Este documento trata da horticultura, floricultura e fruticultura em Portugal, abordando sua definição, principais produtos, importância econômica e desafios. Discute o peso decrescente destes ramos na agricultura e economia portuguesas. Aponta potencial para aumentar a produção, especialmente na região do Ribatejo e Oeste.
1. 11ºD
Horticultura, Fruticultura e
Floricultura
Trabalho realizado por:
Afonso Pedroso nº1
Bernardo Santos nº7
Mark Vaz nº16
Pedro Tomé nº17
2. Introdução
Este trabalho foi realizado para a disciplina de Geografia.
Este trabalho trata o tema da Horticultura, Floricultura e Fruticultura
(subtema de “As áreas rurais em mudança”).
Ao longo do trabalho vamos abordar aspectos como a caracterização
dos principais produtos de cada uma das áreas, a sua importância na
economia nacional, os principais mercados, problemas/ dificuldades e
as suas potencialidade.
3. Definição dos ramos de exploração
Horticultura
A horticultura é o ramo da agricultura que visa produzir culturas
hortícolas (couves, alfaces, etc.). Esses produtos são geralmente
comercializados nos mercados nacionais e internacionais.
4. Floricultura
A floricultura é o ramo da agricultura que visa produzir plantas
ornamentais (orquídeas, rosas) e flores com uso terapêutico. A
produção é normalmente comercializada nos mercados
nacionais e internacionais.
5. Fruticultura
A Fruticultura é o ramo da agricultura que visa produzir frutos
frescos (laranjas, maçãs) e secos (nozes, pinhões) com o intuito
de os comercializar nos mercados nacionais e internacionais.
6. Factores Favorável /
Físicos Caracterização Desfavorável Imagens
Clima: Clima temperado Favorável
temperatura, humidade/ mediterrânico
precipitação, insolação.
Recursos Hídricos Abundantes Favorável
(mais superficiais que (com excepção do
subterrâneos) Algarve)
Fertilidade do Solo Fraca % de solos com Desfavorável
aptidão agrícola.
Declives acentuados
Relevo das encostas em Desfavorável
algumas regiões.
7. Factores Favorável /
Humanos Caracterização Desfavorável Imagens
Pequena dimensão das
Passado Histórico explorações Desfavorável
(predomínio de minifúndios)
Objectivo da Produção
produção maioritariamente Desfavorável
destinada ao
autoconsumo
Tecnologias e Tecnologias e práticas Desfavorável
práticas utilizadas utilizadas rudimentares e
tradicionais
Politicas agrícolas PAC- Política Agrícola ___
Comum.
8. Maioritariamente
Sistemas Quanto à ocupação dos solos: sistemas extensivos
de culturas
Maioritariamente
Quanto às culturas:
policultura
Maioritariamente
Quanto à necessidade de água:
Regadio
9. Localização Dimensão
As principais regiões agrárias
são: Ribatejo e Oeste, Beira
Horticultura Litoral e Algarve. Os campos
são de pequena (minifúndios
quando são culturas
intensivas) e média dimensão.
As pricipais regiões agárias são
Morfologia o Algarve, o Ribatejo e Oeste, a
dos campos Fruticultura Beira Interior, entre Douro e
Minho eTrás-os Montes. Os
campos são de pequena e
média dimensão.
As principais regiões agrárias
Floricultura são a Madeira, Ribatejo e
Oeste e Alentejo.
Forma Vedação
Há campos com forma regular e irregular. Há campos sem vedação e outros com vedação
Mas os campos com forma regular facilitam (no caso dos campos de pequena dimensão). Os
a mecanização. campos sem vedação, facilitam a mecnização.
11. Segundo o INE:
Floricultura
Flores de Corte Plantas Ornamentais
Cravos Plátano
Gerberas Pelargónio
Rosas Crisântemo
12. Caso da Pêra Rocha
Pêra Cereja Pêssego
Fruticultura
Maçã Kiwi Citrinos
13.
14. Pêra Rocha
A Pêra Rocha é uma variedade de pêra, originária da região Oeste de
Portugal, onde a sua produção é mais abundante, no entanto algumas
regiões do Alentejo também a produzem, embora em menores
quantidades.
A região do Oeste faz exportar, anualmente, cerca de 13520 toneladas
de Pêra Rocha para: Reino
Unido, Brasil, França, Irlanda, Rússia, Polónia, Holanda, Canadá e
Espanha.
15. Produção
• A produção de Pêra Rocha é feita em
praticamente toda a região do Oeste, no
entanto é de salientar concelhos como o
Cadaval com uma área de cultivo de
2073 hectares, que tem vindo a crescer
muito na última década.
