O documento discute os conceitos de hibridização, órbitais híbridos e tipos de hibridização (sp, sp2, sp3). Explica como a hibridização permite que o carbono forme diferentes números de ligações e estruturas moleculares. Também aborda conceitos de forças intermoleculares e ligação iônica, dipolo-dipolo e de hidrogênio.
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Hibridação sp sp2 e sp3
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INTRODUÇÃO
A Hibridização (ou hibridação) ocorre quando os subníveis energéticos s, p, d, f dos
elétrons estão energeticamente "carregadas" (spin para cima) ou energeticamente
"descarregadas" (spin para baixo). Assim, a Hibridização é a formação dos orbitais dos
elétrons. Os subníveis s, p quando unidos formam sp, sp2 ou sp3 (orbitais híbridos).
Sp1 = carbono ligado à 1 hidrogênio
Sp2 = carbono ligado à 2 hidrogênios
Sp3 = carbono ligado à 3 hidrogênios
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DESENVOLVIMENTO
Existem três tipos de hibridização, a sp3, a sp2 e a sp.
HIBRIDIZAÇÃO SP
A hibridização do tipo sp ocorre no carbono quando ele realiza duas ligações
sigma (σ) e duas ligações pi (π). Isso significa que pode ocorrer em duas situações: quando
ele realiza duas ligações duplas ou quando ele realiza uma ligação simples e uma tripla:
Vamos tomar como exemplos uma molécula de gás cianídrico:
H ─ C ≡ N
O hidrogênio possui apenas um elétron na camada de valência, com um orbital
incompleto no subnível s; portanto, ele pode realizar uma ligação covalente. Já o
nitrogênio possui três orbitais incompletos no subnível p, podendo realizar três ligações,
como é mostrado abaixo:
Já o carbono, conforme mostrado nos textos mencionados no início deste texto, sofre
hibridização, dando origem a quatro orbitais incompletos:
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HIBRIDIZAÇÃO SP2
A hibridização sp2 ocorre em moléculas em que o carbono apresenta três ligações
sigma e uma ligação pi, ou seja, em que ele faz duas ligações simples e uma dupla.
A hibridização sp2
ocorre quando o carbono realiza uma ligação dupla e duas
ligações simples, ou seja, três ligações sigma (σ) e uma ligação pi (π).
As três ligações sigma que esse carbono realiza são por seus orbitais hibridizados
provenientes de um orbital “s” e dois orbitais “p”, daí a denominação de hibridização
sp2.
Para entendermos como ocorre a hibridização do tipo sp2
, podemos tomar como exemplo
o metanal, que é mais conhecido como formol. A sua molécula é a seguinte:
O
║
H ─ C ─ H
O carbono no estado fundamental possui número atômico igual a 6, por isso ele
possui seis elétrons distribuídos da seguinte forma:
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HIBRIDIZAÇÃO DO TIPO SP3
A hibridização do tipo sp3 ocorre em qualquer molécula na qual o carbono efetue
quatro ligações sigma e é resultado da “mistura” de orbitais atômicos puros.
A hibridação sp3
é facilmente explicada pelo carbono. Para
o carbono tetraédrico (como no metano, CH4), deve haver quatro ligações simples. O
problema é que a distribuição eletrônica do carbono no estado fundamental é
1s2
2s2
2px
1
2py
1
, esquematizando:
Distribuição eletrônica do carbono.
(Nota: O orbital 1s tem menos energia que o 2s, que por sua vez tem menos energia que
os orbitais 2p)
Dessa forma, o carbono deveria realizar apenas duas ligações, ao que há apenas dois
orbitais semipreenchidos. Entretanto, a molécula de metileno (CH2) é extremamente
reativa, não estando equilibrada quimicamente. O primeiro passo para se entender o
processo de hibridação, é excitar o átomo de carbono em questão, tendo-se:
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Distribuição eletrônica do carbono ativado.
Então, o carbono equilibra os quatro orbitais, dando origem a orbitais de energia
intermediária entre 2s e 2p, dando origem ao orbital sp3 (lido s-p-três), assim chamado por
ser o resultado da fusão de um orbital s com três orbitais p. Portanto, tem-se:
Distribuição eletrônica do carbono híbrido em sp3
Na hibridização sp, a molécula tem forma linear, na sp2 a molécula é trigonal plana e na
sp3 é tetraédrica.
Na hibridização sp, são hibridizados os orbitais s e pz, que formarão dois orbitais
sp, responsáveis pelas duas ligações sigma, Restarão sem serem hibridizados os orbitais
px e py, que serão responsáveis por duas ligações pi (uma de cada um).
