorum”, ou seja, “rapinastes – roubastes
–

coelhos,

pernis

e

perdizes.

(Disponível

http://guiadoestudante.abril.com.br> Acesso em 28 de outubro de 2013)
Trecho dois
“Anjo – Eu não sei quem te cá traz...
Brísida – Peço-vo-lo de giolhos! (joelhos)
Cuidais que trago piolhos,

em
anjo de Deos, minha rosa?
Eu sô aquela preciosa
que dava as moças a molhos,
a que criava as meninas
pera os cónegos da Sé...
Passai-me, por vossa fé,
meu amor, minhas boninas, (margaridas)
olhos de perlinhas finas!
E eu som apostolada,
angelada e martelada,
e fiz cousas mui divinas.
Santa Úrsula nom converteu
tantas cachopas como eu (...)” (meninas, raparigas)
Brísida Vaz [a personagem] tenta convencer o Anjo a deixá-la entrar na barca
celeste. Usando linguagem vulgar, como se o Anjo fosse um dos seus clientes,
chama-o de “meu amor, minhas boninas”, e afirma que espera salvar-se
porque “criava as meninas” (prostitutas) para os padres da Sé -- outra crítica do
autor

aos

maus

sacerdotes.

(Disponível

em

http://guiadoestudante.abril.com.br> Acesso em 28 de outubro de 2013)

5. Contribuições do Movimento Literário Humanismo para a literatura dos
dias atuais.

O Movimento Literário Humanismo influenciou de vários formas a arte atual,
por exemplo, quando se compara a poesia palaciana do século XV com a
poesia de hoje em dia, percebem-se semelhanças, como na Cantiga sua
partindo-se, o vocabulário é compreensivo, o ritmo dos versos nos é familiar e
o tema – a tristeza da partida – ainda emociona os leitores, ou seja, a visão dos
poetas do século XV, ainda está próximo do leitor atual.
A seguir, um fragmento do poema de Vinícius de Moraes, poeta brasileiro do
século XX, para comprovar que a temática voltada para o Homem continua
presente, O operário em construção.
[...]
Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão. […] (Disponível em
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/o/o_o
perario_em_construcao>Acesso dia 24 de novembro de 2013)

O estilo literário de Fernão Lopes também influencia a literatura nos dias de
hoje. Ele mudou o estilo de escrita da época, contrariamente a outros cronistas
medievais, para ele a história de um povo não era constituída apenas pelas
façanhas dos reis e cavaleiros, mas também por movimento populares e forças
econômicas. Pode-se ver que as crônicas atuais também retratam um pouco
do cotidiano das classes sociais. Para provar isso, abaixo segue um exemplo
de crônica de Luís Fernando Verissimo, Crec-Crec.
Toda morte é prematura, mas algumas doem mais do que outras nos que ficam. Até
hoje, os amigos lamentam a falta que faz a inteligência aguda do José Onofre, que
partiu cedo demais. Foi o Onofre que, certa vez, reagindo à velha máxima de que não
se pode fazer omelete sem quebrar ovos, usada para justificar toda sorte de violência,
disse: "É, mas tem gente que não quer fazer omelete, gosta é de ouvir o barulhinho de
cascas de ovos se quebrando". Segundo o Zé, era preciso distinguir o sincero desejo
de revolução ou mudança da busca do crec-crec pelo crec-crec.
Na véspera das manifestações anunciadas para o dia 7, e ainda no rescaldo das
manifestações passadas, a distinção é vital. E não parece difícil: a turma do crec-crec
é a turma do quebra-quebra, identificada pelos rostos tapados ou pelo cuidado em não
ser identificada. Mas não é tão simples assim, há mascarados com boas causas e
caras limpas que só estão ali pela baderna, os aficionados do crec-crec como
espetáculo de rua.