• Cerca de 90% da produção feita na
Região do Oeste tem como destino
principal os mercados internacionais.
16. Cereja do Fundão
A região do Fundão (Beira Interior) caracteriza-se pelo produção
da cereja.
Apesar de ser maioritariamente produzida no Fundão
(representando cerca de 75% da produção nacional), outros
concelhos como a Covilhã também se dedicam à produção deste
fruto.
17. Exportações
• No Fundão cerca de 80% da sua produção tem como destino
principal os mercados internacionais.
• A maior parte das exportações da cereja vai essencialmente para
países como: Espanha e os PALOP.
19. Produção
• A principal zona do país onde são produzidos os citrinos é o Algarve, sendo
que esta é a zona com condições climáticas mais favoráveis para o crescimento
e desenvolvimento destas culturas.
• Apesar de todos os citrinos terem bons valores em relação à exportação, a
laranja é a espécie que mais valor tem no mercado, e o mais procurado pelo
estrangeiro, sobretudo pelos países Europeus.
• Em 2010, Portugal produziu cerca de 5785 toneladas de laranja, exportando
quase na totalidade para a Europa, e cerca de 67% para Espanha.
20. Peso da Agricultura no PIB
Esta actividade económica, tal como o setor de
atividade onde está inserida tem vindo a perder o
seu peso na economia portuguesa de forma
preocupante. Em 2005 representava 1,5% do PIB,
valor que mesmo assim, ainda superior ao da média
da União Europeia, embora 5 anos antes fosse de
2,8%.
21. Peso dos 3 ramos na Agricultura
Ramos agrícolas Taxa de
2000 2005
em estudo/ Ano crescimento
Horticultura 16% 20,4% 27,5%
Floricultura 5,5% 6,7% 21,8%
Fruticultura 13% 12,1% -6,9%
22. Peso dos 3 ramos no PIB
Ramos agrícolas Taxa de
2000 2005
em estudo/ Ano crescimento
Horticultura 0,45% 0,31% - 31,1%
Floricultura 0,15% 0,1% - 33,3%
Fruticultura 0,36% 0,18% - 50%
23. Reflexão sobre os dados
A partir dos valores anteriores e da respetiva evolução, pode-se
constatar que, com exceção dos frutícolas, estes ramos de
exploração agrícola têm vindo a aumentar a sua importância na
agricultura, mas a perder o seu peso na economia nacional (mais
concretamente no Produto Interno Bruto).
24. Mas como é possível isto acontecer?
Este facto explica-se, pelo declínio que a agricultura teve em
Portugal. Ou seja, o facto de os hortícolas e as flores terem
revelado uma maior parcela dentro do PAB (Produto Agrícola
Comum) dá-se simplesmente por este ter sofrido ainda um
maior decréscimo no PIB do que as cultura antes referidas. O
que significa, que tanto a horticultura como a floricultura têm
conseguido superar as dificuldades que outros ramos
agrícolas não foram capazes.
25. Balança comercial (dos 3 ramos)
Muito deficitária
Do aumento do Resultado Da concorrência
Consumo externa e globalização
Do aumento dos preços dos produtos Da estrutura da agricultura
inferior ao aumento da inflação
São estes os principais fatores que justificam valores de exportações muito aquém das
espetativas e importações insuportáveis. Atualmente, as importações são três vezes
superiores às exportações, com exceção para a os produtos hortícolas, os únicos capazes
de apresentar um saldo positivo (grau de aprovisionamento acima dos 100%) e também
os que são exportados em maiores quantidades.
26. Importações 580 Milhões de euros/ ano
• Espanha (maior exportador)
União Europeia • França
• Alemanha
• Pêra
Produtos mais importados • Castanha
em termos monetários
• Batata
• Alface
27. Exportações 210 Milhões de euros/ ano
• Espanha (maior importador)
União Europeia • Itália
• Reino Unido (maior importador de produtos hortícolas)
• Brasil
América do Sul • Equador
• Costa Rica
• Banana
• Frutos exóticos (manga, papaia, ananás)
Produtos mais exportados • Batata
em termos monetários
• Tomate
• Plantas vivas e de interior
28. Primeiros produtos no Necessitam de condições
mercado (produtos
Primores meteorológicas
antecipados) especiais, das quais
Portugal beneficia
Frutas como
Cerejas Morangos Uvas
Estes produtos prematuros chegam a ter um valor 3 vezes superior ao da sua
respetiva época.
30. Como está presente no gráfico, a região do Ribatejo e Oeste não oferece dúvidas
quanto à sua supremacia no que diz respeito ao volume de população que trabalha
nesta atividade. Este facto vai ao encontro do que foi já referido nas caraterísticas das
culturas, quando são indicadas as regiões onde estas estão mais presentes, que como
é óbvio, tem uma relação direta com a quantidade de mão-de-obra em cada região.
