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As enchentes dos rios do Amazonas. Ações Preventivas e Econômicas.
Com base nas experiências acumuladas ao longo dos anos vividos no interior
de nosso Amazonas, resolvi contribuir com alguns palpites e até sugestões
que poderão melhorar a nossa convivência com esse fenômeno natural que em
condições normais está longe de ser um problema e se apresenta como uma
benção de Deus: As enchentes e as vazantes.
Não é novidade para ninguém que os nossos rios enchem e secam todos os
anos. Também ninguém desconhece as áreas de várzeas e as áreas de terras
firmes. Cada um desses sistemas tem as suas características e peculiaridades.
Nada mais elementar que precisamos usufruir dessa singular situação.
Inúmeros discursos e depoimentos já lemos ou ouvimos salientando a
fertilidade dos solos das várzeas e até afirmativas que elas poderiam nos
abastecer de alimentos, principalmente grãos, com sobra suficiente para
exportarmos para outros estados.
Não sei se chegaríamos a tanto, mas com certeza poderíamos produzir muito
mais que hoje se algumas providências fossem implementadas.
Na realidade ninguém desconhece as potencialidades dessas áreas, muitos
indicam caminhos e soluções, alguns até fizeram experimentos, no entanto de
prático e com resultados econômicos nada conhecemos.
Morar e plantar nas várzeas, principalmente culturas “perenes” representa um
tremendo risco e tem sido desestimulante aos nossos ribeirinhos. As vezes
conseguimos alguns bons resultados, todavia na primeira dificuldade
abandonamos a atividade.
Sem querer ser professor, vou listar abaixo algumas ações que poderão ser
implementadas e que facilitarão a nossa vida até mesmo quando formos
“surpreendidos” por uma enchente acima dos padrões. Vejamos:
1. O nível das construções. Não permitir ou incentivar a proliferação de
“Comunidades”. Procurar, na medida do possível, fazer adensamentos
e estabelecer regras básicas de ocupação dos espaços.
Toda e qualquer construção deveria ser realizada acima da cota
alcançada na maior enchente, se necessário seriam assentadas sobre
pilotis ou aterros. Os aterros poderiam era construídos pela própria
enchente. Faríamos cercaduras de madeira, tronco de arvores ou pedras
que formariam espaços que seriam aterrados pela sedimentação das
águas. Há cinqüenta anos um tio meu fez isso. Não se permitiria a
construção de escolas, hospitais ou qualquer equipamento público na
várzea sem que também estivessem acima do nível da maior enchente.
Até se admite um trabalhador rural, construir a sua casa em áreas de
várzea com o piso abaixo da cota de segurança, mas o Poder Público é
inadmissível. O IDAM que faz extensão rural poderia ajudar nisso,
orientando os que quisessem construir.
2. O que plantar? Todos os anos de enchente grande os agricultores tem
prejuízos enormes com as suas culturas. Essa é uma situação
complicada e de difícil solução. Nem sempre encontraremos várzeas
altas e quase todas as culturas de várzea não sobrevivem as enchentes
grandes e demoradas. Como solução devemos trabalhar com culturas
de ciclo rápido e sempre com condições de plantar logo que os rios
começarem a secar. Para que isso possa acontecer precisamos deixar as
áreas limpas quando os rios estiverem enchendo. Estarão limpas e
prontas para plantar quando os rios vazarem. As sementes deverão estar
nas mãos dos produtores no tempo correto. Juta e Malva
principalmente. Como a vazante ocorre no verão, em muitos casos
precisaremos de irrigação, logo precisamos difundir que a água tem que
estar nos pés das plantas. Oferecer aos agricultores das várzeas
financiamentos destinados a aquisição de moto bombas destinadas a
irrigação. Apesar de termos um programa específico para isso,
contamos nos dedos das mãos os produtores que usam equipamentos
para irrigação. Talvez um programa de distribuição de bombas “sapos”
ajudassem a resolver esse problema..
Algumas espécies frutíferas se adaptam bem nas várzeas, poderiam ser
incentivadas. Taperebá, Açaí, Graviola, Araçá Boi, e outros que a
pesquisa indicasse, seriam plantados e todos os anos após as enchentes
as arvores que por ventura morressem teriam que ser replantadas.
3. Mandioca e Macaxeira – Já existem cultivares que produzem com
menos de seis meses e muito mais que as cultivadas em terra firme que
precisam de doze meses para começar a ser as raízes arrancadas. As
instituições de pesquisas devem avançar nessa direção.
4. Seringueiras – Quem já viu seringueiras morrerem depois das
enchentes? Que tal plantar Seringueiras nas várzeas no meio de outras
espécies?
5. Cacau – Alguém tem dúvida que se trata de uma cultura nativa de
nossas várzeas e que merece uma especial atenção?