E, como um complicador a mais, há a natureza indefinida das omeletes pretendidas.
"Abaixo tudo!", como li num dos cartazes sendo carregados em junho, tem a virtude da
síntese, mas não parece ser uma reivindicação viável. Li que a extrema direita
pretende encampar a megamanifestação de sábado e que seu objetivo - uma
omeletaça - é derrubar a Dilma. De qualquer maneira, pode-se prever mais algumas
cabeças sendo quebradas, como cascas de ovos, nas manifestações contra tudo e a
favor de, do, da... Enfim, depois a gente vê - que vem por aí. (Disponível em

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,crec-crec-,1071510,0.htm Acesso
em 23 de outubro de 2013.)
Percebe-se que Luís Fernando Verissimo usa como mote um acontecimento
que envolve a população, a luta de uma sociedade pelos seus direitos em
protestos, que ocorrem frequentemente hoje em dia.
Pode-se também ver influências do Movimento Literário Humanismo no teatro,
a partir da exploração das características do teatro vicentino que fundaram uma
tradição com frutos em Portugal, em outros países europeus e no Brasil
também. Em nosso país, Padre Anchieta escreveu autos voltados à catequese dos
índios, no século XVI. No século XX, Auto da Comparecida, de Ariano Suassuna, por
exemplo, apresenta vários pontos em comum com os autos vicentinos’’. (CEREJA e
MAGALHÃES, 2003).
Veja a seguir a fala de um personagem do teatro Auto da Comparecida, de Ariano
Suassuna:

CHICÓ: É verdade; o cachorro morreu. Cumpriu sua sentença encontrou-se
com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino
sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só
rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre.
III. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após o estudo sobre o Movimento Literário Humanismo, pode-se perceber que
as perguntas e objetivos da pesquisa foram respondidos com êxito: quais são
os objetivos, características e contribuições desse movimento para a literatura
nos dias de hoje?
Pode-se concluir, então, que o Movimento Literário Humanismo recebe
influências das mudanças de visão da sociedade de Teocentrismo para o
Antropocentrismo, para isso retorna aos costumes greco-latinos, fazendo com
que deixasse de acreditar que tudo que acontecia era obra do divino, ao
mostrar o quanto o Homem é capaz.
As mudanças ocorridas na Literatura e no Teatro permanecem vivas até hoje
nas obras de famosos poetas, autores e cronistas dos dias atuais, como, em
Vinícius de Moraes, provando assim que o Movimento Literário Humanismo em
Portugal foi importante para a história da Literatura e permanece sendo.
IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CADORE, Luís Agostinho. Curso prático de português Literatura, Gramática,
Redação. 2º grau programa completo. São Paulo. Editora Ética, 1998.
NICOLA, Jose. Português, ensino médio volume1. São Paulo. Editora Scipione,
2010.
FARACO & MOURA, Língua e Literatura volume1, 2º Grau. São Paulo. Editora
Ática, 1993.
CEREJA & MAGALHÃES. Português: Linguagens, Volume único. São Paulo.
Atual, 2003.
Enciclopédia online Wikepedia Disponível em
http://wikipedia.org/wiki/antropocentrsismo >Acesso dia 24 de novembro de
2013)
VERISSIMO. Luís Fernando. Crec-crec Disponível em

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,crec-crec-,1071510,0.htm>
Acesso dia 24 de novembro de 2013)
Revista online Passeiweb. Disponível em
http://www.passeiweb.com/estudos/livros/auto_da_compadecida >Acesso dia
24 de novembro de 2013)
Revista online Guia do Estudante. Disponível em
http://guiadoestudante.abril.com.br >Acesso dia 24 de novembro de 2013)
Movimento Literário Humanismo em Portugal 1º ano B 2013

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Movimento Literário Humanismo em Portugal 1º ano B 2013