No CO2, por exemplo, o carbono tem hibridização sp, pois ele faz duas ligações sigma
(uma com cada oxigênio) e duas ligações pi (uma utilizando o orbital px não-hibridizado
com um dos oxigênios e a outra utilizando o orbital py não-hibridizado com o outro
oxigênio).
Na hibridização sp2 são hibridizados os orbitais s, px e py, que formarão três
orbitais sp2, responsáveis por três ligações sigma, Restará sem ser hibridizado o orbital
pz, que será o responsável pela ligação pi.
Na hibridização sp3 são hibridizados os orbitais s, px, py e pz, que formarão quatro
orbitais sp3, todos responsáveis por ligações sigma.
Forças Intermoleculares
As ligações moleculares e os estados físicos
Nos gases, quase não há ordenação das moléculas, pois a distância entre as
moléculas é muito grande, logo as ligações intermoleculares são muito fracas. Também
o volume de cada molécula é insignificante consoante o volume que a amostra ocupa. Isto
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leva a que qualquer gás seja compressível, ocorrendo então que as suas moléculas se
movem por todo o espaço disponível.
Nos líquidos, há um grande desordenamento das moléculas podendo,
ocasionalmente, formar-se estruturas que logo desaparecem – a distância entre as
moléculas é muito menor que nos gases. O volume ocupado pelos líquidos vai ser então
ligeiramente menor que o espaço ocupado, pelo que, devido às suas moléculas se
encontrarem mais agregadas, estes terão menor compressibilidade e nem sempre se
misturam com outros. Deste modo, a forma líquida depende do recipiente no qual este se
encontra.
Quando as forças moleculares vencem os movimentos das moléculas, a substância
apresenta-se no estado sólido, onde os movimentos moleculares se limitam a vibrações.
As substâncias sólidas não ordenadas, isto é, amorfas, não possuem portanto ordenação
molecular, diferindo dos líquidos apenas devido ao número de movimentos das moléculas
ser menor. Os movimentos num sólido, apesar de limitados no espaço, não são
necessariamente pouco energéticos: pode ocorrer que um movimento molecular num
sólido possua maior energia que num gás.
Ligação Íon-Dipolo:
Hidratação: é a ligação de moléculas de água a partículas solúveis, especialmente íons;
Definição: é característica de íons dissolvidos em solventes polares –como a água;
A energia potencial da interação entre a carga máxima de um íon e as duas cargas parciais
de uma molécula polar é:
A dependência 1/r² significa que a interação entre o íon e o dipolo depende mais
fortemente da distância do que da interação entre eles; Anidros: substâncias livres de
água;
Forças Dipolo-Dipolo:
Interação entre dois dipolos, além disso é resultante da atração entre as cargas parciais de
suas moléculas; São mais fracas do que as forças entre íons;
Caem rapidamente com a distância (1/r³), principalmente nas fases líquidas e gasosas,
uma vez que as moléculas estão em rotação;
Geralmente o PE de moléculas com dipolo permanente é maior que o verificado para
apolares com similar massa molar;
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Ligações de Hidrogênio:
Caso especial de interação dipolo-dipolo; É o tipo de ligação intremolecular mais forte;
Um átomo receptor (A), que possua um par de elétrons isolado, pode interagir com um
átomo doador(D) que carrega um hidrogênio ácido;
A e D pode ser F, O e N;
Dipolo permanente: Gerados pela união não simétrica de átomos com diferentes
eletronegatividades;
Dipolo-induzido: Distorção da nuvem eletrônica de uma molécula (polarizável) por ação
de carga, dipolo permanente ou proximidade a outra molécula;
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CONCLUSÃO
Conclui-se que a hibridização (ou hibridação) ocorre quando os subníveis
energéticos s, p, d, f dos elétrons estão energeticamente "carregadas" (spin para cima) ou
energeticamente "descarregadas" (spin para baixo). Assim, a Hibridização é a formação
dos orbitais dos elétrons. Os subníveis s, p quando unidos formam sp, sp2 ou sp3 (orbitais
híbridos).
Sp1 = carbono ligado à 1 hidrogênio
Sp2 = carbono ligado à 2 hidrogênios
Sp3 = carbono ligado à 3 hidrogênios
Segundo a teoria das ligações covalentes, uma ligação desse tipo se efetua pela
superposição de orbitais semi-preenchidos (com apenas um elétron). A hibridação explica
a formação de algumas ligações que seriam impossíveis por aquela teoria, bem como a
disposição geométrica de algumas moléculas.