Outras espécies podem fazer parte dessa pequena lista, falta-nos
priorizar e buscar alternativas. Desistir sem tentar é desperdiçar um
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  • 1. As enchentes dos rios do Amazonas. Ações Preventivas e Econômicas. Com base nas experiências acumuladas ao longo dos anos vividos no interior de nosso Amazonas, resolvi contribuir com alguns palpites e até sugestões que poderão melhorar a nossa convivência com esse fenômeno natural que em condições normais está longe de ser um problema e se apresenta como uma benção de Deus: As enchentes e as vazantes. Não é novidade para ninguém que os nossos rios enchem e secam todos os anos. Também ninguém desconhece as áreas de várzeas e as áreas de terras firmes. Cada um desses sistemas tem as suas características e peculiaridades. Nada mais elementar que precisamos usufruir dessa singular situação. Inúmeros discursos e depoimentos já lemos ou ouvimos salientando a fertilidade dos solos das várzeas e até afirmativas que elas poderiam nos abastecer de alimentos, principalmente grãos, com sobra suficiente para exportarmos para outros estados. Não sei se chegaríamos a tanto, mas com certeza poderíamos produzir muito mais que hoje se algumas providências fossem implementadas. Na realidade ninguém desconhece as potencialidades dessas áreas, muitos indicam caminhos e soluções, alguns até fizeram experimentos, no entanto de prático e com resultados econômicos nada conhecemos. Morar e plantar nas várzeas, principalmente culturas “perenes” representa um tremendo risco e tem sido desestimulante aos nossos ribeirinhos. As vezes conseguimos alguns bons resultados, todavia na primeira dificuldade abandonamos a atividade. Sem querer ser professor, vou listar abaixo algumas ações que poderão ser implementadas e que facilitarão a nossa vida até mesmo quando formos “surpreendidos” por uma enchente acima dos padrões. Vejamos: 1. O nível das construções. Não permitir ou incentivar a proliferação de “Comunidades”. Procurar, na medida do possível, fazer adensamentos e estabelecer regras básicas de ocupação dos espaços. Toda e qualquer construção deveria ser realizada acima da cota alcançada na maior enchente, se necessário seriam assentadas sobre pilotis ou aterros. Os aterros poderiam era construídos pela própria enchente. Faríamos cercaduras de madeira, tronco de arvores ou pedras que formariam espaços que seriam aterrados pela sedimentação das águas. Há cinqüenta anos um tio meu fez isso. Não se permitiria a construção de escolas, hospitais ou qualquer equipamento público na várzea sem que também estivessem acima do nível da maior enchente. Até se admite um trabalhador rural, construir a sua casa em áreas de várzea com o piso abaixo da cota de segurança, mas o Poder Público é inadmissível. O IDAM que faz extensão rural poderia ajudar nisso, orientando os que quisessem construir. 2. O que plantar? Todos os anos de enchente grande os agricultores tem prejuízos enormes com as suas culturas. Essa é uma situação
  • 2. complicada e de difícil solução. Nem sempre encontraremos várzeas altas e quase todas as culturas de várzea não sobrevivem as enchentes grandes e demoradas. Como solução devemos trabalhar com culturas de ciclo rápido e sempre com condições de plantar logo que os rios começarem a secar. Para que isso possa acontecer precisamos deixar as áreas limpas quando os rios estiverem enchendo. Estarão limpas e prontas para plantar quando os rios vazarem. As sementes deverão estar nas mãos dos produtores no tempo correto. Juta e Malva principalmente. Como a vazante ocorre no verão, em muitos casos precisaremos de irrigação, logo precisamos difundir que a água tem que estar nos pés das plantas. Oferecer aos agricultores das várzeas financiamentos destinados a aquisição de moto bombas destinadas a irrigação. Apesar de termos um programa específico para isso, contamos nos dedos das mãos os produtores que usam equipamentos para irrigação. Talvez um programa de distribuição de bombas “sapos” ajudassem a resolver esse problema.. Algumas espécies frutíferas se adaptam bem nas várzeas, poderiam ser incentivadas. Taperebá, Açaí, Graviola, Araçá Boi, e outros que a pesquisa indicasse, seriam plantados e todos os anos após as enchentes as arvores que por ventura morressem teriam que ser replantadas. 3. Mandioca e Macaxeira – Já existem cultivares que produzem com menos de seis meses e muito mais que as cultivadas em terra firme que precisam de doze meses para começar a ser as raízes arrancadas. As instituições de pesquisas devem avançar nessa direção. 4. Seringueiras – Quem já viu seringueiras morrerem depois das enchentes? Que tal plantar Seringueiras nas várzeas no meio de outras espécies? 5. Cacau – Alguém tem dúvida que se trata de uma cultura nativa de nossas várzeas e que merece uma especial atenção? Outras espécies podem fazer parte dessa pequena lista, falta-nos priorizar e buscar alternativas. Desistir sem tentar é desperdiçar um presente que recebemos. Vamos tentar?