  • 1. Escola Estadual Professor João Cruz Assunto: Movimento Literário Humanismo em Portugal Tema: O Humanismo literário revelando o Homem pós-Idade Média Alunos e números: Aline Nogueira de Oliveira - nº1 Bruno Fernandes da Costa - nº6 Larissa Maciel - nº20 Luiz Otávio Santos Cruz - nº21 Millena Caroline Figueira - nº26 Série: 1º ano B – Ensino Médio Professora: Maria Piedade Teodoro da Silva Disciplina: Língua Portuguesa Jacareí, 11 de novembro de 2013.
  • 2. I. INTRODUÇÃO 1. Para começo de conversa Este trabalho tem como objetivo expor sobre a história da Literatura Portuguesa (Movimento Literário Humanismo), respondendo aos seguintes questionamentos: quais são os objetivos, características e contribuições desse movimento para a literatura nos dias de hoje? O Movimento Literário Humanismo tem como objetivo mostrar que o homem é um ser capaz, por isso surgiu em defesa ao Antropocentrismo (o homem no centro de tudo). "O Antropocentrismo é uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, o universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o Homem". (Disponível em http://wikipedia.org/wiki/antropocentrsismo > Acesso 03 de novembro de 2013) 2. Contexto histórico do Movimento Literário Humanismo Antes do surgimento do Movimento Literário Humanismo, a Europa vivia em uma era medieval, baseando suas características na cultura greco-romana da Antiguidade Clássica. A Europa passava por grandes mudanças no final do século XV, causadas por invenções como a da bússola, pela expansão marítima e o desenvolvimento do comercio com a substituição da economia de subsistência levando a agricultura a se tornar mais intensiva e regular. Deu-se o crescimento urbano, especialmente das cidades portuárias, o florescimento de pequenas indústrias e todas as demais mudanças econômicas provenientes do Mercantilismo, inclusive o surgimento da burguesia. Todas essas transformações sociais agilizaram com o surgimento do Movimento Literário Humanismo.
  • 3. II. CONHECENDO O MOVIMENTO LITERÁRIO HUMANISMO 1. Origem O Movimento Literário Humanismo surgiu no final do século XV e no início do XVI, entre a Idade Média e o Renascimento influenciado por esse período marcado pela concentração da visão do Homem no Antropocentrismo, em outras palavras, a partir dessa época, o Homem irá se preocupar mais consigo mesmo. Então, nessa época, a religião começou a decair (mas não desapareceu). O Movimento Literário Humanismo tem como marcos inicial a época em que Fernão Lopes foi nomeado guarda-mor da Torre do Tombo, que era o lugar onde os documentos oficiais ficavam guardados, ou seja, tornou-se responsável pela preservação do arquivo (tombo) real, espécie de cartório então localizado numa das torres do castelo de Lisboa, ou então sua promoção em 1934 quando ele passa a ser o cronista-mor do reino, cargo que o tornava o redator oficial das crônicas (as narrativas históricas) dos reis de Portugal. Essa nomeação tem como marco inicial, pois o estilo Fernão Lopes representa a abertura para uma literatura de expressão oral e de raiz popular. Ele próprio diz que nas suas páginas não se encontra a formosura das palavras, mas a nudez da verdade. 2. Características do Movimento Literário Humanismo O período literário humanista é marcado pela mudança de olhar dos seres humanos, do Teocentrismo para o Antropocentrismo, e com isso há um choque entre essas duas visões, originando as principais características do Movimento Literário Humanismo.
  • 4. Dada a época de transição em que se manifestou, as características do Humanismo não são muito bem definidas. Não obstante, podemos destacar entre suas particularidades:  Separação mais acentuada da música em relação ao texto poético;  Predomínio da lírica sobre a sátira;  Cultivo da poesia amorosa de fundo sensual;  Interesse pelo ser humano e crítica a seu comportamento;  Valorização da historiografia na forma de crônica;  Surgimento do teatro português, notadamente com Gil Vicente;  Valorização da prosa doutrinária, de ensinamentos morais. (CADORE, 1998). 3. Poesia Palaciana Mercantilismo e outros acontecimentos em relação ao mundo português modificam o gosto literário do público, diminuindo-o quanto á produção lírica, o que manteve a poesia enfraquecida durante séculos (mais ou menos de 1350 a 1450), no entanto, em Portugal, graças a preferência do rei D. Afonso V (14381481), abriu-se um espaço na corte lusitana para a prática lírica e poética. Assim, essa atividade literária sobreviveu em Portugal, ainda que num espaço restrito, e recebeu o nome de Poesia palaciana. Essa produção poética tem uma certa limitação quanto aos conteúdos, temas e visão do mundo. O amor era tratado de forma mais sensual do que no Movimento Literário Trovadorismo, sendo menos intensa a idealização da mulher. Também, nesse gênero poético, ocorre a sátira. A poesia palaciana, formalmente, é superior a poesia trovadoresca, seja pela extensão dos poemas graças á cultura dos autores, pelo grau de inspiração, ainda pela musicalidade ou mesmo pela variedade do metro. Esses últimos