Mas também nas regiões do Entre Minho e Douro e Beiras Interior e Litoral é visível
uma percentagem de população a trabalhar na área considerável.
No entanto, no âmbito de se produzir mais e melhor, devemos apostar mais na
Região do Ribatejo e Oeste, visto que é uma região que oferece boas condições
morfológicas (campos de grande dimensão, regulares e em Openfield) o que é
propício à mecanização e elevada produtividade.
31. Caraterísticas da população agrícola
• Envelhecida
• Pouco qualificada/ instruída
• Falta de empreendedorismo
• Elevada pluriatividade
32.
33. É já uma tradição a agricultura de autoconsumo em Portugal, sendo um
aspeto negativo da produção agrícola, explicado essencialmente pela
pequena dimensão dos campos (minifúndio), com especial incidência na zona
Norte do país.
Como podemos ver no mapa, a maior parte da população agrícola e das
explorações está relacionada com a mão-de-obra familiar, sendo um
obstáculo à produtividade, e por sua vez ao crescimento da atividade e ao
sucesso dos produtos resultantes da mesma.
34.
35.
36.
37.
38. Como está presente nos gráficos, a diferença entre as
receitas e os custos (VAL – valor acrescentado líquido) não é
elevada, não por falta de potencial mas sim por problemas/
obstáculos existentes na estrutura da agricultura e na forma
como são geridos os seus subsídios, juntamente com um
inadequado uso dos solos, explicado pelo autoconsumo e
falta de conhecimento. Ainda em alguns casos, como nos
frutos secos, se não fossem concedidos subsídios esta
atividade seria muito pouco rentável.
39. Problemas e Alguns destes problemas estendem-se à generalidade da agricultura.
dificuldades
Floricultura Horticultura Fruticultura
As condições naturais são favoráveis daí que estas culturas tenham
Físicos algum potencial, embora haja alguns problemas como:
•Predomonínio de explorações agrícolas de pequena dimensão.
•Elevada percentagem de solos com fraca aptidão agrícola.
•Riscos de desertificação em vastos territórios rurais.
Fruticultura Horticultura Floricultura
Exige muitos conhecimentos sobre
técnicas de cultivo, logo não está ao
alcance de qualquer agricultor.
Humanos
Há alguns problemas como:
•Baixa densidade populacional e envelhecimento demográfico
nos meios rurais.
•Baixos níveis de instrução dos agricultoras.
•Insuficientes níves de formação profissional dos produtores.
40. Problemas e Floricultura Horticultura Fruticultura
dificuldades
Há alguns problemas económicos tais como:
•Défice na gestão empresarial.
•Dificuldades de autofinanciamento e acesso ao crédito.
•Falta de competitividade externa.
Além destes problemas, sabe-se que o país está em crise logo as
Económicos
dificuldades económicas são muitas, mas para aroveitar o
potencial destas culturas é necessário investir, introduzindo
inovações e novas técnicas.
Floricultura Horticultura Fruticultura
Dada a situação de crise, o sector primário é uma possibilidade
que tem que ser seriamente ponderada e estas culturas têm
algum potencial. Portanto a nível da burocrática, o Estado podia
Burocrática incentivar o investimento neste sector, por exemplo, através de
benefícios fiscais.
Foi um dos sectores
que mais se ressentiu
com a adesão à CE.
41. Os fundos Para assegurar a
estruturais para potencialidade do
esta área devem uso do solo, é
visar: fundamental:
• Valorização da mão-de-obra • Demarcar áreas destinadas
• Melhoramento dos circuitos de prioritariamente à agricultura
distribuição e do • Adequar as espécies às
armazenamento condições naturais de cada
• Integração da agricultura na região
indústria • Proteger o solo
• Expansão da agricultura • Formar os agricultores
biológica profissionalmente
42. Medidas para potencializar a agricultura:
Modernizar, através da introdução de novas tecnologias
Formação e qualificação da mão – de – obra
Contratação de mão – de – obra jovem
Pluriatividade ( aproveitar os recursos para produzir algo relacionado)
Dar a conhecer os produtos nacionais aos mercados estrangeiros através
de campanhas publicitárias no exterior: filmes, anúncios…
Alargamento dos recursos hídricos (ex. Alentejo)
43. Conclusão
Em suma, a agricultura portuguesa tem vindo a perder
a sua importância não só na economia, como também
na sociedade portuguesa. Neste trabalho deparámo-
nos com os prós e contras da agricultura em geral e
mais especificamente nos ramos que abordámos.
Deixamos aqui algumas soluções que devem ser
seguidas no sentido de potencializar esta atividade.