  • 5. recursos conferiam a cada poema a chance de possuírem ritmo próprio. Os versos continuavam a ser redondilhos e era normal o uso do mote 1. Todos esses aspectos determinam que a poesia, apesar da separação entre poesia e música, continua buscando se aproximar da música. A diferença mais significativa em relação às cantigas do Trovadorismo é que a poesia palaciana foi desligada da música, ou seja, o texto poético passou a ser feito para a leitura e declamação, não mais para o canto. Exemplo de Poesia palaciana: Cantiga sua partindo-se Senhora, partem tam tristes meus olhos por vós, meu bem, que nunca tam tristes vistes outros nenhuns por ninguém. Tam tristes, tam saudosos, tam doentes da partida, tam cansados, tam chorosos da morte mais desejosos cem mil vezes que da vida. Partem tam tristes os tristes, tam fora d'esperar bem, que nunca tam tristes vistes 1 Sentença ou pensamento expresso em um ou mais versos, que se desenvolve na glosa ou volta. Frase curta que os autores escrevem no princípio dos seus livros ou de partes deles; epígrafe. (Disponível em http://www.dicio.com.br/mote/>Acesso em 24 de novembro de 2013)
  • 6. outros nenhuns por ninguém. Essa cantiga faz parte do Cancioneiro geral, uma coletânea de poesias organizada e publicada em 1516 por Garcia de Resende. Como se pode perceber, uma cantiga está mais próxima da sensibilidade moderna do que as cantigas trovadorescas. O verso de sete silabas é bastante familiar aos nossos ouvidos, porque ficou consagrado como o ritmo das cantigas populares. (SARMENTO & TUFANO, 2004) Cantiga trovadoresca Coração, já repousavos, Já não tinhas sojeição, Já vivias, já folgavos; Pois por que te sojugavos Outra vez, meu coração? Sofre, pois te não sofreste Na vida, que já vivos; Sofre, pois tu perdeste; Sofre, pois não conheceste; Como t’outra vez perdias! Sofre, pois já livre estavos E quiseste sojução; Sofre, pois te não lembravos Das dores de que escapavos;
  • 7. Sofre, sofre coração!(Jorge de Aguiar) A mulher, que, na cantiga medieval, era extremamente idealizada, transforma-se pouco a pouco num ser concreto, mais humano. Quanto á estrutura, observa-se uma grande variedade de formas de composição, o que não se observa no período anterior. (FARACO e MOURA, 1998). 4. Teatro vicentino medieval Quem se destaca mais na área do teatro medieval de Portugal é Gil Vicente, antes de sua aparição não existiam muitos teatros, na maioria das vezes, eram apenas encenação com ligações a igreja ou costumes religiosos. Gil Vicente é considerado o fundador do teatro português e a principal figura no Humanismo. Gil Vicente de destaca, principalmente, nos gêneros autos e farsas. O gênero autos seriam encenações com caráter mais moralizado, mais religioso, já o gênero farsa encenava mais uma critica das pessoas e dos costumes da época, sempre usando o exagero ironia e caricaturas. 4.1. Características do teatro vicentino Gil Vicente foi extremamente criativo em relação a sociedade de seu tempo. Não perdoava nem a fidalguia, nem a plebe, nem a burguesia ou o clero, todos representamos em suas peças: Frades Libertinos, Magistrados, Corruptos, Adultérios, Usuários, Médicos, etc. Seu teatro tem caráter popular e se utiliza dos temas da idade media como as narrativas de origem cavalheiresca, o lirismo das cantigas e das encenações religiosas medievais (mistérios e milagres).
  • 8. Dentre as mais de 44 peças que escreveu em português, em castelhano ou bilíngues destacam-se Auto da barca do inferno (1517), Farsa de Inês Pereira (1523), Auto da Índia (1609), entre outros. No auto da barca do inferno temos: o Fidalgo, o Onzeneiro (agiota), o Sapateiro, o Frade, a alcoviteira Brísida Vaz, o Judeu, o Carregador (juiz), o Procurador, o Enforcador e Joane, o parvo. Todos passaram diante de um anjo (Arrais do céu) e o diabo (Arrais do inferno) e do seu companheiro. Cada um deles é obrigado a reconhecer o seu destino: ir para o inferno, pelos pecados, que cometeu em vida. Joane, o parvo, é o único a escapar do inferno, justamente por ser parvo, o que lhe assegura uma irresponsabilidade que o torna digno de salvação. 4.2. Peças de critica social de Gil Vicente Um grande exemplo de peça de critica social de Gil Vicente é “O velho da porta” – Ridiculariza a paixão súbita de um velho por uma jovem. O texto é uma farsa, ou seja, é uma peça de teatro cômica, em que Gil Vicente critica os costumes e as classes sociais de seu tempo. 4.3. Peça religiosa de Gil Vicente Dentre várias peças religiosas de Gil Vicente, a que mais se destaca é a Trilogia das Barcas, composta do Auto da barca do inferno, Auto da barca do purgatório e Auto da barca da glória que mostram as almas dos mortos à espera das embarcações que os levaram para o destino final. O ponto central é a acusação e defesa das almas nos diálogos com o diabo e com o anjo.
  • 9. Trechos de algumas obras de Gil Vicente Trecho um: “Corregedor – Ó arrais dos gloriosos, Passai-nos neste batel! Anjo – Oh, pragas pera papel pera as almas odiosos! Como vindes preciosos, sendo filhos da ciência! Corregedor – Oh, habetatis, clemência e passai-nos como vossos! Parvo – Hou, homem dos breviários, rapinastis coelhorum et pernis perdigotorum e mijais nos campanários!” Nesse trecho, há uma amostra do realismo linguístico de Gil Vicente O Corregedor [a personagem] utiliza termos em latim para se defender. O Parvo. [outra personagem] faz, então, uma hilariante paródia de seu discurso: “rapinastis coelhorum et pernis perdigotorum”, ou seja, “rapinastes – roubastes – coelhos, pernis e perdizes. (Disponível http://guiadoestudante.abril.com.br> Acesso em 28 de outubro de 2013) Trecho dois “Anjo – Eu não sei quem te cá traz... Brísida – Peço-vo-lo de giolhos! (joelhos) Cuidais que trago piolhos, em
  • 10. anjo de Deos, minha rosa? Eu sô aquela preciosa que dava as moças a molhos, a que criava as meninas pera os cónegos da Sé... Passai-me, por vossa fé, meu amor, minhas boninas, (margaridas) olhos de perlinhas finas! E eu som apostolada, angelada e martelada, e fiz cousas mui divinas. Santa Úrsula nom converteu tantas cachopas como eu (...)” (meninas, raparigas) Brísida Vaz [a personagem] tenta convencer o Anjo a deixá-la entrar na barca celeste. Usando linguagem vulgar, como se o Anjo fosse um dos seus clientes, chama-o de “meu amor, minhas boninas”, e afirma que espera salvar-se porque “criava as meninas” (prostitutas) para os padres da Sé -- outra crítica do autor aos maus sacerdotes. (Disponível em http://guiadoestudante.abril.com.br> Acesso em 28 de outubro de 2013) 5. Contribuições do Movimento Literário Humanismo para a literatura dos dias atuais. O Movimento Literário Humanismo influenciou de vários formas a arte atual, por exemplo, quando se compara a poesia palaciana do século XV com a
  • 11. poesia de hoje em dia, percebem-se semelhanças, como na Cantiga sua partindo-se, o vocabulário é compreensivo, o ritmo dos versos nos é familiar e o tema – a tristeza da partida – ainda emociona os leitores, ou seja, a visão dos poetas do século XV, ainda está próximo do leitor atual. A seguir, um fragmento do poema de Vinícius de Moraes, poeta brasileiro do século XX, para comprovar que a temática voltada para o Homem continua presente, O operário em construção. [...] Era ele que erguia casas Onde antes só havia chão. Como um pássaro sem asas Ele subia com as casas Que lhe brotavam da mão. Mas tudo desconhecia De sua grande missão: Não sabia, por exemplo Que a casa de um homem é um templo Um templo sem religião Como tampouco sabia Que a casa que ele fazia Sendo a sua liberdade Era a sua escravidão. […] (Disponível em http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/o/o_o perario_em_construcao>Acesso dia 24 de novembro de 2013) O estilo literário de Fernão Lopes também influencia a literatura nos dias de hoje. Ele mudou o estilo de escrita da época, contrariamente a outros cronistas medievais, para ele a história de um povo não era constituída apenas pelas façanhas dos reis e cavaleiros, mas também por movimento populares e forças
  • 12. econômicas. Pode-se ver que as crônicas atuais também retratam um pouco do cotidiano das classes sociais. Para provar isso, abaixo segue um exemplo de crônica de Luís Fernando Verissimo, Crec-Crec. Toda morte é prematura, mas algumas doem mais do que outras nos que ficam. Até hoje, os amigos lamentam a falta que faz a inteligência aguda do José Onofre, que partiu cedo demais. Foi o Onofre que, certa vez, reagindo à velha máxima de que não se pode fazer omelete sem quebrar ovos, usada para justificar toda sorte de violência, disse: "É, mas tem gente que não quer fazer omelete, gosta é de ouvir o barulhinho de cascas de ovos se quebrando". Segundo o Zé, era preciso distinguir o sincero desejo de revolução ou mudança da busca do crec-crec pelo crec-crec. Na véspera das manifestações anunciadas para o dia 7, e ainda no rescaldo das manifestações passadas, a distinção é vital. E não parece difícil: a turma do crec-crec é a turma do quebra-quebra, identificada pelos rostos tapados ou pelo cuidado em não ser identificada. Mas não é tão simples assim, há mascarados com boas causas e caras limpas que só estão ali pela baderna, os aficionados do crec-crec como espetáculo de rua. E, como um complicador a mais, há a natureza indefinida das omeletes pretendidas. "Abaixo tudo!", como li num dos cartazes sendo carregados em junho, tem a virtude da síntese, mas não parece ser uma reivindicação viável. Li que a extrema direita pretende encampar a megamanifestação de sábado e que seu objetivo - uma omeletaça - é derrubar a Dilma. De qualquer maneira, pode-se prever mais algumas cabeças sendo quebradas, como cascas de ovos, nas manifestações contra tudo e a favor de, do, da... Enfim, depois a gente vê - que vem por aí. (Disponível em http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,crec-crec-,1071510,0.htm Acesso em 23 de outubro de 2013.) Percebe-se que Luís Fernando Verissimo usa como mote um acontecimento que envolve a população, a luta de uma sociedade pelos seus direitos em protestos, que ocorrem frequentemente hoje em dia. Pode-se também ver influências do Movimento Literário Humanismo no teatro, a partir da exploração das características do teatro vicentino que fundaram uma tradição com frutos em Portugal, em outros países europeus e no Brasil
  • 13. também. Em nosso país, Padre Anchieta escreveu autos voltados à catequese dos índios, no século XVI. No século XX, Auto da Comparecida, de Ariano Suassuna, por exemplo, apresenta vários pontos em comum com os autos vicentinos’’. (CEREJA e MAGALHÃES, 2003). Veja a seguir a fala de um personagem do teatro Auto da Comparecida, de Ariano Suassuna: CHICÓ: É verdade; o cachorro morreu. Cumpriu sua sentença encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre.
  • 14. III. CONSIDERAÇÕES FINAIS Após o estudo sobre o Movimento Literário Humanismo, pode-se perceber que as perguntas e objetivos da pesquisa foram respondidos com êxito: quais são os objetivos, características e contribuições desse movimento para a literatura nos dias de hoje? Pode-se concluir, então, que o Movimento Literário Humanismo recebe influências das mudanças de visão da sociedade de Teocentrismo para o Antropocentrismo, para isso retorna aos costumes greco-latinos, fazendo com que deixasse de acreditar que tudo que acontecia era obra do divino, ao mostrar o quanto o Homem é capaz. As mudanças ocorridas na Literatura e no Teatro permanecem vivas até hoje nas obras de famosos poetas, autores e cronistas dos dias atuais, como, em Vinícius de Moraes, provando assim que o Movimento Literário Humanismo em Portugal foi importante para a história da Literatura e permanece sendo.
  • 15. IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CADORE, Luís Agostinho. Curso prático de português Literatura, Gramática, Redação. 2º grau programa completo. São Paulo. Editora Ética, 1998. NICOLA, Jose. Português, ensino médio volume1. São Paulo. Editora Scipione, 2010. FARACO & MOURA, Língua e Literatura volume1, 2º Grau. São Paulo. Editora Ática, 1993. CEREJA & MAGALHÃES. Português: Linguagens, Volume único. São Paulo. Atual, 2003. Enciclopédia online Wikepedia Disponível em http://wikipedia.org/wiki/antropocentrsismo >Acesso dia 24 de novembro de 2013) VERISSIMO. Luís Fernando. Crec-crec Disponível em http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,crec-crec-,1071510,0.htm> Acesso dia 24 de novembro de 2013) Revista online Passeiweb. Disponível em http://www.passeiweb.com/estudos/livros/auto_da_compadecida >Acesso dia 24 de novembro de 2013) Revista online Guia do Estudante. Disponível em http://guiadoestudante.abril.com.br >Acesso dia 24 de novembro de 2013)